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relatório de estágio GESTÃO

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA 
 aLESSANDRA SOUZA LOPES
GESTÃO ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO EM UMA ESCOLA PÚBLICA
Castanha-PA
2017
aLESSANDRA SOUZA LOPES
GESTÃO ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO EM UMA ESCOLA PÚBLICA
Relatório de Estágio apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório III – Gestão 
Orientador: profª. Ms. Lilian Amaral da Silva Souza
Tutor eletrônico: Leticia Mara Neves Kinceskii
Tutor de sala: Antonia Liliana da silva de lima
Castnhal- PA
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	4
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	5
DIÁRIO DAS OBSERVAÇÕES	6
PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO CONTEXTO DA GESTÃO	7
RELATO DA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA NA ESCOLA	8
MOSTRA DE ESTÁGIO...............................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
INTRODUÇÃO:
O Relatório segue resulta da visita realizada na Escola M. Fundamental Monte de Ouro localizada na Zona rural de São Domingos do Capim, o mesmo com carga horária de 100 horas. 
O Estágio curricular obrigatório tem como objetivo oportunizar ao aluno condições propícias ao desenvolvimento de sua prática Administrativa, mediante observações que apresentam no campo de estágio Fundamentados na teoria e nos saberes da experiência vivenciada na escola de Ensino Fundamental, fazendo uma análise e reflexão sobre o plano de ação global de escola dos programas ensino, provendo, desta forma, condições instrumentalizar-se para a profissão. 
O mesmo proporciona aos futuros gestores um maior conhecimento da prática, conhecendo as modalidades de gestão na escola como descrição do espaço de atuação ao gesto e suas respectivas atribuições analisem e aplicabilidade do trabalho de gestão, a relação teoria e prática do trabalho pedagógico, segundo o dicionário Aurélio (2005), o estágio está relacionado a uma etapa ou fase de aprendizado de quaisquer profissionais. 
	
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO:
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Monte de Ouro, CNPJ 075.80. 687.0001-20 está localizada no Município de São Domingos do Capim, CEP .68365-000 comunidade Monte de Ouro, zona rural. A mesma atende 205 alunos, divididos entre os turnos manhã, intermediário, trade e noite.
A escola possui quatro salas de aula (duas de alvenaria e duas de madeira) sendo iluminadas por lâmpadas fluorescentes assim como em todos os outros locais da escola, possui também uma sala que funciona como secretária e diretória, uma sala de leitura, uma copa e dois banheiros.
A Escola dispõe também TV, computadores com impressora, data show, armários para guardar as documentações e materiais pedagógicos, uma cozinha onde o lanche é preparado com boa higienização, um armário onde é guardado a merenda escola.
O abastecimento de água é feito através de uma caixa d’agua com capacidade de mil litros
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO:
ASPECTOS ADIMINISTRATIVOS:
A equipe gestora é formada pela professora responsável Rita de Cássia Batista Soares e um coordenador pedagógico que atende nos turnos da manhã, intermediário, tarde e noite. Dispõe ainda de três auxiliares de secretária que organizam as documentações dos alunos e dos demais funcionários.
A gestão adotada na escola é participativa e democrática, onde o relacionamento entre os membros que nela frequentam se dá de forma liberal, no entanto comprometida para melhor realização do processo de ensino aprendizagem. O trabalho pedagógico acontece diariamente entre coordenador, professores e alunos é desenvolvido através de projetos aplicados dentro e fora da sala de aula.
CORPO ESCOLAR:
1 Gestora 
1 Coordenador Pedagógico
12 Professores
7 Serventes
1 Auxiliar de Disciplina 
3 Auxiliares de Secretárias
1 Auxiliar de Serviços Gerais
2 Vigilantes
ENTREVISTA COM O PEDAGOGO DA INSTITUIÇÃO: 
1. As condições infraestruturas conseguem atender as necessidades de alunos da inclusão?
O que falta e por quê?
Em partes sim. Abriga alunos, livros, professores etc. Um local em que se realizam atividades de aprendizagem. É clima de espirito de trabalho, produção de aprendizagem e relações sociais de formação de pessoas.
Falta de uma quadra coberta, resumidamente.
Para que os alunos exerçam atividades culturais e a educação física. Sem falar dos banheiros precários para atender alunos especiais e até mesmo considerados normais aqueles alunos. 
2. As questões didáticos-pedagógicos (Recursos, metodologia do professor, entre outras), conseguem dar conta das dificuldades de aprendizagem apresentada pelos alunos?
A escola dispõe de recursos didático e pedagógico aos alunos e professores. Faço acompanhamentos junto aos professores. Mesmo assim ainda existem dificuldades de aprendizagem. Na escola os educadores vão em busca de inovações, se capacitam periodicamente em prol dos alunos. Em minhas conversas com os educadores em relação a aprendizagem e dificuldades dos alunos. Atendem não no patamar de por cento. Mas atende as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
3. Condições de trabalho docente e técnico-administrativo. O número de profissionais é suficiente para dar conta das necessidades da escola?
Falta profissionais como: Mais um coordenador pedagógico, um vigia. Acredito que iria facilitar muito em prol da necessidade pedagógica e administrativas.
4. Comentar sobre a maneira como contar das necessidades e a maneira como acontece o conselho de classe. Ele acaba influenciado de que maneira nas questões ligadas dificuldades de aprendizagem reprovação e evasão escolar.
Na escola a direção é formada pela responsável da escola e um coordenador pedagógico e professores e pessoas de apoio. Nessa comissão entra em discursão, melhorar os alunos que encontram dificuldades como: As que estejam repetindo continuamente os anos escolares; os que sejam forçados a trabalhar na lavoura ou que estão fora por qualquer motivo.
Como não possuímos conselho de classe e nem grêmio estudantil, e sim usufruímos do PDE, conselho escolar para em benefício de prover educação para todos os alunos.
 É uma ação da escola com a comunidade através de palestra, dinâmica e participação conselho tutelar, CRAS e outros, todos em prol da escola inclusiva. E o resultado é esperado, aumenta o aproveitamento escolar em diversos empenho educacional e cidadania do aluno.
5. A relação da instituição para a comunidade. Em que momentos a família participa das atividades planejadas pela instituição?
É uma relação de parcerias na medida certa. As famílias são convidadas a participarem desde o início do ano como: Reuniões com pais e responsáveis; visitas na escola; projeto interação da escola com a família: Encontro familiar; plantões pedagógicos; datas comemorativas; semanas da arte e culturas; acompanhamentos com filhos na saída da escola para outro lugar promovidos pelos eventos da escola. Enfim participa integralmente o ano todo.
6. Existem questões sociais emergentes que interferem diretamente no fazer pedagógico? Quais são indicados pelo pedagogo?
Sim existem. Trabalhamos com projetos na comunidade como o projeto Abuso e exploração sexual, prevenção das drogas, o alcoolismo são planejadas para atender as particularidades da família principalmente dos alunos.
7. Capacidades dos professores. De que forma o pedagogo auxilia na educação continuada, ou seja, na capacitação dos profissionais da instituição?
A sociedade está em constante mudanças ou transformaçõese acredito que é a formação continuada que nos leva ao encontro nessas mudanças que nos orientam para os novos desafios.
Auxilio na qualificação periódicos dos profissionais envolvidos de forma que participe nos cursos, oficinas e palestras seja para todo o corpo docente. Em minha opinião se faz necessário em frente a turma de educadores para trazer a reflexão para que sua teoria se transforma na ação pratica em atraentes para o aluno. Sempre exigimos da Semed mais investimentos e estudos em políticas públicas para garantir uma escola de maior qualidade.
 
8. Você como pedagogo a temática a ser utilizada como proposta de atuação do pedagogo na instituição.
Como a nossa escola ainda não possui o PPP (projeto Político e Pedagógico).
 Minha proposta seria o sonhado a Construção e Implementação do projeto Político Pedagógico da Escola. Seria de forma em organização do trabalho pedagógico no coletivo da escola em parceria da Secretária Municipal de Educação do Município de São Domingos do Capim.
DIÁRIO DAS OBSERVAÇÕES:
DATA: 21/08/17
 Neste dia, me apresentei a diretora e coordenador como estagiaria e ambas me apresentaram aos demais funcionários. Neste primeiro dia, fiz o levantamento dos dados da escola: Números de salas, turmas etc.
Pude perceber uma boa conexão entre diretora e coordenador, eles estavam resolvendo sobre o desfile escolar que acontece na semana da pátria a escola se desloca para outra escola para apresentar se projeto. 
ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO 
DATA: 22/08/17; 23/08/17 e 24/08/17
Pude conversar um pouco mais com a gestora e o coordenador a sobre rotina da escola. De acordo com o coordenador da escola os gestores tentam resolver todos os conflitos que surgem entre professores, alunos, demais funcionários e pais através de diálogo entre os envolvidos, buscando esclarecer o máximo possível a situação problema. E caso surja algum problema que não é resolvido na instituição, o mesmo é caminhada para secretária de educação.
De acordo com os gestores, não temos ainda o projeto político pedagógico, apenas o planejamento anual, bimestral (Plano de ação) buscando atender as necessidades da comunidade escolar. Esse planejamento é feito todos os anos no início de cada bimestre, é elaborado em várias etapas de (Reuniões), com a participação de todos os funcionários da escola. Direção e coordenação convocam todos os profissionais que atuam na escola para revisão da proposta pedagógicas. A partir desse estudo os professores escolhem os temas a serem trabalhados no ano e fazem o planejamento anual.
DATA: 25/08/17
Neste dia, o coordenador pedagógico me apresentou o plano de ação da escola. Em conversa com a diretora, o coordenador atual e a do ano anterior que agora atua como professor, pude conhecer um pouco mais sobre gestão e coordenação e pude também trocar ideias com a mesma.
DATA: 28/08/17
Neste dia juntamente com o coordenador pedagógico participei de uma visita técnica do aluno que não foi a escola por motivo de doença. Contribui na rotina da escola auxiliando a organização de alguns documentos.
DATA: 29/08/17
Neste dia, juntamente com o coordenador pedagógico pude fazer a avaliação final que seria realizada na escola (Construção) do projeto em seguida participei da reunião de Apresentação do mesmo aos professores, que também contribuíram expondo suas ideias para enriquecê-lo.
DATA: 30/08/17
Neste dia, pude finalmente conhecer o regimento internos e as atribuições da secretária da escola e seus documentos: Históricos, boletins, etc. Tive acesso oportunidade de conhecer e organizar tudo isso.
DATA: 31/08/17
Neste dia, participei de uma reunião entre gestores, professores e pais de alunos onde entre outros assuntos falou-se do encerramento do final do ano letivo, nesta reunião pude perceber não boa conexão entre pais e especificamente a diretora da escola. Pude notar que foi uma reunião com a participação de poucos pais.
DATA: 01/08/17
Neste dia, pude conversa e conhecer mais da escola, de acordo com o professor Genivaldo são feitas reuniões bimestrais com pais e conselho escolar, para tratar da parte pedagógica e assunto em geral, onde todos participam e dão sugestões. Todo ano são realizados vários eventos, como: Apresentação cultural; festa junina; café da manhã em homenagem ao dia das mães; homenagem ao dia dos pais; semana das crianças etc.
O conselho escolar da instituição existe desde 2006. É um conselho formado por pais, funcionários de apoio, técnico e por professores. O mesmo é eleito de dois em dois anos, em nome desse conselho a escola recebe as verbas do repasse do poder Municipal e do governo federal (Pode).
DATA: 04/08/17
Neste dia, pude conversar e me envolver mais no trabalho desenvolvido de passar prova de História e Geografia aos alunos 4°ano, pois faltaram dois professores e estava apenas o coordenado que desta forma assume os dos papeis. 
DATA: 05/09/17
Neste dia mais uma vez pude acompanhar o processo de gestão, organizei o arquivo da secretária, pastas, documentos e assim pude ter acesso a muitas outras informações referente a escola.
A escola tem o projeto “Consciência Negra na Escola” acolhemos os alunos no salão comunitário, organizamos o material que produzimos juntamente com eles. O coordenador abriu o evento com discurso, seguida pelos professores, logo depois deu-se início as apresentações dos alunos por ordem de turma, no final o coordenador pedagógico agradeceu a todos e o evento foi encerrado com um lanche oferecido a todos.
DATA: 06/09/17
Aplicação da proposta cujo tema foi abuso e exploração sexual com ênfase na sexualidade. Em combate o elo de violência que estão inseridos nessa natureza quando envolve aos alunos da escola. Na maioria das vezes começam dentro de casa na qual onde o adolescente poderia estar seguro. 
PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS ESCOLARES NO CONTEXTO DA GESTÃO 
 - Identificação da instituição; Escola Municipal de Ensino Fundamental Monte de Ouro.
 - Carga horária; 24 horas
 - Quem se torna responsável em aplicar a proposta de atuação do pedagogo; Alessandra Souza Lopes
 - Temática – Abuso e exploração sexual com ênfase na sexualidade.
 - Introdução:
Este projeto tem por objetivo em orientar a família e a Escola Monte de Ouro, sobre uma suposta prevenção relacionada ao abuso e exploração sexual com ênfase na sexualidade. Em combate o elo de violência que estão inseridos nessa natureza quando envolve aos alunos da escola. Na maioria das vezes começam dentro de casa na qual onde o adolescente poderia estar seguro. Através desse encontro familiar podemos nos mobilizar em uma rede de proteção integral onde a escola e família cumpra seu papel de responsabilidade social.
 - Justificativa:
A parceria entre a Família e Escola Monte de Ouro há cinco anos fazendo parcerias resultaram bons frutos e benefícios de aprendizagem para todos: Escola, família e alunos. No V ENCONTRO FAMILIAR, que será realizado em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), propormos como atividade de implementação pedagógicas na prevenção do abuso e exploração sexual que na medida em que a família seja bem informada que tomem as medidas necessárias com vista na proteção de crianças e adolescentes. Em vista disso, mantemos o foco dessa tradição de união e de aprendizagem entre a comunidade escolar, afim de contribuir conhecimento de cidadania conforme a lei do Estatuto da criança e do adolescente. 
 - Objetivos: 
 - Objetivo Geral:
Fortalecer a parceria entre a família e escola na prevenção, proteção e possíveis notificações relacionadas a casos de abuso ou exploração das crianças e dos adolescentes da comunidade Monte de Ouro.
 - Objetivos Específicos:
Fortalecer os valores éticos, morais e familiares.
Orientar os pais quanto aos sinais e sintomas do abuso.
Sensibilizar a família quanto a existência de órgãos específicos de apoioa criança em situação de vulnerabilidade social.
 - Fundamentação Teórica – 
A violência sexual contra crianças e adolescentes são definidas como um fenômeno complexo que está presente em todo o mundo e que atinge, de forma categórica, milhares de crianças e adolescentes brasileiros, aferindo a proteção que está contida no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, em seu artigo 5º, que espelha a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança de 1989: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.
O abuso e a exploração sexual são práticas cruéis e criminosas, capazes de deixar marcas profundas no corpo e na alma das vítimas. Essa violência tem inúmeras interfaces, sendo reconhecido como um fenômeno mundial, que não está associado apenas à pobreza e à miséria, ao contrário do que muitos imaginam, a violência sexual atinge todas as classes sociais e está ligada também a aspectos culturais, como as relações desiguais entre gêneros, entre adultos e crianças, brancos e negros, ricos e pobres. Podemos definir como crianças sujeitos com idade entre zero e 12 anos incompletos e adolescentes aqueles entre os 12 e 18 anos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, 1990, o que desmembra o conceito gerado pelas Convenções sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas - ONU, 1989, que define no Art. 1: “Nos termos da presente Convenção, criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo”. 
A palavra violência tem origem no latim vis, força, e pode ser definida como “qualquer força empregada contra a vontade, liberdade ou resistência de pessoa ou coisa”. segundo Marilena Chauí (1998, p.1), abrange tudo o que ocorre forçosamente contra a espontaneidade, a vontade, a liberdade e/ou a natureza de algum ser. É também todo ato de violação e transgressão dos valores positivos, dados por uma sociedade como justos e como um direito. Consequentemente, é um ato de brutalidade que envolve maus-tratos, abuso físico, sexual e/ou psíquico contra o sujeito, pressupondo as relações intersubjetivas e sociais determinadas pela opressão, intimidação e/ou pelo medo. 
Grande parte dos estudos e publicações sobre o tema violência sexual contra criança e adolescente utilizam o termo violência sexual de forma generalizada para tratar os vários tipos existentes, como nos esclarecem Santos e Ippolito (2011, p. 63), porém para que haja um entendimento mais claro da situação é necessário que o conceito seja desmembrado, analisando separadamente as duas formas que o compõem, que são: o abuso sexual e a exploração sexual comercial. Segundo Dahlberg e Krug (2007, p.165) “Toda análise abrangente da violência deve começar pela definição de suas várias formas, de modo a facilitar a sua medição científica”, Santos e Ippolito, 2011, complementam essa afirmação com:
A particularização de cada uma dessas formas de violência sexual é fundamental, uma vez que cada tipo possui um conceito diferente e requer uma estratégia de enfrentamento distinta por parte da comunidade escolar e da sociedade como um todo. (SANTOS; IPPOLITO, 2011, p. 63)
Quanto à distinção entre abuso e exploração sexual, os autores fundamentam: 
[...]podemos afirmar que, enquanto o abuso sexual é um tipo de violência cometida muitas vezes por pessoas do universo familiar da criança e do adolescente e não envolve, necessariamente, trocas financeiras, a exploração sexual comercial implica vantagens comerciais do trabalho sexual (prostituição) de crianças e adolescentes por agentes intermediários, os quais são quase sempre externos ao universo familiar da vítima, embora, em alguns casos, possam também pertencer ao seu núcleo familiar. (SANTOS; IPPOLITO, 2011, p. 63).
O abuso sexual é um assunto de difícil abordagem por ser delicado e perturbador, muitas vezes envolto em tabus sociais, como incesto e/ou violência contra crianças de tenra idade, que geram desconforto entre a sociedade de uma forma geral. Essa violação de direito pode ser definida como o relacionamento de criança ou adolescente em atividades sexuais com um adulto, ou com qualquer pessoa um pouco mais velha, onde exista diferença de idade, de tamanho ou de poder, em que a criança é usada como objeto sexual para satisfação das necessidades ou dos desejos do adulto. A autora Cordeiro, 2006, nos fornece uma dimensão do que é abuso sexual: 
Abrange todo ato, exploração, jogo, relação hétero ou homossexual, ou vitimização, de crianças e adolescentes por um adulto, por um adolescente, ou por uma criança mais velha que, pelo uso do poder, da diferença de idade, de conhecimento sobre o comportamento sexual, age visando o prazer e a gratificação própria. 
“Pode acontecer com toque físico (beijos, carícias, penetração digital, penetração com objetos, sexo oral, anal, vaginal) ou sem qualquer tipo de contato físico (assédio, cantadas obscenas, exibicionismo, voyeurismo, participação em fotos pornográficas).” (CORDEIRO, 2006, p.3). 
Os abusos, segundo Santos S. e Dell’Aglio, 2010 se materializam através de práticas eróticas e sexuais imposta à vítima pela violência física, ameaça ou indução de sua vontade, as formas podem variar desde atos que não produzem contato físico, até diferentes tipos de ações que incluem o contato sexual sem ou com penetração, sendo caracterizado quando a diferença de conhecimento do ato sexual implica incompreensão, por parte da criança ou adolescente, do significado e das consequências potenciais da atividade sexual. 
A autora Sasaki (2012, p.13) nos chama atenção para a forma sutil em que o fenômeno acontece “O abuso sexual acontece por meio de “brincadeiras” maliciosas, carícias com teor erótico ou qualquer outro tipo de ato sexual. A relação abusiva pode ser hetero ou homossexual.” 
Para Azevedo e Guerra,1989, o conceito é definido como: 
Todo ato ou jogo sexual, relação hetero sexual ou homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança ou adolescente com menos de 18 anos, tentando por finalidade estimular sexualmente a criança ou utilizá-la para obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. (AZEVEDO; GUERRA, 1989, p.42).
 
Em alguns casos o abusador se aproveita do estado de desenvolvimento sexual da vítima, usando sua experiência para despertar prazer e assim gerar a culpa, pois uma vez que a criança sente a sensação de prazer, ela passa a acredita que houve o consentimento e se cala diante do ocorrido. ABRAPIA, 2002, descreve claramente a situação: 
O uso do poder por assimetria entre abusador e abusado é ingrediente por excelência de toda a situação de abuso. O abusador se aproveita do fato da Criança ter sua sexualidade despertada para consolidar a situação de acobertamento. A criança se sente culpada por sentir prazer e isso é usado pelo abusador para conseguir seu consentimento. (ABRAPIA, 2002, p.6)
 - Metodologias-
Foram distribuídos previamente os convites para a família. Terá o início no barracão da comunidade com abertura: Apresentação do tema. Palestras. Em seguida serão desenvolvidos debates com os pais e alunos na escola.
Culminância:
Os trabalhos serão realizados com parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), terá o início no barracão da comunidade. Tema: ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL COM ÊNFASE NA SEXUALIDADE. Palestras e formação de grupos envolvendo os alunos e os pais/Responsáveis. No dia 06 de setembro de 2017. Início com a apresentação do tema as 08:00 h (Manhã). Após a abertura, seguindo com as palestras na escola as 09h20min (Manhã).
 - Recursos:
Humanos:
Responsável da escola, coordenador pedagógico, professores, alunos e pessoal de apoio e Centro de referência de Assistência Social (CRAS).
Didáticos: 
Livros, papel a4, cartolina, lápis de cor, datashow, som, microfone, caixa de som amplificada, notebook, cola escolar, estilete.
- Cronograma de Atividades
Avaliação:
Esperamos que haja um esclarecimento e conscientização das famílias sobre a exploração e o abuso sexual e suas consequências na vida de seus filhos, e que todos: família e escola sintam-se comprometida desempenharem seu papel de cuidadora. Após a realização do encontro familiar, a equipe organizadora, fará uma reunião para avaliar se alcançou seus objetivos.
 - Referências Bibliográficas –
__________. Estatuto da Criança e Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
_______________. Convenção sobre os direitos da criança. Nações Unidas: Nova York, 1989. Disponível em: acesso em: setembro/2017.
ABRAPIA. Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência. Abuso sexual, Mitos e Realidade. Por quê?! Quem?! Como?! O quê?! 3ª ed. rev. Petrópolis, RJ: Autores & Agentes &Associados, 1997.
AZEVEDO, Mª. & GUERRA, V.N.A. Violência de Pais contra filhos: Procuram-se vítimas. São Paulo: Cortez, 1984.
CERQUEIRA, D; COELHO, D.S.C. Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde. Nota Técnica nº 11. IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 2014.
CHAUÍ, M. (1998). Ensaio: ética e violência. Área: nº 39 – outubro, novembro e dezembro de 1998. Revista Teoria e Debate, 2. Disponível em: < http://www.teoriaedebate.org.br/?q=materias/sociedade/etica-e-violencia.> Acesso em 15 de setembro, 2017, 
CORDEIRO, F.A. Aprendendo a prevenir: orientações para o combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes - Brasília: Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude, 2006. 
DAHLBERG, L.L.; KRUG, E.G. Violência: um problema global de saúde pública - Ciência & Saúde Coletiva, 11(Sup): 1163-1178 2007.
SANTOS, B.R.; IPPOLITO R. Guia escolar: identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes – Seropédica, RJ: EDUR, 2011. 
SANTOS, S. S. & Dell’Aglio, D. D. Quando o silêncio é rompido: o processo de revelação e notificação de abuso sexual infantil. Psicologia & Sociedade, 22(2), 328-335. 2010. 
SASAKI, K.M.M. Proteger é preciso: todos juntos contra violência sexual em crianças e adolescentes - Salvador, BA: Humanidades Editoras e Projetos, 2012.
RELATO DA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO REALIZADA NA ESCOLA:
Na primeira etapa, o foco foi o contato primário, em que foi apresentado o projeto de intervenção à coordenação pedagógica, após avaliação do proposto e conversa sobre o tema, no qual ficou claro que o principal objetivo era auxiliar a escola na prevenção e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, a Coordenadora presumiu ser de grande importância para a escola desenvolver tal prevenção. O Orientador Educacional Genivaldo Franco Maciel foi a pessoa responsável por analisar e avaliar a possibilidade de realização do projeto, a proposta foi apresentada através de conversa, seguindo o roteiro: 
- O problema da violência sexual contra crianças e adolescentes; 
- A importância da participação da escola em campanha de prevenção; 
 - Alunos mais informados podem reconhecer os riscos e saber quais procedimentos tomarem para se proteger ou denunciar abusos; 
A necessidade dos professores em ter acesso à materiais informativos que facilitem tanto na identificação dos sinais de abuso quanto nas formas de lidar com a situação. Após uma breve análise da proposta, a Orientadora pediu que retornasse em outra data, pois seria avaliada a possibilidade de realização da intervenção, conforme solicitado, foram feitos novos contatos e surgiu um acordo em executar o trabalho em parceria com o Cras, adaptando a proposta à realidade da escola e disponibilidade de horários. No segundo momento, o ponto central se destinou aos educadores, inicialmente a proposta foi um debate com os professores, mas devido ao cronograma da escola, não foi possível a realização, diante deste obstáculo, a primeira estratégia adotada foi direcionar todas as tratativas e informações ao Orientador, para que fossem repassadas aos professores durante os conselhos pedagógicos. Uma das dificuldades da escola em trabalhar o tema de forma mais ampla, era a falta de material de apoio mais completo, após relatar sobre o projeto de intervenção e a visão de que a escola tinha carência de subsídios para desenvolver trabalhos de prevenção contra a violência sexual.
MOSTRA DE ESTÁGIO	
Apresentação da Escola 
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Monte de Ouro é uma escola que atende em torno de 200 alunos nas modalidades oferecidas são o Clico de Formação Humana (1° ao 9°ano) e o Ensino Fundamental. 
Caracterização da Escola 
A equipe gestora é formada pela professora responsável Rita de Cássia Batista Soares e um coordenador pedagógico que atende nos turnos da manhã, intermediário, tarde e noite. Dispõe ainda de três auxiliares de secretária que organizam as documentações dos alunos e dos demais funcionários.
A gestão adotada na escola é participativa e democrática, onde o relacionamento entre os membros que nela frequentam se dá de forma liberal, no entanto comprometida para melhor realização do processo de ensino aprendizagem. O trabalho pedagógico acontece diariamente entre coordenador, professores e alunos é desenvolvido através de projetos aplicados dentro e fora da sala de aula.
Plano de Intervenção 
Este projeto tem por objetivo em orientar a família e a Escola Monte de Ouro, sobre uma suposta prevenção relacionada ao abuso e exploração sexual com ênfase na sexualidade. Em combate o elo de violência que estão inseridos nessa natureza quando envolve aos alunos da escola. Na maioria das vezes começam dentro de casa na qual onde o adolescente poderia estar seguro. Através desse encontro familiar podemos nos mobilizar em uma rede de proteção integral onde a escola e família cumpra seu papel de responsabilidade social
Avaliação do Plano de Ação.
Aplicar o Plano de Intervenção foi gratificante saber que a escola aprovou a proposta apresentada, pois até então, nunca realizaram nenhuma atividade com parcerias. Eles discutiram com o Conselho para verem a aplicabilidade. 
Contribuições Estágio 
A realização da atividade foi complicada, nem sempre a escola na qual estagiamos colabora para o desenvolvimento da aprendizagem. Todas as fases que percorremos formas essenciais, e consigamos trabalhar as especificidades sempre em consonância com a gestão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
	
O estágio me possibilitou o preparo para o exercício da prática de gestão, com um propósito de mudanças e um olhar mais amplo para as relações teoria-pratica oportunizando-me conhecer a realidade da gestão escolar, as atividades desenvolvidas na área administrativa da escola e os aspectos pedagógicos educativos que envolve, afim de me preparar criticamente para a prática profissional.
“Através dessa realidade ressalta-se que as observações que fiz me deram oportunidades de aprender como é a prática e como ela se apresenta, pois, foi possível perceber a prática”.
REFERÊNCIAS
__________. Estatuto da Criança e Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
_______________. Convenção sobre os direitos da criança. Nações Unidas: Nova York, 1989. Disponível em: acesso em: setembro/2017.
ABRAPIA. Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência. Abuso sexual, Mitos e Realidade. Por quê?! Quem?! Como?! O quê?! 3ª ed. rev. Petrópolis, RJ: Autores & Agentes &Associados, 1997.
AZEVEDO, Mª. & GUERRA, V.N.A. Violência de Pais contra filhos: Procuram-se vítimas. São Paulo: Cortez, 1984.
CERQUEIRA, D; COELHO, D.S.C. Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde. Nota Técnica nº 11. IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 2014.
CHAUÍ, M. (1998). Ensaio: ética e violência. Área: nº 39 – outubro, novembro e dezembro de 1998. Revista Teoria e Debate, 2. Disponível em: < http://www.teoriaedebate.org.br/?q=materias/sociedade/etica-e-violencia.>Acesso em 15 de setembro, 2017, 
CORDEIRO, F.A. Aprendendo a prevenir: orientações para o combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes - Brasília: Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude, 2006. 
DAHLBERG, L.L.; KRUG, E.G. Violência: um problema global de saúde pública - Ciência & Saúde Coletiva, 11(Sup): 1163-1178 2007.
SANTOS, B.R.; IPPOLITO R. Guia escolar: identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes – Seropédica, RJ: EDUR, 2011. 
SANTOS, S. S. & Dell’Aglio, D. D. Quando o silêncio é rompido: o processo de revelação e notificação de abuso sexual infantil. Psicologia & Sociedade, 22(2), 328-335. 2010. 
SASAKI, K.M.M. Proteger é preciso: todos juntos contra violência sexual em crianças e adolescentes - Salvador, BA: Humanidades Editoras e Projetos, 2012.
ANEXOS:
ENTREVISTA COM O PEDAGOGO DA INSTITUIÇÃO: 
1. As condições infraestruturas conseguem atender as necessidades de alunos da inclusão?
O que falta e por quê?
Em partes sim. Abriga alunos, livros, professores etc. Um local em que se realizam atividades de aprendizagem. É clima de espirito de trabalho, produção de aprendizagem e relações sociais de formação de pessoas.
Falta de uma quadra coberta, resumidamente.
Para que os alunos exerçam atividades culturais e a educação física. Sem falar dos banheiros precários para atender alunos especiais e até mesmo considerados normais aqueles alunos. 
2. As questões didáticos-pedagógicos (Recursos, metodologia do professor, entre outras), conseguem dar conta das dificuldades de aprendizagem apresentada pelos alunos?
A escola dispõe de recursos didático e pedagógico aos alunos e professores. Faço acompanhamentos junto aos professores. Mesmo assim ainda existem dificuldades de aprendizagem. Na escola os educadores vão em busca de inovações, se capacitam periodicamente em prol dos alunos. Em minhas conversas com os educadores em relação a aprendizagem e dificuldades dos alunos. Atendem não no patamar de por cento. Mas atende as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
3. Condições de trabalho docente e técnico-administrativo. O número de profissionais é suficiente para dar conta das necessidades da escola?
Falta profissionais como: Mais um coordenador pedagógico, um vigia. Acredito que iria facilitar muito em prol da necessidade pedagógica e administrativas.
4. Comentar sobre a maneira como contar das necessidades e a maneira como acontece o conselho de classe. Ele acaba influenciado de que maneira nas questões ligadas dificuldades de aprendizagem reprovação e evasão escolar.
Na escola a direção é formada pela responsável da escola e um coordenador pedagógico e professores e pessoas de apoio. Nessa comissão entra em discursão, melhorar os alunos que encontram dificuldades como: As que estejam repetindo continuamente os anos escolares; os que sejam forçados a trabalhar na lavoura ou que estão fora por qualquer motivo.
Como não possuímos conselho de classe e nem grêmio estudantil, e sim usufruímos do PDE, conselho escolar para em benefício de prover educação para todos os alunos.
 É uma ação da escola com a comunidade através de palestra, dinâmica e participação conselho tutelar, CRAS e outros, todos em prol da escola inclusiva. E o resultado é esperado, aumenta o aproveitamento escolar em diversos empenho educacional e cidadania do aluno.
5. A relação da instituição para a comunidade. Em que momentos a família participa das atividades planejadas pela instituição?
É uma relação de parcerias na medida certa. As famílias são convidadas a participarem desde o início do ano como: Reuniões com pais e responsáveis; visitas na escola; projeto interação da escola com a família: Encontro familiar; plantões pedagógicos; datas comemorativas; semanas da arte e culturas; acompanhamentos com filhos na saída da escola para outro lugar promovidos pelos eventos da escola. Enfim participa integralmente o ano todo.
6. Existem questões sociais emergentes que interferem diretamente no fazer pedagógico? Quais são indicados pelo pedagogo?
Sim existem. Trabalhamos com projetos na comunidade como o projeto Abuso e exploração sexual, prevenção das drogas, o alcoolismo são planejadas para atender as particularidades da família principalmente dos alunos.
7. Capacidades dos professores. De que forma o pedagogo auxilia na educação continuada, ou seja, na capacitação dos profissionais da instituição?
A sociedade está em constante mudanças ou transformações e acredito que é a formação continuada que nos leva ao encontro nessas mudanças que nos orientam para os novos desafios.
Auxilio na qualificação periódicos dos profissionais envolvidos de forma que participe nos cursos, oficinas e palestras seja para todo o corpo docente. Em minha opinião se faz necessário em frente a turma de educadores para trazer a reflexão para que sua teoria se transforma na ação pratica em atraentes para o aluno. Sempre exigimos da Semed mais investimentos e estudos em políticas públicas para garantir uma escola de maior qualidade.
 
8. Você como pedagogo a temática a ser utilizada como proposta de atuação do pedagogo na instituição.
Como a nossa escola ainda não possui o PPP (projeto Político e Pedagógico).
 Minha proposta seria o sonhado a Construção e Implementação do projeto Político Pedagógico da Escola. Seria de forma em organização do trabalho pedagógico no coletivo da escola em parceria da Secretária Municipal de Educação do Município de São Domingos do Capim.

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