Buscar

Aula de 14-08-19 Stakeholders e Governança Corporativa (1)

Prévia do material em texto

Stakeholders
Governança corporativa
RSA 
14-08-19
O poder de influência dos 
Stakeholders 
	Stakeholders: é um termo em inglês que significa partes interessadas, e indica as pessoas que têm interesse na forma como uma organização administra seus negócios e como isso afeta estas pessoas. 
	São considerados stakeholders os consumidores, os colaboradores, os fornecedores, os acionistas, a comunidade onde está localizada a organização. 
	Grayson e Hodges (2004) afirmam que, para as empresas, os stakeholders podem influenciar no sucesso do negócio, sendo representados pelos acionistas, empregados, clientes, parceiros, fornecedores, comunidades, governos e órgãos reguladores, e cada vez mais, grupos com preocupações específicas, como os ambientalistas. 
	Estas partes interessadas não podem ser mais ignoradas pelas organizações que possuem alguma Responsabilidade Social, afinal, muitas das decisões devem fazer frente às expectativas dos diferentes stakeholders, já que são afetados por elas.
3
Quais as diferentes expectativas dos 
stakeholders? 
	É necessário inicialmente saber quem são os stakeholders de sua organização, encontrar as pessoas responsáveis para que possa dialogar com este público de interesse. 
	E quais são as expectativas dos diversos stakeholders? 
	
	Segundo o conceito de Grayson e Hodges (2003), temos que levar em conta a quantidade de pressão exercida por cada um deles. Esta pressão (ou influência) faz com que a organização atenda, ou não, mais rapidamente suas reivindicações.
Stakeholders
	As expectativas dos consumidores, por exemplo, estão diretamente relacionadas à oferta de produtos e serviços confiáveis, que reflitam os seus desejos e que traduzam sua preocupação para com o meio ambiente e a responsabilidade social. 
	As expectativas dos colaboradores estão diretamente relacionadas com o reconhecimento institucional, o recebimento de salários dignos, a possibilidade de promoção, em troca, oferecem seu trabalho e a lealdade à organização. 
	As expectativas dos acionistas se traduzem em um retorno adequado pelo investimento realizado. Eles buscam organizações que tenham uma administração adequada, que cumpram com suas responsabilidades sociais, ambientais, fiscais e trabalhistas, pois dessa forma estas organizações serão mais lucrativas e os acionistas receberão mais pelas ações adquiridas. 
 	As expectativas dos governos para com as organizações estão diretamente relacionadas à busca do crescimento das empresas, ao cumprimento das leis e normativas que regulamentam os diferentes setores, ao aumento da oferta de trabalho, ao aumento da arrecadação de impostos e taxas, à oferta adequada de produtos e serviços. 
	As expectativas dos fornecedores estão relacionadas ao sucesso da organização, afinal, quanto mais ela se desenvolver melhor para eles, pois aumentarão suas vendas. 
	As expectativas das organizações não governamentais (ONGs) estão diretamente relacionadas com a forma como as organizações conduzem seus negócios. 
	As ONGs verificam e cobram das organizações um comportamento ético e a busca pela sustentabilidade. 
	As expectativas comerciais das organizações estão diretamente ligadas a sua sobrevivência, pois dependem da manutenção de seus consumidores, que deverão estar satisfeitos com produtos e serviços adequados. 
	É por esse motivo que as organizações buscam as certificações e divulgam suas ações de Responsabilidade Social e seus projetos de sustentabilidade praticados. 
	A essa altura você já deve estar se perguntando: mas as expectativas destes diferentes stakeholders são contrárias, não são? 
	Sim, muitas vezes são contrárias. Então, como decidir qual é o mais importante, diante de uma situação de conflito de interesses? 
O que você faria? 
Os Stakeholders
É necessário conversar com estes stakeholders para saber como atender a essas expectativas, buscando sempre avaliar as possíveis consequências das decisões organizacionais e prestando contas das decisões tomadas. 
Governança Corporativa
A governança corporativa tornou-se dominante no mundo dos negócios a partir da década de 90; 
Em virtude principalmente das mudanças ocorridas como a abertura de mercado, a crescente busca por financiamentos e o aumento da competitividade; 
Além disso os escândalos envolvendo grandes empresas tanto no Brasil como em diversos países;
A governança corporativa deve ser pautada por princípios éticos e associada aos aspectos básicos da Responsabilidade Social.
Governança Corporativa
No novo cenário o grande diferencial para as empresas já não é mais a qualidade, e sim a postura ética e o seu comprometimento da empresa com seus acionistas ou sócios, colaboradores, a comunidade onde atua e a sociedade como um todo. 
Dessa forma o comprometimento de uma empresa com o social deve ser fruto, primeiramente, do seu comportamento ético e isso envolve o comprometimento interno, com os colaboradores e acionistas e é neste aspecto que aparecem os elementos que conceituam e definem a prática da boa governança corporativa . 
Governança corporativa
É o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
A preocupação da Governança Corporativa é, portanto, criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos administradores esteja sempre alinhado com o melhor interesse da empresa. 
Governança Corporativa
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum. 
Governança Corporativa
 Princípios Básicos:
1) Transparência
	Disponibilizar às partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. 
	Deve contemplar fatores que norteiam a ação gerencial e que condizem à preservação e à otimização do valor da organização, além do desempenho econômico e financeiro. 
	 Governança Corporativa
 Princípios Básicos:
2) Prestação de Contas (accountability) 
	Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência (cuidado na execução da tarefa) e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.  
	 Governança Corporativa
 Princípios Básicos:
 3) Equidade 
	Tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. 
	 Governança Corporativa
 Princípios Básicos:
4) Responsabilidade Corporativa
 	 Os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazos.
 IBGC
	O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização sem fins lucrativos, é a principal referência do Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas de Governança Corporativa.
 Desde 27 de novembro de 1995, o Instituto contribui para o desempenho sustentável e influencia os agentes da sociedade no sentido de mais transparência, justiça e responsabilidade.
Referências:
	http://www.ibgc.org.br/index.php/governanca/governanca-corporativa

Continue navegando