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Acessibilidade e Direitos

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4 
 
1.CONCEITUAÇÃO DE ACESSIBILIDADE 
Garantir condições e possibilidades de utilização, com independência e 
segurança, de espaços, públicos e/ou privados, de produto, mobiliários, 
equipamento, internet, etc. É respeitar os portadores de necessidades especiais 
e tratá-los como pessoas que fazem parte da sociedade, reconhecendo que eles 
possuem os mesmos direitos (ARTY, 2017). 
Na década de 90, surge um novo panorama no que se refere à promoção da 
acessibilidade enquanto um direito a ser aplicada a todos: na busca em tornar 
acessíveis os ambientes, passa-se a buscar o desenho universal que consiste 
na projeção de obras, espaços públicos, edifícios, meios de transporte, mobiliário 
urbano e utensílios, levando em consideração as diferenças existentes entre 
pessoas, contemplando todos (MORAIS, 2011). 
 Foi a partir de então que se remodelou o conceito de deficiência que passou 
estar atrelada ao ambiente, por não oferecerem condições acessíveis, não 
sendo mais a pessoa com deficiência a “desajustada”, “inválida”, “inútil”, criando-
se uma esfera de inclusão social, possibilitando assim, ampliar o conceito de 
acessibilidade além do espaço físico, mas também nas oportunidades de 
emprego, no direito ao acesso aos serviços públicos de educação, saúde, 
habitação, aos meios de comunicação, dentre outros (MORAIS, 2011). 
O art. 2° da lei n°10.098/2000 conceitua acessibilidade como: 
“Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições: 
I – Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das 
edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por 
pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida” (BRASIL, 2000). 
Nesse sentido, altos níveis de acessibilidade podem diminuir a exclusão social 
nas cidades, uma vez que os indivíduos se tornam mais favorecidos para usufruir 
de um conjunto de instalações acessíveis e contatos sociais. Sendo assim, o 
conceito de acessibilidade também envolve uma abordagem peculiar: a 
capacidade dos indivíduos de alcançar ou participar de atividades ou 
oportunidades normais em uma sociedade (JUNIOR, 2015). 
5 
 
2. DIREITO À ACESSIBILIDADE 
O direito à acessibilidade nem sempre esteve presente na legislação. A sua 
primeira previsão constitucional foi durante o período da ditadura militar no Brasil, 
com a edição da emenda n° 12, à Constituição de 1967, promulgada em 1978 
que tinha no corpo do texto a seguinte redação no tocante à pessoa com 
deficiência: 
“Artigo único. É assegurada aos deficientes a melhoria de sua condição social e 
econômica especialmente mediante: [...] 
 IV – Possibilidade de acesso a edifícios e logradouros públicos. Ao contemplar 
a acessibilidade como um direito assegurado especificamente aos ao portador 
de deficiência física, acabou desconsiderando outros grupos, esquecendo das 
demais deficiências, das pessoas com mobilidade reduzida, bem como outras 
minorias, como obesos, mulheres gestantes, impedindo um olhar mais crítico 
quanto ao conceito de acessibilidade. Restringindo assim o alcance à adaptação 
de edifícios e prédios públicos a deficientes cadeirantes de rodas.” 
Com a lei n° 10. 098/2000 veio uma transformação substancial em nosso país 
no que se refere à acessibilidade, já que conferiu: à eficácia plena aos 
dispositivos mencionados na Constituição, estabelecendo normas gerais para 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com 
mobilidade reduzida, e dá outras providências” (LIMA, 2006). 
A referida lei também inovou no ordenamento jurídico brasileiro ao introduzir o 
conceito de mobilidade reduzida, ampliando a abrangência do público para o 
qual se destinam as políticas públicas de acessibilidade, envolvendo idosos, 
gestantes, crianças de colo, dentre outros. Elege a adoção das normas da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT que através da edição das 
normas brasileiras - NBR, configuram-se como parâmetros a serem utilizados na 
promoção da acessibilidade nos espaços e edifícios de uso público e privado e 
no mobiliário e equipamento urbano, uniformizando as regras (MORAIS, 2011). 
Assim, deve-se buscar adequar o espaço urbano, sob o prisma do desenho 
universal, com faixa de travessia elevada, com o rebaixamento de calçadas com 
rampa acessível, servindo-se do piso tátil , estacionamentos com vagas 
reservadas aos deficientes e demais pessoas com mobilidade reduzida, 
6 
 
adaptação do mobiliário urbano como, por exemplo, o telefone público adaptado, 
semáforo sonoro para deficiente visual, ônibus com elevadores, dentre outras 
ações essenciais, tendo em vista viabilizar o direito de acessibilidade (MORAIS, 
2011). 
3. EDUCAÇÃO ESPECIAL 
A educação visa à formação integral do ser humano, sendo um processo 
contínuo de integração à sociedade em todo o curso de sua vida. Ela faz parte 
dos direitos fundamentais do homem, das necessidades básicas de todos, 
conforme é estabelecido na Declaração dos Direitos Humanos (ONU, 1948). 
A Educação Especial perpassa todos os níveis e etapas do sistema 
educacional brasileiro, sendo ofertada ao aluno com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, conforme 
estabelece o documento da Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008). 
Deve ser transversal desde a educação infantil até a educação superior, e tem 
como objetivo assegurar a inclusão escolar de seu alunado específico, 
orientando os sistemas de ensino para garantir, entre outros aspectos, a 
acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações 
e na informação (GUERREIRO, 2012). 
O direito à educação pressupõe a participação plena do aluno com algum tipo 
de deficiência no ambiente escolar, ou seja, em todas as atividades pedagógicas, 
esportivas ou de lazer. Sendo a escola um ambiente público, fora do domicílio 
do aluno, esta precisa deslocar-se até esse outro espaço, esse outro ambiente. 
Existem também os deslocamentos internos, seja em um prédio escolar ou em 
um campus universitário. Tais deslocamentos se fazem no tempo e no espaço, 
sendo compartilhados com todos os que precisam fazer esse mesmo percurso 
para realizar suas atividades diversas. Temos, então, um direito social (a 
educação) que demanda outros direitos para que possa ser efetivado. Neste 
caso, tem-se a acessibilidade física, que é um direito constitucional, como uma 
necessidade para que se possa usufruir de um direito social (GUERREIRO, 
2012). 
7 
 
Aranha (2004) diz que a acessibilidade física é um dos primeiros requisitos 
para a universalização do ensino, pois quando ela não é disponibilizada, não se 
pode garantir a educação para todos. Nesta mesma linha de raciocínio, Manzini 
e Corrêa (2003, 2008) destacam que a acessibilidade facilita a inclusão social, 
pois o meio pode causar ou agravar as condições de desvantagens vivenciadas 
pelas pessoas com deficiência. Rodrigues (2004) trouxe reflexões sobre o 
acesso e suas representações em nossa cultura. Para ele, as barreiras 
arquitetônicas precisam ser vistas não apenas como um conjunto de rampas e 
dimensões a serem respeitadas, mas como uma filosofia de acolhimento, 
conforto e facilidade, em todos os espaços dos edifícios. 
4. LEIS DE RESPALDO 
A Lei n° 10.098, de 19 dezembro de 2000, vem para estabelecer normas 
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências 
(BRASIL,2000). 
A Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) diz, no Art. 1º, que a educaçãoabrange os 
processos formativos desenvolvidos na vida familiar, no convívio humano, no 
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e 
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Para os 
educandos com necessidades educacionais especiais esta lei nos diz, no Art. 
58º, que a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar oferecida 
preferencialmente na rede regular de ensino (JUNIOR, 2015). 
A ABNT NBR 9050 (ABNT, 2004), que trata da Acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, define acessibilidade como a 
“possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a 
utilização com segurança e autonomia de edificações, mobiliário, equipamento 
urbano e elementos” (GUERREIRO 2012). 
Já o Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004), 
regulamenta as Leis nº 10.048 e 10.098/00, no capítulo das condições de 
acessibilidade, diz que “se considera acessibilidade como sendo a condição para 
utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, aos espaços 
mobiliários e equipamentos urbanos, às edificações, aos serviços de transporte, 
8 
 
aos sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoas com 
deficiência ou com mobilidade reduzida”. Observa-se que no texto não aparece 
a palavra “definição” ou “define”, apenas se diz que “se considera”. No entanto, 
além de regulamentar a Lei nº 10.098/00, este Decreto tem como referência 
básica as normas de acessibilidade da ABNT, nas quais é definido o termo 
acessibilidade (GUERREIRO 2012). 
Em uma breve análise do que é definido por acessibilidade nesses três 
documentos, observam-se similaridades entre eles e também a ampliação do 
termo. Na Lei nº 10.098/00 encontra-se a definição de acessibilidade indicando 
o ambiente, sistema e o meio que deve estar acessível, a condição de uso e a 
quem se dirige. A NBR 9050/2004, encontram as mesmas condições, todavia, 
introduzindo os termos percepção e entendimento (de quem se utiliza), mas não 
especificado a quem se dirige, pois, seu parâmetro básico é o desenho universal. 
O Decreto-lei nº 5.296/04 amplia a definição encontrada nos documentos 
anteriores quando introduz o termo “total ou assistida” ao se referir à condição 
de utilização (GUERREIRO 2012). 
Decreto-lei nº 5.296/04 identifica os marcos (limites), qual sua condição, o 
meio e a quem se destinam. A condição de utilização é a sua “usabilidade”, no 
sentido de que é algo que se torna concreto quando posto em prática. Antes da 
nossa atual Constituição, o tema acessibilidade havia sido tratado na Emenda 
Constitucional nº 12, de 17 de outubro de 1978 (BRASIL, 1978). Nesta é 
assegurada à pessoa com deficiência a melhoria de sua condição social e 
econômica, mediante, entre outros itens, a possibilidade de acesso a edifícios e 
logradouros públicos (GUERREIRO 2012). 
O item 2 do Art. 227º da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) diz que 
a lei disporá sobre as normas para a construção de logradouros, a fim de garantir 
o acesso adequado às pessoas com deficiência. E, no Art. 244, também é 
prevista a adaptação dos logradouros públicos, com a mesma finalidade. 
Possibilitar o acesso irrestrito aos espaços públicos, a fim de garantir a plenitude 
desse exercício às pessoas com deficiência, é função do Estado (GUERREIRO 
2012). 
9 
 
Ao falar sobre o movimento de inclusão, a nossa Constituição não prevê um 
simples “abrir de portas e adapte-se quem puder”, mas impõe o dever de 
promover e de realizar ações que garantam a não exclusão. As legislações 
infraconstitucionais foram consolidando os avanços decorrentes desse novo 
status que a pessoa com deficiência tem alcançado. O Decreto-lei n° 5.296/04, 
que regulamenta as Leis n° 10.048/00 e 10.098/00, sendo esta última a que 
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade, 
diz no Art. 24 que (GUERREIRO 2012). 
Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, 
públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos 
os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência 
ou com mobilidade reduzida, inclusive A Convenção dos Direitos das Pessoas 
com Deficiência (BRASIL, 2007), em seu Art. 9º, trata da Acessibilidade que tem 
por fim possibilitar às pessoas com deficiência viver com autonomia e com plena 
participação em todos os aspectos de sua vida. No Brasil, esta Convenção foi 
promulgada pelo Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009 (BRASIL, 2009). 
A Política Nacional de Educação Especial no contexto da Educação Inclusiva 
(BRASIL, 2008), tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de seu alunado 
específico e orientar os sistemas de ensino, entre outros itens, a acessibilidade 
urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na 
comunicação e informação. Para que isso ocorra, fazem-se necessárias ações 
que envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a 
promoção da acessibilidade arquitetônica nas comunicações, nos sistemas de 
informação, nos materiais didáticos e pedagógicos, que devem ser 
disponibilizados desde os processos seletivos, bem como no desenvolvimento 
de todas as atividades que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão. A 
palavra acessibilidade está inserida no texto dessa política educacional, tanto 
para as questões arquitetônicas quanto para as formas de comunicação e 
informação, materiais didáticos e pedagógicos (GUERREIRO, 2012). 
Por meio do Decreto n° 7.611, de 17 de novembro de 2011, é previsto a 
estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais da educação 
superior, cujo objetivo é eliminar as barreiras físicas, de comunicação e de 
informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e 
10 
 
social do aluno com deficiência. Nesse mesmo dia foi promulgado o Decreto n° 
7.612, que institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – 
Plano Viver sem Limite. Esse plano possui quatro eixos de atuação, que são: 
acesso à educação; atenção à saúde; inclusão social; e acessibilidade. A 
acessibilidade, além de ser um eixo, permeia os outros três, tanto de forma física, 
como de comunicação e afetividade (GUERREIRO, 2012). 
A Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2006), propõe o conceito de 
ambiência utilizado aqui, como “espaço físico entendido como espaço social, 
profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção 
acolhedora, resolutiva e humana” (p. 5). Ou seja, o espaço é mais abrangente 
que a mera quantificação em metros quadrados ou localização, para incorporar, 
também, as questões deste ambiente como facilitador do processo educativo e 
das relações interpessoais. Essa dimensão, que pode facilitar ou dificultar o êxito 
acadêmico, passa pela possibilidade de se transpor as barreiras arquitetônicas, 
urbanísticas, de comunicações e atitudinais, vivenciadas (GUERREIRO, 2012). 
Além de algumas Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) como: 
NBR-9050 - Acessibilidade de pessoas com deficiência a edificações, espaço, 
mobiliário e equipamento urbanos (em processo de revisão). 
NBR-14020 - Transporte - Acessibilidade da pessoa com deficiência a trens 
de longo percurso. 
NBR-14021 - Transporte - Acessibilidade da pessoa com deficiência a trens 
metropolitanos. 
NBR-14022 - Transporte - Acessibilidade da pessoa com deficiência a ônibus 
e trólebus, para atendimento urbano e intermunicipal. 
NBR - 14273 - Acessibilidade da pessoa com deficiência a transporte aéreo 
comercial. 
NBR-13994 - Elevadores para transporte de pessoas com deficiência. 
 
 
11 
 
5. INSTITUIÇÕESA Associação Brasileira de Acessibilidade – ABRA, seus objetivos envolvem 
orientações para intervenções, conscientização, promoção de treinamentos, 
desenvolvimento de ferramentas e execução de ações destinadas a eliminar 
barreiras e promover acessibilidade das pessoas com deficiência aos espaços 
virtuais, tais como sites na Internet, telecomunicações, softwares e outros meios. 
Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social – ABADS, é 
uma instituição filantrópica, de utilidade municipal, estadual e federal, que atende 
mais de 980 crianças e jovens com deficiência intelectual e autismo, nas áreas 
da saúde, educação, assistência social e emprego apoiado. Tentam construir 
uma sociedade mais inclusiva, um dos projetos desenvolvidos é o Emprego 
Apoiador – onde mais de 300 jovens com deficiência intelectual ou autismo 
ingressaram no mercado de trabalho. 
6. MEDIDAS PADRONIZADAS 
6.1 Altura para comandos e controles 
Mostra as alturas recomendadas para o posicionamento de diferentes tipos 
de comandos e controles (ABNT, 2004). 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
 
 
 
12 
 
6.2 Formas de comunicação e sinalização 
As formas de comunicação e sinalização adotadas são: 
Visual: É realizada através de textos ou figuras a fim de representar algo, ex: 
elevadores, banheiros, saída, entrada, etc. (ABNT, 2004). 
Tátil: É realizada através de caracteres em relevo, Braille ou figuras em relevo. 
As informações em Braille não dispensam a sinalização visual com caracteres 
ou figuras em relevo, exceto quando se tratar de folheto informativo. As 
informações em Braille devem estar posicionadas abaixo dos caracteres ou 
figuras em relevo (ABNT, 2004). 
Sonora: É realizada através de recursos auditivos. Toda mensagem sonora 
deve ser precedida de um prefixo ou de um ruído característico para chamar a 
atenção do ouvinte. Os alarmes sonoros, bem como os alarmes vibratórios, 
devem estar associados e sincronizados aos alarmes visuais intermitentes, de 
maneira a alertar as pessoas com deficiência visual e as pessoas com deficiência 
auditiva (surdez) (ABNT, 2004). 
6.3 Simbologia 
Cadeirante: 
A indicação de acessibilidade das edificações, do mobiliário, dos espaços e 
dos equipamentos urbanos deve ser feita por meio do símbolo internacional de 
acesso. A figura deve estar sempre voltada para o lado direito. Nenhuma 
modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo. O símbolo 
internacional de acesso deve indicar a acessibilidade aos serviços e identificar 
espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos onde existem 
elementos acessíveis ou utilizáveis por pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida (ABNT, 2004). 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
13 
 
Esta sinalização deve ser afixada em local visível ao público, sendo utilizada 
principalmente nos seguintes locais, quando acessíveis: 
 a) entradas; 
 b) áreas e vagas de estacionamento de veículos; 
c) áreas acessíveis de embarque/desembarque; 
d) sanitários; 
e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência; 
f) áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas; 
 g) equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficiência. 
Deficiente Visual: 
Representação do símbolo internacional de pessoas com deficiência visual 
(cegueira), sua figura deve estar sempre voltada para a direita. Nenhuma 
modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo. O símbolo 
internacional de pessoas com deficiência visual deve indicar a existência de 
equipamentos, mobiliário e serviços para pessoas com deficiência visual (ABNT, 
2004). 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
Deficiente Auditivo: 
Representação do símbolo internacional de pessoa com deficiência auditiva 
(surdez), sua figura deve estar sempre representada na direita. Nenhuma 
modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo. O símbolo 
internacional de pessoa com surdez deve ser utilizado em todos os locais, 
equipamentos, produtos, procedimentos ou serviços para pessoa com 
deficiência auditiva (surdez) (ABNT, 2004). 
14 
 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
Banheiros: 
O banheiro que se adequa as necessidades que um cadeirante precisa, terá 
seu o símbolo representado. Um símbolo que veio para complementar a 
acessibilidade, é o do banheiro familiar, onde não há impedimento de pessoas 
de sexos opostos entrarem juntamente a seus filhos ou algum acompanhante. 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
6.4 Prédios públicos e privados 
Rampas de Acesso: 
As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na 
tabela 5. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de 
descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso (ABNT, 2004). 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
15 
 
Portas: 
As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m 
e altura mínima de 2,10 m. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma 
delas deve ter o vão livre de 0,80 m. As portas devem ter condições de serem 
abertas com um único movimento e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, 
instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas 
acessíveis, recomenda-se que as portas tenham na sua parte inferior, inclusive 
no batente, revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, 
muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir do piso (ABNT, 2004). 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
Rebaixamento da Calçada: 
As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres 
sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que houver foco 
de pedestres. A largura dos rebaixamentos deve ser igual à largura das faixas 
de travessia de pedestres, quando o fluxo de pedestres calculado ou estimado 
for superior a 25 pedestres/min/m (ABNT, 2004). 
16 
 
 
Fonte: ABNT, 2004. 
6.5 Espaços públicos 
Cinema, teatro, auditório e similares: 
Os cinemas, teatros, auditórios e similares devem possuir, na área destinada 
ao público, espaços reservados para P.C.R., assentos para P.M.R. e assentos 
para P.O. (ABNT,2004). 
Restaurantes, refeitórios, bares e similares: 
Os restaurantes, refeitórios e bares devem possuir pelo menos 5% do total de 
mesas, com no mínimo uma, acessíveis a P.C.R. (ABNT, 2004). 
P.C.R. – Pessoa em Cadeira de Rodas; 
P.M.R. – Pessoa com Mobilidade Reduzida; 
P.O. – Pessoa Obesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva – Referenciais para a construção de 
sistemas educacionais Inclusivos: a escola. Brasília: MEC/Secretaria de 
Educação Especial, 2004. v. 3; 
ARTY, Davi. Guia sobre acessibilidade [Parte - 01]: Tornando o seu projeto 
mais acessível. Disponível em: <https://www.chiefofdesign.com.br/guia-sobre-
acessibilidade-parte-01/>. Acesso em 07 set. 2018; 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050: 
acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio 
de Janeiro, 2004; 
BRASIL. Emenda Constitucional n. 12, de 17 de outubro de 1978. Diário 
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 19 outubro 1978. Seção 1, 
p. 16857; 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 
1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ 
constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em 07 set. 2018; 
BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 dezembro 2000. Seção 1, p. 2; 
BRASIL. Decreto-lei nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Diário Oficial da 
União da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 ago. 2009. Seção1, p. 
3; 
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Política 
Nacional de Humanização da Saúde. Documento Base. 4ª ed. Brasília: 
Ministério da Saúde (MS); 2006; 
BRASIL. Política nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação 
Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008; 
BRASIL. Direito a Educação, Direito ao Trabalho e à Seguridade Social 
(Módulo V). In: Direitos Humanos e Mediação de Conflitos. Brasília: SEDH/ITS 
Brasil, 2008; 
18 
 
BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Diário Oficial da 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 ago. 2009. Seção 1, p. 3; 
______.; CORRÊA, P. M. Avaliação da acessibilidade em escolas do Ensino 
Fundamental usando a tecnologia digital. 2008. Disponível em: <http:// 
www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4331—Int.pdf>. Acesso em 07 
set. 2018; 
GUERREIRO, Elaine Maria Bessa Rabello. A acessibilidade e a educação: 
um direito constitucional como base para um direito social da pessoa com 
deficiência. Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 25, n. 43, p. 217-232, maio/ago. 
2012; 
JUNIOR, Ademir Antonio Betarelli. Custo de acessibilidade entre residência e 
trabalho: um enfoque das características individuais, familiares e locais. Nova 
economia, vol.25 no.2, Belo Horizonte Maio/Ago. 2015; 
LIMA, Luiz Henrique. Acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências: 
requisito da legalidade, legitimidade e economicidade das edificações públicas. 
Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1233, 16 nov. 2006; 
MANZINI, E. J. et al. Acessibilidade em ambiente universitário: identificação e 
quantificação de barreiras arquitetônicas. In: MARQUEZINI, M. C. et al. (Org.). 
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