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4 1.CONCEITUAÇÃO DE ACESSIBILIDADE Garantir condições e possibilidades de utilização, com independência e segurança, de espaços, públicos e/ou privados, de produto, mobiliários, equipamento, internet, etc. É respeitar os portadores de necessidades especiais e tratá-los como pessoas que fazem parte da sociedade, reconhecendo que eles possuem os mesmos direitos (ARTY, 2017). Na década de 90, surge um novo panorama no que se refere à promoção da acessibilidade enquanto um direito a ser aplicada a todos: na busca em tornar acessíveis os ambientes, passa-se a buscar o desenho universal que consiste na projeção de obras, espaços públicos, edifícios, meios de transporte, mobiliário urbano e utensílios, levando em consideração as diferenças existentes entre pessoas, contemplando todos (MORAIS, 2011). Foi a partir de então que se remodelou o conceito de deficiência que passou estar atrelada ao ambiente, por não oferecerem condições acessíveis, não sendo mais a pessoa com deficiência a “desajustada”, “inválida”, “inútil”, criando- se uma esfera de inclusão social, possibilitando assim, ampliar o conceito de acessibilidade além do espaço físico, mas também nas oportunidades de emprego, no direito ao acesso aos serviços públicos de educação, saúde, habitação, aos meios de comunicação, dentre outros (MORAIS, 2011). O art. 2° da lei n°10.098/2000 conceitua acessibilidade como: “Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições: I – Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida” (BRASIL, 2000). Nesse sentido, altos níveis de acessibilidade podem diminuir a exclusão social nas cidades, uma vez que os indivíduos se tornam mais favorecidos para usufruir de um conjunto de instalações acessíveis e contatos sociais. Sendo assim, o conceito de acessibilidade também envolve uma abordagem peculiar: a capacidade dos indivíduos de alcançar ou participar de atividades ou oportunidades normais em uma sociedade (JUNIOR, 2015). 5 2. DIREITO À ACESSIBILIDADE O direito à acessibilidade nem sempre esteve presente na legislação. A sua primeira previsão constitucional foi durante o período da ditadura militar no Brasil, com a edição da emenda n° 12, à Constituição de 1967, promulgada em 1978 que tinha no corpo do texto a seguinte redação no tocante à pessoa com deficiência: “Artigo único. É assegurada aos deficientes a melhoria de sua condição social e econômica especialmente mediante: [...] IV – Possibilidade de acesso a edifícios e logradouros públicos. Ao contemplar a acessibilidade como um direito assegurado especificamente aos ao portador de deficiência física, acabou desconsiderando outros grupos, esquecendo das demais deficiências, das pessoas com mobilidade reduzida, bem como outras minorias, como obesos, mulheres gestantes, impedindo um olhar mais crítico quanto ao conceito de acessibilidade. Restringindo assim o alcance à adaptação de edifícios e prédios públicos a deficientes cadeirantes de rodas.” Com a lei n° 10. 098/2000 veio uma transformação substancial em nosso país no que se refere à acessibilidade, já que conferiu: à eficácia plena aos dispositivos mencionados na Constituição, estabelecendo normas gerais para promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências” (LIMA, 2006). A referida lei também inovou no ordenamento jurídico brasileiro ao introduzir o conceito de mobilidade reduzida, ampliando a abrangência do público para o qual se destinam as políticas públicas de acessibilidade, envolvendo idosos, gestantes, crianças de colo, dentre outros. Elege a adoção das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT que através da edição das normas brasileiras - NBR, configuram-se como parâmetros a serem utilizados na promoção da acessibilidade nos espaços e edifícios de uso público e privado e no mobiliário e equipamento urbano, uniformizando as regras (MORAIS, 2011). Assim, deve-se buscar adequar o espaço urbano, sob o prisma do desenho universal, com faixa de travessia elevada, com o rebaixamento de calçadas com rampa acessível, servindo-se do piso tátil , estacionamentos com vagas reservadas aos deficientes e demais pessoas com mobilidade reduzida, 6 adaptação do mobiliário urbano como, por exemplo, o telefone público adaptado, semáforo sonoro para deficiente visual, ônibus com elevadores, dentre outras ações essenciais, tendo em vista viabilizar o direito de acessibilidade (MORAIS, 2011). 3. EDUCAÇÃO ESPECIAL A educação visa à formação integral do ser humano, sendo um processo contínuo de integração à sociedade em todo o curso de sua vida. Ela faz parte dos direitos fundamentais do homem, das necessidades básicas de todos, conforme é estabelecido na Declaração dos Direitos Humanos (ONU, 1948). A Educação Especial perpassa todos os níveis e etapas do sistema educacional brasileiro, sendo ofertada ao aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, conforme estabelece o documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008). Deve ser transversal desde a educação infantil até a educação superior, e tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de seu alunado específico, orientando os sistemas de ensino para garantir, entre outros aspectos, a acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e na informação (GUERREIRO, 2012). O direito à educação pressupõe a participação plena do aluno com algum tipo de deficiência no ambiente escolar, ou seja, em todas as atividades pedagógicas, esportivas ou de lazer. Sendo a escola um ambiente público, fora do domicílio do aluno, esta precisa deslocar-se até esse outro espaço, esse outro ambiente. Existem também os deslocamentos internos, seja em um prédio escolar ou em um campus universitário. Tais deslocamentos se fazem no tempo e no espaço, sendo compartilhados com todos os que precisam fazer esse mesmo percurso para realizar suas atividades diversas. Temos, então, um direito social (a educação) que demanda outros direitos para que possa ser efetivado. Neste caso, tem-se a acessibilidade física, que é um direito constitucional, como uma necessidade para que se possa usufruir de um direito social (GUERREIRO, 2012). 7 Aranha (2004) diz que a acessibilidade física é um dos primeiros requisitos para a universalização do ensino, pois quando ela não é disponibilizada, não se pode garantir a educação para todos. Nesta mesma linha de raciocínio, Manzini e Corrêa (2003, 2008) destacam que a acessibilidade facilita a inclusão social, pois o meio pode causar ou agravar as condições de desvantagens vivenciadas pelas pessoas com deficiência. Rodrigues (2004) trouxe reflexões sobre o acesso e suas representações em nossa cultura. Para ele, as barreiras arquitetônicas precisam ser vistas não apenas como um conjunto de rampas e dimensões a serem respeitadas, mas como uma filosofia de acolhimento, conforto e facilidade, em todos os espaços dos edifícios. 4. LEIS DE RESPALDO A Lei n° 10.098, de 19 dezembro de 2000, vem para estabelecer normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências (BRASIL,2000). A Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) diz, no Art. 1º, que a educaçãoabrange os processos formativos desenvolvidos na vida familiar, no convívio humano, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Para os educandos com necessidades educacionais especiais esta lei nos diz, no Art. 58º, que a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino (JUNIOR, 2015). A ABNT NBR 9050 (ABNT, 2004), que trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, define acessibilidade como a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, mobiliário, equipamento urbano e elementos” (GUERREIRO 2012). Já o Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004), regulamenta as Leis nº 10.048 e 10.098/00, no capítulo das condições de acessibilidade, diz que “se considera acessibilidade como sendo a condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, aos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, às edificações, aos serviços de transporte, 8 aos sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”. Observa-se que no texto não aparece a palavra “definição” ou “define”, apenas se diz que “se considera”. No entanto, além de regulamentar a Lei nº 10.098/00, este Decreto tem como referência básica as normas de acessibilidade da ABNT, nas quais é definido o termo acessibilidade (GUERREIRO 2012). Em uma breve análise do que é definido por acessibilidade nesses três documentos, observam-se similaridades entre eles e também a ampliação do termo. Na Lei nº 10.098/00 encontra-se a definição de acessibilidade indicando o ambiente, sistema e o meio que deve estar acessível, a condição de uso e a quem se dirige. A NBR 9050/2004, encontram as mesmas condições, todavia, introduzindo os termos percepção e entendimento (de quem se utiliza), mas não especificado a quem se dirige, pois, seu parâmetro básico é o desenho universal. O Decreto-lei nº 5.296/04 amplia a definição encontrada nos documentos anteriores quando introduz o termo “total ou assistida” ao se referir à condição de utilização (GUERREIRO 2012). Decreto-lei nº 5.296/04 identifica os marcos (limites), qual sua condição, o meio e a quem se destinam. A condição de utilização é a sua “usabilidade”, no sentido de que é algo que se torna concreto quando posto em prática. Antes da nossa atual Constituição, o tema acessibilidade havia sido tratado na Emenda Constitucional nº 12, de 17 de outubro de 1978 (BRASIL, 1978). Nesta é assegurada à pessoa com deficiência a melhoria de sua condição social e econômica, mediante, entre outros itens, a possibilidade de acesso a edifícios e logradouros públicos (GUERREIRO 2012). O item 2 do Art. 227º da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) diz que a lei disporá sobre as normas para a construção de logradouros, a fim de garantir o acesso adequado às pessoas com deficiência. E, no Art. 244, também é prevista a adaptação dos logradouros públicos, com a mesma finalidade. Possibilitar o acesso irrestrito aos espaços públicos, a fim de garantir a plenitude desse exercício às pessoas com deficiência, é função do Estado (GUERREIRO 2012). 9 Ao falar sobre o movimento de inclusão, a nossa Constituição não prevê um simples “abrir de portas e adapte-se quem puder”, mas impõe o dever de promover e de realizar ações que garantam a não exclusão. As legislações infraconstitucionais foram consolidando os avanços decorrentes desse novo status que a pessoa com deficiência tem alcançado. O Decreto-lei n° 5.296/04, que regulamenta as Leis n° 10.048/00 e 10.098/00, sendo esta última a que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade, diz no Art. 24 que (GUERREIRO 2012). Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (BRASIL, 2007), em seu Art. 9º, trata da Acessibilidade que tem por fim possibilitar às pessoas com deficiência viver com autonomia e com plena participação em todos os aspectos de sua vida. No Brasil, esta Convenção foi promulgada pelo Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009 (BRASIL, 2009). A Política Nacional de Educação Especial no contexto da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de seu alunado específico e orientar os sistemas de ensino, entre outros itens, a acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação. Para que isso ocorra, fazem-se necessárias ações que envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a promoção da acessibilidade arquitetônica nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos e pedagógicos, que devem ser disponibilizados desde os processos seletivos, bem como no desenvolvimento de todas as atividades que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão. A palavra acessibilidade está inserida no texto dessa política educacional, tanto para as questões arquitetônicas quanto para as formas de comunicação e informação, materiais didáticos e pedagógicos (GUERREIRO, 2012). Por meio do Decreto n° 7.611, de 17 de novembro de 2011, é previsto a estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais da educação superior, cujo objetivo é eliminar as barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e 10 social do aluno com deficiência. Nesse mesmo dia foi promulgado o Decreto n° 7.612, que institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite. Esse plano possui quatro eixos de atuação, que são: acesso à educação; atenção à saúde; inclusão social; e acessibilidade. A acessibilidade, além de ser um eixo, permeia os outros três, tanto de forma física, como de comunicação e afetividade (GUERREIRO, 2012). A Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2006), propõe o conceito de ambiência utilizado aqui, como “espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana” (p. 5). Ou seja, o espaço é mais abrangente que a mera quantificação em metros quadrados ou localização, para incorporar, também, as questões deste ambiente como facilitador do processo educativo e das relações interpessoais. Essa dimensão, que pode facilitar ou dificultar o êxito acadêmico, passa pela possibilidade de se transpor as barreiras arquitetônicas, urbanísticas, de comunicações e atitudinais, vivenciadas (GUERREIRO, 2012). Além de algumas Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) como: NBR-9050 - Acessibilidade de pessoas com deficiência a edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos (em processo de revisão). NBR-14020 - Transporte - Acessibilidade da pessoa com deficiência a trens de longo percurso. NBR-14021 - Transporte - Acessibilidade da pessoa com deficiência a trens metropolitanos. NBR-14022 - Transporte - Acessibilidade da pessoa com deficiência a ônibus e trólebus, para atendimento urbano e intermunicipal. NBR - 14273 - Acessibilidade da pessoa com deficiência a transporte aéreo comercial. NBR-13994 - Elevadores para transporte de pessoas com deficiência. 11 5. INSTITUIÇÕESA Associação Brasileira de Acessibilidade – ABRA, seus objetivos envolvem orientações para intervenções, conscientização, promoção de treinamentos, desenvolvimento de ferramentas e execução de ações destinadas a eliminar barreiras e promover acessibilidade das pessoas com deficiência aos espaços virtuais, tais como sites na Internet, telecomunicações, softwares e outros meios. Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social – ABADS, é uma instituição filantrópica, de utilidade municipal, estadual e federal, que atende mais de 980 crianças e jovens com deficiência intelectual e autismo, nas áreas da saúde, educação, assistência social e emprego apoiado. Tentam construir uma sociedade mais inclusiva, um dos projetos desenvolvidos é o Emprego Apoiador – onde mais de 300 jovens com deficiência intelectual ou autismo ingressaram no mercado de trabalho. 6. MEDIDAS PADRONIZADAS 6.1 Altura para comandos e controles Mostra as alturas recomendadas para o posicionamento de diferentes tipos de comandos e controles (ABNT, 2004). Fonte: ABNT, 2004. 12 6.2 Formas de comunicação e sinalização As formas de comunicação e sinalização adotadas são: Visual: É realizada através de textos ou figuras a fim de representar algo, ex: elevadores, banheiros, saída, entrada, etc. (ABNT, 2004). Tátil: É realizada através de caracteres em relevo, Braille ou figuras em relevo. As informações em Braille não dispensam a sinalização visual com caracteres ou figuras em relevo, exceto quando se tratar de folheto informativo. As informações em Braille devem estar posicionadas abaixo dos caracteres ou figuras em relevo (ABNT, 2004). Sonora: É realizada através de recursos auditivos. Toda mensagem sonora deve ser precedida de um prefixo ou de um ruído característico para chamar a atenção do ouvinte. Os alarmes sonoros, bem como os alarmes vibratórios, devem estar associados e sincronizados aos alarmes visuais intermitentes, de maneira a alertar as pessoas com deficiência visual e as pessoas com deficiência auditiva (surdez) (ABNT, 2004). 6.3 Simbologia Cadeirante: A indicação de acessibilidade das edificações, do mobiliário, dos espaços e dos equipamentos urbanos deve ser feita por meio do símbolo internacional de acesso. A figura deve estar sempre voltada para o lado direito. Nenhuma modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo. O símbolo internacional de acesso deve indicar a acessibilidade aos serviços e identificar espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos onde existem elementos acessíveis ou utilizáveis por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida (ABNT, 2004). Fonte: ABNT, 2004. 13 Esta sinalização deve ser afixada em local visível ao público, sendo utilizada principalmente nos seguintes locais, quando acessíveis: a) entradas; b) áreas e vagas de estacionamento de veículos; c) áreas acessíveis de embarque/desembarque; d) sanitários; e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência; f) áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas; g) equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficiência. Deficiente Visual: Representação do símbolo internacional de pessoas com deficiência visual (cegueira), sua figura deve estar sempre voltada para a direita. Nenhuma modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo. O símbolo internacional de pessoas com deficiência visual deve indicar a existência de equipamentos, mobiliário e serviços para pessoas com deficiência visual (ABNT, 2004). Fonte: ABNT, 2004. Deficiente Auditivo: Representação do símbolo internacional de pessoa com deficiência auditiva (surdez), sua figura deve estar sempre representada na direita. Nenhuma modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo. O símbolo internacional de pessoa com surdez deve ser utilizado em todos os locais, equipamentos, produtos, procedimentos ou serviços para pessoa com deficiência auditiva (surdez) (ABNT, 2004). 14 Fonte: ABNT, 2004. Banheiros: O banheiro que se adequa as necessidades que um cadeirante precisa, terá seu o símbolo representado. Um símbolo que veio para complementar a acessibilidade, é o do banheiro familiar, onde não há impedimento de pessoas de sexos opostos entrarem juntamente a seus filhos ou algum acompanhante. Fonte: ABNT, 2004. 6.4 Prédios públicos e privados Rampas de Acesso: As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela 5. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso (ABNT, 2004). Fonte: ABNT, 2004. 15 Portas: As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m. As portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas acessíveis, recomenda-se que as portas tenham na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir do piso (ABNT, 2004). Fonte: ABNT, 2004. Rebaixamento da Calçada: As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que houver foco de pedestres. A largura dos rebaixamentos deve ser igual à largura das faixas de travessia de pedestres, quando o fluxo de pedestres calculado ou estimado for superior a 25 pedestres/min/m (ABNT, 2004). 16 Fonte: ABNT, 2004. 6.5 Espaços públicos Cinema, teatro, auditório e similares: Os cinemas, teatros, auditórios e similares devem possuir, na área destinada ao público, espaços reservados para P.C.R., assentos para P.M.R. e assentos para P.O. (ABNT,2004). Restaurantes, refeitórios, bares e similares: Os restaurantes, refeitórios e bares devem possuir pelo menos 5% do total de mesas, com no mínimo uma, acessíveis a P.C.R. (ABNT, 2004). P.C.R. – Pessoa em Cadeira de Rodas; P.M.R. – Pessoa com Mobilidade Reduzida; P.O. – Pessoa Obesa. 17 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva – Referenciais para a construção de sistemas educacionais Inclusivos: a escola. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Especial, 2004. v. 3; ARTY, Davi. Guia sobre acessibilidade [Parte - 01]: Tornando o seu projeto mais acessível. Disponível em: <https://www.chiefofdesign.com.br/guia-sobre- acessibilidade-parte-01/>. Acesso em 07 set. 2018; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004; BRASIL. Emenda Constitucional n. 12, de 17 de outubro de 1978. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 19 outubro 1978. 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