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Portfólio de Rotinas Trabalhistas Admissão Contrato de trabalho Cálculo de folha de pagamento Férias 13º salário Aviso prévio Rescisão Encargos patronais Benefícios previdenciários Admissão Admissão vem do latim admitio, que significa dar acesso, deixar entrar, acolher. O empregador admite, acolhe o empregado na empresa, dá acesso à empresa, deixa-o começar a trabalhar. A admissão do empregado é um ato de vontade das partes do vínculo jurídico. É um contrato de adesão pelo qual o empregado, sem maiores discussões sobre os seus direitos, simplesmente adere aos direitos previstos nas normas jurídicas sem sequer pleiteá-los ou negociá-los com o empregador. Admissão do empregado é um ato negocial, um negócio jurídico, porém com efeitos em grande parte já preestabelecidos pelas leis, convenções coletivas e outros. Para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, faz-se necessário o documento de caráter individual e obrigatório, que é a Carteira de Trabalho e Previdência Social. Tem a CTPS dupla finalidade, a primeira trabalhista e a segunda previdenciária. Deverá obrigatoriamente ser apresentada, contra recibo pelo trabalhador ao empregador que o admitir, devendo este, no prazo de 48 horas, anotar a data da admissão, a remuneração e as condições especiais se houver. É um valioso instrumento para o empregado, que poderá demonstrar que trabalha ou trabalhou para certo ou determinado empregador, o período em que esteve subordinado a ele, bem como a sua remuneração, servindo ainda para demonstrar o tempo de contribuição perante a Previdência Social. Sua natureza é de prova do contrato de trabalho, tanto nas relações de emprego verbalmente ajustadas como naquelas em que há contrato escrito, haverá, além do contrato com as cláusulas combinadas, a carteira; quanto à sua obrigatoriedade, nenhum empregado pode ser admitido sem apresentá-la, após as anotações, será devolvida ao empregado. As anotações efetuadas na carteira geram presunção relativa quanto à existência da relação de emprego, serão efetuadas pelo empregador, salvo os referentes a dependentes do portador para fins previdenciários, que serão feitas pelo INSS, bem como as de acidentes de trabalho, previstas nos arts. 20 e 30 da CLT. Processo de Admissão de Funcionários As etapas do processo de recrutamento e seleção Antes da admissão, é importante entender o processo de recrutamento e seleção. É assim que a empresa entende quais são as pessoas que estão dentro do perfil procurado pela empresa. Veja algumas das etapas mais comuns: Descrição da vaga: características profissionais e perfil do funcionário buscado pela empresa; Anúncio da vaga: divulgação da descrição da vaga nos canais aos quais os candidatos têm acesso; Triagem dos currículos: filtro para desconsiderar os currículos que não estão de acordo com a vaga; Contato por telefone: abordagem inicial para verificar disponibilidade, comprovar habilidades e debater o interesse do candidato pela vaga; Entrevista: o encontro pode ser conduzido pelos gestores ou pelo pessoal de RH, dependendo da cultura da empresa e do seu tamanho; Aplicação de testes: comprovação das habilidades e das competências necessários para o cargo. Depois de passar por todas as etapas é escolhido o melhor candidato para a vaga. Exame Admissional Esse exame serve para conferir a saúde do profissional, com o intuito de saber se ele está fisicamente apto para realizar as funções do cargo para o qual foi contratado na empresa. Primeiro, precisamos ter certeza de que o novo colaborador está apto a trabalhar. Por isso, o segundo passo do processo de admissão de funcionários é pedir que ele realize o exame médico admissional obrigatório, de acordo com o PCMSO – sigla para Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Entrega de documentos Comece a recolher os seguintes documentos para a preparação da ficha do funcionário: Carteira de Trabalho, também chamada de CTPS, para você fazer as anotações necessárias. Lembre-se de devolver em até 48 horas; Uma foto 3X4, que será anexada ao livro ou ficha de registro de funcionários. Além desses, os documentos abaixo devem ser concedidos como cópias simples ou digitais. O principal motivo de recebê-los é poder ter certeza de que todos os números fornecidos são verdadeiros e que não houve nenhum tipo de falsidade ideológica: RG ou outra carteira de identificação emitida por outros meios, como as de Conselhos Regionais; CPF; Título de eleitor; Comprovante de residência; PIS ou NIS; Carteira de motorista, a CNH – pode inclusive substituir o RG e CPF por conter em si os números; Documento de reservista para homens maiores de 18 anos de idade; Certidão de casamento para cadastro de dependentes; Certidão de nascimento de filhos menores de 21 anos de idade para cadastro de dependentes; Cartão de vacina para filhos menores de 5 anos de idade para cadastro do Salário Família e outros benefícios; Comprovante de escolaridade para filhos com até 14 anos de idade para cadastro do Salário Família e outros benefícios. Preenchimento de CTPS e ficha cadastral Assim que tudo isso estiver em mãos, a empresa precisará preencher estes dados pessoais e outros dados relacionados ao contrato de trabalho na CTPS, livro ou fichas de registro do funcionário. São eles: Função na empresa; Salário; Data de admissão; Grau de instrução; Estado civil; Jornada de trabalho; Dependentes para o salário família; Dependentes para o imposto de renda. Caso a carteira esteja sem nenhum espaço disponível nas páginas de Contrato de Trabalho, será necessário pedir que o funcionário tire uma Carteira de Trabalho de Continuação. Ele pode agendar pelo telefone ao ligar em 158 ou no site do Ministério do Trabalho. Quando você receber a nova carteira, faça a anotação do dado na carteira normalmente. Compra de benefícios A empresa também pode perguntar ao funcionário, através de documentos a serem preenchidos e assinados, se ele fará uso de vale transporte. É importante já saber a rota completa e o quanto será o gasto diário para comprar a modalidade certa e colocar os créditos nos cartões. Verifique se precisará também de auxílio para a abertura de uma conta corrente no banco para o recebimento do salário. Você pode precisar emitir uma carta explicando sobre a abertura. Se a sua empresa oferece Plano de Saúde, também será necessário pedir o número do Cartão SUS. Uma das práticas para no processo de admissão dos funcionários é apresentar alguns documentos da empresa a fim de facilitar o dia a dia de quem está chegando. Nesses documentos, podem ter uma apresentação mais detalhada da empresa e alguns dos benefícios oferecidos. Veja as documentações mais comuns: Termo de confidencialidade: Caso o funcionário lide com informações que são sigilosas de clientes e, por isso, todos assinam um termo de responsabilidade. Termo de solicitação de vale transporte: Termo obrigatório da lei que garante o transporte do funcionário até o local de trabalho. Código de conduta: documento que define o comportamento de seus membros e alinha os principais valores da empresa. O que é contrato de trabalho A definição do contrato individual de trabalho é dada pela CLT, no art. 442, e é um acordo que pode ser feito de forma verbal ou tácito, escrito ou expresso* e que trata das relações de emprego, entre empregado e empregador.Há, portanto, um vínculo empregatício, que é a relação entre ambas as partes, definida por meio de um contrato de trabalho que mostra a prestação dos serviços que serão oferecidos à empresa. Além disso, para a realização das atividades, o indivíduo precisará da Carteira de Trabalho, um dos principais documentos que constarão as atividades realizadas profissionalmente por um trabalhador. Tácito ou Verbal - É o tipo de acordo feito com base na confiança entre empregado e empregador e não há um documento para comprová-lo; Escrito ou Expresso - É o acordo representado pelo contrato de trabalho que deverá conter todas as obrigações e deveres de empregado e empregador. As cláusulas do contrato não devem ser contrárias à Constituição, a CLT ou às regras coletivas. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) A Carteira de Trabalho pode ser obtida gratuitamente por cidadãos maiores de 14 anos. É um documento obrigatório e o local em que serão anotados todos os dados relacionados a vida profissional do indivíduo. Além disso, é necessário que ela esteja assinada pelo empregador, pois isso será uma garantia dos direitos oferecidos pela CLT e a Previdência Social. Importante lembrar que é necessário cumprir o prazo máximo de 48 horas para devolução da carteira ao funcionário. Funcionamento do Contrato de Trabalho De acordo com o tempo de duração, os contratos de trabalho podem ser classificados: por tempo indeterminado e determinado. Há também o contrato de experiência que funciona como um teste e não pode ultrapassar o período de 90 dias. Ele é considerado um tipo de contrato por tempo determinado. Contrato por Tempo Indeterminado Tipo de contrato sem prazo para finalizar. É necessário que haja anotação na Carteira de Trabalho no prazo de até 48 horas, até mesmo nos casos de experiência. Contrato por Tempo Determinado Tipo de contrato com prazo definido para ser encerrado. Geralmente, são utilizados nos casos de serviços que possuem características transitórias. Possui um prazo máximo de 2 anos e quando são prorrogados por mais de uma vez se transformam em contratos indeterminados. Contrato de Experiência Além dos contratos citados, há também o de experiência que tem a função de verificar como são as habilidades e qualidades profissionais do indivíduo e ainda mostrar a ele, as vantagens oferecidas pela empresa, caso fique por mais tempo. A duração é de até 90 dias e, se for excedido, passará a ser um contrato indeterminado. Obs.: É comum, as empresas definirem no contrato de trabalho, um período de 45 dias de experiência, que pode ser prorrogado por mais 45. Em caso de quebra de contrato, a regra é a mesma: a parte que descumpri-lo pagará indenização. Suspensão do Contrato São situações onde o empregado deixa de prestar serviços a empresa. Esse período não é considerado tempo de trabalho, assim, ele também não receberá salário. Isso ocorre nos casos de: Aposentadoria por Invalidez; Doença; Cursos de qualificação. Interrupções no Contrato As interrupções no contrato acontecem quando um funcionário deixa de trabalhar por um período. Ele não prestará serviços, mesmo assim, receberá salário. Exemplo de casos onde isso ocorre: Férias; Falecimento do cônjuge; Alistamento militar; Afastamento por doença (no máximo 15 dias); Casamento civil. Alterações no Contrato O contrato só é alterado nas seguintes situações: Ambas as partes têm o conhecimento da mudança; Por determinação da lei; Quando o funcionário muda de cargo ou é promovido. Rescisão de Contrato Existem muitas situações em que ocorre a rescisão de contrato e ela pode ser feita tanto por iniciativa do empregado, quanto do empregador. No caso do empregado, pode ocorrer o pedido de demissão. E, quando ocorre a demissão por parte do empregador, ela poderá ser sem justa causa, por término de contrato determinado ou com justa causa (se o empregado cometer falta grave no trabalho, a empresa não terá a obrigação de pagar alguns benefícios a ele, como férias proporcionais, por exemplo). Pedido de Demissão Acontece quando o empregado decide sair da empresa, assim deverá comunicar pelo menos com 30 dias de antecedência ao empregador. Nesses casos, ele não receberá seguro-desemprego ou multa de 40% sobre o FGTS. Caso não cumpra o aviso prévio, deverá indenizar o empregador. Demissão (Sem Justa Causa) Quando há demissão, por parte do empregador, antes do prazo definido pelo contrato, este deverá indenizar o empregado. Assim, ocorre a rescisão e o funcionário deverá receber seus direitos: Aviso prévio, pode ser indenizado, quando o empregador libera do cumprimento e paga ao empregado ou vice-versa; ou trabalhado, quando o empregado trabalha normalmente por um período que pode variar de 30 a 90 dias; Multa de 40% sobre o FGTS (se for realizado pelo empregador); 13º salário; Adicional de férias (1/3). Modelos de contratação dos empregados Os empregados podem ser contratados de diferentes maneiras. Há 6 principais modelos de contratação que podem ser adotados pela sua empresa. Cada um deles tem características específicas que devem ser respeitadas. Confira: 1. CLT Este é o modelo padronizado de contratação de colaboradores, sendo sinônimo de carteira assinada. O documento é registrado de acordo com a legislação, e a relação empregatícia deve contar com os requisitos que caracterizam o vínculo empregatício. Esse formato exige que a empresa pague impostos e contribuições diversos, entre eles: FGTS, valor relativo ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), vale- alimentação/refeição, vale-transporte, 13º salário e férias. Quando somados, esses encargos que incidem sobre a folha de pagamento variam de 40% a 65% sobre o salário pago. Os custos altos, por outro lado, são compensados pela segurança do empregador. Afinal de contas, essa é a modalidade correta de contratação de colaboradores fixos, o que representa a redução do passivo trabalhista, ou seja, a possibilidade de o seu empreendimento sofrer multas e ter que pagar indenizações é muito menor. 2. Estágio Esta é a modalidade que prevê a contratação de estudantes de Ensino Médio, Ensino Superior, Educação Especial, Educação Profissional ou Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA), desde que nesses dois últimos níveis o aluno esteja no último ano. O candidato à vaga deve ter 16 anos ou mais, além de CPF e RG. Sua matrícula deve estar regular na instituição de ensino. É importante destacar que esse formato de contratação não é regido pela CLT, mas sim pela Lei 11.788/2008, conhecida por Lei do Estágio. As principais características positivas desse modelo são a vontade de aprender e o fato de o colaborador ainda não ter vícios, devido à inexperiência no mercado de trabalho. Desse modo, a empresa consegue “moldá-lo” da maneira que for melhor e prepará-lo para uma contratação futura com carteira assinada. Outra vantagem para o empregador é pagar menos encargos. Outro requisito relevante é que a jornada de trabalho deve ser de, no máximo, 6 horas diárias, sem possibilidade de hora extra. Além disso, a Lei de Estágio garante férias de 30 dias depois de 12 meses trabalhados, e a empresa é obrigada a oferecer seguro contra acidente de trabalho e vale-transporte. O contrato tem prazo determinado, devendo ser finalizado depois de 2 anos. O salário pago é definido pela empresa e não há incidência de encargos trabalhistas. OBS: Também existe a modalidade Jovem Aprendiz, que se diferencia do estágio por suas características. Aqui, o candidato deve ter entre14 e 24 anos e estar matriculado em um programa de aprendizagem de uma ONG, do sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat e Sescoop) ou em uma escola técnica. O objetivo do Jovem Aprendiz é aprender a teoria e, posteriormente, colocar o aprendizado em prática em alguma empresa. Essa parceria é regida pela CLT, e a atividade tem a característica de ser laboral, ou seja, ultrapassa o caráter de conhecimento para se tornar aplicável no trabalho. 3. Temporário Este tipo de contratação é destinado aos casos em que a empresa necessita suprir um serviço de forma urgente. É o caso de períodos em que há um volume extra de trabalho ou ainda projetos cujas atividades durarão um prazo determinado. O temporário é regido pela CLT, mas sua contratação tem algumas diferenças em relação aos trabalhadores cujo contrato tem prazo indeterminado. A primeira delas é que o contrato deve evidenciar que a modalidade é temporária e determinar a remuneração. Além disso, deve apresentar a justificativa para essa demanda, já que há autorização do Ministério do Trabalho. O contrato também não pode ultrapassar o período de 3 meses, exceto em casos em que há autorização concedida pelo Ministério do Trabalho. Nessa situação, deve estar determinado o prazo de vigência do contrato e de início e término da prestação do serviço. Apesar disso, o empregado temporário tem os mesmos direitos que o efetivo, inclusive a carga horária de 8 horas, a possibilidade de receber horas extras, Descanso Semanal Remunerado (DSR), adicional noturno, 13º salário e proteção previdenciária. As exceções são o recebimento de multa de 40% sobre o FGTS e o aviso prévio. A procura pelo temporário deve ser intermediada por uma empresa de recursos humanos especializada nessa modalidade. As vantagens desse modelo de contrato são: atendimento a demandas extraordinárias; isenção de custos adicionais, por exemplo, 13º salário, férias, FGTS e INSS. Qualquer atividade pode recorrer a esse formato de contratação. Ele é mais comum em datas festivas, especialmente Natal e ano- novo, quando a indústria e o comércio precisam de mais mão de obra. Caso empregado e empregador desejem, o contrato de trabalho temporário pode ser transformado em efetivo. Nesse caso, assina-se a carteira de trabalho e deve-se cumprir as regras relativas à modalidade CLT. 4. PJ A pessoa jurídica pode executar suas atividades livremente e prestar serviços para outras empresas. Essa parceria deve ser estabelecida por meio de um contrato específico e exige a emissão de nota fiscal. Esse profissional não tem direito a receber os mesmos direitos que um CLT. Para as empresas, representa redução de custos, já que é pago apenas o valor do serviço previamente acordado. A vantagem para o empregado é que a modalidade PJ oferece mais flexibilidade de horário, liberdade de atuação, autonomia para executar as atividades e a remuneração pode ser mais alta — só depende do próprio profissional. No entanto, é importante destacar que essa alternativa só deve ser usada quando não há caracterização de vínculo empregatício. Caso contrário, é proibido considerar essa opção, sob pena de multas, sanções e interrupção do serviço. A prestação de serviços como PJ deve ser impessoal, e as obrigações de cada uma das partes devem ficar bem claras, para evitar a caracterização de vínculo empregatício. O objetivo é assegurar que qualquer pessoa possa prestar o mesmo serviço, sem centralizar a atividade em um único indivíduo. Ele é, portanto, um prestador de serviço. A exceção é o Microempreendedor Individual (MEI), que pode fornecer um serviço especializado sem exclusividade com a empresa. Essa parceria não tem relação de subordinação. 5. Freelancer Essa palavra indica que o profissional realiza um trabalho eventual e pontual para diferentes empresas. Por isso, essa modalidade é indicada para empresas que necessitem executar trabalhos muito específicos ou que precisem de função ou habilidade que a equipe interna não tenha. O freelancer pode ser enquadrado como pessoa jurídica ou autônomo. No primeiro caso, o profissional tem um CNPJ. É o caso, principalmente, dos MEIs. Nessa situação, não há benefícios garantidos nem remuneração fixa. Por outro lado, há algumas vantagens, como a isenção do IR nesse regime tributário. Para isso, basta pagar a mensalidade cobrada no MEI, que assegura os direitos trabalhistas e previdenciários, como licença- maternidade e aposentadoria, sempre por conta do governo federal. Se o freelancer é autônomo, ele pode prestar o serviço para a empresa, mas precisa pagar 11% sobre os rendimentos para o INSS, além do valor do IR, que varia conforme a tabela progressiva. Outro encargo é relativo ao Imposto sobre Serviços (ISS), na ordem de 5%, a ser pago todos os meses. A vantagem é que esse profissional não está subordinado a ninguém e pode executar o serviço de qualquer lugar. Não precisa cumprir uma carga horária predeterminada. O que deve fazer é entregar o serviço ou suas etapas no prazo estipulado. O contrato firmado tem prazo determinado. Esse profissional não é assalariado. Sua remuneração está atrelada a um trabalho específico. Vale a pena mencionar que a atividade não está definida na legislação, mas é recomendado evitar qualquer compromisso que caracterize vínculo empregatício. Portanto, é indicado firmar um contrato no qual estejam especificadas as regras da parceria. Além disso, a relação não deve ter nenhum tipo de subordinação, como controle de frequência, cumprimento de horário e uso de uniformes. 6. Terceirização A diferença deste modelo para os outros que vimos é o vínculo da sua empresa com outro empreendimento, não com um profissional específico. Dessa forma, é uma espécie de PJ, mas o contrato é feito com outro negócio, no qual há mais profissionais que executam o serviço. Segundo a reforma trabalhista aprovada em 2017, a responsabilidade dos direitos do empregado é da terceirizada, mas a contratante fica como subsidiária. A vantagem desse tipo de contratação é a redução dos custos com mão de obra e de encargos trabalhistas e previdenciários. Além disso, permite diminuir o desemprego e aumentar a capacidade de produção do seu negócio. Anteriormente, a empresa podia apenas terceirizar sua atividade-meio, mas agora também pode repassar a responsabilidade das atividades principais do negócio, ou atividade-fim. No entanto, essa nem sempre é uma boa opção, considerando a qualidade do trabalho final. Todos os encargos trabalhistas e materiais próprios para a execução das atividades devem ser fornecidos pela prestadora de serviço. A sua empresa, sendo contratante, apenas recebe o serviço e verifica sua qualidade. Com a aprovação da reforma da Nova Lei Trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, três novos modelos de contratação passam a existir, aumentando as possibilidades para o empregador e trazendo mais flexibilidade para o empregado. Quais são eles: 1. Contrato intermitente Esse modelo de contratação, criado com a nova Lei, permite ao empregador remunerar o empregado de acordo com as horas de trabalho realizadas para a empresa, sem que seja estabelecido um tempo mínimo de jornada semanal. A remuneração pela hora de trabalho deve ser igual ou superior à de quem exerce o mesmo tipo de função na empresa e o contrato deve ser feito por escrito. Vale ressaltar que o contratado fica livre para prestar serviços para outras empresas. Outro diferencial é que o contratante poderá solicitaros serviços do contratado somente em caso de necessidade, mas a convocação para o trabalho deve ser feita com, no mínimo, 24h de antecedência, com a carga horária já definida. Caso a empresa ou o funcionário não cumpram com o que foi contratado, devem pagar metade do valor combinado à parte lesada. Em caso de demissão, o funcionário tem direito a saque de 80% do valor do FGTS, mas não tem acesso ao seguro- desemprego. O funcionário também tem direitos básicos proporcionais ao seu tempo de contrato, como 13º salário, férias e outros. 2. Home Office O contrato do tipo Home Office, chamado também de Teletrabalho, é aquele no qual a prestação de serviços se dá de forma remota, por meio de computador ou smartphone — o que, anteriormente, não era regulamentado pela CLT. Nesse caso, os direitos e deveres trabalhistas se assemelham ao contrato tradicional de pessoa física: os custos referentes a estrutura de trabalho e despesas são de responsabilidade do empregador, o empregado tem direito ao recebimento de horas- extras e descanso semanal remunerado. A diferença crucial é que o trabalho é executado fora das dependências da empresa e essa condição deve ser especificada no contrato. 3. Profissional autônomo exclusivo Uma das principais mudanças trazidas pela reforma é a possibilidade de a empresa contratar os serviços de um profissional autônomo de forma exclusiva. Isso porque, com a nova lei, o critério “exclusividade” deixa de fazer parte do conjunto de requisitos que caracterizam vínculo empregatício. Dessa maneira, é possível contar com um profissional autônomo exclusivo em sua equipe, desde que isso não conste na cláusula de trabalho e os outros requisitos (habitualidade, salário e subordinação) sejam respeitados. Vale ressaltar que o modelo de contratação temporária também sofre alterações: se, antes, o contrato era de 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 80 dias, agora o contrato mínimo é de 120 dias e pode ser prorrogado pelo dobro desse tempo. Além disso, outra mudança importante que diz respeito diretamente aos modelos de contratação é o aumento da jornada de trabalho máxima diária, que passa de 8h com acréscimo máximo de 2h extras (para contratos de 44h semanais) para a possibilidade de escalas de 12h/36h. Cálculo de folha de pagamento Boa parte dos colaboradores de uma empresa não se dá conta do longo processo pelo qual os salários dos empregados passam antes de chegarem aos contracheques. Por essa razão, é comum vermos empresários se perguntando: como calcular a folha de pagamento da minha empresa? Como nem tudo que influencia a operação consta nos holerites, é preciso se atentar a todas as etapas desse cálculo. Atualmente, já é possível calcular a folha de pagamento com praticidade e eficiência através de softwares especializados. Mas não se engane: todo empregador ou profissional de contabilidade precisa conhecer os elementos contabilizados no contracheque. Para compreender melhor os detalhes desse assunto, listamos abaixo alguns dos tributos e taxas que incidem sobre o salário bem como as suas respectivas metodologias de cálculo. Mesmo que a sua empresa adote um sistema de gestão moderno, com softwares que automatizam boa parte do processo, é importante conhecer esses detalhes. INSS Todo colaborador contribui com uma porcentagem do salário bruto ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Porém, por se tratar de um cálculo relativo, esse valor não é o mesmo para todos os funcionários. Quem soma remuneração bruta de até R$ 1.556,94 contribui com 8% à Previdência Social. Quem alcança vencimentos acima de R$ 1.556,94 e até R$ 2.594,92 tem desconto de 9%. Sobre salários acima de R$ 2.594,92 e até R$ 5.189,82, a incidência é de 11%. O teto da contribuição é de R$ 570,88, apenas para holerites com total igual ou superior a R$ 5.189,83. FGTS O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) tem porcentagem única de 8%, calculada sobre o salário bruto (com exceção do salário-família, caso esse seja um direito do funcionário em questão). Ao contrário do INSS, quem arca com o depósito do FGTS é o empregador. Esse, aliás, é um aspecto sobre o qual muitas empresas falham. Pelo fato de os depósitos não estarem confirmados no contracheque do empregado, algumas empresas preferem fazê- lo em períodos específicos (a cada 3 meses, 6 meses), o que é irregular. Juridicamente, a falta desses depósitos pode ser questionada, colocando a empresa em maus lençóis. IRRF As alíquotas do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) são organizadas por faixas. A base de cálculo é a remuneração bruta menos o valor de INSS apurado. 1ª faixa: 7,5% sobre bases entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65; 2ª faixa: 15% sobre bases entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05; 3ª faixa: 22,5% sobre bases entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68; 4ª faixa: 27,5% sobre bases iguais a R$ 4.664,69 ou acima desse número. Para quem possui dependentes, a dedução é de R$ 189,59 no desconto apurado. Salário-família Dividido por faixas de rendimento, esse abono é previsto somente para pessoas de baixa renda. Sobre ele, não há nenhum tipo de incidência ou desconto, e a base para consideração é o salário bruto. Trabalhadores cuja base de cálculo não ultrapassa R$ 806,80 têm direito a R$ 41,37. Na 2ª faixa, cujo ganho é de R$ 29,16, constam funcionários que o rendimento se encontra entre R$ 806,80 e R$ 1.212,64. Vale-transporte Quando necessário, é obrigação do empregador proporcionar acesso a transporte público aos funcionários. Caso opte por descontar o benefício, o valor total do abono deve ser de no máximo 6% sobre os vencimentos, independentemente do valor da passagem. A empresa também pode oferecer seu próprio serviço de transporte. Neste caso, a forma de calcular a folha de pagamento não muda. Portanto, fique atento a essa particularidade na hora de fazer os cálculos sobre qual alternativa é a mais viável para a sua companhia. Vale-refeição Diferente do auxílio transporte, o vale-refeição em intervalo de jornada diária não é obrigatório. No entanto, por se tratar de um benefício muito valorizado, a maioria das empresas o concede aos seus colaboradores. Neste caso, o máximo de desconto sobre o valor fornecido (em vouchers ou cartão magnético) é de 20%. Lembre-se que o abono desse benefício não pode ser calculado sobre o salário. Como calcular a folha de pagamento? A elaboração da folha de pagamento é uma obrigação da empresa, conforme previsto no artigo 225 do Decreto 3048/1999. Nos incisos I e II estão detalhados os passos de como fazer uma folha de pagamento que atenda a todas as normas previstas na legislação. Art. 225. A empresa é também obrigada a: I – Preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos; II – Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; Primeiramente, deve-se apurar a remuneração bruta, pois essa é a base de INSS, FGTS e salário-família. Então, aplica-se as porcentagens de Fundo de Garantia e contribuição à Previdência Social, verificando a ocorrência (ou não) de salário-família e IRRF. Caso ocorra, o abono é somado aos vencimentos após se descontar o valor de INSS. Por não ser de direito,pode ocorrer IRRF. Neste caso, basta aplicar a alíquota da faixa na qual a base de cálculo se encaixa com a dedução por dependentes, se existirem. No caso de serem concedidos benefícios de refeição e transporte, os descontos apurados são feitos após todos esses cálculos. Para o trabalhador, deve ser informado tanto o valor bruto (sem descontos) quanto o valor líquido (com descontos). O recebimento do histórico dessas informações é um direito do trabalhador e, aos olhos da contabilidade, tem função essencial para qualquer empresa. Exemplos de cálculo: Apresentamos abaixo um modelo de cálculo da folha de pagamento do pessoal horista: Modelo de cálculo do salário mensalista: Assim é de responsabilidade do contador o pleno entendimento dos gastos em suas classificações contábeis e acordo ao seu evento nas contas de custos e despesas alocadas aos seus respectivos centros de custos. Férias e 13º salário As férias consistem no período de descanso que o empregado tem direito após 12 meses de serviço. É um dispositivo de ordem pública, razão pela qual se mostra inderrogável entre as partes. Ou seja: não pode ser afastada mediante acordo, pois garante a saúde física e psíquica do empregado. Vejamos algumas disposições acerca desse direito: I. Período aquisitivo: consiste na prestação de 12 meses de trabalho a fim de adquirir o direito ao usufruto das férias. Em regra, o período aquisitivo terá seu termo inicial na data da contratação do empregado. II. Período concessivo: consiste no período após a aquisição do direito às férias. São os 12 meses subsequentes à aquisição, dentro dos quais o trabalhador terá um período certo para usufruí-las. Desse modo, podemos dizer que após o primeiro ano, incidirá concomitantemente aos outros um novo período aquisitivo e um período concessivo. III. O número de dias de férias: as férias serão concedidas em dias corridos, cuja quantidade de dias estará vinculada com a quantidade de faltas não justificadas, nos termos do art. 130 da CLT. IV. Período de concessão das férias: a decisão de indicar em qual período o empregado gozará de suas férias cabe ao empregador, que deve avisar ao empregado com antecedência de, no mínimo, 30 dias. Todavia, relativiza-se o poder de decisão, quando houver no mesmo estabelecimento mais de um membro da mesma família e ambos estiverem no período concessivo, ocasião na qual o empregador deve conceder as férias a ambos no mesmo período, bem como quando se tratar de estudante, em que o empregador deve conceder as férias coincidentes às férias escolares. V. Concessão fracionada das férias: as férias não poderão ser concedidas de forma fracionada. Mas, excepcionalmente pode ocorrer, desde que os períodos não sejam menores de 10 dias. VI. Abono pecuniário: consiste na faculdade dada ao empregado de converter 1/3 das férias em pagamento pecuniário. VII. Remuneração das férias: por se tratar de mês atípico, a remuneração das férias constitui-se do salário mensal comum acrescido de no mínimo 1/3 de seu valor. O pagamento deverá ser feito de modo adiantado: até dois dias antes de iniciar as férias. Cálculo de férias CLT O cálculo de férias é uma atividade rotineira em qualquer Departamento Pessoal. No entanto, existem algumas dúvidas sobre a lei e o que deve ser considerado no momento de fazer as contas. Quais fatores considerar no cálculo de férias? O primeiro fator a ser analisado é o salário. Os vencimentos são usados como base para determinar o valor. Assim, cada período de férias é diretamente proporcional ao pagamento mensal do funcionário. As horas extras exercidas pelo colaborador no período dos 12 meses considerado também devem entrar na conta. Caso o trabalhador receba adicional noturno, por insalubridade ou trabalho perigoso, é preciso que isso seja verificado e conste nas férias. Além disso, existe a estipulação do terço de férias. Ela determina que os funcionários tenham o direito de receber um terço a mais do valor. Esse direito é constitucional, portanto, é obrigação da empresa levá-lo em conta. Também é preciso considerar os descontos pertinentes. Do montante de férias a ser recebido, o primeiro a ser abatido é o INSS. Outra subtração ocorre apenas em casos pertinentes e se refere ao Imposto de Renda. Ao final, o gestor de Recursos Humanos precisa verificar se o aproveitamento das férias foi total ou se o funcionário optou pela venda de alguns dias. Caso parte das férias tenha sido vendida, o adicional proporcional deve ser somado ao valor. Quais são os direitos de férias dos colaboradores? Uma questão que surge no momento de realizar o cálculo de férias é os aspectos legais que envolvem o assunto. Muitos gestores têm medo de cometer erros e realizar uma operação ilegal. Por isso, é importante fazer alguns esclarecimentos. Divisão das férias O primeiro diz respeito à divisão. O funcionário pode usufruir do período de maneira parcelada, tendo um limite de 3 vezes ao ano. Pagamento das férias A empresa tem o prazo de doze meses após o período aquisitivo para conceder o desfruto das férias ao colaborador. Por exemplo, se ele começou a trabalhar em 01 de maio de 2017, tem até 30 de abril do ano de 2018 para ter gozado de todo o benefício, ou seja, um ano. Caso a empresa descumpra essa regra, o funcionário tem direito a receber férias em dobro. Venda das férias O trabalhador tem direito a realizar a venda de suas férias. Dessa forma, o colaborador trabalha os dias que vendeu e recebe por eles, além do valor da venda. Assim, ele deve informar ao empregador sobre essa intenção com 15 dias de antecedência ao período aquisitivo. É possível vender até ⅓ das férias. Como realizar o cálculo de férias? Vamos agora para um exemplo simples para que você saiba como realizar essa operação na prática. Vamos supor que um colaborador com salário de R$2.000 tirou 30 dias de férias: 30 dias de férias: R$ 2.000; + ⅓ de férias: R$ 2000 + R$ 2000/3; + R$666,66 abono pecuniário; + ⅓ abono pecuniário: R$ 222,22; – R$ 240 de INSS e – R$ 39,20 de IR; esse colaborador deve receber R$ 3.276,35. O cálculo de férias não é um bicho de sete cabeças, como muitos pensam. Portanto, a tarefa pode ser executada pelos gestores, exigindo atenção a algumas questões. 13º Salário Implementado no Brasil no governo de João Goulart, em 1962, por meio da Lei 4.090/62, a Gratificação de Natal, mais conhecida como 13° salário, garante que todo empregado com carteira assinada tem direito a receber a gratificação. O valor do 13º salário será equivalente ao salário de um mês trabalhado caso tenha mantido vínculo empregatício com a empresa no prazo de um ano, ou o valor proporcional a partir da sua contratação. Portanto, caso você tenha sido contratado com o regime de carteira de trabalho assinada você terá direito a receber o correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês de serviço. Esse valor deve ser pago em, no máximo, duas prestações. Então, se você começou a trabalhar em uma empresa em abril, você irá receber o equivalente a 8/12 avos do 13° salário. Quem tem direito a receber o 13° salário? Por lei, caso você seja um trabalhador doméstico, rural, urbano ou avulso, contratado por regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), você tem direito a receber o 13° salário. Porém, para que você receba a garantia, é necessário que esteja atuando na empresa, no mínimo, quinze dias com carteira assinada. Caso preencha esses requisitos, não se preocupe, pois, você receberá o 13° salário. Outro detalhe interessante é que, caso ocorra o encerramento do contrato de trabalho é reservada agarantia do 13° salário proporcional, exceto se a extinção do contrato tenha sido por justa causa. Além da demissão por justa causa, outro fator que exclui a garantia da gratificação é nos casos em que o trabalhador possui mais de 15 faltas não justificadas no período de um mês de trabalho. Nesses casos, o empregado só não terá direito ao 13° referente àquele mês. Para ficar mais fácil de entender, imagine que você tenha trabalhado 12 meses no regime da CLT. Entretanto, em março, você faltou, sem qualquer justificativa, 18 dias. Nesse caso, ao invés de receber pelos 12 meses do ano trabalhados, você receberá apenas 1/11 (um onze avos) da garantia natalina. Já nos casos de licença-maternidade, o período de afastamento não interfere no cálculo do 13° salário. Portanto, o valor será integral quando a funcionária tenha ficado o período de um ano na empresa ou o valor proporcional da data do início do contrato de trabalho. É legal que você saiba que também exercem o direito da gratificação de Natal de acordo com os meses trabalhados. Entender como é feito o cálculo do 13° salário com certeza é um dos pontos que as pessoas têm mais dúvidas. Mas não se preocupe, porque ele é bem simples e fácil de entender. Segundo a Lei n° 4.090/62, o cálculo da gratificação de Natal corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração devida em dezembro, por mês trabalhado. Portanto, basta dividir o salário integral por doze e multiplicar pelo número de meses trabalhados. Suponhamos que seu contrato de trabalho tenha começado no dia 05/03/2018 sob o regime da CLT com um salário de R$7.000,00. Seguindo a regra, o cálculo do 13° salário seria feito da seguinte forma: Salário: R$7.000,00 Total de meses no ano: 12 Total de meses trabalhados: 9 R$7.000,00 ÷ 12 X 9 = R$5.250,00 de gratificação. Sobre o cálculo do 13° salário, um fato que muita gente não sabe é que as verbas de natureza salarial, como horas extras, comissões, adicional noturno, insalubridade ou periculosidade também devem ser consideradas na hora do cálculo da gratificação. Nesses casos, basta fazer a média mensal dos valores variáveis (horas extras, comissões) mais as verbas salariais fixas (insalubridade, periculosidade) recebidos ao longo do ano. Alguns benefícios como vale transporte, alimentação e participação nos lucros da empresa, não entram na base de cálculo. Qual é a data de pagamento do 13° salário? Quanto à data de pagamento do 13°, a lei vigente é bem clara: empregador deve pagar a gratificação de Natal, no valor integral, até o dia 30 de novembro ou em duas parcelas. Caso o empregador escolha fazer o pagamento dividido, a primeira parcela deve ser paga entre 01 de fevereiro e 30 de novembro de cada ano e corresponderá a 50% do salário. A segunda parte deve ser paga até o dia 20 de dezembro e incidirá encargos, mas não se preocupe, vamos falar disso de forma mais detalhada no próximo capítulo. Outra possibilidade de pagamento do 13° salário é quando o adiantamento ocorre por motivos de férias e solicitado, pelo empregado, em janeiro do mês correspondente. Essa regra pode ser acordada em sindicatos ou pelas próprias empresas. Então, a dica é buscar se informar no departamento pessoal da empresa em que você trabalha. Caso você planeje utilizar seu 13° salário nas suas férias de julho, programa-se para solicitar o adiantamento de acordo com as normas da empresa em que você trabalha. Quais são os encargos descontados no 13° salário? Assim como o salário, no 13° salário acontece o desconto do Imposto de Renda (IR), INSS e FGTS. Nos casos em que o pagamento for feito em duas parcelas, o desconto do Imposto de Renda e da previdência só acontece na segunda parcela. Portanto, na primeira parcela você receberá 50% do valor total do seu 13° salário. Já na segunda parcela, os seguintes encargos serão descontados: 50% do valor já pagos na primeira parcela Imposto de Renda INSS FGTS Um fato relevante é que, diferente do salário dos demais meses, o 13° salário é tributado diretamente na folha de pagamento. Por isso, a renda relativa ao 13° salário não pode ser compensada na declaração de Imposto de Renda anual. Assim, despesas com médicos, psicólogos, por exemplo, não podem ser compensadas. Aviso prévio e rescisão No momento em que um colaborador decide pedir demissão ou quando ele é desligado pelo empregador, será necessário que as partes conversem sobre o aviso prévio. Cada tipo de desligamento tem as suas regras de acordo com a CLT., o que pode causar dúvidas nos profissionais de Recursos Humanos e nos colaboradores. Entre os temas que mais geram perguntas no momento da rescisão, o aviso prévio indenizado é um dos campeões. Qual é a função do aviso prévio? O aviso prévio se refere ao término do contrato de trabalho e ele é dividido em dois tipos: o trabalhado e o indenizado. No primeiro, o colaborador continua trabalhando normalmente durante esse período, enquanto no indenizado ele é desligado imediatamente. Ele é um dos direitos assegurados na CLT., sendo benéfico tanto para o colaborador quanto para o empregador. No caso de um pedido de demissão, o seu objetivo é dar um tempo para que a empresa consiga selecionar outro funcionário para que a equipe não fique desfalcada. Para o colaborador que é demitido, o aviso prévio permite que ele tenha 30 dias para se organizar e conseguir um novo emprego. O que é o aviso prévio indenizado? O aviso prévio é a comunicação de uma das partes, seja do colaborador, seja do empregador, sobre a rescisão do contrato de trabalho. Esse comunicado deve ser feito com uma antecedência de, no mínimo, 30 dias. No aviso prévio trabalhado, o funcionário cumpre a sua jornada de trabalho, sendo desligado ao final desse período. No aviso prévio indenizado, o último dia trabalhado do funcionário é o dia da sua rescisão. Dessa forma, ele vai para casa e a empresa deve pagar uma indenização referente ao tempo do aviso prévio no pagamento da rescisão. Ou seja, ele recebe mesmo sem trabalhar. A duração do aviso prévio, caso a decisão seja do empregador, é determinada pelo tempo de serviço, de acordo com a lei do aviso prévio proporcional (lei nº 12.506). Ele varia de 30 dias (para colaboradores com menos de um ano na empresa) a 90 dias (para quem completou 20 anos na empresa). Nos casos em que o colaborador pede demissão, o aviso prévio indenizado é sempre de 30 dias, seja qual for o seu tempo de empresa. No entanto, não são todos os tipos de demissão que podem aplicar essa modalidade de aviso prévio. Ele pode acontecer nos casos de demissão sem justa causa para os colaboradores que tenham contrato de trabalho indeterminado com registro na carteira de trabalho. Ele não é permitido em caso de demissão por justa causa, em que o funcionário cometeu alguma infração de extrema gravidade ou para colaboradores com contrato de trabalho determinado (também chamado de preestabelecido). A exceção contempla aqueles que contenham uma cláusula garantindo o direito recíproco de rescisão antecipada. Para formalizar o acordo, o colaborador e o empregador devem assinar uma carta informando se o aviso prévio será trabalhado ou indenizado. O E-Social, plataforma oficial do Governo Federal para o envio das informações dos funcionários, disponibiliza um modelo para ser preenchido. Em quais situações é necessário realizar o pagamento ao colaborador? Como falamos, o aviso prévio indenizado pode ser solicitado pela empresa ou pelo colaborador. Quando ele é solicitado pelo empregador, significa que o funcionário foi dispensado no mesmo dia do seu desligamento. Por conta disso, a empresa é obrigada a pagar uma indenização referente ao valor queo colaborador receberia se tivesse cumprido o período do aviso. A empresa tem o prazo de 10 dias corridos para pagar todas as verbas rescisórias, incluindo o valor referente ao aviso prévio. Esse prazo começa a valer a partir do dia seguinte ao desligamento. A Reforma Trabalhista formalizou um novo tipo de demissão, que é a por acordo. Nessa modalidade, o término do contrato de trabalho acontece por meio de um acordo entre o colaborador e o empregador. Com isso, o funcionário recebe a metade do valor do aviso prévio indenizado a que ele tiver direito. O colaborador também pode se recusar a cumprir os 30 dias de aviso prévio. Nesse caso, a empresa passa a ter o direito de receber a indenização. O valor referente a um salário será descontado da verba rescisória do colaborador. Como calcular o aviso prévio indenizado? A base de cálculo do aviso prévio indenizado é a remuneração total do mês do colaborador e não apenas o seu salário. Portanto, deve ser considerado o valor do seu salário bruto, adicional noturno, adicionais de periculosidade, assiduidade, insalubridade e a média das remunerações variáveis, caso seja aplicável. Nessa lista contam as comissões, horas extras, prêmios, gorjetas, diárias de viagens, entre outros. Os artigos 457 e 458 da CLT. detalham o que pode ou não ser considerado como remuneração. Além disso, devem ser acrescentados no cálculo, no caso do aviso prévio indenizado por parte do empregador, o valor proporcional de 13º salário, o proporcional de férias e o equivalente a 1/3 de férias proporcionais. Por parte do empregador também existe uma multa de 40% do FGTS nos casos de uma demissão sem justa causa. A CLT. garante que todos os trabalhadores formalizados tenham direito ao aviso prévio. Saber como ele funciona e como calculá- lo evita uma série de conflitos entre o colaborador e o empregador no momento da rescisão e, ainda, possíveis ações trabalhistas. Rescisão Rescisão de contrato significa anulação ou cancelamento do contrato por algum motivo específico. A rescisão do contrato ocorre geralmente quando há uma lesão contratual, ou seja, quando há o descumprimento de alguma cláusula pelas partes envolvidas. Dependendo do contrato, é possível fazer a rescisão a qualquer momento. O importante é ter atenção às cláusulas que apresentam as condições para rescisão. Por exemplo, a rescisão de um contrato entre fornecedor e consumidor apenas exige a apresentação formal de um documento por escrito. Já na rescisão de contratos trabalhistas é obrigatório que haja um aviso prévio de quem pretende rescindir, ou empregado ou empregador. O Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) é um modelo de documento obrigatório para a empresa onde consta todos os valores a receber garantidos por lei ao trabalhador, bem como os devidos descontos. Além da rescisão de contrato, outras formas de terminar um contrato são: Resolução do contrato - quando uma das partes recorre à justiça para requerer o fim no contrato; Resilição do contrato - quando uma ou ambas as partes manifestam vontade de pôr fim no contrato por motivo de término do prazo, por despedimento sem justa causa ou por pedido de demissão; Cessação do contrato - a relação contratual acaba por causa da morte de uma das partes. O rompimento do contrato entre o profissional e a empresa pode ser realizado de várias formas diferentes, podendo haver ou não justa causa O processo de rescisão trabalhista compreende a anulação de um contrato dentro de seu período de vigência. Em grande parte dos casos, este cancelamento é fruto do descumprimento de alguma cláusula pelo funcionário ou pela empresa. É importante que a rescisão, solicitada pelo empregador ou pelo trabalhador, esteja sempre de acordo com as questões relativas à legislação brasileira, seguindo o que é determinado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os tipos de anulação contratual Há diferentes formas de executar o cancelamento de um contrato, pois, além de poder ser solicitado pela empresa ou pelo profissional, também existe a possibilidade de haver ou não justa causa para a quebra. Confira abaixo os tipos de anulação e o que acontece em cada um deles. Por decisão da empresa, com justa causa: fazer a anulação do dessa forma só é possível quando alguma falha grave for cometida pelo funcionário, justificando a quebra do vínculo. Quando isso acontece, a empresa não tem obrigação de pagar nada ao empregado. Por decisão da empresa, sem justa causa: nessas situações, o rompimento do contrato deve ser precedido do chamado aviso prévio – comunicado antecipado da demissão, feito normalmente 30 dias antes de ser concretizada. Neste período, o profissional deve continuar trabalhando normalmente, pois a lei permite que o empregador exija o cumprimento das atividades. Por decisão do profissional, com justa causa: é possível que o trabalhador solicite este modelo de cancelamento quando a empresa deixar de cumprir alguma cláusula. Além disso, quando o profissional corre risco de vida em sua função ou sofre alguma forma de dano moral, a quebra por justa causa também é válida. Por decisão do trabalhador, sem justa causa: o rompimento do vínculo acontece dessa forma quando o profissional quer se desligar da empresa, mas não possui nenhum motivo grave para isso. Ele deve pedir demissão com 30 dias de antecedência, o que funciona como aviso prévio nestes casos. Prazo para o acerto de contas Quando for realizada a anulação, deve ser estabelecido um prazo para que os pagamentos sejam realizados e tudo seja acertado entre a empresa e o trabalhador. A data limite é estipulada pelo aviso prévio. As verbas rescisórias devem ser pagas até o primeiro dia útil após o encerramento do contrato dos profissionais que estão de aviso prévio. Esta regra também vale para quando forem finalizados vínculos com prazos determinados. Quando o trabalhador não cumpre aviso prévio, ou for dispensado de fazê-lo, o pagamento deve ser realizado até o décimo dia depois do aviso da demissão. É necessário que o profissional receba o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT). Encargos patronais e benefícios previdenciários A contribuição previdenciária patronal está na lista dos tributos que atraem grande parte do faturamento auferido pelas empresas, uma vez que este tributo deve ser saldado obrigatoriamente pelo patronato. Logo, não há como não ficar por dentro dos principais aspectos que envolvem a maneira como a contribuição patronal previdenciária é tratada. A Contribuição Previdenciária Patronal se faz sentir, nos padrões da Legislação, como consta claramente na Constituição Federal, Artigo 195 I-a) e II, onde é demonstrado que esta contribuição previdenciária é incidente sobre a folha de salário e outros rendimentos do trabalho – isso para o empregador empregado em uma empresa e da entidade a ela comparada semelhantemente – à qualquer título mesmo sem alguma ligação empregatícia. Mas existe um detalhe a mais nessa incidência, é que essa contribuição não incide sobre a aposentadoria e pensão do trabalhador e nem dos outros beneficiários sob o artigo 201. Assim o fato gerador da contribuição previdenciária caracteriza o nascimento de uma obrigação tributária, que mais adiante, no entendimento consolidado do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) é a relação laboral entre o empregado e o empregador. Não deve, portanto, ser confundido com um pressuposto de incidência, uma vez que esta não passa de uma simples descrição formal de fenômeno que enseja a obrigação tributária enquanto o primeiro termo – o fato gerador – é a autêntica realizaçãodessa incidência. E é justamente nesta perspectiva que será já a seguir tratada a contribuição patronal comum pouco mais de detalhes, a começar por entender, o que é afinal de contas esta contribuição previdenciária patronal. Quanto custa um funcionário? Uma das primeiras regras cujo cumprimento é fundamental na hora de contratar um funcionário é que as empresas devem pagar 37% sobre o valor do salário líquido de encargos sociais — 29% deste total vai somente para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em uma situação cotidiana, por exemplo, para um trabalhador que é contratado com um salário mensal de R$ 2.000,00, essa contribuição representa R$580,00. Ainda na esfera dos 37% em encargos sociais, os outros 8% (R$ 160,00, no caso do nosso exemplo) são destinados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Contudo, os gastos não param por aí. Para completar a equação, também é necessário que o empreendedor leve em consideração os gastos periódicos, que acontecem todos os anos, mas não todos os meses, como as férias e o 13º salário. É como se a empresa tivesse que arcar com 8,33% mensalmente para cada um deles, mais o adicional de ⅓ das férias. Assim, ao final de 12 meses teria os 100% de contribuição. Com base em um holerite mensal de R$ 2.000,00, na prática, a empresa do nosso exemplo teria que guardar R$166,66 para o 13º salário mais R$222,21 para as férias e o adicional todos os meses. Dessa forma, é possível ter uma visão geral dos principais gastos chamados sociais em uma empresa, embora ainda existam custos adicionais não periódicos para se considerar: custeio de uniformes, afastamentos por licença-maternidade ou licença- maternidade — que correspondem a 1% do custo — e ausência por doença ou acidente de trabalho, que dificilmente passam de 2% do custo total. São valores importantes que, embora não pareçam muito relevantes isoladamente, somados podem representar mais de 3,5% sobre o valor total de um funcionário. Existem ainda alguns custos adicionais, como o vale-transporte, que se enquadram como extras ao empregador. O cálculo do vale-transporte funciona assim: considerando que a passagem individual custa R$ 4,00 e o colaborador precisa de duas por dia, temos um total de R$ 8,00 diários durante 22 dias úteis de trabalho no mês, totalizando R$ 176,00. Desse valor, a legislação define que o funcionário deve arcar com 6% do seu salário. Assim, se ele recebe R$2.000,00, R$120,00 são descontados da folha de pagamento, restando R$ 56,00 para a empresa assumir. O mesmo acontece com o vale-alimentação concedido por algumas empresas. Supondo que esse valor — que, em algumas categorias, é definido coletivamente pelo sindicato dos trabalhadores — seja de R$ 15,00 por dia, o custo total no fim do mês será de R$ 330,00. Assim como no caso do vale-transporte, o funcionário assume 20% desse valor, restando para a empresa R$ 264,00. Outras obrigações resultantes de convenções coletivas envolvem seguro de vida, plano de saúde e contribuições a programas de qualificação. O custo de um funcionário nos diferentes regimes tributários As empresas registradas no Simples Nacional, de acordo com a legislação, não pagam encargos referentes ao INSS patronal, salário educação, seguro acidente do trabalho (SAT) e contribuições ao SENAI, SESI, SEBRAE ou Incra. De todo modo, os outros encargos e benefícios devem entrar na conta: o Férias: 11,11% o 13º salário: 8,33% o FGTS: 8% o FGTS/Provisão de multa para rescisão: 4% o Previdenciário sobre 13º/Férias/DSR: 7,93% Total: 39,37% Isso significa que praticamente 40% do dinheiro gasto pela empresa para custear um colaborador não irá para o seu salário. Já para as empresas dos regimes Lucro Real e Lucro Presumido, o mecanismo para o cálculo é o mesmo. Há, porém, o acréscimo da alíquota de terceiros (Incra, SENAI, SESI ou SEBRAE), o INSS patronal e outros encargos não existentes para as pequenas empresas: o Férias: 11,11% o 13º salário: 8,33% o INSS: 20% o Seguro acidente de trabalho (SAT): 3% o Salário educação: 2,5% o Incra / SENAI / SESI / SEBRAE: 3,3% o FGTS: 8% o FGTS/Provisão de multa para rescisão: 4% o Previdenciário sobre 13º/Férias/DSR: 7,93% Total: 68,18% Para saber quanto custa um funcionário, deve-se primeiro considerar os gastos diretos de contratação, que são aqueles pagos ao colaborador (salário e benefícios), e depois os custos indiretos, que são os encargos que a empresa paga ao governo, que podem variar de acordo com a categoria profissional. Em um cálculo simples, partindo da premissa de que todas as obrigações fiscais sejam obedecidas à risca, para calcular o custo da manutenção de um funcionário seria necessário considerar a soma de todas as verbas trabalhistas: 13º, férias e adicional, vale-alimentação e vale-transporte, além das contribuições sociais como o INSS, considerando também indenizações em caso de demissão, impostos e encargos previstos em lei. Calculando o custo final de um funcionário Benefícios previdenciários Os benefícios previdenciários e o benefício assistencial são benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, a quem cumpre os requisitos impostos pela Previdência Social. Gastos Porcentagem Valor Total pago para manter um funcionário R$3.376,00 Salário x R$2.000,00 Vale Transporte x R$56,00 Vale Refeição x R$264,00 Fração 13º salário 8,3% R$166,00 Fração de férias 11,1% R$222,00 FGTS 8% R$160,00 Fração do FGTS com 13º salário e férias 1,4% R$28,00 INSS 20% R$400,00 Fração do INSS com 13º salário e férias 4% R$80,00 Podem ser benefícios previdenciários, quando dependem da contribuição prévia do segurado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou o benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Os benefícios previdenciários podem ser programáveis ou não. Os primeiros são essencialmente os voluntários, os que dependem de algo que se sabe que vai acontecer como: pagar contribuições, chegar a uma certa idade, etc. Os demais são benefícios que ocorrem em razão de alguma sinistralidade, como a aquisição de uma doença, a morte, etc. A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Oferece vários benefícios que juntos garantem tranquilidade quanto ao presente e em relação ao futuro assegurando um rendimento seguro. Para ter essa proteção, é necessário se inscrever e contribuir todos os meses. A Previdência Social Brasileira, através do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS concede uma série de benefícios em decorrência de fatos que ocorrem em nossas vidas. O INSS, ao conceder os benefícios de prestação continuada, deve observar os preceitos legais que regem a matéria, para que tais prestações sejam pagas de modo correto, ou seja, correspondentes às contribuições pagas pelo segurado, e respeitando suas respectivas bases de cálculo previstas em lei, tendo em vista o tipo de benefício concedido, além do fato que ensejou a sua concessão (o qual determinará o seu enquadramento legal). Pensão por Morte É o benefício pago à família do trabalhador quando ele morre. Para concessão de pensão por morte, não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha a qualidade de segurado. A pensão por morte é devida ao (s) dependente (s) do segurado, aposentado ou não, que falece. Perde o direito à pensão o (a) pensionista que falecer; o menor que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; ou o inválido, caso cesse a sua invalidez. O valorda pensão por morte é de 100% da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber caso se aposentasse por invalidez e dividido em partes iguais entre os seus dependentes. Auxílio-Doença É o benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho dos demais trabalhadores. Para os demais segurados inclusive o doméstico, a Previdência pagam o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, o segurado deve requerer o benefício por escrito. Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social. Auxílio-Reclusão O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semiaberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto. Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude. Auxílio-Acidente É o benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e o facultativo não recebem o benefício. Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social. O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta. Salário-Maternidade O salário-maternidade é devido às seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Considera-se parto o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, inclusive em caso de natimorto. O benefício será pago durante 120 dias e poderá ter início até 28 dias antes do parto. Se concedido antes do nascimento da criança, a comprovação será por atestado médico, se posterior ao parto, a prova será a certidão de nascimento. Para concessão do salário- maternidade, não é exigido tempo mínimo de contribuição das trabalhadoras empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas, desde que comprovem filiação nesta condição na data do afastamento para fins de salário maternidade ou na data do parto. A contribuinte individual, a segurada facultativa e a segurada especial (que optou por contribuir) têm que ter pelo menos dez contribuições para receber o benefício. Salário-Família É o benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 798,30, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos ser comprovada. Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição (carência). De acordo com a Portaria Interministerial nº 350, de 30.12.2009, o valor do salário-família será de R$ 27,24, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 531,12. Para o trabalhador que receber de R$ 531,13 até R$ 798,30, o valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ R$ 19,19. 1. Para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês de gestação, inclusive em caso de natimorto – aquele que nasceu morto, ou aquele que, tendo vindo à luz com sinais de vida, logo morreu (art. 233, § 2º, Instrução Normativa nº 57). 2. Carência é o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um benefício previdenciário. Varia de acordo com o benefício solicitado. 3. Por meio da Central de Atendimento 135, você pode tanto agendar o seu atendimento, com dia e hora marcada em qualquer Agência da Previdência Socia no país - observando as vagas disponíveis, quanto requerer auxílio doença, pedido de prorrogação, pedido de reconsideração, salário maternidade e pensão por morte. Conclusão Na área trabalhista há dezenas de trâmites que devem ser observados com regularidade visando adequação à legislação laboral. Busca-se, desta forma, a prevenção de falhas no atendimento à legislação, bem como a eliminação de erros operacionais que possam gerar multas e reclamatórias trabalhistas. Processo de Admissão de Funcionários As etapas do processo de recrutamento e seleção Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Funcionamento do Contrato de Trabalho Contrato por Tempo Indeterminado Contrato por Tempo Determinado Contrato de Experiência Suspensão do Contrato Interrupções no Contrato Alterações no Contrato Rescisão de Contrato Pedido de Demissão Demissão (Sem Justa Causa) 1. CLT 2. Estágio 3. Temporário 4. PJ 5. Freelancer 6. Terceirização 1. Contrato intermitente 2. Home Office 3. Profissional autônomo exclusivo INSS FGTS IRRF Salário-família Vale-transporte Vale-refeição Como calcular a folha de pagamento? Cálculo de férias CLT Quais fatores considerar no cálculo de férias? Quais são os direitos de férias dos colaboradores? Divisão das férias Pagamento das férias Venda das férias Como realizar o cálculo de férias? Quem tem direito a receber o 13 salário? Qual é a data de pagamento do 13 salário? Quais são os encargos descontados no 13 salário? O que é o aviso prévio indenizado? Em quais situações é necessário realizar o pagamento ao colaborador? Como calcular o aviso prévio indenizado? O rompimento do contrato entre o profissional e a empresa pode ser realizado de várias formas diferentes, podendo haver ou não justa causa Os tipos de anulação contratual Prazo para o acerto de contas Quanto custa um funcionário? O custo de um funcionário nos diferentes regimes tributários Calculando o custo final de um funcionário
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