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TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO
Resenha Crítica de Caso
Luana Mitre Gonçalves
Trabalho da disciplina Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos
Tutor: Profa. Maria Cecília Trannin
Divinópolis
2019
RESÍDUOS NO BRASIL: UM GRANDE MERCADO EMERGENTE
Referências: John M. Zerio; Marco A. Conjero 
INTRODUÇÃO
Em meados de 2005, o Brasil começou a apresentar crescimento econômico sólido, após um longo período de inflação instável e desgoverno econômico. Assim como os demais países emergentes rápidos, um dos grandes problemas que o Brasil precisou enfrentar foi a criação e a gestão de infraestruturas e serviços básicos. Devido a isso viu-se a necessidade de aumentar os investimentos e priorizar a gestão dos resíduos sólidos. 
A gestão dos resíduos sólidos foi priorizada para sanar o conjunto de problemas ocasionados pela disposição incorreta em lixões à céu aberto. Dentre esses problemas podemos destacar a capacidade de processamento quase esgotada em grandes polos urbanos, a emissão do gás metano (um dos gases do efeito estufa), e a poluição dos solos e dos lenções freáticos. Contudo o Brasil enfrentou dificuldades para financiar os projetos de infraestrutura.
Para acelerar o fornecimento de serviços de gestão de resíduos em ampla escala e com qualidade de serviço foi necessário pensamento inovador, a abertura ao compartilhamento de riscos e resoluções políticas.
Desenvolvimento
A gestão de resíduos sólidos não foi uma preocupação exclusiva do Brasil, foi um problema de alcance mundial devido ao aumento do consumo ocasionado pelo crescimento econômico, porém os países emergentes enfrentaram maiores dificuldades para elaborar as propostas para sanar tais problemas devido à falta de investimentos. 
A gestão dos resíduos sólidos é de vital importância para o meio ambiente, podendo uma boa gestão reduzir a poluição do solo, dos cursos hídricos e do ar. Os aterros estão entre as principais causas antropogênicas do aumento da emissão de metano – um dos principais gases do efeito estufa – assim como a agricultura e drenagem e resíduos relacionada à mineração de carvão e produção de gás natural. 
O efeito estufa é fundamental para a vida na Terra. Consiste basicamente em uma camada de gases que retém parte das ondas infravermelhas emitidas pelo sol, mantendo a terra aquecida. Esses gases são conhecidos como GHG, sendo compostos principalmente por: gás carbônico, vapor d’água, metano, ozônio e óxido nitroso.
Porém o aumento considerável do efeito estufa ocasiona, consequentemente, a elevação da temperatura média do planeta, o que causa vários efeitos colaterais. Desses efeitos, podemos destacar o aumento do nível do mar, derretimento das placas polares – as quais são as maiores reservas de água doce do mundo – alterações nas precipitações, aumento na incidência de doenças causadas por mosquitos e maior dificuldade de abastecimento de água doce. 
A disposição final dos resíduos sólidos pode ter um impacto significativo na emissão do metano e do gás carbônico, ambos compondo os principais GHG, por isso é de extrema importância que as políticas de gerenciamento dos resíduos sólidos sejam bem planejadas, com intuito de reduzir os danos ambientais. 
A Comissão Mundial para Meio Ambiente e Desenvolvimento promoveu, em 1997, o conceito de desenvolvimento sustentável e deste conceito surgiu a ideia de reciclagem como forma de reduzir resíduos, posteriormente surgindo o conceito de gestão integrada dos resíduos sólidos. Até então a gestão dos resíduos sólidos significava apenas a coleta, deposito em terra e incineração de resíduos caseiros, sem se preocupar com os resíduos industriais. 
Foram desenvolvidas novas tecnologias para disposição final e tratamento dos resíduos sólidos. Atualmente são utilizadas as seguintes formas:
Aterro:
Aterro Campo Aberto (lixões): representam uma solução inadequada de destino final dos resíduos. Consiste basicamente no despejo dos resíduos coletados em áreas afastadas. Como não há um gerenciamento ambiental, não há gestão do chorume produzido e da emissão de metano, ocasionando poluição dos lençóis freáticos, do solo e da atmosfera. Por não haver segurança, geralmente encontra-se pessoas nos lixões, separando materiais que possam vender posteriormente, sem condições mínimas de segurança e higiene.
Aterro Controlado: geralmente são antigos campos abertos que após alguns processos de recuperação sofreram algumas alterações. O chorume é captado, impedindo que contamine a água, e os gases são liberados, algumas vezes queimados, porém como não são feitos os revestimentos adequados, ainda existe a contaminação do solo, podendo contaminar os lenções freáticos. O método não atende as normas ambientais, porém, comparado aos lixões, apresentam menos danos ambientais. 
Aterro Sanitário: Essa categoria de aterro atende as normas ambientais. Para evitar contaminação do solo e da água, o fundo é revestido com camadas de plástico grosso e barro, os resíduos são agrupados em pilhas que são cobertas e vedadas diariamente e o chorume produzido é capturado por tubos e destinado à uma central de tratamento, o gás metano também é captado e pode ser convertido, posteriormente, em eletricidade ou energia térmica.
Incineração: é utilizada principalmente em países desenvolvidos, especialmente nos países em que o espaço de terra é reduzido. Consiste na queima dos resíduos sólidos em temperaturas superiores a 900°C, onde os gases emitidos são utilizados para geração de eletricidade ou calor. O processo não libera gases GHG na atmosfera, pois os mesmos são eliminados no próprio processo, as cinzas produzidas no processo equivalem, em média, à 10% do volume total de resíduos. É um dos meios mais eficientes de tratar termicamente os resíduos, porém o custo de implantação é muito elevado.
	Tratamento Biológico: é a disposição final de produtos orgânicos através da compostagem, tratamento anaeróbico e tratamento mecânico-biológico. 
Compostagem: O processo reduz os resíduos orgânicos entre 30 e 50% do volume total, além disso, dependendo da qualidade dos resíduos, o produto final pode ser utilizado como estrume de qualidade inferior ou condicionador de solo, na agricultura.
Digestão anaeróbica: consiste em tanques vedados, sem oxigênio, com bactérias especificas que digerem a biomassa, resultando em biogás e digestato. O biogás pode ser utilizado para aquecimento e geração de eletricidade, já o digestato pode ser utilizado como fertilizante ou recuperador de solo, de acordo com a sua qualidade.
Tratamento biológico mecânico: consiste na combinação de várias tecnologias que podem otimizar o tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, onde os materiais são separados, os recicláveis são encaminhados para unidades de reciclagem e os resíduos orgânicos são encaminhados para compostagem ou digestão anaeróbica.
No Brasil são utilizados os três tipos de aterro, como disposição final. De acordo com os dados coletados pelo IBGE, no ano 2000, 63,6% dos municípios descartam os resíduos em lixões à céu aberto, 18,4% em aterros controlados e somente 13,8% dos resíduos são encaminhados para aterros controlados.
Conclusão:
O Brasil, apesar de já possuir legislações ambientais, ainda está longe de regularizar a disposição final dos resíduos. O cenário ideal para disposição final seria a combinação da reciclagem com a incineração, reduzindo assim drasticamente a quantidade de matéria disposta no final. Porém torna-se inviável devido ao alto custo de implantação 
Desta forma, conclui-se que, de acordo com o cenário atual do país, o método mais viável para que possa regularizar a situação de disposição dos resíduos e conseguir minimizar os impactos ambientais é transformar os aterros campo aberto e aterros controlados em aterros sanitários. Deve-se destacar que a reciclagem é um método que deve ser independente da forma de tratamento e disposição final dos resíduos.

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