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Parto humanizado

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Parto humanizado 
Avaliação da estática fetal, períodos clínicos do parto e mecanismo de parto. 
PARTO NORMAL É ESSENCIAL PARA A SAÚDE DA MULHER DO BEBÊ 
- Mais que um processo mecânico, o parto é um fenômeno neuroendócrino; 
- Ativa a imunidade do bebê e fortalece o seu organismo. Menor risco de internação 
em UTI, prematuridade, baixo peso e de desenvolver problemas respiratórios; 
- Hormônios do parto aumentam a confiança da mulher e sensação amorosa; 
- As endorfinas aliviam a dor e a catecolamina têm importância no amadurecimento 
pulmonar do bebê e na sua transição para a vida extra-uterina; 
- Diminuem os riscos de infecção, hemorragia e acidentes anestésicos no parto; 
- Garante uma maior facilidade na amamentação e reduz riscos em uma segunda 
gestação. 
 
DIRETRIZES NACIONAIS DE ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL 
1- Mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscos dos locais de parto. 
- Maternidade, Centro de Parto Normal e Domicílio; 
- Vinculação ao local do parto e visita à maternidade; 
- Acolhimento e Classificação de Risco em todas as maternidades. 
2- Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às 
informações e serem incluídas na tomada de decisão. 
3- Todas as gestantes no parto devem ter apoio contínuo e individualizado, 
incluindo pessoa que não seja membro da maternidade. 
4- Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e dieta leve. 
- O jejum não é obrigatório. 
5- As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem posições 
diferentes da deitada. 
6- Garantir o contato pele-a-pele imediato da mãe e do bebê após o nascimento e 
estímulo à amamentação. 
7- Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito. 
8- Restrição às intervenções que hoje são rotineiras: 
- Corte no períneo - Episiotomia; 
- Aceleração do parto; 
- Fórceps: uso de instrumento para a retirada do bebê; 
- Lavagem intestinal; 
- Rompimento da bolsa mesmo quando o parto está progredindo bem; 
- Cortar o cordão umbilical antes de parar a pulsação – antes de 1 min. 
 
PERÍODOS / ESTÁGIOS CLÍNICOS DO PARTO 
1- CONTRAÇÃO E DILATAÇÃO (REGULAR E RÍTMICA) 
2- EXPULSÃO 
3- DEQUITAÇÃO, SECUNDAMENTO E DELIVRAMENTO; 
4- GREENBERG OU PUERPÉRIO IMEDIATO 
 
1 PERÍODO: DILATAÇÃO E CONTRAÇÃO 
- O primeiro período consiste na dilatação cervical, e dura desde o início até a 
dilatação completa do colo; 
- O período de dilatação é precedido por uma fase de duração variável até que se 
atinja os 2cm, que recebe diferentes nomes: período pré-parto; fase preparatória; 
pródromos (contrações doloridas e sem ritmo, ligamentos afrouxados). 
- São divididos em duas fases: latente e ativa. 
 
Fase Latente: 
- Quando o trabalho de parto está começando; 
- Contrações de ensaio. 
- Mais fortes e mais rítmicas com intensidade maior, duração maior e intervalo 
menor. 
- Colo amolecido (consistência de lábios). 
- APAGAMENTO E DILATAÇÃO: o colo começa a afinar; fibras transversas (colo) e 
longitudinais (útero), > quando a mulher refere dor no baixo ventre é devido as 
fibras longitudinais que se “abrem”. (obs. Na fase ativa são as duas fibras que 
repuxam > contração de cima pra baixo). 
- O peso do bebê favorece o apagamento e dilatação. 
 
Fase Ativa: 
- A mulher deve internar nessa fase; 
- Apagamento e Dilatação entre 4-6cm e as contrações (pelo menos) 3 em 10 
minutos, JUNTOS!!! 
- Contração eficaz dura, no mínimo, 40s (quando dura menos, não é contração). 
- Duração: primíparas e, torno de 8-18h; Multípara: 5-12h. 
 
Monitoração 
- Dinâmica uterina e pulso: 1/1 horas; 
- Temperatura e P.A: 4/4 horas; 
- Registro de frequência da diurese; 
- Toque vaginal: 4/4 horas ou se houver alguma preocupação com o progresso do 
parto ou em resposta aos desejos da mulher (após a palpação abdominal e avaliação 
de perdas vaginais). 
- Não realizar: enema, tricotomia e rotura de bolsa de rotina. 
- Estimular: deambulação e posições confortáveis, hidratação e alimentação; 
- Suspeita de falha da progressão: avaliar – ambiência, emocional, atitude e postura 
da mulher. 
 
Observações da mulher 
- pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo; 
- PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medida; 
- PA sistólica ≥ 140 mmHg OU diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas consecutivas 
com 30 minutos de intervalo; 
- proteinúria de fita 2++ ou mais E uma única medida de PA sistólica ≥ 140 mmHg 
ou diastólica ≥ 90 mmHg; 
- temperatura de 38°C ou mais em uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2 
ocasiões consecutivas com 1 hora de intervalo ; 
- qualquer sangramento vaginal, exceto eliminação de tampão; 
- presença de mecônio significativo; 
- dor relatada pela mulher que difere da dor normalmente associada às 
contrações; 
- progresso lento confirmado do primeiro e segundo períodos do trabalho de 
parto; 
- solicitação da mulher de alívio da dor por analgesia regional; 
- emergência obstétrica – incluindo hemorragia anteparto, prolapso de cordão, 
convulsão ou colapso materno ou necessidade de ressuscitação neonatal 
avançada. 
 
Observações RN 
- qualquer apresentação anômala, incluindo apresentação de cordão; 
- situação transversa ou oblíqua; 
- apresentação cefálica alta (-3/3 De Lee) ou móvel em uma nulípara; 
- suspeita de restrição de crescimento intra-uterino ou macrossomia; 
- suspeita de anidrâmnio ou polihidrâmnio; 
- frequência cardíaca fetal (FCF) < 110 ou > 160 bpm; 
- desacelerações da FCF à ausculta intermitente. 
 
2º PERÍODO: EXPULSÃO 
- O segundo período corresponde à expulsão do feto, tendo início com a dilatação 
completa do colo até a expulsão total do feto; 
- Liberação de adrenalina; 
- Bebê coroando. 
 
Assistência de assistência, posições e imersão em água: 
- Estimular posições não supinas; 
- Banhos quentes sem evidências (nas diretrizes de referência) para apoiar ou 
desencorajar o uso. 
Puxos e manobra de Kristeller: puxos ESPONTÂNEOS, NÃO REALIZAR KRISTELLER. 
Duração: primíparas > cerca de 0,5 a 2,5 horas sem peridural e 1-3 horas com 
peridural; multíparas > até 1h sem peridural e 2 horas com peridural. 
 
Segundo Período do trabalho de parto 
•fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de puxo involuntário 
ou parturiente com analgesia e a cabeça do feto ainda relativamente alta na pelve; 
•fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão 
ou esforço materno ativo após a confirmação da dilatação completa do colo do 
útero, na ausência das contrações de expulsão. 
 
Cuidados com o períneo: 
- Não fazer massagem perineal; 
- Mãos sobre o períneo OU mãos prontas (HANDS ON X HANDS OFF) 
- Não realizar tricotomia de rotina durante o parto vaginal espontâneo; 
- Se uma episiotomia for realizada, a sua indicação deve ser justificada; além e 
assegurar uma analgesia efetiva antes da episiotomia. 
 
 
3º PERÍODO: DEQUITAÇÃO, SECUNDAMENTO E DELIVRAMENTO 
- O terceiro período compreende o secundamento ou expulsão dos anexos fetais. 
Começa após a expulsão do feto e termina com a saída completa da placenta e 
demais anexos. 
- Considerar que este período é muito sensível e de descobertas para a mulher e 
família; 
Conduta ativa no terceiro período: 
- Uso rotineiro de substâncias uterotônicas (10 UI de ocitocina intramuscular após o 
desprendimento da criança antes do clampeamento e corte do cordão); 
- Clampeamento e secção precoce do cordão umbilical; 
- Tração controlada do cordão após sinais de separação placentária. 
Conduta fisiológica no terceiro período do parto: 
- Sem uso rotineiro de uterotônicos; 
- Clampeamento do cordãoapós parar a pulsação; 
- Expulsão da placenta por esforço materno; 
- Explicar as duas opções à mulher. 
Observação rigorosa: 
- Condição física geral: coloração da pele e mucosas, respiração e sensação de bem-
estar; 
- Perda sanguínea; 
- Duração: até 30min; 
- Terceiro período prolongado: após 30 min. 
- Hemorragia, retenção placentária, colapso materno ou qualquer outra 
preocupação quanto ao bem-estar da mulher; 
- Solicitar assistência de médico obstetra para assumir o caso; 
- Instalar acesso venoso calibroso. 
 
4º ESTÁGIO: PERÍODO DE GREENBERG OU PUERPÉRIO IMEDIATO 
- 1ª Hora após a saída da placenta; 
- Membrana retida deixa o útero frágil. 
 
CUIDADOS IMEDIATAMENTE APÓS O PARTO 
- Observação e monitorização da mulher: 
- T, P.A e Pulso; 
- Lóquios, contrações uterinas e micção; 
- Examinar a placenta das condições emocionais da mulher em resposta ao trabalho 
de parto. 
- Involução uterina: útero se contrai para parar sangramento; fica menor e para lado 
direito. 
- Globo de segurança de Pinard: importante sinal de contração uterina após a 
expulsão da placenta na 3ª fase do parto e que assegura a retração uterina e evita 
hemorragias). 
 
- Cuidados com o períneo: 
- Avaliação sistemática do trauma: extensão do trauma, incluindo as estruturas 
envolvidas, o ápice da lesão e o sangramento; 
- Corrigir trauma respeitando a anatomia vaginal e perineal; 
- Toque retal se houver trauma muscular; 
- Documentar a avaliação sistemática e os seus resultados. 
• Primeiro grau – lesão apenas da pele e mucosas 
• Segundo grau – lesão dos músculos perineais sem atingir o esfínciter anal 
• Terceiro grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal: 
- 3a – laceração de menos de 50% da espessura do esfíncter anal 
- 3b – laceração de mais de 50% da espessura do esfíncter anal 
- 3c – laceração do esfíncter anal interno. 
• Quarto grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal 
(esfíncter anal interno e externo) e o epitélio anal. 
 
- Transferir a mulher ou solicitar assistência médica obstetra: 
- Pulso > ou = 120bpm em 2 ocasiões com 30min de intervalo; 
- PAS > ou = 160mmHg OU PAD > ou = em uma única medida; 
- PAS > ou = 140mmHg OU diastólica > ou = 90mmHg em duas medidas consecutivas 
com 30’ de intervalo; 
- Proteinúria de fita 2++ ou mais E uma única medida de PAS sistólica > ou = 
140mmHg ou PAD > ou = 90mmHg; 
- Temperatura 30ºC ou com mais em uma única medida OU 37,5ºC ou mais em 2 
ocasiões consecutivas com 1h de intervalo; 
- Bexiga palpável e ausência de micção 6hrs após o parto; 
- Emergência obstétrica – hemorragia pós-parto, convulsão ou colapso materno; 
- Placenta retida ou incompleta; 
- Lacerações perineais de terceiro e quarto graus ou outro trauma perineal 
complicado. 
 
TRABALHO DE PARTO 
- Força: 
*tratora: contração uterina do TP + esforço voluntário da mulher para contrair 
diafragma e musculatura abdominal > promove a dilatação cervical. 
*propulsora: progressão da apresentação e a expulsão do feto. 
 
- Trajeto: 
*rígido: trajeto duro (bacia, pelve), revestida pelas moles; 4 ossos (2 ilíacos, sacro e 
cóccix); ação hormonal da gestação relaxa as articulações, ampliando o diâmetro da 
pelve materna. 
*elástico: canal de parto (dilatação do colo, vagina e períneo); trajeto mole. 
 
- Objeto – feto: 
* Polo cefálico é o mais volumoso e oferece maior resistência na passagem do 
objeto; 
*As suturas e fontanelas ajudam a moldar a cabeça fetal e diminui o diâmetro 
durante o parto, fazendo os ossos deslizarem um sobre os outros > acavalgamento; 
- Ovóide cefálico (cabeça) ou ovóide córmico (corpinho). 
 
Obs: quanto mais líquido amniótico, menos fletido ficará o feto. 
 
O FETO 
- Situação: longitudinal, transversa (apresentação sempre será córmica); 
- Apresentação: 
*Região fetal que se loca na área do estreito superior, ocupando-a em seu todo. 
Durante o parto é sede de mecanismo bem determinado. 
*Cefálica, pélvica e córmica. 
*Posição: dorso do feto com o lado materno. 
 
MOVIMENTOS CARDINAIS 
*Encaixamento da cabeça fetal habitualmente ocorre antes do TP; 
*Flexão cefálica importante para acavalgamento. 
 
1- Encaixamento 
2- Descida 
3- Flexão 
4- Rotação interna 
5- Extensão 
6- Rotação externa 
7- Expulsão 
 
1- Insinuação: flexão, cavalgamento e assinclitismo; 
2- Descida ou progressão; 
3- Rotação cefálica interna; 
4- Desprendimento cefálico; 
5- Rotação externa: espádulas em biaromial ou antero posterior do estreito inferior 
= rotação externa da cabeça.

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