Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMOFISIOLOGIA E DTM MUSCULAR INTRODUÇÃO À NEUROFISIOLOGIA DA DOR Faculdade de Odontologia Nova Friburgo Disciplina de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial Prof. Marcelo Gomes 1 Masseter Temporal Pterigóideo medial Pterigóideo lateral MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 2 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Masseter Superficial Profundo 3 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Masseter 4 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Temporal 5 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Masseter e Temporal 6 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Pterigóideo Medial 7 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Pterigóideo Medial 8 Cabeça superior Cabeça inferior MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Pterigóideo Lateral Partes distintas quanto às inserções e funções 9 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Pterigóideo Lateral 10 Protrusão Lateralidade Abertura MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Pterigóideo Lateral Funções da Cabeça inferior 11 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Pterigóideo Lateral Funções da Cabeça superior tônus x lâmina superior da zona bilaminar, em todos os movimentos, inclusive fechamento A pergunta que sempre fica é: não é mesmo necessária a participação da cabeça superior na abertura para tracionar o disco, ainda que se mantenha controladamente contraído quando do fechamento. Explicação no Okeson p.18. Vou afirmar que é controverso, mas muitos autores afirmam essa também participação na abertura, ou, no mínimo, na protrusão (cotechia, p. 46) Só pra lembrar: ATM > fossa mandibular, cabeça da mandíbula e tubérculo articular. Revendo Okeson e Cottechia em 2015.2, chego à conclusão que a única ação importante é contra a resistência, PARA INTERPOR O TERÇO MAIS POSTERIOR DO DISCO PARA OCUPAR O ESPAÇO QUE AUMENTA COM A MASTIGAÇÃO DE ALGO MAIOR E MAIS SÓLIDO. Em 2016.1, bati o martelo: age em todos os movimentos, mantendo o tônus. Além disso, em uma situação ele é especialmente solicitado: para mastigação de algo mais duro e volumoso para (1) calçar a cabeça da mandíbula no terço posterior do disco e (2) contra- resistência, para evitar uma tração brusca da lâmina superior. P. 47 entre amigos. Tirei resistência em 2016.2 12 Digástrico 13 Esternocleidomastóideo 14 Sub-occipitais 15 Trapézio 16 � � ���� � �������� � Sensibilização Periférica Nociceptores (terminações nervosas livres) 17 � � ���� � �������� � Sensibilização Periférica 18 � � ���� � �������� � Sensibilização Periférica 19 � � ���� � �������� � TRANSDUÇÃO E TRANSMISSÃO 20 � � ���� � �������� � TRANSDUÇÃO E TRANSMISSÃO 21 � � ���� � �������� � Redução do limiar de ativação dos neurônios do SNC,com o bombardeamento de potenciais de ação por fibras de condução rápida e lenta. Sensibilização Central 22 � � ���� � �������� � “Normalmente, a sensibilização central é reversível, o que explica porque a dor das lesões mais agudas e inflamações duram pouco e desaparecem uma vez que o tecido lesado cicatriza” (Barry Sessle) Sensibilização Central 23 � � ���� � �������� � POR QUE A MANUTENÇÃO DA SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL NOS ESTADOS DE DOR CRÔNICA? Sensibilização Central Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor se caracteriza como uma “experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tal dano. A dor sempre é subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo por meio de suas experiências”. 24 � � ���� � �������� � POR QUE A MANUTENÇÃO DA SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL NOS ESTADOS DE DOR CRÔNICA? Estruturas límbicas Influência do estado emocional Experiência préviaCórtex sensitivo Neuroplasticidade Diminuição do limiar Alodínia/hiperalgesia secundária + efeitos autonômicos 25 � � ���� � �������� � Sensibilização Central CONVERGÊNCIA Há mais neurônios aferentes primários entrando no SNC do que neurônios de segunda ordem para conduzir os impulsos aos centros superiores 26 � � ���� � �������� � Sensibilização Central CONVERGÊNCIA 27 � � ���� � �������� � Sensibilização Central LOCAL x ORIGEM DA DOR 28 � � ���� � �������� � Sensibilização Central LOCAL x ORIGEM DA DOR ✦ Pontos-gatilho 29 � � ���� � �������� � Sensibilização Central EFEITOS SOBRE NEURÔNIOS AUTONÔMICOS temperatura e cor da pele edema das pálpebras injeção da conjuntiva lacrimejamento secreção nasal congestão nasal 30 DTM MUSCULAR •É a mais comum •Em geral Dor associada com atividades funcionais e/ ou parafuncionais Agravada com palpação ou manipulação funcional 31 DTM MUSCULAR •Prevalência de 12 a 14%; 1,5 a 2 vezes mais em mulheres que em homens •Dor somática profunda: localização subjetiva, variável e difusa •Sensação dolorosa não pulsátil, sentida como cansada, pesada ou chata 32 DTM MUSCULAR AGUDA •Sinal de ALERTA •Geralmente de curta duração Um evento ou uma sequência de eventos (episódica) Pode gerar dor aguda ou crônica CRÔNICA •Não tem sinal de alerta •Geralmente de longa duração •Caráter contínuo, eventualmente flutuante •Alteração emocional, afetiva e cognitiva (Palla) •Comorbidades •Frequentes efeitos excitatórios no SNC 33 •Hábitos parafuncionais: carga estática (contrações isométricas de longa duração) •Gênero: estrogênio •Fatores psicológicos: importantes na procura por tratamento e na transição para uma condição crônica •Fatores genéticos: “a vulnerabilidade de um indivíduo à sensibilidade dolorosa é geneticamente determinada” (Palla) FATORES DE RISCO DTM MUSCULAR 34 DC/TMD Diagnostic Criteria forTemporomandibular Disorders Schiffman et al., 2014 DTM MUSCULAR Classificação Dor miofascial Dor miofascial com dor referida 35 DC/TMD DTM MUSCULAR Classificação Dor miofascial 1. Relato de dor na mandíbula, têmporas, face no último mês E modificação da dor com movimento, função e parafunção MAIS 2. Ao menos 1 sítio com dor à palpação no músculo masseter ou temporal OU dor no masseter ou temporal com abertura máxima assistida ou não assistida. 36 DC/TMD DTM MUSCULAR Classificação Dor miofascial com dor referida 1. Características da Dor miofascial MAIS 2. Dor referida na palpação do masseter ou temporal 37 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Dor familiar? RCL? 38 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais •Ativos > Active trigger points •Latentes > Latent trigger points 39 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO • um ponto preciso de dor numa banda tensa de um músculo • uma RCL e/ou dor referida à distância com a palpação • reprodução da queixa principal do paciente • amplitude de movimento restrita • fraqueza muscular regional • sintomas autonômicos Gerwin RD, Shannon S, Hong CZ, Hubbard D, Gevirtz R. 1997. Interrater reliability in myofascial trigger point examination. Pain. 69(1-2):65-73. 40 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 41 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 42 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 43 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 44 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 45 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG.Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 46 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 47 DTM MUSCULAR Pontos-gatilho miofasciais Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain and Disfunction, 1983. 48 FIBROMIALGIA • Dor muscular de origem central, com manifestações sistêmicas Origem favorecida por doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais Ocorrência frequente de distúrbios do sono, sedentarismo e depressão • 23 a 60% sofrem de DTM muscular (Palla), muitos com pontos-gatilho ativos 49 FIBROMIALGIA • Critérios de inclusão: DOR À PALPAÇÃO (4 kg) 11 de 18 sítios específicos (pontos sensíveis ou tender points) 3 ou 4 quadrantes do corpo Há pelo menos 3 meses ATIVIDADE EMG NORMAL 50 FIBROMIALGIA • Critérios de inclusão (secundários): FADIGA, SONO NÃO-REPARADOR E RIGIDEZ MATINAL (mais de 3/4 dos indivíduos) Síndrome do intestino irritável, cefaleia, estresse psicológico e incapacidade funcional marcante (cerca de 1/4 dos indivíduos) 51 FIBROMIALGIA • Terapêutica conduzida por Médico, com apoio da Psicologia e Fisioterapia • DTM: terapêutica convencional 52 Referências Bibliográficas • OKESON,'J.P.'Dores&bucofaciais&de&Bell.'Quitessence,'6.ed.,' 2006.'Capítulos'1'a'6. • GUIMARÃES,'A.S'et'al.'Dor&Orofacial&entre&Amigos&–&Uma& Discussão&Cien:fica.'Quintessence,'1.ed.,'2012.'Capítulos'1'e' 5. • OKESON,'J.P.'Tratamento&das&desordens& temporomandibulares&e&Oclusão.'6.ed.,'Elsevier,'2008.' Capítulo'1. • CARLSSON,'G.E.';'MAGNUSSON,'T.';'GUIMARÃES,'A.S.' Tratamento&das&Disfunções&Temporomandibulares&na&Clínica& Odontológica.&Quintessence,'1.ed.,'2006.'Capítulo'8. 53
Compartilhar