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Moldagem A moldagem é realizada no meio do caminho entre o planejamento e a cimentação da coroa. A partir do momento que: O paciente já for examinado; O planejamento estiver definido; Decidir que o dente deve receber tratamento restaurador protético; O preparo já for feito; A confecção do núcleo metálico fundido já estiver pronta; A coroa provisória for confeccionada; O preparo estiver com as espessuras adequadas; E o tecido gengival se apresentar sadio, O próximo passo será enviar uma cópia do que está presente em boca para laboratório de prótese dentária, assim, o técnico em prótese dentária vai construir a sua coroa metalo-cerâmica ou metal-free. Para realizar essa etapa de confecção da coroa no laboratório, o técnico só consegue fazer com uma boa moldagem, e posteriormente, um gesso especial é vazado, confeccionando um modelo da boca do paciente. Moldagem ação de reproduzir em negativo, uma superfície da cavidade oral. Ato de moldar. Modelo reprodução positiva que se obtém após o vazamento do molde. Verter o gesso por sobre a moldagem. *Produzir um texto, entre 10 a 15 linhas diferenciando os termos moldagem e modelo. Moldagem é a técnica ou o processo de vazar, acomodar ou comprimir um material contra a estrutura desejada, para que quando solidificado, o mesmo reproduza sua configuração, obtendo uma cópia negativa da estrutura em questão, resultando em um molde, que será usado posteriormente, para a reprodução dos elementos desejados, com materiais especiais que irão fazer uma cópia positiva, assim, todas as características adquiridas através da moldagem serão reproduzidas em um modelo, formando a cópia “idêntica” dos elementos desejados. Moldagem, molde e modelo são, por fim, diferentes etapas de um processo de reprodução de características pessoais de um paciente, mas que durante todo o procedimento, encontram-se interligadas e dependentes umas das outras, garantindo a continuidade das fases. Fatores envolvidos - que podem dificultar ou facilitar o processo de moldagem Extensão do preparo (intrasulcular) Término cervical (existem alguns tipos de preparos de término cervical que podem ser mais difíceis de serem moldados - não se aplica ao término chanfrado Coroa provisória - quanto melhor adaptada a margem da coroa ao ângulo cavo-superficial, mais saudável o tecido periodontal vai se encontrar - se o tecido gengival não estiver sadio, mais difícil será a realização da moldagem *Na clínica, dificilmente consegue-se realizar uma boa moldagem, e acabam mandando para o técnico o molde sem a cópia perfeita das estruturas do dente, como o término cervical, por exemplo. Se não conseguir reproduzir o término na moldagem, como o técnico irá reproduzir o término na coroa protética? Não dá, assim, a coroa não vai se adaptar e o trabalho será perdido. Características do material de moldagem: Registrar com exatidão os limites cervicais Compatível com os diferentes materiais de vazamento (gesso pedra melhorado) Cor que facilite a identificação dos detalhes da moldagem Tempo de trabalho satisfatório (a temperatura da água influencia diretamente no tempo de trabalho de material, quanto mais calor, mais rápido o alginato toma presa) Consistência adequada (consistência pesada ou fluida para diferentes tipos de moldagem) Alta resistência ao rasgamento (silicona de adição é mais resistente ao rasgamento do que o alginato) Estabilidade dimensional (quanto maior a estabilidade dimensional, melhor a qualidade do material, silicona de adição > alginato) - apresenta também diferenças no tempo de vazamento (alginato deve ser vazado imediatamente, a silicona de adição deve ser vazada depois de um tempo da moldagem) Rigidez - alginato é facilmente removido da boca, já a silicona de adição é mais difícil por ser mais rígida e ficar mais dura ao tomar presa. Quando o paciente usar aparelho ortodôntico, recomenda-se a não usar silicone nem de adição nem de condensação e isolar os brackets Biocompatibilidade Permitir desinfecção Classificação dos materiais de moldagem: Rígidos ceras, pastas zinquenólicas; Elásticas hidrocolóides - irreversíveis (alginato); reversíveis (agar agar). elastômeros - mercaptanas ou polissulfetos; poliéter; siliconas por condensação; siliconas por adição. Hidrocolóide irreversível (alginato) Obtenção de modelos de estudo Moldagem do arco antagonista - contra molde Remoção de moldagens parciais com elastômeros - remoção dos casquetes Confecção de moldes para provisórios Polissulfeto ou Mercaptana Bom material de moldagem Serve para realizar a moldagem com a técnica do casquete Composto por: adesivo, pasta base e pasta catalizadora Poliéter Aqui (na clínica) é utilizado o regular e não o soft Também é um material que a princípio é utilizado para moldar com a técnica do casquete Silicona de Condensação Vêm em uma apresentação de: massa pesada e massa fluida, sendo o mesmo catalizador para ambas consistências Silicona de Adição Necessita de uma pistola para a manipulação da massa fluida Também possui a apresentação do tipo de massa pesada *Sempre que se usa os materiais de moldagem do tipo SILICONA, é preciso ater-se em algumas características, a massa pesada, por exemplo, tem um poder de cópia bem menor quando comparada a massa fluida, portanto, a massa pesada servirá para personalizar a moldeira de estoque. A massa fluida serve para efetivamente realizar o processo de moldagem. Ou seja, acrescenta-se uma camada de massa fluida sobre a massa pesada personalizada para tal paciente. Características dos materiais de moldagem Hidrocolóide Irreversível Polissulfeto Poliéter Silicona de Condensação Silicona de Adição Estabilidade Dimensional Baixa Baixa Boa Baixa Excelente Subprodutos Sinérese e embebição Aceleradores voláteis e água Sem subprodutos Álcool Sem subprodutos Contração e Polimerização 1-1,5% 0,5% 0,15% 0,6% 0,05% Tempo de Trabalho Curto Longo Curto a médio Médio a longo Médio a longo Tempo para vazamento Imediato 1 hora 7 dias (seco) Imediato 1 hora - 7 dias Recuperação Elástica Baixa Média Boa Muito boa Melhor (99,8%) Rigidez Baixa Baixa Alta Média Média Reprodução de Detalhes Boa Boa Muito boa Regular Excelente (97,5%) Resistência ao rasgamento Baixa Alta Média Baixa Baixa Odor Regular Desagradável Regular Excelente Excelente Custo Baixo Baixo Muito alto Regular Muito alto *A silicona de adição é melhor por quê? Por ter excelente estabilidade dimensional, não produz subprodutos, o percentual de contração e polimerização é baixo (0,05%), tempo de trabalho é médio a longo, possui a melhor recuperação elástica, é excelente ao reproduzir detalhes, etc. *Os três materiais que serão aplicados em prótese fixa são: alginato (para fazer moldeiras de estudo, montagem de articulador, placas de clareamento, confecção de provisórios, modelos antagonistas, para moldagem de pilares de prótese fixa pela técnica de casquete - para removê-lo); poliéter (para realizar a moldagem em casquete associado ao alginato); silicona de adição (moldagem de inlays/onlays, para facetas ou laminados, em alguns casos de prótese fixa - quando for realizar uma coroa totalmente cerâmica, por exemplo) Técnicas de moldagem em Prótese Fixa Convencional - qual técnica empregar? Finalidade: Prótese Fixa Unitária Prótese Fixa Múltipla Extensão: Total Parcial Tipo de Moldeira: Estoque Individual Número de tempos operatórios Um tempo (quando manipula a silicone de adição massa fluida e pesada e leva em boca ao mesmo tempo) Dois tempos (quando manipula primeiro a massa pesada e leva em boca, e depois a massa fluida e leva em boca, em dois passos separados) Moldagem com Alginato A moldeira de estoque pode ser tanto lisa, quanto perfurada A moldeira estará adaptada quando houver espaço entre dente/rebordo alveolar/fundo de sulco – moldeira, assim,o material irá caber de maneira correta Para a manipulação usa-se uma cuba, espátula (de preferência larga e de plástico) A técnica consiste em acrescentar o pó, depois a água, manipula apertando o material contra as paredes da cuba, até que fique com consistência homogênea e não tão fluida nem muito rígida Se houver alteração na quantidade de água acrescentada na massa, as características dimensionais do material também irão mudar, ficando maior ou menor quando comparado à realidade Ao inserir o material na moldeira, a quantidade colocada deve ser rente à altura da borda da moldeira, não é necessário encher até que transborde, assim, evita que o material em excesso escorra para a garganta do paciente Os erros mais comuns que ocasionam a perda da moldagem são: Manipulação - deve ser consistente e rigorosa, bater de fato a massa até que fique homogênea Técnica de inserção - a moldeira não entra reta na boca do paciente, é preciso afastar a comissura/bochecha do paciente, e entrar com ela inclinada dentro da cavidade oral, depois, em movimento único e preciso, pressiona a moldeira contra a arcada do paciente e fica segurando até tomar presa, não deve soltar a moldeira durante o tempo de presa *Pode ser que o alginato escorra para a garganta do paciente, quando isso acontecer, ele vai sentir ânsia e vai querer retirar a moldeira da boca, porém, se o alginato não tiver tomado presa, ao remover a moldeira, o alginato que escorreu ficará preso na garganta, podendo sufocar o paciente, portanto, em hipótese nenhuma remova a moldeira nesse caso, aguarde o material tomar presa e só depois remova da boca Para a técnica de remoção da moldeira, existem dois passos O primeiro consiste em remover a parte posterior, empurrando a moldeira para baixo nessa região, segurando o cabo firmemente O segundo passo é realizado empurrando a região anterior, assim, removendo por completo a moldeira, sem distorcer o alginato A moldagem com o alginato é bastante generalista, por copiar de maneira geral todos os dentes, porém, a estabilidade dimensional não é boa (entre outros fatores que não garante que o material seja a melhor escolha), sendo assim, se fizer a moldagem de um preparo para próteses fixas, como uma coroa metalocerâmica, a chance de dar errado é extremamente grande, por não possuir características específicas para realizar uma moldagem satisfatória quanto a cópia de detalhes e qualidade do material frente às alterações que podem acontecer em relação às suas propriedades Para realizar a moldagem de um preparo, é importante lembrar que o mesmo é dividido em duas partes: macrogeometria e microgeometria, e ambas partes devem ser muito bem copiadas para uma boa adaptação da coroa. É importante lembrar também que a microgeometria (o término cervical/chanfrado) se encontra intrasulcular - aproximadamente 0,2 a 0,8 mm, ou seja, o nível do tecido gengival estará mais alto do que a margem do término cervical, isso implica que a moldagem nessa área será mais difícil, porque deve ser feito um afastamento gengival para alcançar a moldagem correta do término cervical. Afastamento Gengival É a criação de um espaço entre a gengiva e o término do preparo, para que seja ocupado pelo material de moldagem, copiando as estruturas que se encontram sub gengivais - o chanfrado e a parede lateral da raiz. *Por que eu devo fazer afastamento gengival para moldagem de prótese fixa? Para copiar o término cervical que se encontra intrasulcular. Se o término cervical se encontra supra gengival, não é necessário fazer afastamento gengival. Existem duas foras para alcançar o afastamento gengival durante a moldagem: Técnica com fios retratores Técnica com casquete Fios Retratores Apresentam numerações - 000, 00, 0, 1, 2, 3 Quanto maior a quantidade de zeros, menor o diâmetro do fio - 000 é o mais fino A escolha do diâmetro do fio depende de fatores como a extensão do preparo ou se o tecido periodontal é mais fino ou mais espesso Precisam apresentar efetividade no afastamento gengival e na manutenção da hemostasia marginal Ausentes de fatores que possam lesionar o periodonto de maneira irreversível - atenção para não colocar os fios além da área do sulco gengival, para evitar retração gengival, que pode expor a margem da coroa, posteriormente Ausência também de efeitos sistêmicos desfavoráveis Os fios retratores permitem o acesso visual do preparo Melhora a penetração do material de moldagem Evita que o fluido sulcular ou o sangue, interfiram com o material de moldagem - já que a maioria dos materiais de moldagem são hidrofóbicos Devem apresentar cores escuras Possuir capacidade de absorção E estão disponíveis em diferentes diâmetros Existem fios com características medicamentosas e não medicamentosas Substâncias medicamentosas: Soluções de alúmen a 100% - eficiente no controle do sangramento local moderado, irritante em baixas concentrações, cáustico em altas concentrações, ausência de efeitos sistêmicos. Cloreto de alumínio 10-25% - é a solução ideal para tecidos finos e delicados, menos irritante Epinefrina a 8% - promove vasoconstrição local e um afastamento gengival transitório, efetiva no controle do sangramento local moderado. Contra-indicações: pacientes cardíacos, diabéticos, sulcos muito ulcerados, pacientes com hipersensibilidade ao medicamento, com hipertireoidismo ou que tomam medicamentos bloqueadores ganglionares. Sulfato férrico 15-20% - usado em casos de gengivas sangrantes, forma pequenos coágulos de sangue que sujam a margem do preparo Outros fármacos: descongestionantes nasais e oftálmicos *As substâncias são utilizadas quando, ao retirar um provisório, por exemplo, o tecido periodontal não se encontra saudável, por causa de algum defeito de adaptação, sendo assim, as medicações são aplicadas para controlar esse sangramento para permitir melhor acesso ao preparo Técnica de Inserção do Fio Cortar um pedaço de tamanho compatível com o dente a ser moldado Embeber o fio na solução hemostática escolhida de acordo com a situação clínica do paciente Envolver o dente preparado de maneira que as extremidades do fio fiquem direcionadas para a face palatina/lingual Com uma espátula de inserção de fio, começar a inserir o fio pela face proximal mesial ou distal, não pelo centro do preparo, “ancorando” o fio à essa face, pois a vestibular é a face mais difícil de inserir o fio A espátula deve ser bem fina, com ponta arrendondada, podendo ou não apresentar serrilhas A técnica de moldagem com fio, preconiza o uso de 2 fios, acrescentando primeiramente o mais fino (000), ficando totalmente intrasulcular e posteriormente um fio mais grosso (00 ou 0) ficando metade intrasulcular, e metade para fora do preparo, isso garante que a margem gengival fique “aberta” Quando for realizar o ato de moldagem, verdadeiramente, retira-se somente o segundo fio (o mais espesso) A partir daí, a moldagem é realizada normalmente, com silicona de adição, personalizando a moldeira com a massa pesada, posteriormente, acrescentando a massa fluida e colocando-a em posição para a moldagem perfeita dos detalhes no preparo É preciso observar se 4 fatores foram copiados: o término, a margem do término, o cavossuperficial e a parede lateral da raiz. 2º Fio 1º Fio Projeção do sulco
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