Buscar

CONTESTAÇÃO CC RECONVENÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA 1ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SÃO LUÍS - MA
PROCESSO N°: 010203
Floricultura Flores Belas Ltda.,devidamente qualificado nos autos, vem por seu advogado subscrito por procuração, o qual receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 847, parágrafo único da CLT c/c 335 e 343 da CPC, apresentar CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO na Reclamação Trabalhista que lhe move Estela, já qualificada na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas
DOS FATOS
A reclamante laborou na empresa reclamada no período de 25.10.2012 à 29.12.2018, onde exercia na empresa a função de floricultora e sua jornada era de segunda a sexta das 10h às 20h com 2h de intervalo intrajornada, além de trabalhar aos sábados das 16h às 20h e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos, sendo dispensada sem justa causa.
A reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adição de 50% em razão da jornada de trabalho já citada, totalizando 44h semanais. 
A reclamante pleiteou ainda o recebimento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, pois no exercício da sua função era constantimente furada pelos espinhos das flores que manuseava, fato este que não prospera pois não consta na CLT.
Ainda suscita a multa do 477 §8º, pois o valor das verbas rescisórias só foram creditados na conta da reclamante 20 dias após a comunicação do aviso prévio.
PREJUDICIAL DE MÉRITO
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
Muito embora a reclamente alegue ter direito sobre créditos trabalhistas, esta só poderia requerer aquilo que foi de direito, da data do ajuizamento (27.02.2019) da exordial, contados 5 anos anteriores ao ajuizamento da ação.
 Desta forma, só seria contabilizado da data de 27.02.2014 e não da data de sua admissão no emprego, conforme arts. 11º da CLT, 7º, XXIX da CF, e entedimento pacíficado do TST, in verbis:
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, conta-dos da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
Portanto, requer o reconhecimento da prescrição do período da admissão da reclamante (25.10.2012) até a data da prescrição quinquenal (27.02.2014), haja vista que o ajuizamento da ação trabalhista se deu no dia 27.02.2019. O requerimento se deve caso Vossa Excelência não atenda os pedidos expostos nas preliminares e no mérito a seguir expostos.
 
MÉRITO
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Foi proposto a reclamante no ato da sua admissão um plano de saúde, em que a mesma aderiu ao assinar seu contrato de trabalho, portanto havia desconto mensalmente.
Embora a reclamante alegue que foi obrigada, não consta nos autos qualquer meio de prova que a mesma tenha sido obrigada a assinar, nesse sentindo o art. 818 da CLT e art. 373 do CPC, bem asseveram que cabe ao reclamante quando o fato constituir direito desta, ou seja, a mesma deveria ter meios de prova para demonstrar a suposta obrigação que lhe fora imposta no ato da admissão.
Nesse mesmo sentido, o TST pacificamente entendeu em sua súmula n° 342 em que dispõe:
 Nº 342 Descontos salariais – Art. 462, CLT. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativa associativa dos seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
Portanto, a menos que haja prova em contrário por parte da reclamante em que demonstra a coação por parte da reclamada, não há que se falar em imposição, haja vista que a reclamada fez o desconto dentro da legalidade sem qualquer vício de vontade quanto a autorização da reclamante. Desta forma Excelência, requer-se a inversão do ônus da prova, para que a reclamante demonstre os fatos alegados.
DO ADICIONAL DE PENOSIDADE
O adicional de penosidade está previsto na Constituição no art. 7º XXIII, in verbis:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
A reclamente requereu na inicial o adicional de penosidade em 30% sobre o salário-base, ocorre que apesar de nossa Constituição ter mais de 29 anos e que esteja proposto em seu art. 7º, XXIII o adicional ora requerido pela reclamante, sequer existe lei conceituando ou regulamentando.
Portanto, o pedido requerido pela reclamante deve ser indeferido Excelência, por tartar-se de uma norma de eficácia contida, na qual precisa de lei que a regulamente. Como é bem suscitado na nossa Carta Magna ao dizer: “na forma da lei”, devendo nesse sentido haver lei que regule para que haja eficácia. Nesse diapasão, não prospera o pedido feito pela reclamante. 
DAS HORAS EXTRAS
A reclamante também requereu horas extras alegando que cumpria extensa jornada de segunda a sexta-feira das 10h às 20h, com intervalo de 2h intrajornada e aos sábados das 16h às 20h sem intervalo.
De acordo com os arts. 7°, XIII da CF e 58° da CLT qualquer atividade privativa, não excederá a duração de 8h diárias e nem excederá a 44h semanais. Dessa forma, se verificarmos a duração de carga horária da reclamante de nada ultrapassa a legislação prevista, haja vista que a mesma labora 8h de segunda a sexta com intervalo intrajornada de 2h, somando - se 4h trabalhadas aos sabádos o que não excede às 44h semanais prevista nos artigos supracitados.
Portanto, não há nenhuma hora extra devida em favor da reclamante, nesse sentido, requer-se o indeferimento do pedido ora exposto na inicial.
 
DA MULTA DO ART. 477, §8º DA CLT
Alega a requerente, que as verbas rescisórias foram pagas 20 dias após a comunicação do aviso prévio, ou seja, extrapolando o prazo legal, ocorre que, o requerimento feito pela reclamante é descabida, haja vista que o pagamento das verbas resilitórias foram feitas dentro do prazo legal de 10 dias após a extinção do contrato de trabalho, conforme art. 477 § 6º da CLT.
 Portanto não há que se falar em multa a favor da reclamante, pois o pagamanto foi feito, como já dito, dentro do prazo previsto. Nesse sentido, requer-se a improcedência do pedido da reclamada.
III. RECONVENÇÃO – MÉRITO
IV. Pedidos
Prescrição das pretensões anteriores a 27.02.2014, conforme art. 7º, XXIX da CF e art. 11º, caput da CLT.
Inversão do ônus da prova em relação ao suposto vício de vontade, com fulcro nos arts. 818, I da CLT; 373, I do CPC e súmula 342 do TST.
Improcedência do adicional de penosidade por não haver regulamentação.
Indeferimento das horas extras, com base nos arts. 7º, XIII da CF e 58° da CLT.
Improcedência da multa do 477 §8°.
VI. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário à elucidação dos fatos.
VII. DO VALOR DA CAUSA
dar-se à causa, na Reconvenção, o valor de RS 300,00 (trezentos reais)
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data... 
Advogado...

Continue navegando

Outros materiais