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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE FÍSICA DISCIPLINA: FÍSICA II EXPERIMENTAL TURMA: H RELATÓRIO DO EXPERIMENTO DATAS DE REALIZAÇÃO: 12/06/2019 GRUPO: 9 ALUNOS: ARTHUR DA SILVA MACIEL – 180138758 MARCO TULIO DIAS DO COUTO – 180046870 RENAN MORAES DA SILVA – 180108697 RODRIGO FREIRE RODRIGUES – 180138341 Título: Calor específico 1. Objetivo: O objetivo da realização deste experimento é determinar a capacidade térmica de um calorímetro por meio de dados experimentais e, a partir desse valor obtido, calcular o calor específico de 3 metais distintos. Com esses resultados, deve-se compará-los com valores teóricos e classificar os metais 1,2 e 3 em Alumínio, Chumbo e Cobre. 2. Materiais utilizados: Materiais individuais: ● Termômetro digital PHYWE GTH 1160; ● Luva térmica; ● Calorímetro; ● Manta aquecedora; ● Balão volumétrico; Materiais compartilhados: ● Estufa; ● Termômetro digital PHYWE GTH 1160; ● Balança digital; ● Amostras de Al, Cu e Pb 3. Procedimentos: 3.1 Capacidade Térmica do Calorímetro 1. Aqueça uma quantidade de água; 2. Anote a massa do calorímetro; 3. Adicione uma quantidade de água da torneira no calorímetro; 4. Anote a massa do calorímetro contendo água da torneira; 5. Anote a temperatura da água aquecida; 6. Anote a temperatura da água da torneira; 7. Coloque a água aquecida no calorímetro; 8. Anote a massa do calorímetro contendo a mistura das águas; 9. Espere as águas chegarem em um equilíbrio térmico; 10.Anote a temperatura do equilíbrio térmico; 11.Determine a capacidade térmica do calorímetro a partir dos dados coletados; 12.Retire todo o conteúdo do calorímetro esfrie-o com água da torneira para iniciar o segundo procedimento. 3.2 Calor Específico dos Sólidos 1. Acrescente água da torneira no calorímetro; 2. Anote a massa do calorímetro contendo água da torneira; 3. Anote a temperatura da água; 4. Anote a massa do calorímetro com a água; 5. Anote a temperatura da amostra de metal(temperatura da estufa); 6. Coloque a amostra de metal no calorímetro; 7. Anote a massa do calorímetro contendo a água e a amostra; 8. Espere a água e a amostra chegarem em um equilíbrio térmico; 9. Anote a temperatura do equilíbrio térmico; 10.Anote os dados de grupos que tenham amostras de outro metal; 11.Calcula-se o calor específico dos metais. 12.Compare com os valores teóricos dos calores específicos 13.Determine se os metais são compostos de Alumínio, Cobre ou Chumbo. 4. Dados experimentais: O primeiro passo do experimento consiste na obtenção da capacidade térmica do calorímetro, que será necessário para se determinar o calor específico do sólido analisado. Para isso, usamos a seguinte equação: c C = Te − To Maq·Ca·(Tq − Te) − Mao·Ca·(Te − To) Essa fórmula possui um erro associado que pode ser determinado pelo método de frações parciais, que gera a seguinte equação: ( + + ) + Mao CaCc ∆ = Te − To Maq·Ca·(Tq − Te) · ∆mMaq ∆T Tq−Te ∆T Te−To ∆ · Em que: ● Massa da água fria (Mao) = (51,0 ± 0,2)g ● Massa da água quente (Maq) = (81,8 ± 0,3)g ● Temperatura da água quente (Tq) = (99 ± 0,1)°C ● Temperatura da água fria (T o) = (22,9 ± 0,1)°C ● Temperatura de equilíbrio (Te) = (66,3 ± 0,1)°C ● Calor específico da água (Ca) = 1,0 cal/g°C Sabendo que a massa da água fria da torneira foi medida indiretamente usando a seguinte fórmula: a Mf Mi M = − Em que: ● Massa do calorímetro com copo(conjunto) (Mi) = (188,9 ± 0,1)g ● Massa do calorímetro com água da torneira (M f) = (239,9 ± 0,1)g Como trata-se de uma subtração de dados experimentais para obtenção da massa da água, o erro dessa medida é igual a ∆Mf + ∆Mi. Ou seja, ∆Mao=0,2g. Com isso, a massa da água fria é M ao= 51,0 ± 0,2 g. A massa da água quente foi obtida de forma análoga, em que Maq(massa da água quente) é a massa total do conjunto com água quente e fria, subtraída da massa do conjunto com apenas água fria, como a massa do conjunto com água quente foi 321,7 ± 0,1 g, a massa da água quente é 321,7-239,9 = 81,8 g e o seu respectivo erro é 0,2 + 0,1 g= 0,3 g, ou seja, Maq = 81,8 ± 0,3 g. As medidas de temperatura foram medidas diretamente com o uso do termômetro supracitado e o calor específico da água já era conhecido. Além disso, o aquecimento da água foi realizado usando-se a manta térmica e o balão volumétrico com água, que quando conectado na tomada se aquece em função de uma resistência elétrica presente por baixo da manta. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Já para a segunda etapa do experimento, usou-se, para a obtenção do valor do calor específico do metal, a seguinte equação: Cs = Mm·(Tm − T f ) Ma·Ca·(T f − To) + Cc·(T f − To) Essa equação possui um erro associado, que é: ( + + ) +( Mm Ca+ Cc) (Tf - To)Cs Cs ∆ = · Mm ∆Mm ∆TTm−T f ∆T T f−To ∆ · ∆ · Em que: Grandeza Metal 1 Metal 2 Metal 3 Temperatura da água (To °C) 24,6 ± 0,1 22,5 ± 0,1 21,0 ± 0,1 Temperatura do metal (Tm °C) 143 ± 1 143 ± 1 143 ± 1 Temperatura de equilíbrio (Tf ° C) 34,6 ±1,1 41,1 ±1,1 32,8 ± 1,1 Massa de água (Ma g) 60,5 ± 0,2 79,21 ±0,01 85,4 ± 0,2 Massa de metal (Mm g) 170,1 ± 0,2 155,5±0,01 39,6±0,2 Calor específico da água (Ca cal/g.°C) 1,0 1,0 1,0 As massas foram medidas usando o mesmo método do primeiro procedimento, assim como as temperaturas. Já a capacidade térmica do calorímetro utilizada é a obtida no primeiro procedimento. Observação: Por questões de tempo, o professor permitiu que cada grupo efetuasse as medições de apenas um dos metais e obtivesse as demais com os outros grupos. Esse grupo efetuou as medições para o Metal 1 e a seguir providenciamos as medições obtidas pelos outros grupos. 5. Análise de dados: A partir dos dados obtidos durante a realização do experimento e da fórmula para obtenção da capacidade térmica do calorímetro mostradas na seção de dados experimentais, foi possível se chegar a um valor da capacidade térmica do calorímetro e um erro associado a essa medida: Cc = 10,6327 ± 1,074056 Cal/°C Após chegarmos a esse resultado, foi possível prosseguir para a realização do segundo procedimento, com o objetivo de coletar dados suficientes para, a partir da equação mostrada na parte de dados experimentais, se calcular o calor específico de 3 metais distintos. Com os dados já coletados e a equação do calor específico de um sólido em mãos, foi possível se calcular os calores específicos dos 3 metais analisados experimentalmente. Com isso, os resultados foram: ● Metal 1: Cs1 = 0,0385776 ± 0,00189738 Cal/(g.°C) ● Metal 2: Cs2 = 0,10794447 ± 0,002628581 Cal/(g.°C) ● Metal 3: Cs3 = 0,2579607326 ± 0,0244118Cal/(g.°C) Valores teóricos dos calores específicos do Alumínio, Chumbo e Cobre: Metal Alumínio Chumbo Cobre Calor específico( em Cal/(g.°C) ) 0,22 0,031 0,092 Comparando-se os valores teóricos dos elementos listados acima e os valores obtidos experimentalmente, podemos concluir que o metal 1 é composto de Chumbo, o metal 2 é composto de Cobre , e o metal 3 é composto de Alumínio. Analisando-se os valores teóricos mostrados na tabela acima e os valores calculados experimentalmente, é possível se observar que houve uma certa discrepância entre eles. Uma possível causa para essa discrepância pode ser pelo fato de que, como as amostras dos metais estavam acima de 100 °C(143±0,1°C), é possível que a água tenha mudado de estado, o que afetaria o modelo pois a quantidade de calor transferida durante mudanças de fase é regida por outra equação(Q=m.L na mudança de fase e Q=m.c. T em um processo em que não há ∆ mudança de fase). Pode-se deparar com o mesmo problema caso trabalhe-se com uma amostra de temperatura abaixo da de solidificação da água, por isso, uma alternativa para resolver esse problema é a substituição da água pelo óleo, pois este possui uma temperatura de ebulição acima dos 200°C e não entraria em ebulição durante a realização do experimento, porém o óleo possui um calor específico menor que o da água, então o sistema entraria em equilíbrio mais rapidamente e isso prejudicaria a análise do procedimento. Outra possível causa para esta discrepância foi a dificuldade em se determinar os valores das temperaturas calculadas, principalmente as temperaturas de equilíbrio, que oscilavam muito, e portanto, pode haver um erro humano associado a essas medidas. Após a realização completa do experimento e a obtenção dos resultados mostrados acima, foi feita uma análise da relação entre o calor específico das amostras analisadas e suas respectivas massas moleculares. Com apenas três pontos seria ambicioso estimar qual é o formato desse gráfico, porém é simples determiná-lo algebricamente: Q=m.c. T ∆ c = Qm.∆T Portanto, o calor específico é inversamente proporcional a massa da amostra. Como m=n.M, em que n é a quantidade de mol presente na amostra e M a massa molar da substância a ser analisada, considerando-se n constante: c = Qn.M .∆T A partir disso, é possível se observar que o calor específico é inversamente proporcional à massa molecular da amostra. Portanto, o gráfico do calor específico em função da massa molecular gerará uma curva do tipo K. .x 1 Fizemos um gráfico do calor específico em função do inverso da massa molecular e como esperado, a regressão linear dos pontos das 3 amostras gerou uma reta, o que ratifica nossas conclusões: 6. Conclusão: A partir dos procedimentos realizados no laboratório, obtivemos com êxito a capacidade térmica de um calorímetro. Com isso, a partir de outro procedimento, conseguimos obter o calor específico de 3 amostras e a partir destes valores, comparamos com valores teóricos e assim determinamos de quais metais as amostras são compostas. Também foi possível ver que o procedimento é bastante suscetível a erros na sua realização devido às oscilações de temperatura e, por isso, é necessário demasiado cuidado em sua realização. Além disso foi discutido os possíveis consequências que a temperatura muito alta ou muito baixa das amostras pode causar na realização do procedimento, gerando um erro associado nos resultados dos calores específicos dos sólidos e uma possível alternativa para essa situação foi sugerida, que foi a utilização de uma substância mais estável termicamente no lugar da água para gerar resultados mais precisos. Também foi possível deduzir a equação que rege a relação entre a massa molecular e o calor específico de um sólido.
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