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DOSSIÊ TÉCNICO – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Equinocultura 
 
 Fornece informações técnicas pertinentes sobre cavalos e sua criação, alimentação, reprodução, 
desmame, instalações, legislações, principais doenças que podem afetar este tipo de criação. 
 
 
 Homero de Almeida Júnior 
 Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro - REDETEC 
 
 Julho/2013 
 
 
 
 
 
 
 O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos 
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de 
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a 
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equinocultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dossiê Técnico ALMEIDA JÚNIOR, Homero de 
 Equinocultura 
 Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro - REDETEC 
31/7/2013 
 
 Resumo Equinocultura é a parte da zootecnia especial que trata da 
criação de equinos. Dada a importância da Equinocultura, 
este dossiê tem o objetivo de fornecer informações técnicas 
pertinentes, sobre cavalos e sua criação, alimentação, 
reprodução, desmame, instalações, legislações e principais 
doenças que podem afetar este tipo de cultura. 
 
 
 Assunto EQUINOCULTURA 
 Palavras-chave Agropecuária; casco equino; cavalo; criação; doença; equino; 
garrão de potro; legislação; lei; nutrição animal; pastagem; pata 
de cavalo; pele; pelo de animal; ração; reprodução; reprodução 
animal; veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvo indicação contrária, este conteúdo está licenciado sob a proteção da Licença de Atribuição 3.0 da Creative Commons. É permitida a 
cópia, distribuição e execução desta obra - bem como as obras derivadas criadas a partir dela - desde que dado os créditos ao autor, com 
menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br 
 
 
Para os termos desta licença, visite: http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
2 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3 
2 OBJETIVO ...................................................................................................................... 3 
3 MORFOLOGIA DO CAVALO ......................................................................................... 3 
3.1 Esqueleto ...................................................................................................................... 4 
3.2 Músculos ...................................................................................................................... 5 
3.3 Pele ............................................................................................................................... 5 
3.4 Pelagem ........................................................................................................................ 6 
3.4.1 Simples ......................................................................................................................... 6 
3.4.2 Compostas .................................................................................................................... 7 
3.4.3 Justapostas ou Conjugadas .......................................................................................... 9 
3.5 Marcas e sinais característicos ................................................................................ 10 
3.5.1 Marcas características ................................................................................................ 10 
3.5.2 Sinais característicos: ................................................................................................. 11 
3.6 Dentição...................................................................................................................... 14 
3.7 Casco .......................................................................................................................... 18 
3.7.1 O casco nos potros ..................................................................................................... 19 
4 ANDAMENTOS ............................................................................................................ 19 
5 PRINCIPAIS RAÇAS .................................................................................................... 20 
5.1 No mundo .................................................................................................................... 20 
5.2 No Brasil ...................................................................................................................... 23 
6 CRIAÇÃO ..................................................................................................................... 25 
6.1 Alimentação ............................................................................................................... 25 
6.2 Reprodução ................................................................................................................ 26 
6.3 Desmame .................................................................................................................... 27 
6.4 Instalações ................................................................................................................. 27 
6.4.1 Pastagens. .................................................................................................................. 28 
6.4.2 Estábulos .................................................................................................................... 28 
7 PRINCIPAIS DOENÇAS ............................................................................................... 29 
8 LEGISLAÇÃO .............................................................................................................. 30 
Conclusões e recomendações ......................................................................................... 32 
Referências ........................................................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
3 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
Conteúdo 
 
1 INTRODUÇÃOErro! Indicador não definido. 
 
Equinocultura é a parte da zootecnia especial que trata da criação de equinos (WIKIPÉDIA, 
2013b). 
 
O cavalo (do latim caballu) é um mamífero hipomorfo, da ordem dos ungulados, uma das 
três subespécies modernas da espécie Equus ferus. A denominação para as fêmeas é 
égua, para os machos não castrados, garanhão e para os filhotes, potro (WIKIPÉDIA , 
2013a). 
 
2 OBJETIVO 
 
Este dossiê tem o objetivo de fornecer informações técnicas pertinentes sobre cavalos e sua 
criação, alimentação, reprodução, desmame, instalações, legislações, principais doenças 
que podem afetar este tipo de criação. 
 
3 MORFOLOGIA DO CAVALO 
 
Os cavalos têm o corpo, bastante arredondado, coberto de pelo curto e lisoque se alonga 
na cauda e na tábua do pescoço, onde forma a crina. São animais de talhe médio, cabeça 
fina e alongada, pescoço musculoso e pernas delicadas. Seus olhos mostram-se grandes e 
vivos, as orelhas pontudas e móveis e as narinas muito abertas (SAÚDE ANIMAL, [200-
?]c). 
 
Como pode ser observado na Figura 1, no cavalo tem-se a conjunção da sua estrutura e a 
função que exerce. O seu corpo é adaptado para a velocidade e para a grande dimensão, e 
é esta combinação que explica a formação da sua estrutura. Os seus membros, não 
especializados, têm um número de dedos muito reduzido e são acompanhados pela perda 
dos músculos, os que permitem a outros animais agarrar objetos. O cavalo apenas move os 
membros para a frente e para trás o que lhe dá excelentes meios de propulsão. A força de 
que necessita é dada por músculos muito desenvolvidos que estão ligados aos ossos das 
coxas, tronco e antebraços (BATISTA, [200-?]c). 
 
Equinocultura 
www.respostatecnica.org.br 4 
 
Figura 1 – O cavalo 
Fonte: (BATISTA, [200-?]a) 
 
3.1 Esqueleto 
 
O esqueleto do cavalo é composto por, aproximadamente, 210 ossos (excluindo-se a cauda, 
Figura 2), e tem como função suportar os músculos e os órgãos internos, e dar também 
mobilidade suficiente, graças às articulações, para que o animal se deite, paste e se 
desloque em diversas velocidades. Nas articulações, os ossos são cobertos por cartilagem, 
onde uma cápsula produz um lubrificante sinovial, e são mantidos por ligamentos que os 
seguram. No cavalo, o esqueleto adapta a sua estrutura aos seus requisitos. Por exemplo: 
crânio alongado dá espaço para os dentes, enquanto que as órbitas estão posicionadas de 
maneira a que o ângulo de visão do animal seja amplo, podendo assim, aperceber-se dos 
perigos durante a pastagem (BATISTA, [200-?]c). 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
5 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Figura 2 – O esqueleto do cavalo 
Fonte: (BATISTA, [200-?]a) 
 
3.2 Músculos 
 
Os feixes, que compõem a massa muscular do cavalo, são ligados aos ossos por um lado, 
e aos tendões, por outro. Os tendões são protegidos, por bainhas sinoviais, que são 
constituídas por películas finas e fibrosas, contra o risco de fricção com o osso (BATISTA, 
[200-?]c) 
 
Os ligamentos, assim como os tendões, são relativamente curtos, fazendo o papel de 
reforçadores das articulações, podendo também serem mais longos, como o restritor e o 
suspensor, que ligam a parte traseira da articulação do joelho à canela, de forma 
semelhante nos membros anteriores e posteriores (BATISTA, [200-?]c) 
 
3.3 Pele 
 
Segundo Batista [200-?]c, a pele do cavalo possui três camadas: 
 
- camada celular, que tem a capacidade de, à medida que a sua superfície 
se desgasta, se auto reparar; 
 
- camada subeptelial, em que se encontram os sensores da dor e outras 
estruturas sensitivas e que alimenta a camada superficial; 
 
- camada subdérmica, que tem como função isolar a pele do osso ou do 
músculo que fica por baixo dela e onde se situam os folículos capilares. 
 
O sebo, substância gordurosa, é segregado por glândulas sudoríparas que se encontram na 
pele e permitem a formação de uma camada impermeável que protege o cavalo da umidade 
e do frio (BATISTA, [200-?]c). 
 
Equinocultura 
www.respostatecnica.org.br 6 
3.4 Pelagem 
 
O conjunto de pelos que cobrem o animal, que podem ser de uma ou mais cores, em 
variadas partes de toda a superfície do corpo e extremidades, é denominado pelagem e 
determina a classificação de cor do cavalo (SAÚDE ANIMAL, [200-?]b). 
 
De acordo com Saúde Animal ([200-?]b), foram definidas 76 pelagens diferentes de cavalos, 
que compõem diversas subdivisões de três categorias principais: 
 
 3.4.1 Simples 
 
São as pelagens com apenas uma cor de pelos, que se dividem em: 
 
Tipo branco: 
 
 sujo – coloração branca levemente amarelada; 
 
 porcelana – coloração escura de brilho azulado, lembrando louça de porcelana; 
 
 pombo ou leite – coloração sem brilho. 
 
Tipo alazão: com colorações diversas que variam da “aloirada” clara à uma avermelhada 
que lembra cor de canela, ou de uma coloração vermelha escura, sendo que têm sempre a 
crina e extremidades com pelos na mesma cor do corpo, ou mais claras, nunca escuras. 
 
 claro – pelo loiro, claro e pálido; 
 
 ordinário – pelo cor de canela; 
 
 escuro ou tostado – cor de café torrado avermelhado ou mogno; 
 
 aleonado – coloração amarelada clara, com extremidades mais carregadas, lembrado a 
pelagem do leão; 
 
 queimado – cor de café torrado, bastante carregado; 
 
 cereja – cor que lembra cereja madura; 
 
 gateado, lavado ou sopa-de-leite - quando a tonalidade amarelo-clara desce 
uniformemente para os membros, geralmente acompanhada de "gateaduras" pelas 
canelas, antebraços e jarretes bem como de lista de mulo e banda crucial (quase 
sempre apagadas) bem como de lista de mulo e banda crucial (quase sempre 
apagadas); 
 
 vermelho sanguíneo ou colorado – coloração vermelho vivo como sangue de boi. 
 
Tipo baio simples: com crina, cola e extremidades claras. 
 
 claro ou palha - cor de palha de trigo; 
 
 ordinário – coloração de pelo amarela em tom entre palha e o escuro; 
 
 escuro – cor amarelo mais escuro; 
DOSSIÊ TÉCNICO 
7 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 encerado – cor amarelada mais sombria lembrando cera; 
 
 camurça ou Isabel – cor baia um pouco encardida; 
 
 amarelo ou amarilho – coloração amarelo dourada, com crina e cola bem mais clara que 
o resto do corpo. 
 
Tipo gateado: com variações da cor de palha clara à escura, com crina e cola de mesma 
cor. 
 
 claro; 
 
 ordinário; 
 
 escuro; 
 
 ruivo. 
 
Tipo preto: pelagem preta, variando do fosco ao brilhoso. 
 
 maltinho, pezenho ou macaco – cor preta desbotada com laivos mais claros; 
 
 ordinário – coloração de preto fosco; 
 
 murzelo ou franco – com laivos arroxeados como amora madura; 
 
 azeviche – pelagem preta com brilho. 
 
3.4.2 Compostas 
 
São pelagens com duas colorações misturadas, com crina e cola diferentes. As pelagens do 
tipo composta se dividem em: 
 
Grupo A – Pelagem amarela na base e preta nas extremidades, que podem ser lobuno, 
libuno ou lobeiro de coloração parda-acinzentada: 
 
 claro – acinzentado; 
 
 ordinário – pardo; 
 
 escuro – pardo escuro. 
 
Grupo B – Pelagem de uma só cor no corpo, com extremidades, cola e crineira escuras, que 
variam em: 
 
 castanho – coloração avermelhada variada de intensidade, com crina, cola e membros 
na cor preta, que podem ter as tonalidades: 
 
- claro – pelagem avermelhada pouco intenso, amarelada; 
 
- ordinário – cor de castanha madura; 
 
- escuro cereja ou zaino – avermelhado escuro, com partes mais claras como focinho, 
ventre, axilas, flanco e períneo; 
Equinocultura 
www.respostatecnica.org.br 8 
- pinhão – coloração avermelhada semelhante à tonalidade do pinhão; 
 
- vermelho sanguíneo ou colorado (RS) – pelagem com a tonalidade do sangue de boi. 
 
 baio-cabos-negro – coloração da pelagem clara amarelada da cor da palha de trigo 
variando a escura do bronzeado: 
 
- claro ou palha – pelagem da cor da palha de trigo; 
 
- ordinário – coloração brim caqui; 
 
- escuro – tonalidade amarela carregada; 
 
- encerado – tom de cera bruta; 
 
- camurça – pelagem amarelo bem clara, lembrando o branco encardido; 
 
- gateado – com todas as variedades de tom amarelado. 
 
 rato – coloração acinzentada com extremidades escuras, variando:- claro; 
 
- ordinário: coloração mediana no espectro do cinza; 
 
- escuro. 
 
Grupo C – Pelagem formada por duas ou mais cores, misturados pelo corpo, com 
extremidades escuras, com as seguintes variações: 
 
 tordilho – mistura com predominância de pelos branco, constituindo o fundo, com pelos 
cinzas e pretos, espalhados por todo o corpo. Esta categoria de pelagem varia pelos 
tipos: 
 
- claro ou pombo – predominância de pelos brancos, com o mínimo de outras cores; 
 
- negro – predominância de pelos negros, se diferenciando do mouro, por não ter a 
cabeça negra; 
 
- escuro – pelagem com fundo branco e com presença de pelos escuros dominando a 
cobertura; 
 
- sujo ou safranado (açafranado) – quando há a mistura de pelos amarelos ou 
avermelhados, criando um aspecto de sujeira ou açafrão; 
 
- azulejo ou cordão – quando há reflexos azulados, que variam em claro e escuro 
(andorino) lembrando a tonalidade das andorinhas; 
 
- salpicado ou pedrês – pelagem com fundo branco “pintado” com tufos de pelos pretos; 
 
- vinagre ou sabino – coloração de fundo branco, com a cobertura de pelos 
avermelhados, formando um aspecto de ferrugem; 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
9 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
- rodado – pelagem bem escura com manchas formadas por pelos de tonalidade escura 
diferente do todo. 
 
 mouro – mistura de cores, sendo o fundo escuro com a cobertura em pelos brancos, 
fazendo a tonalidade da ardósia, e com cabeça e extremidades escuras. As variações 
são para: 
 
- claro – formação de cor cinzenta clara; 
 
- ordinário – cinza mediano; 
 
- escuro – menor concentração de pelos brancos na pelagem, resultando no cinza 
escurecido. 
 
 rosilho – pelagem de fundo amarelado ou alazões, avermelhados ou castanhos 
escuros, que, com uma cobertura de pelos brancos, gera um tom arroscastanho eado. 
Os fundos de pelagem se dividem nas variações: 
 
- alazão claro – pelagem de fundo alazão desbotado com cobertura de pelos brancos, 
formando uma cor levemente rosa; 
 
- alazão ordinário – coloração francamente rosa; 
 
- alazão escuro – predominância de pelos avermelhados ou alazões 
 
- alazão mil-flores – incidência de tufos de pelos brancos, sobre o fundo alazão; 
 
- alazão flores de pessegueiro – pelagem na cor alazão interpolado com pelos brancos; 
 
- castanho claro – pelos brancos espalhados sobre um fundo castanho claro (prateado); 
 
- castanho ordinário – presença de pelos brancos e avermelhados equilibrados sobre o 
fundo castanho; 
 
- castanho escuro – poucos pelos brancos sobre o fundo castanho escuro; 
 
- castanho vinhoso – fundo castanho avermelhado acentuado com incidência de pelos 
brancos, lembrando a coloração do vinho tinto. 
 
3.4.3 Justapostas ou Conjugadas 
 
A pelagem apresenta manchas e pintas de contorno irregular, sobre um fundo branco. As 
variações são as seguintes: 
 
Tobiano ou pampa – Pelagem composta por placas irregulares, formado uma malha, em 
duas cores, com fundo (cor predominante) que pode ser branco ou outra cor. A 
denominação das variantes vai depender da predominância da pelagem. Para pelagens com 
branco predominando, o nome “pampa” virá antes da segunda cor. Branco predominante 
sobre o preto, por exemplo, o cavalo será um pampa-preto. Se for ao contrário, ou seja, o 
preto, ou outra cor, sendo o fundo da malha, o nome “pampa” virá depois da segunda cor. 
Os cavalos pampa podem ser: 
 
 pampa preto; 
Equinocultura 
www.respostatecnica.org.br 10 
 pampa vermelho; 
 
 pampa castanho-escuro; 
 
 pampa baio; 
 
 pampa rosilho castanho; 
 
 preto pampa; 
 
 vermelho pampa; 
 
 tordilho begro pampa; 
 
 castanho escuro pampa. 
 
Pintado – Pelagem composta por pequenas concentrações de cores escuras, ou pintas 
escuras (pretas, avermelhadas, alazãs ou castanhas), sobre um fundo predominantemente 
branco. 
 
Os cavalos pintados podem ser: 
 
 pintado de castanho; 
 
 pintado de vermelho; 
 
 pintado de alazão; 
 
 pintado de preto (cavalo persa e apalloosa). 
 
3.5 Marcas e sinais característicos 
 
3.5.1 Marcas características: 
 
Os cavalos possuem marcas que estão presentes, independentes de raça ou pelagem, de 
uma forma tão constante, e de aspectos tão reincidentes, que se criou uma classificação 
para elas. As marcas podem ser naturais ou artificiais, a saber (SAÚDE ANIMAL, [200-?]f): 
 
 marcas naturais ou congênitas: 
 
- golpe de machado – afundamento linear na unção do garrote; 
 
- golpe de lança – pode ocorrer no pescoço, patas, coxas, nádegas e etc., como uma 
pequena depressão sem cicatriz; 
 
- embandeirada – característica pela cauda levantada levemente direcionada para 
direita ou pra esquerda (raça árabe); 
 
- cabana – orelhas caídas. 
 
 marcas artificiais ou adquiridas: 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
11 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
- cicatrizes acidentais ou operatórias, marcas a ferro ou químicas (para identificação de 
propriedade) – normalmente sobre essas cicatrizes, crescem pelo em coloração 
contraria a pelagem original; 
 
- troncho ou mocho – orelhas deformadas por ação externa, acidental ou não (cortadas, 
enroladas ou comidas); 
 
- embandeiramento artificial – quando o levantamento do rabo é causado por 
intervenção cirúrgica, para implementar o porte do animal. É conhecida como 
“niquitagem”, e pode ser feita também para dar aspecto de raça árabe a cavalos 
mestiços ou comuns; 
 
- pitoco – rabo cortado. 
 
3.5.2 Sinais característicos: 
 
Segundo Saúde Animal ([200-?]f), são utilizados para identificação e documentação do 
cavalo, conforme exigência das entidades responsáveis. Podem ocorrer na cabeça, pescoço 
e membros: 
 
 na cabeça: 
 
- celhado – quando pelos brancos aparecem nas sobrancelhas; 
 
- vestígio de estrela – quando aparecem pelos brancos esparsos na fronte; 
 
- estrelinha – quando há uma pequena pinta branca na fronte; 
 
- estrela ou flor – formada por uma mancha branca na fronte. Pode ter várias formas: em 
coração, em losango, em meia lua, em U. Pode ser "escorrida"; 
 
- luzeiro – formado por uma malha na fronte, podendo ser também "escorrido"; 
 
- filete – determinado por um estreito fio de pelos brancos que escorre pela fronte ou 
chanfro; 
 
- cordão – determinado por uma fina mancha branca (mais largo que o filete), que se 
estende da fronte ao chanfro, e até as narinas às vezes, podendo ser interrompido ou 
desviado; 
 
- frente aberta – quando o cordão se alarga tomando todas a frente da cabeça e indo até 
a região das narinas; 
 
- façalvo – determinada por malha branca sobre as faces laterais da cabeça ou somente 
sobre um dos lados (esquerdo ou direito); 
 
- beta – pinta branca que corre entre as narinas; 
 
- bebe em branco – quando um dos lábios ou ambos são brancos, devendo isto ser 
esclarcido na resenha; 
 
- cabeça de mouro – se uma mancha escura (pelos mais escuros ou pretos) toma toda a 
cabeça; 
Equinocultura 
www.respostatecnica.org.br 12 
 
- com embornal – se a mancha abrange apenas a parte inferior da cabeça. As 
particularidades acima citadas devem ser descritas na resenha, se possível com um 
esboço dos contornos e desvios. 
 
Na Figura 3, são mostrados alguns exemplos de sinais característicos. 
 
 
Figura 3 – Alguns exemplos de sinais característicos na cabeça 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]f) 
 
 no pescoço: 
 
- crinado – quando o animal apresenta a crina branca ou desbotada. Esta particularidadeé comumente encontrada na pelagem Alazão, variedade amarilho (Figura 4). Deve ser 
mencionada na resenha somente quando aparecer nas pelagens mais escuras. Neste 
caso a cauda poderá ou não acompanhar a cor da crineira. 
 
 
Figura 4 – Alazão variedade amarilho 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]f) 
 no tronco: 
 
- listra de burro – listra estreita, mais escura que a pelagem, que se estende ao longo da 
linha dorsal, indo da cernelha à base da cauda (Figura 5); 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
13 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT 
 
Figura 5 – Listra de burro 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]f) 
 
- faixa crucial – faixa escura que corta transversalmente a cernelha, geralmente de 
pelagem vermelha, alcançando as espáduas; 
 
- pangaré – é o animal que apresenta a parte inferior do ventre, face interna das coxas e 
outras partes do corpo, esbranquiçadas; 
 
- rabicão – animal que apresenta fios brancos na cauda interpolados com outros mais 
escuros. 
 
 nos membros: 
 
- zebruras – estrias que cortam transversalmente os joelhos e jarretes; 
 
- bragado – quando o animal apresenta malhas brancas no terço posterior do ventre e 
nas partes internas das coxas; 
 
- cana-preta – se o animal apresenta canelas pretras nas pelagens que não as incluem; 
 
- calçado – quando a cor branco aparece nos membros, bem delimitada, nas pelagens 
que não incluem o branco nestas partes. Conforme a extensão do branco o calçamento 
recebe as seguintes denominações (Figura 6): 
 
 cascalvo – quando somente os cascos são brancos; 
 
 calçado sobre coroa – quando o branco está situado apenas na 
circunferência da coroa do casco; 
 
 baixo calçado – quando o branco vai até o boleto; 
 
 médio calçado – quando o branco abrange a qualquer parte da canela; 
 
 alto calçado – quando o branco alcança os joelhos e jarretes; 
 
 arregaçado – quando o branco ultrapassa estas articulações (joelhos e 
jarretes), alcançando os antebraços e pernas; 
 
 argel – quando um só membro é calçado; 
 
 manalvo – somente os anteriores são calçados; 
 
 pedalvo – somente os posteriores são calçados; 
Equinocultura 
www.respostatecnica.org.br 14 
 calçado em diagonal – quando o calçamento é no bípede em diagonal, 
devendo ser esclarecido apenas qual o anterior que forma a diagonal; 
 
 trialvo – quando três membros são calçados (baixo, médios ou altos); 
devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" 
– estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito; 
 
 quatralvo – quando todos os membros são calçados. 
 
 
Figura 6 – Calçamentos 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]f) 
 
3.6 Dentição 
 
É considerada uma adaptação da natureza, o fato do cavalo nascer sem dentes, já que a 
égua, ao dar a luz, apresenta-se com o úbere e as tetas inchadas e doloridas, o que 
tornaria insuportável a amamentação, se sofresse pressão dos dentes (BAKER, 2005 apud 
FRANCO, 2012). 
 
Segundo Saúde Animal ([200-?]e), o cavalo adulto possui 40 dentes e a égua 36, 
normalmente, assim distribuídos. 
 
 12 incisivos (6 superiores e 6 inferiores); 
 
 4 caninos, em geral ausentes na fêmea; 
 
 24 molares distribuídos igualmente nas duas arcadas;. 
 
O potro, macho ou fêmea, apresenta apenas 24 dentes, todos caducos. 
 
 12 incisivos 
 
 12 molares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A Figura 7 mostra o esqueleto da queixada do cavalo: 
 
 
Figura 7 – Esqueleto da queixada do cavalo 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]e) 
 
De acordo com Franco (2012), o primeiro exame odontológico na vida do cavalo deve 
acontecer ainda na fase de potro, logo após o nascimento. Nesse momento, o exame tem a 
finalidade de explorar a cavidade oral, verificando se existem possíveis alterações ou 
deformidades de origens congênitas. Feito o exame, no primeiro dia de vida deve-se ter 
atenção às erupções dos dentes decíduos “de leite”, que acontecem nos potros conforme 
segue: 
 
 primeiro incisivo – 0 a 1 semana; 
 
 segundo incisivo – 4 a 6 semanas; 
 
 terceiro incisivo – 6 a 9 semanas; 
 
 segundo pré molar – 0 a 2 semanas; 
 
 terceiro pré molar – 0 a 2 semanas; 
 
 quarto pré molar – 0 a 2 semanas. 
 
Os equinos apresentam sete períodos de dentição, que ocorrem, segundo Baker (2005) 
apud Franco (2012), da seguinte maneira: 
 
1º período - ocorre a erupção dos dentes caducos, no qual os incisivos 
apresentam uma forma elíptica. As pinças nascem até o fim da primeira 
semana de vida do animal, os médios nascem até o fim do primeiro mês e 
os cantos nascem até o sexto mês de vida, no qual alcança o nível dos 
demais dentes até o décimo mês de vida (FIG. 8); 
 
2º período - ocorre o rasamento dos dentes caducos devido ao 
desaparecimento da cavidade dentária externa pelo desgaste e 
compressão, e os dentes incisivos apresentam uma forma ovalada. Nas 
pinças ocorre o rasamento com 1 ano de vida. Nos médios o rasamento 
ocorre com 1 ano e meio e nos cantos com 2 anos; 
 
3º período - ocorrem as mudas e as mesas dentárias são encontradas na 
forma elíptica. As pinças são trocadas entre os 2 e 3 anos de vida do 
animal. Os médios são trocados entre os 3 e 4 anos e os cantos são 
trocados entre os 4 e 5 anos de vida. Nesse período também ocorre o 
nascimento dos dentes caninos (5 anos ) (FIG. 9); 
 
4º período - ocorre o rasamento dos definitivos, quando se observa que a 
mesa dentária está ovalada. As pinças ficam rasas aos 6 anos de vida do 
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animal, os médios ficam rasos aos 7 anos e apresentam a cauda de 
andorinha. Os cantos ficam rasos aos 8 anos (FIG.10); 
 
5º período - ocorre o arredondamento, onde se observa o nivelamento dos 
definitivos e a mesa dentária arredondada. As pinças são arredondadas aos 
9 anos do animal, os médios são arredondados aos 10 anos e os cantos 
são arredondados entre os 11 e 12 anos (FIG. 11); 
 
6º período - ocorre a triangularidade, ou seja, a mesa dentária está em 
forma de triângulo equilátero. As pinças ficam triangulares aos 13 anos de 
vida do animal, os médios ficam triangulares aos 14 anos e os cantos ficam 
triangulares aos 15 e 16 anos (FIG. 12); 
 
7º período - ocorre a biangularidade, ou seja, a mesa dentária esta em 
forma de triângulo isósceles. As pinças são biânguladas aos 17 anos de 
vida do animal, os médios são biângulados aos 18 anos e os cantos são 
biângulados aos 19 anos. É importante observar também, que com o 
avanço da idade, as arcadas vão se projetando para frente e fica cada vez 
mais difícil calcular a idade do animal (FIG. 13). 
 
 
Figura 8 – Erupção dos dentes incisivos (pinças e médios) 
Fonte: (DE CICCO [200-?] apud FRANCO 2012) 
 
 
Figura 9 – Presença dos dentes incisivos definitivos e erupção dos caninos 
Fonte: (DE CICCO [200-?] apud FRANCO 2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 10 – Demonstração do rasamento dos dentes incisivos (pinça e médios) 
Fonte: (DE CICCO [200-?] apud FRANCO 2012) 
 
 
Figura 11 – Demonstração de arredondamento dos dentes incisivos (pinças, médios e cantos) 
Fonte: (DE CICCO [200-?] apud FRANCO 2012) 
 
 
Figura 12 – Demonstração da triangularidade dos incisivos (pinças, médios e cantos) e da mesa 
dentária 
Fonte: (DE CICCO [200-?] apud FRANCO 2012) 
 
 
Figura 13 – Demonstração do nivelamento de todos os caninos que estão biangulados 
Fonte: (DE CICCO [200-?] apud FRANCO 2012) 
 
 
 
 
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3.7 CascoO casco é uma parte, de matéria córnea, insensível, localizada na extremidade da pata, 
denominada de escudo do pé, e que tem a função de proteger os membros locomotores do 
cavalo atenuando as pressões e reações durante toda a sua vida. Para tal, sua estrutura 
anatômica possui uma forma cônica, maior e mais oblíqua nas patas dianteiras e composta 
conforme mostram as Figuras (FIG. 14, FIG. 15 e FIG. 16) (SAÚDE ANIMAL, [200-?]d). 
 
 
Figura 14 – Composição do casco 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]d) 
 
 
Figura 15 – Casco visto pela face plantar 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]d) 
 
 
Figura 16 – Casco visto pela face lateral 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]d) 
 
Os cavalos utilizam seus cascos também como meio de defesa, disferindo golpes potentes e 
rápidos, somente para trás, devido à existência do "ligamento acessório", que não permite a 
movimentação lateral dos seus membros posteriores (SAÚDE ANIMAL, [200-?]d). 
Segundo Saúde Animal ([200-?]d), do ponto de vista estético, a beleza do casco está 
associada: 
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ao volume – o pé deve ser relativamente volumoso, porém o seu tamanho 
depende da raça e do tamanho do animal; 
 
 à forma – o casco dever ser simétrico e ter as partes anterior e inferior mais 
largas; a pinça deve ter o dobro do comprimento dos talões e formar um 
ângulo de cerca de 50º com a horizontal; o períoplo, reto e inclinado de 
diante para trás; a face plantar, larga; sola côncava; ranilha volumosa, bem 
feita, elástica e forte; lacunas largas e bem acentuadas. 
 
 à qualidade da matéria córnea – a matéria córnea do casco deve ser 
escura, rija e dotada de certa elasticidade, apresentando superfície lisa, 
íntegra e brilhante. Na ranilha, deve ser mole, elástica e forte. 
 
3.7.1 O casco nos potros 
 
De acordo com Saúde Animal ([200-?]d), o potro recém-nascido possui um casco com a 
base coberta com um invólucro delicado e córneo, sendo muito mole, pontudo e estreito. 
Com poucos dias esse invólucro cai e o desenvolvimento do verdadeiro casco se inicia. 
 
O preparo do casco do potro se inicia aos 3 meses de idade, utilizando-se uma faca própria, 
e visa proporcionar seu perfeito desenvolvimento, através de exames frequentes mantendo-
os sempre limpos e aparados. Os animais jovens também devem se exercitar bastante em 
terrenos secos, pois os cascos irão se formando de modo uniforme, podendo ser necessário 
apenas, ocasionalmente, raspar e arredondar as bordas da pinça a fim de se evitar quebras 
da parede. Quando os potros permanecem na baia por muito tempo, não gastam seus 
cascos e, nesses casos, deve ser raspados e limpos uma vez por semana. As solas e 
fendas da ranilha devem ser examinadas e todo o pé lavado com regularidade. (SAÚDE 
ANIMAL, [200-?]d). 
 
4 ANDAMENTOS 
 
Os cavalos, na sua interação com o ser humano, é utilizado em várias aplicações de lazer, 
trabalho e esporte. Antes de ser utilizado, o cavalo tem que ser domado e preparado através 
de adestramento, a fim de se viabilizar sua interação social (SAÚDE ANIMAL, [200-?]c). 
 
O cavalo possui, naturalmente, quatro maneiras de se deslocar, chamados de andamentos. 
Ele pode se deslocar também com andamentos especiais, induzidos por técnicas de 
adestramento, e ainda andamentos artificiais ministrados pela alta escola de Viena (SAÚDE 
ANIMAL, [200-?]c). 
 
Segundo Saúde Animal ([200-?]c), os quatro andamentos naturais do cavalo são: 
 
passo – é o andamento natural, a quatro tempos, marcado pela progressão 
sucessiva de cada par lateral de pés. Quando a marcha começa com a 
perna posterior esquerda, a sequência é a seguinte: posterior esquerda, 
dianteira esquerda, posterior direita, anterior direita. No passo calmo, os pés 
de trás tocam o solo adiante das pegadas feitas pelos pés da frente. No 
passo ordinário, os passos são mais curtos e mais elevados, e os pés de 
trás tocam o solo atrás das pegadas dos pés dianteiros. No alongamento, 
os pés de trás tocam o chão antes das impressões dos pés da frente. No 
livre, todo o esquema é prolongado; 
 
trote – é o andamento simétrico, a dois tempos em que um par diagonal de 
pernas toca o solo simultaneamente e, depois de um momento de 
suspensão, o cavalo salta apoiado no outro par diagonal. Por exemplo: no 
primeiro tempo, o pé anterior esquerdo e o pé posterior direito pousam no 
solo juntos (diagonal esquerda). No segundo tempo, o pé dianteiro e o pé 
traseiro esquerdo pisam juntos (diagonal direita). No trote, o joelho jamais 
avança à frente de uma linha imaginária perpendicular tirada do topo da 
cabeça do animal até o solo. As estilizações supremas do trote são o 
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piaffer, em que o cavalo, sem avançar, fica batendo no chão, 
alternadamente, com os pés dianteiros, e, a passagem, em que ele se 
desloca para o lado, trocando os pés, também sem avançar; 
 
cânter – (do inglês canter - andar a meio galope) é um andamento a três 
tempos, em que o cavalo avança com a perna dianteira direita quando gira 
para a direita e vice-versa. Quando o cavalo tenta virar para a esquerda 
avançando com a perna dianteira direita, portanto, a do lado de fora no 
movimento, esse avanço é chamado um " avanço falso", ou cânter com a 
perna errada. A sequência de pisadas que dão as três batidas rítmicas no 
chão são, quando o movimento se inicia com a perna dianteira direita: 
posterior esquerda, esquerda diagonal (em que as pernas dianteiras direita 
e traseira esquerda, tocam o solo simultaneamente) e, por fim, perna 
dianteira direita - dita "de guia"; 
 
galope – é o mais rápido dos quatro andamentos naturais. Descrito 
habitualmente como uma andamento a quatro tempos, sofre variações na 
sequência, de acordo com a velocidade. Com a perna dianteira direita na 
liderança, a sequência de pisadas é a seguinte: posterior esquerda, 
posterior direita, dianteira esquerda, dianteira direita, ao que se segue um 
período de suspensão total, em que todos os pés estão no ar. Um puro-
sangue inglês galopa a 48 km/h ou mais. O pé mais avançado toca no chão 
em linha com o nariz, mesmo que, estirada a perna ao máximo, o pé fique 
no ar à frente dessa linha. 
 
5 PRINCIPAIS RAÇAS 
 
5.1 No mundo 
 
Segundo O site oficial do cavalo ([200-?]a), as principais raças de cavalo pelo mundo, são: 
 
 andaluz (espanhol) – raça de grande presença. Embora não seja muito veloz, é ágil e 
atlético. Tem uma cabeça de extraordinária nobreza, o perfil característico, dito “de 
falcão”, crina e cauda longa, luxuriantes, e, com frequência, aneladas. Pelagem nas 
cores tordilho, castanho e alazão, sendo utilizado para montaria, touradas, 
adestramento e shows. Altura média de 1,57 m. São originados e criados 
principalmente na Espanha, mais precisamente nas regiões Andaluzia, Córdoba e 
Sevilha; 
 
 anglo-arábe – raça de versáteis cavalos de sela, prestando-se para corridas em 
hipódromos, provas se salto de obstáculos, adestramento clássico e polo. Sua fronte é 
reta (e não côncava como o árabe), e sua estatura elevada. Os ombros são inclinados e 
fortes, as pernas longas e bem formadas com ossatura e cascos de boa qualidade, 
bons pulmões e excelente coração. Pelagem nas cores tordilho, castanho e alazão, 
sendo utilizados para montaria e esportes hípicos. Altura média de 1,65 m. São 
originados e criados no sudoeste da França nas regiões de Pau, Pompadour, Tarbes e 
Gelos; 
 
 appaloosa – raça característica pela sua consistência, vigor e boa índole, o que justifica 
sua aplicação em corridas e saltos. As pelagens oficiais são cinco: blanket (cobertor), 
marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost (geada). São 
utilizados em montaria e esportes hípicos. Altura média de1,52 m. Principais criadores 
em Idaho, nos Estados Unidos; 
 
 árabe – é considerada a raça mais antiga do mundo, e a mais veloz no seu estado 
natural. Possui caracteristicamente a cabeça pequena, sempre alta, com perfil 
ligeiramente côncavo; olhos redondos, grandes e vivos; pescoço longo finamente 
arqueado; espáduas inclinadas, lombo curto, garupa quase horizontal, cauda alta com 
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fios sedosos e longos. Pernas fortes, boa musculatura, andar largo e cascos duros 
como marfim. Pelagem nas cores tordilho, castanho, alazão e preto, sendo utilizados 
para montaria, esportes hípicos, lida com o gado, lazer e circo. Altura média de 1,52 m. 
Foram criados, originalmente, no interior da península arábica, e hoje existem grandes 
criadores em todo o mundo; 
 
 berbere – raça considerada quase tão antiga quanto a árabe. Os cavalos desta raça são 
vigorosos e resistentes, com excepcional agilidade, capaz de cobrir, com grande 
velocidade, distancias curtas. Sua postura é marcada pela garupa caída, cauda de 
implantação muito baixa, e uma cabeça sem nada de especial, com formação craniana 
que se assemelha a dos cavalos primitivos. O perfil é reto, e o chanfro às vezes, 
romano. Pelagem nas cores tordilho, castanho e alazão, sendo mais utilizado para 
montaria. Altura média de 1,50 m. Originária do Marrocos, no norte da África; 
 
 crioulo – raça considerada como uma das mais fortes e mais saudáveis que existem, 
sendo capaz de viver em condições de extremo calor ou frio, com o mínimo de 
alimentação, com incrível resistência e famoso pela longevidade. Pelagem nas cores 
castanho e baio e são muito utilizados em montaria. Altura média de 1,47 m. Raça 
originada na Argentina e pode ser visto em toda a América do Sul. 
 
 Falabella – raça considerada miniatura, desenvolvida com o objetivo de se obter um 
pequeno cavalo para utilização como animal de estimação. Tira o seu nome da família 
Falabella, responsável pela evolução da raça no rancho Recreo de Roça, nas 
imediações de Buenos Aires, Argentina. Tem como características, a presença de 
defeitos de conformação, como jarretes fracos, membros tortos e cabeças pesadas, que 
são comuns em qualquer raça miniatura. Normalmente são afetuosos e inteligentes. 
Pelagem em todas as cores, sendo utilizados de formas inovadoras e como animal de 
estimação. Altura média de 0,60 m; 
 
 hunter – não é considerada, à rigor, uma raça, visto que, lhe faltam características 
comuns fixas, e que ele pode variar segundo as exigências do país em que é montado. 
Trata-se de um cavalo que é mais apropriado, quando a velocidade não é requisito 
essencial, sendo este um animal mestiço confiável, sensível e bom saltador. São ainda 
saudáveis e de constituição robusta. Pelagem nas cores tordilho, castanho e alazão, 
sendo muito utilizados para montaria. Altura média de 1,65 m e se originaram na 
Inglaterra e Irlanda. 
 
 lusitano – raça de muita agilidade, força e robustez, possuindo pernas mais compridas 
que os da raça Andaluz, porém com o mesmo equilíbrio. Pelagem nas cores tordilho, 
castanho e alazão, tendo utilização como montaria, em corridas, para adestramento e 
shows. Altura média de 1,57 m. Raça formada em Portugal, sendo muito criado na 
Espanha, Inglaterra e principalmente Brasil; 
 
 Morgan – raça de resistência, tem grande exuberância e vigor excepcional. Nascida em 
1790, aproximadamente, nos Estados Unidos, sendo muito utilizado em trabalhos 
pesados, no início, e depois em competições. Mais refinado na aparência que o 
arquétipo antigo, mas parrudo também, o Morgan moderno é fogoso, mas inteligente e 
fácil de adestrar. É um cavalo condicionado para exibir uma andadura elevada e 
pomposa, mas se os cascos são aparados de modo normal, o cavalo se move 
livremente no quadro das andaduras tradicionais sem levantar indevidamente os 
jarretes. Altura média de 1,52 m. Pelagem em todas as cores exceto tordilho. É utilizado 
para montaria e corridas; 
 
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 Orlov Trotter – o cavalo desta raça é alto, de compleição leve, é musculoso e muito bem 
proporcionado. Possuem robustez e excelente trote, além de grande capacidade física, 
agilidade e velocidade. Pelagem nas cores preta, castanha e tordilho. Altura média de 
1,62 m, sendo utilizados para montaria e corridas. Originária da Rússia, extinta União 
Soviética; 
 
 paint horse (pinto) – característica por possuírem pelagem com mais de uma cor ou 
mosqueados, eram também chamados de calicos. Existem dois tipos de coloração : 
ovário, que é a pelagem com a cor básica acompanhada de grandes manchas brancas 
irregulares, e tobiano, que é a pelagem de fundo branca com grandes irregularidades de 
cor. Altura média de 1,58 m, e são utilizados para montaria. Cavalos característicos 
desenvolvidos originalmente nos Estados Unidos; 
 
 passo – raça com características semelhantes ao do crioulo argentino, com a diferença 
na sua andadura, conhecida por lateral gait, e uma conformação particular, preservada 
e confirmada pela criação seletiva à três séculos ou mais. São cavalos fortes, cujas 
pernas traseiras e suas quartelas são compridas, e as juntas, em geral, extremamente 
flexíveis. Esse conjunto de fatores contribui para o celebrado conforto do paso como 
andadura. Tem altura média de 1,47 m, e são empregados para montaria. Raça 
desenvolvida no Peru, e tem pelagem em todas as cores em tipo simples; 
 
 quarter horse (quarto de milha) – considerada uma das raças mais conhecidas do 
mundo. Criada nos Estados Unidos a partir dos cavalos selvagens "mustangs", de 
origem berbere e árabe, introduzidos na América pelos colonizadores espanhóis. Sua 
seleção foi direcionada para produzir animais de trabalho e lida com o gado, tornando-o 
imbatível para a condução do gado e captura de reses desgarradas, graças à sua 
velocidade em curtas distâncias. São animais versáteis, dóceis, rústicos e inteligentes 
com altura média de 1,52 m, cabeça pequena, fronte ampla, perfil reto, olhos grandes e 
bem afastados. Pescoço piramidal com linha superior reta, dorso e lombo curtos, 
garupa levemente inclinada, peito profundo, membros fortes e providos de excelente 
musculatura. Pelagem com todas as cores, em tipo simples, e são muito utilizados para 
montaria e lida com gado; 
 
 saddlebred – é o mais famoso dos cavalos americanos. Raça de animais imponentes, 
de grande presença e vivacidade, que excutam com perfeição as andaduras passo, 
trote e cantêr. Quando seus cascos são aparados normalmente, o Saddlebred pode ser 
usado como montaria de passeio. Altura média de 1,57 m, com pelagem em todas as 
cores, em tipo simples. Mais utilizado para montaria e corridas; 
 
 shagya árabe – esta raça é inteiramente árabe no aspecto e no caráter, mas é maior e 
tem mais substancia e ossatura do que muitos dos cavalos árabes modernos. A 
cernelha é menos pronunciada; e as fortes espáduas mais obliquas. Altura média de 
1,52 m, e pelagem em todas as cores, em tipos simples e uniformes. Amplamente 
utilizados para montaria e corridas; 
 
 sorraia – considerada como sendo descendente direta das primeiras raças 
domesticadas na Europa, mais precisamente na Espanha, estão em grande presença 
em Portugal e na própria península Ibérica. Trata-se de animais fogosos com excelente 
compleição básica, a cabeça pesada e a cauda caída, que conservaram todo o vigor 
dos seus antepassados selvagens. Altura média de 1,30 m, pelagem na cor cinza-
pardacento. Utilizado em montaria e trabalhos agrícolas leves; 
 
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23 2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRTthoroughbred (PSI) – Raça dos cavalos mais velozes, largamente utilizados nas 
competições de corridas pelos clubes jóqueis do mundo. São animais bem 
proporcionados, possuindo grande capacidade atlética e considerável vigor físico e 
mental. É corajoso, mas também nervoso e excitável, com temperamento às vezes 
difícil. Altura média de 1,65 m, com pelagem nas cores tordilho, castanho e alazão. 
Originários da Inglaterra, e são utilizados também para montaria e esportes hípicos; 
 
 welsh cob – raça de cavalos com uma bela postura e que são excepcionalmente 
robustos na constituição e tem grande resistência. Possuem uma boa qualidade de 
trote. Altura média de 1,52 m, com pelagem em todas as cores, em tipo simples e 
uniformes. Raça formada na Inglaterra, com aplicação para montaria e corridas; 
 
 galiceno – raça conhecida como Pónei do México, é considerada ideal para jovens 
cavaleiros, na transição de póneis para cavalos. São cavalos de andar macio, sendo 
ainda resistentes, robustos, tratáveis, inteligentes e versáteis. Sua natural agilidade e 
velocidade lhe garantem a popularidade como pónei de rancho e de competições. Altura 
média de 1,42 m com pelagem em todas as cores, desde que uniformes. Tem sua 
origem na Galícia, Espanha, e são empregados em montaria e corrida; 
 
 finlandês – cavalos dessa raça têm temperamento sereno e equilibrado, e são 
resistentes, longevos e donos de notável robustez. Têm, a despeito do seu arcabouço 
relativamente leve, a força da tração de um cavalo muito mais pesado, e a isso se 
combinam, com rara facilidade, o carácter, a rapidez e a agilidade das raças ligeiras. 
Altura média de 1,57 m e são utilizados basicamente em trabalhos de tração ligeira. 
Pelagem em todas as cores. Originários da Finlândia; 
 
 danish warmblood – raça de animais saudáveis e robustos, de excelente conformação, 
estáveis e com aptidão para o galope. São cavalos que combinam substância, força e 
boas pernas, sendo também corajosos e com ótimo temperamento e agilidade. Altura 
média de 1,67 m, com predominante aplicação em montaria. Pelagem em todas as 
cores em tipo uniforme, sendo originários da Dinamarca; 
 
 frederiksborg – raça característica pela sua robustez e andadura aristocrática, típicas de 
cavalos de carruagem, onde eram amplamente utilizados no passado, apesar de serem 
também de montaria. Altura média de 1,60 m, com pelagem na cor castanha. Raça 
proveniente da Dinamarca; 
 
 Oldenburg – raça de animais magníficos, de temperamento calmo e estável. Têm 
andadura correta, rítmica, apesar de certa dúvida sobre a movimentação do joelho. Têm 
altura média de 1,72 m, com aplicação em montaria e corridas. São originais da 
Alemanha e possuem pelagem em todas as cores em tipo uniforme. 
 
5.2 No Brasil 
 
As principais raças desenvolvidas no Brasil, desde a época do império, são: 
 
 campolina – raça desenvolvida por Cassiano Campolina, a partir de 1857, no interior de 
Minas Gerais, a partir do cruzamento de uma égua da raça crioula com um cavalo da 
raça Andaluz (COSTA , 2011). As principais características desta raça são o porte 
nobre, as formas harmoniosas, os traços curvilíneos e uma estrutura óssea muscular 
que favorece o andamento marchado. Possuem cabeça suavemente convexilínia, que 
deve ser proporcional ao pescoço rodado de formato trapezoidal, destacando 
expressivas orelhas lanceoladas de tamanho médio e bem implantadas. Seus olhos são 
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vivos e grandes, suas crinas fartas e sedosas e sua garupa ampla, longa e suavemente 
inclinada. Altura média de 1,45 m e são utilizados para montaria, trabalho de tração leve 
e lazer. Pelagem em todas as cores (EQUINOCULTURA, [2009?]a). 
 
 crioulo – não há precisão sobre quais exatamente são as raças que originaram os 
cavalos crioulos. Os primeiros cavalos desta raça, entraram no Brasil pelo Rio Grande 
do Sul, em 1634, vindos da Argentina. São animais de temperamento vivo e nervoso, 
sendo muito empregados para trabalhos de tração leve e montaria. Possuem pelagem 
nas cores castanha, tordilha, baia e rosilha (COSTA , 2011). São cavalos de corpo 
compacto, robusto e harmonioso, exibindo uma cabeça grande e curta, pescoço 
musculoso, espáduas fortes, peito amplo e antemão possante. Altura média de 1,40 m 
(EQUINOCULTURA, [2009?]b). 
 
 manga-larga – raça desenvolvida a partir de 1812, no sul de Minas Gerais, a partir do 
cruzamento de um cavalo da raça Alter, com éguas mestiças, onde os melhores 
descendentes foram selecionados. O nome surgiu depois que a fazenda “Manga Larga”, 
no interior do Rio de Janeiro, exibiu seus cavalos desta raça na capital, tornando-se 
referência quando se falava do animal (COSTA , 2011).São animais de temperamento 
dócil porém enérgico e vivaz, o mangalarga responde prontamente aos comandos do 
cavaleiro, que pode permanecer por muito tempo sobre seu dorso sem se fatigar, 
graças às características da sua marcha trotada. São cavalos de garupa ampla e 
comprida e as coxas com músculos definidos, que garantem arrancadas rápidas. Altura 
média de 1,55 m e são utilizados para montaria e trabalhos com gado. Pelagem nas 
cores tordilhas, castanha e alazã e ruã (EQUINOCULTURA, [2009?]c). 
 
 mangalarga marchador – conhecido também por mangalarga paulista, depois que, 
cavalos que foram levados para São Paulo e se destacaram pela marcha trotada, 
percebida quando da necessidade de se adaptar o mangalarga original, ao trabalho 
com gado e ao esporte de “caça ao veado”, muito popular na época. Atualmente, graças 
ao desenvolvimento da raça, com enfoque na característica da marcha trotada, produz-
se exemplares com boa conformação, resistência e flexibilidade fazendo desse cavalo, 
uma ótima montaria para as provas de enduro equestre. Seu pescoço esguio e forte 
permite grande equilíbrio, movimentos amplos e facilidade de engajamento dos 
membros posteriores, enquanto que, seu peito amplo e profundo, seus membros fortes, 
bem estruturados e aprumados, com articulações e tendões desenvolvidos, garantem 
sua lendária resistência e aptidão para percorrer grandes distâncias 
(EQUINOCULTURA, [2009?]c). 
 
 nordestino – raça também conhecida como sertaneja ou curraleiro do norte, e é vista 
como uma variedade da raça crioulo. Fruto do cruzamento de cavalos espanhóis, 
trazidos para o Brasil pelos portugueses. São animais de porte médio, leves, com 
musculatura forte. A altura média de 1,40 m . A pelagem mais comum é a tordilha, 
seguida pela castanha. Tem uma bonita marcha trotada (COSTA , 2011). 
 
 pantaneiro – trata-se de mais uma variedade da raça crioulo. Surgida a partir do 
cruzamento aleatório entre cavalos já mestiçados de raças célticas, berbere e andaluz, 
com cavalos árabes e crioulos (COSTA , 2011). São animais fortes, de porte médio, 
espertos e porque não dizer inteligentes, possuem linhas harmoniosas, leves em sua 
aparência gerais e com musculatura bem distribuída, além de ossos resistentes, 
articulações e tendões bem definidos, sem taras. Têm pescoço proporcional e 
harmoniosamente ligado à cabeça, com fronte ampla e plana, com inserção firme. 
Peito largo, profundo e não saliente, dorso e lombo médios, musculosos, horizontais, 
flancos profundos, cheios e arredondados. Cascos pequenos a médios, sólidos, duros, 
preferencialmente pretos, com sola côncava e ranilha elástica. Membros em conjunto 
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bem aprumados, musculosos, com ossatura e tendões fortes. Altura média de 1,40 m e 
pelagem em todas as cores exceto a albina. Muito utilizado para montaria e para lida 
com gado (EQUINOCULTURA, [2009?]d). 
 
6 CRIAÇÃO 
 
Na criaçãode cavalos, bem estar do equino é realmente o primeiro passo a ser priorizado 
antes de tudo. A área de descanso e alimentação são chamadas de estábulos. Eles 
precisam de espaço para que o cavalo possa sobreviver sem apertos, podendo circular 
confortavelmente com todo o seu corpo, com altura também adequada permitindo que fique 
de pé a qualquer momento sem barreiras que o atrapalhe (NOVO NEGÓCIO, [2013?]). 
 
O cavalo é um animal que necessita, primordialmente, tanto de espaço ao ar livre quanto de 
instalações que o protejam das condições desfavoráveis de clima e de riscos de ataques 
como insetos e morcegos. O cavalo deve passar parte do dia ao ar livre, em que se mantém 
o animal à vontade mesmo que não seja incitado a fazer exercício, e outra parte do dia no 
estábulo. Deixar o cavalo sempre ao ar livre ou sempre no estábulo são outras opções. No 
primeiro caso é necessário ter uma pastagem abundante, uma fonte de água fresca e abrigo 
contra o mau tempo do Inverno e os insetos no verão. Nestas condições, deve ser dado ao 
cavalo um complemento alimentar, pois apenas a pastagem não é suficiente para mantê-lo . 
No caso do cavalo estar encerrado é preciso evitar o tédio, visto que o cavalo não está no 
seu ambiente natural e é também essencial que o tratador entenda a psicologia do animal 
(BATISTA, [200-?]b). 
 
6.1 Alimentação 
 
Os cavalos são animais de grande porte, que merecem alimentação adequada acima de 
tudo. O organismo dos cavalos deve ser saudável e proporcionar as necessidades 
energéticas que eles precisam para desempenharem suas funções fisiológicas e até 
mercadológicas. Diariamente, o cavalo deve obter as doses corretas de alimentos ricos em 
fibras e vitaminas. Os cuidados médicos constantes e uma boa alimentação, são a base de 
uma criação de cavalos produtiva, e caso haja deficiências no controle destes aspectos, o 
criador deve procurar soluções rapidamente (NOVO NEGÓCIO, [2013?]). 
 
O aparelho digestivo destes animais adaptou-se a comer pouco de cada vez, devido a que, 
no seu estado selvagem os cavalos costumavam andar livremente, pastando e bebendo 
constantemente, podendo assim escolher as plantas que encontravam. Nos dias de hoje, a 
alimentação do cavalo está completamente alterada. Isto deve-se à sua progressiva 
domesticação e ao tipo de esforço físico a que estão sujeitos. A sua dieta é agora muito 
mais controlada e existe um leque muito vasto de alimentos disponíveis comercialmente 
(BATISTA, [200-?]a). 
 
De acordo com Batista ([200-?]a), os nutrientes presentes em uma dieta equilibrada são: 
 
água: a necessidade de água de um cavalo, depende da temperatura, da 
quantidade de exercício, da sua alimentação e da sua idade. Um jovem 
cavalo tem na sua constituição cerca de 80% de água enquanto que num 
cavalo adulto esta percentagem está entre os 50% e os 60%; 
hidratos de carbono: estão presentes no amido (é encontrado nos cereais), 
nos açúcares (presentes em todos os alimentos, principalmente nos 
melaços e na erva fresca) e em certos componentes das fibras; 
 
óleos e gorduras: os óleos estão presentes em pequenas quantidades na 
maioria dos alimentos comerciais, e é geralmente acrescentado à dieta do 
cavalo sob a forma de óleo vegetal. Estes contém duas vezes e meia mais 
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energia do que os hidratos de carbono, sendo assim, fontes de energia 
concentrada; 
 
fibras: encontram-se em todos os alimentos, principalmente na erva, no 
feno e na palha, e são um elemento muito importante na dieta do cavalo; 
 
proteínas: ao serem decompostas dão origem aos aminoácidos que são 
utilizados no crescimento, na gravidez, na produção de leite e na reparação 
de tecidos; 
 
minerais: o equilíbrio de minerais mais importante é o do cálcio e do fósforo, 
com uma relação de cerca de uma parte e meia de cálcio, para uma parte 
de fósforo. O magnésio, o sódio, o cloro e o potássio, são outros dos 
minerais principais, enquanto que o cobre, o ferro, o manganês, o selénio e 
o zinco são minerais secundários; 
 
vitaminas: As vitaminas principais são A, D, E, K e o grupo B. Ajudam a 
controlar as reações químicas e bastam pequenas quantidades para manter 
a saúde. Alimentos como o feno são pobres em vitaminas enquanto que a 
erva e os alimentos verdes são boas fontes deste elemento; 
 
apenas necessário adicionar à dieta forragem e água; 
 
guloseimas: para aumentar o volume da ração e para torná-la mais 
apetitosa, adiciona-se alimentos como cenouras ou maçãs. 
 
6.2 Reprodução 
 
A reprodução pode acontecer por meio de inseminação artificial, consistindo na retirada do 
esperma de um animal injetando na fêmea para a criação de um embrião, que sofrerá 
modificações e dará origem a um novo exemplar da espécie (NOVO NEGÓCIO, [2013?]). 
 
Para que o filhote tenha mais garantias de nascer sadio, a égua só deve ser colocada para 
reprodução entre os 3 e 5 anos de idade. Esta variação ocorre por vários fatores do meio e, 
principalmente, alimentação (O SITE OFICIAL DO CAVALO, [200-?]b). 
 
O cio provoca modificações de ordem particular e geral, assim, nos órgãos genitais notam-
se a congestão e o edema do ovário e das mucosas das trompas, do útero, da vagina e da 
vulva. O colo do útero se relaxa, deixando escapar um muco, ás vezes estriado, de sangue, 
que escorre pela vagina e pela vulva, do qual se desprende um odor característico que atrai 
e excita o macho (SAÚDE ANIMAL, [200-?]h). 
 
Um garanhão adulto pode praticar uma a duas montas (uma de manhã e outra à tarde) por 
dia, desde que alimentado adequadamente (com reforço de proteínas). Anualmente, um 
reprodutor pode cobrir de 50 a 80 fêmeas, quando na monta dirigida, e de 20 a 40 quando 
for monta de campo (SAÚDE ANIMAL, [200-?]h). 
 
O período de gestação é de 336 dias na égua (11 meses). A gestação é o desenvolvimento 
do feto, depois da fecundação do óvulo, até o nascimento. Verificada a fecundação, o óvulo 
desce pelas trompas uterinas até alcançar o colo uterino, no que leva mais ou menos 12 
dias (SAÚDE ANIMAL, [200-?]h). 
 
A Figura 17, mostra o posicionamento do feto equino, durante uma gestação normal (a), e a 
correta posição do feto para o nascimento (b): 
 
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Figura 17 – Posicionamento correto do feto durante a gestação e nascimento 
Fonte: (SAÚDE ANIMAL, [200-?]h) 
 
Segundo Saúde Animal ([200-?]h), a expulsão da placenta é imediata ao parto e os órgãos 
genitais voltam ao seu estado normal em 2 a 5 dias após o nascimento. 
 
O primeiro leite, chamado colostro, é muito importante para o potro, não só pela sua riqueza 
em vitaminas, seu poder laxativo para limpar o intestino, como por conter substâncias 
imunizantes para várias doenças, que a mucosa intestinal do filho é capaz de absorver 
durante os primeiros dias (SAÚDE ANIMAL, [200-?]h). 
 
6.3 Desmame 
 
O desmame, naturalmente, ocorre quando o potro completa 1 ano aproximadamente, que 
coincide com o momento em que o leite da mãe já vem diminuindo, com o passar dos 
meses, na qualidade e quantidade, e por isso, ela tende a rejeitá-lo. (GRUBER, [2011?]). 
 
O desmame forçado pode ser provocado por 3 razões, conforme explica Gruber [(2011?]): 
 
1 - evitar o desgaste da égua que foi fecundada nos primeiros cios após a 
parição (a demanda de nutrientes e minerais é muito maior no caso da 
gestação concomitante à lactação); 
 
2 - quando o potro apresenta bom desenvolvimento e a posição adotada no 
ato de mamar já compromete seus aprumos; 
 
3 - para os casos de reprodutoras idosas ou desgastadas e para os potros 
que irão iniciar condicionamento (exposições ou trabalho), onde há 
necessidade de manejo alimentar criterioso,que será através de um 
desmame racional onde as mudanças são lentas e progressivas, permitindo 
que o potro se adapte à nova alimentação e ao convívio mais intenso com o 
homem e outros animais que não a sua mãe. 
 
6.4 Instalações 
 
Na criação de cavalos, o alto grau de especialização demanda de muito profissionalismo e 
rigor nas técnicas empregadas. Para tal possuir instalações bem planejadas, onde as 
atividades possam ser realizadas da melhor maneira possível, é uma necessidade 
fundamental (O PORTAL DO AGRONEGOCIO, [200-?]). 
 
 
 
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Segundo O portal do agronegocio, ([200-?]), existem dois sistemas de criação de cavalos: 
 
sistema de criação intensivo – utilizado, basicamente, para animais de 
maior valor e de acordo com a finalidade, por exemplo, para animais de 
corridas. Este sistema também é conhecido como semi-estabulado; 
 
sistema de criação extensivo – no qual os cavalos são criados soltos, 
também chamado “de campo”. 
 
6.4.1 Pastagens. 
 
As pastagens utilizadas para os equinos devem ser delimitadas e separadas por cercas de 
arame liso, tábuas lisas de qualidade e com mourões de madeira ou cimento, bem fixados e 
colocados em intervalos de doze metros. Na parte superior da cerca, coloca-se uma ripa 
branca, para dar orientação aos cavalos. Nunca deve ser utilizado arame farpado, para 
evitar possíveis ferimentos nos animais. As cercas devem ter de 1,40 a 1,70 m de altura (O 
PORTAL DO AGRONEGOCIO, [200-?]). 
 
6.4.2 Estábulos 
 
Toda a criação deve dispor de instalações para confinamento desses animais, em baias ou 
boxes. Este tipo de instalação, conhecida como estábulo, é de grande importância para o 
bom desenvolvimento e a manutenção da saúde dos cavalos (RURAL NEWS, 2012). 
 
É na baia que os cavalos deverão ser cuidados e tratados mais diretamente por seus 
proprietários ou tratadores. O tamanho ideal para uma baia é de 12 m² (4x4 m). Estas 
dimensões devem ser respeitadas, para que o animal possa se movimentar com certa 
liberdade. Cada baia deverá possuir uma porta bipartida, podendo-se abrir a mesma só em 
cima, ou toda, de maneira que o animal possa colocar a cabeça para fora do seu 
espaço (RURAL NEWS, 2012). 
 
A iluminação das baias deve ser natural, utiliza-se claraboias, ou seja, telhas translúcidas ou 
"janelas" na cobertura da cocheira, para mantê-la iluminada durante o dia. A iluminação 
elétrica só deve ser utilizada à noite, se necessário, quando forem alimentar os animais. Isso 
deve ser feito somente para que os tratadores possam enxergar, pois os cavalos veem 
muito bem à noite, com muito pouca luminosidade (RURAL NEWS, 2012). 
 
Os estábulos deverão ser bem arejados, com janelas que possibilitem que os cavalos, 
dentro das baias, tenham contato com a luz do sol. Deverão ser dispostas de maneira a 
promover uma boa circulação de ar. No caso de várias baias no mesmo estábulo, as 
mesmas deverão estar separadas por grades, para que os cavalos possam ver os seus 
"vizinhos" e manter uma convivência social. Isso é muito importante para os animais, pois a 
convivência com os outros afeta de maneira positiva o temperamento dos cavalos (RURAL 
NEWS, 2012). 
 
Os cavalos deverão possuir nas suas baias, cochos para alimentação e água. Deverão ser 
posicionados a uma altura de 30 a 60 cm e os potes devem ter 20 cm de profundidade, para 
que os cavalos tenham acesso fácil, ficando em uma posição confortável. Para água, é 
comum se utilizar um cocho único, com suprimento de água constante e renovável, que 
atenda a mais de uma baia. Existem, também, os chamados cochos automáticos, bastante 
práticos. Os cochos devem ser de fácil limpeza e desinfecção, evitando-se a proliferação de 
fungos, principalmente. Para tal, eles devem ser removíveis e limpos constantemente. O 
problema mais comum decorrente da contaminação dos cochos por fungos é o 
aparecimento de problemas gástricos nos animais (RURAL NEWS, 2012). 
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O piso das baias poderão ser de cimento recoberto com serragem ou maravalha, ou pisos 
sintéticos, de borracha ou materiais plásticos. O importante é que este piso seja de fácil 
limpeza e desinfecção, impedindo a proliferação de bactérias ou fungos. Não é aconselhável 
a utilização de piso de terra, apesar de ter um custo mais baixo, pois é o que apresenta 
maior probabilidade de contaminação (RURAL NEWS, 2012). 
 
7 PRINCIPAIS DOENÇAS 
 
Segundo Batista ([2011]d), as principais doenças equinas são: 
 
 adenite equina (garrotilho) – esta doença tem como sintomas, o corrimento nasal 
acompanhado de tosse, gânglios faringianos, sublinguais, submaxilares e proparotídeos 
aumentados, dificultando a respiração, podendo asfixiar. Pode causar abscessos com 
pus cor creme na região faríngea e provocar o aumento do baço com focos purulentos. 
Nestes casos deve-se proceder a desinfecção dos boxes, baias, bebedouros, cochos e 
demais instalações e aplicar a vacinação, isolando os animais doentes e observando os 
demais; 
 
 tétano – os sintomas dessa doença são rigidez geral ou localizada, "trismus" maxilares, 
narinas dilatadas, cabeça distendida, orelhas levantadas e aproximadas, cola erguida, 
olhos fora das órbitas, locomoção dificultosa e febre elevada. Deve-se proceder a 
desinfecção das feridas acidentais e cirúrgicas, principalmente a dos membros, que 
devem ser protegidas, além da aplicação do soro antitetânico e assepsia do 
instrumental cirúrgico utilizado. O animal deve ser tratado também, em caráter de 
urgência, com urotropina e antiespasmódicos em doses maciças, permanecendo 
abrigado dos raios solares, chuva, barulho e outros agentes existentes; 
 
 mal das cadeiras (tripanassomíase por tripanossoma equinum) – esta doença pode ser 
detectada pelo emagrecimento progressivo, febre intermitente e remitente, paralisia dos 
membros posteriores, que causam o deslocamento dos membros de um lado para 
outro quando o animal troteia, podendo progredir para a paralisia, o que o obriga a 
permanecer deitado até a morte. Em consequência da doença o animal fica anêmico e 
com icterícia. Deve-se isolar das áreas suspeitas de contaminação e sacrificar os 
cavalos mais graves e queimar os cadáveres. O tratamento da doença se faz através de 
quimioterápicos específicos, porém com resultados duvidosos, dependendo do estágio 
em que se encontra; 
 
 mal do coito, mal de faveiro durina (tripanossomíase por tripanossoma equiperdum) – o 
equino com esta doença apresenta, nos machos, excitação, micções frequentes, 
irritações da uretra, edemas nos genitais e inflamações dos gânglios inguinais e placas 
de despigmentação na pele do períneo e órgãos genitais. Nas fêmeas, a vulva e o 
úbere se inflamam, com placas de despigmentação. Deve-se isolar as áreas 
contaminadas e os reprodutores portadores da doença, e trata-los com quimioterápicos 
específicos e proceder a desinfecção local com uso de cicatrizantes; 
 
 esponja, ferida de verão (habronemosa) – se ocorrer na forma gástrica, não apresenta 
sintomas detectáveis. Na forma cutânea, os sintomas são granulações, obrigando o 
animal a coçar-se, a ponto de sangrar, atraindo as moscas para novas instalações. 
Deve-se combater as moscas e proteger as feridas, procedendo, no caso da forma 
cutânea, correções cirúrgicas e aplicação de produtos cicatrizantes; 
 
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 verminoses (helmítiases) – esta doença é detectada por perturbações gastrointestinais 
e circulatórias, com mortalidade e emagrecimento, fezes com sangue, cólicas e 
anemias. Provoca lesão no intestino com vermes, catarro e úlceras.Trata-se com 
vermífugos; 
 
 sarnas (ascarioses) – esta doença é percebida pelo prurido intenso à noite e nas horas 
mais quentes do dia, com a aparição de crostas na pele. Deve-se proceder a 
desinfecção rigorosa nas instalações e material de arreamento, além de isolar os 
cavalos doentes e dar banhos com produtos químicos específicos; 
 
 gasterofilóse – doença normalmente contraída por cavalos invernados. Seus sintomas 
são coceiras anormais, utilizando os lábios, língua e dentes, emagrecimento 
progressivo, cólicas violentas, anemias, fraqueza e hemorragia nos casos graves. 
Nestes casos deve-se fazer uma limpeza rigorosa, desinfecção e combate às moscas, 
além de tratamento com complexo vitamínico A, D, E+ e B; 
 
 raquitismo – é detectada quando o cavalo apresenta distúrbios no crescimento, 
magreza, articulações aumentadas de volume, pelos opacos, defeitos nos aprumos e no 
andar. Pode causar porosidade nos ossos, principalmente nas extremidades. Deve-se 
oferecer uma alimentação balanceada, especialmente de sais minerais, com reforço de 
vitaminas A, D, E+, complexo B e ferro; 
 
 cara inchada (osteodistrofia) – tem como sintomas o progressivo abaulamento dos 
ossos da face e aumento da espessura das mandíbulas em ambos os lados da cabeça, 
ossos frágeis e fraturas. Pode causar deformações dos ossos da cabeça. Deve-se tratar 
suspendendo rações de concentrados à base de milho e farelo de trigo, fornecer fenos 
de leguminosas (alfafa), sais minerais para estabelecerem boa relação Cálcio x Fósforo 
nas rações. Esta patologia pode ser evitada utilizando-se rações equilibradas, com 
relação apropriada de cálcio e fósforo, reduzir as proporções de milho e farelos de trigo 
ou de arroz, evitar pastagens de gramíneas de leguminosas, corrigir os solos das 
pastagens (calagens), evitar pastagens alagadiças, fazer tratamento preventivo de 
verminose; 
 
 aguamento – detectado pela congestão das mucosas, respiração acelerada, edema nos 
membros, pulso acelerado, dificuldades de andar, quando apoia os membros sobre os 
talões, cascos quentes e coroas inflamadas. Deve-se manter uma boa higiene e 
alimentação e para o tratamento deve-se proceder a sangria, desferrar o animal e 
ministrar soro hidratante; 
 
 mormo (lamparão) – os sintomas desta doença são febre alta e prostração do animal, 
aparecimento de pústulas na mucosa nasal, que evoluem para úlceras profundas e dão 
origem a uma descarga de pus, inicialmente amarelada e depois com sangue. Deve-se 
isolar a área infectada e os animais doentes, sendo que aqueles que não reagirem ao 
tratamento, após dois meses, devem ser sacrificados e cremados. Desinfecção de todo 
o material utilizado e instalações por até 3 meses após a última constatação da doença. 
Os doentes deverão ser tratados com medicamentos à base de sulfas, principalmente 
sulfadiazina e sulfatiazol ou sulfacnoxalina ou cloranfenicol e outros, em forma de 
grupos antibióticos (SAÚDE ANIMAL, [200-?]g). 
 
8 LEGISLAÇÃO 
 
Segundo Brasil (2009), as legislações que fazem parte do programa nacional de sanidade 
dos equídeos e regulamentam a prática da Equinocultura no Brasil, são as seguintes: 
 
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 Instrução Normativa nº 17, de 08 de maio de 2008 – “institui o Programa Nacional de 
Sanidade dos Equídeos - PNSE, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento.”; 
 
 Instrução Normativa nº 45, de 15 de junho de 2004 – “aprova as normas para a 
prevenção e o controle da Anemia Infecciosa Equina - A.I.E.”; 
 
 Instrução Normativa nº 24, de 5 de abril de 2004 – “aprova as normas para o controle e 
a erradicação do mormo.” ; 
 
 Instrução Normativa nº 12, de 29 de janeiro de 2004 – “estabelece os requisitos de 
qualidade para o credenciamento e monitoramento de laboratórios para diagnóstico 
sorológico do mormo por meio da técnica de fixação do complemento.”; 
 
e acompanham as seguintes legislações complementares: 
 
 Portaria Nº 84, DE 19 DE OUTUBRO DE 1992 – “aprova as normas de credenciamento 
e monitoramento de laboratórios de anemia infecciosa equina.” ; 
 
 Portaria N° 200, DE 18 DE AGOSTO DE 1981 – “inclui a A.I.E. na relação de doenças 
passíveis de aplicação de medidas de defesa sanitária animal (Decreto n° 24.548, de 3 
de julho de 1934).”; 
 
 Instrução de serviço DDA Nº 017, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 – “determinação da 
adoção de medidas sanitárias em razão da ocorrência de influenza (gripe) equina.”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusões e recomendações 
 
Entre os desafios para o desenvolvimento do setor equídeo no Brasil está a criação de uma 
estrutura compatível com as exigências legais do Ministério da Agricultura, que comumente 
fiscaliza o cumprimento das normas contidas no Programa Nacional de Sanidade dos 
Equídeos (PNSE), sobre defesa sanitária animal. 
 
Para garantir o fortalecimento da equinocultura nacional, o Ministério da Agricultura investe 
também na formulação de políticas públicas, como desenvolvimento de linhas de crédito, 
incentivo a acordos internacionais, estudos e pesquisas e apoio e difusão de eventos 
relacionados ao setor. 
 
Recomenda-se ainda, para mais informações, a leitura, no site do SBRT, das Respostas 
Técnicas abaixo indicadas: 
 
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Manejo de equinos. Resposta 
elaborada por: Lorena de Oliveira Silva. Brasilia: CDT/UnB, 2009. (Código da Resposta: 
14422). Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em: 06 jun 2013. 
 
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Plantas tóxicas para equinos. 
Resposta elaborada por: Renatalee Ramos dos Santos Silva. Salvador: IEL/BA, 2012. 
(Código da Resposta: 20470). Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso 
em: 06 jun 2013. 
 
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Ração de equino. Resposta 
elaborada por: Mariangela da Silva Alves Batista. São Paulo: USP/DT, 2009. (Código da 
Resposta: 15003). Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em: 06 jun 
2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
BATISTA, A.M. Alimentação e Nutrição. [S.I.], [200-?]a. Disponível em: 
<http://www.tudosobrecavalos.com/Alimentacao_Nutricao.htm>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
 
BATISTA, A.M. Maneio geral. [S.I.], [200-?]b. Disponível em: 
<http://www.tudosobrecavalos.com/Maneio_Geral.htm>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
 
BATISTA, A.M. Morfologia do cavalo. [S.I.], [200-?]c. Disponível em: 
<http://www.tudosobrecavalos.com/index.php>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
 
BATISTA, A.M. Principais doenças equinas. [S.I.], [200-?]d. Disponível em: 
<http://www.tudosobrecavalos.com/Doencas_Equinas.htm>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, pecuária e Abastecimento. Manual de Legislação : 
Programas nacionais de saúde animal do Brasil. Brasília, DF, 2009. Disponível em: 
<http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Manual%20de%20Legisla%C3%A7%C
3%A3o%20-%20Sa%C3%BAde%20Animal%20-%20low.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
CAVALO. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. [S.I.], 2013a. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalo>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
 
COSTA, L. Equinos – Principais raças brasileiras. [S.I.], 2011. Disponível em: 
<http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/07/equinos-principais-racas-
brasileiras.html>. Acesso em: 06 jun. 2013. 
 
EQUINOCULTURA. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. [S.l.], 2013b. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Equinocultura>.

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