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, ~ ·'.À· P i T U L O 3'; Biomecânica do Punhci e da IVlãci Ann E. Barr, Jane Bear-Le adaptado de Steven Stuchin, Fadi J h~an -----------------------. Be11an; Introdução Anatomia do Punho e da Mão Juntas do Punho Juntas da Mão Arcos da Mão Suprimento Nervoso e Sangulneo do Punho e da Mão Controle do Punho e da Mão Mecanismos de Controle Passivo Mecanismos ósseos Mecanismos Ligamentares Ligamentos do Punho Complexo de Fibrocartilagem Triangular Ligamentos da Mão Sistema de Roldana da Bainha do Tendão do Flexor dos Dedos Ligamentos Colaterais dos Dedos Placa Volar Mecanismos Tendinosos Sistema de Agrupamento do Extensor dos Dedos Mecanismos de Controle Ativo Mecanismos Musculares do Punho Mecanismos Musculares da Mão Cinemática Amplitude de Movimento do Punho Flexão e Extensão Desvio Radial e Ulnar Pronação e Supinação do Antebraço Amplitude de Movimento dos Dedos Dedos Polegar Movimento Funcional do Punho Interação dos Movimentos do Punho e da Mão Padrões da Função de Preensão da Mão Resumo Referências - BIOMECAN\CA DO ~ , dµção I11tlO carpo, é a coleção de ossos de Preensã . da - tável à O vtgorosos. Ela é notadamente móvel eª p ou e estnttur d 11hº • 1 5 que conecta a mão ao ant b as e vil rtlº e , d e raço E O -idos rticular e capaz e um arco substa ·. ste · Ined'd b"etos a serem 1 ª que se amolda ao formato dos O J u1 ap · a urna 1· d ,. rrados ou estudados enfatiza ou geSUC 1~• ,ple~º ª ue aumenta a função da mão e d n~al de c 011 ~J11ent~b• ~ estabilidade considerável. 0 p onhs edos, a10' eJCl 1 • • u o atua eia a s ' d mor ou afeiçã ( ~r expressa, ou mostra um ato e a A º- T;1b1ana, 1984). 1•· ' (11 de . netnática ao perm1t1r alterações na lo 1. ~\e a c1 d - 1 - ca 1za- ' ,0rJ11. ção a mao em re açao ao antebra i~1 enta . . ço e de u. e on , . a ao transmitir as cargas da mão ' Ç"º cinetlC para 0 111a ,,.;ce-versa. foi ço e v. d d . ebra função e to as as Juntas do memb níll ra a d - ro su- ' iJ11bO . colocação a mao no espaço de modo eJª a . "d d "d• que (\. 0r s 11. zar as at1v1 a es cot1 1anas O punho p~ a rea . ' pa- i Poss h ve para o funcionamento da mão. A est _ eíl -aC a , . l a ce set unho e essenc1a para o funcionamento i~ d do P , ul fl ·\id" e dos musc os exores e extensores dos de- cas rnao eª ligação final na cadeia mecânica de al~~an- d Jue começa no ombro. A mobilidade e a estabihda- e~ 0 ornbr~, do cotovelo e do punho, todos operand? planos diferentes possibilitam que a mão se movi- mente dentro de um ~ande volume de espaço e que al- cance todas as partes do corpo com relativa facilidade. O arranjo único e a mobilidade peculiares dos 19 ossos e 14 juntas da mão propiciam a base estrutural para ª extraordinária adaptabilidade funcional da mão. bl ,ado · - d nh f t roPI ue a pos1çao o pu o a e a a capacidade a? ,.,do q . t d d . , . Anatomia do Punho e da Mão JUNTAS DO PUNHO dos, se,, de flexionar e es en er e maneira maxima e d05 ded05 efetivamente,durant~ a preensão. de 5egura~ órgão movel mmto complexo e multifa- · d ' lt' las O complexo articular do punho consiste e mu 1P juntas dos oito ossos do carpo com a porção diStªl do rádio, as estruturas do espaço ulnocárpico, os metacar- pianos e entre si (Fig. 14 .1). As estruturas de tecido mole ~ rttâ0 e u,rn alorizada e julgada por seu desempenho 1ado, Ela e vtarefas de preensão delicada até padrões e~ 10 nas ( aspec V H Med. Metacarpianos ' L---1P ~----s ~ -:::;;-,,.c:"::::~L---+---- l Processo estilóide Med. Estilóide u\nar ,d. osossos - distal dora 'º• ·untas com a porça~t to· TZ trapezóide; TP, do os oito oss~s d~ c:~~ ~i~~~:al. H, ha::~~;a~tÀ~:pt;do ~om permissão de ho mostran ai (direita) ª. da junta meso ~ . ,4.1 o articular do pun rda) e visão dor~ sindicam a hnha 0 ~nhos esquemáticos do com~1e_;. -0 palmar (esque cafóide. As se ª ~eta(.arpianos da mão e ent~~ s1. ,s~ semilunar'. S, es e. ~•llhio; TQ, piramidal; P, p1s1forme, \:hurchill uv1ngston ,~, K. J (1 985). Toe Wrist. Nevv York. r B~ ECÂNICA DO PUNHO E DA MÃO o:;;;,::. __ __ e circundam os ossos do carpo incluem os tendões que qu 1 . cruzam O carpo ou que ne e se mserem e as es~turas ligamentares que unem os ossos do carpo entre s1 e aos elementos ósseos da mão e do antebraço. Os oito ossos do carpo são divididos nas fileiras pro- ximal e distal. Os ossos da fileira distal, a partir do lado radial para o ulnar, são o trapézio, trapezóide, capitato e hamato. A fileira carpa! distal forma uma unidade transversa relativamente imóvel que se articula com os metacarpianos para formar as juntas carpometacarpi- anas. Todos os quatro ossos na fileira distal adaptam- se firmemente entre si e são mantidos unidos por liga- mentos interósseos firmes. A fileira proximal mais mó- vel consiste do escafóide, semilunar e piramidal. Esta fileira articula-se com o rádio distal e forma a junta radiocarpal (fossa escafóide do rádio, 46%; fossa semi- lunar do rádio , 43%; estruturas de tecidos moles ulnares, 11 %) (Simon et al., 1994). O escafóide abran- ge anatômica e funcionalmente ambas as fileiras e se articula exclusivamente com o rádio. O semilunar ar- ticula-se em parte com as estruturas de tecidos moles da ulna. O oitavo osso do carpo, o pisiforme, é um osso sesamóide que estimula o mais poderoso motor do carpo, o flexor ulnar do carpo, e forma sua própria pe- quena junta com o piramidal. Entre as fileiras proxi- mal e distal dos ossos do carpo está a junta mesocar- piana, sendo que entre os ossos adjacentes destas fi- leiras estão as juntas intercarpianas (Fig. 14.1). A su- perfície palmar do carpo, como um todo, é côncava, constituindo o assoalho e as p~edes do túnel carpal (Fig. 14.2). O rádio distal, o semilunar e o piramidal articulam- se com a porção distal da ulna através de uma estrutu- ra ligamentar e cartilaginosa, o complexo fibrocartila- ginoso triangular ou ulnocarpal (TFCC). Os componen- Distal H C TP TZ p ~ \ Ulnar ~ TQ Radial L Proximal FIG. 14.2 Vista longitudinal da mão direita, no sentido proximal-distal, mostran- do a superfície palmar dos ossos. Esta superfície côncava constitui o assoalho e as paredes do túnel do carpo, através do qual passam o nervo mediano e os tendões dos flexores. O túnel do carpo é limita- do lateralmente pelo proeminente tubérculo do trapézio e mediaimente pelo gancho do hamato. O ramo motor do nervo ulnar (não exibido) contorna a base do gancho antes de penetrar no com- partimento palmar profundo. 5, escafóide; L, semilunar; TQ, pirami- dal; P, pisiforme; H, hamato; C, capitato; TP, trapézio; TZ, trapezóide. Adaptado com permissão de Taleisnik, J. (1985). The Wrist. New York: Churchi/1 Livingstone. Ili 11 1 TP Menisco homólogo Recesso pré-estilóide S Disco articular Ligamento colateral ulnar FIG. 14.3 Ligamentos radioulnares I Ligamento ulno-semilunar Rãd;o ( Corte longitudinal (plano frontal) do punho e mão direita . . do a partir do lado palmar. Os componentes do complexo/~suahza. laginoso triangular são visíveis entre a porção distal da ulna' rocartj. lunar e o piramidal. 5, escafóide; L, semilunar; TQ, pira~?;erni. pisiforme não é mostrado); H, harnato; C, capitato; TP, trap . 1• ~I (o trapezóide. Adaptado com permissão de Palmer, A.K. & Wernez,~ TZ, (1981 ). The triangular fibrocartilage complex of the wrist _ anat' · W. funetion. J Hand Surg, 6, 153. omy and tes deste comp!exo são ~ustra~os na Fig. 14.3, sendo que seu papel funcional sera debatido em detalhes junto com a função ligamentar. JUNTAS DA MÃO Os dedos e o polegar são os componentes elementares da mão (Fig. 14.4). Como cada unidade digital estende-se para a porção média da mão, o termo raio digital é empregado para indicar a cadeia inteira, composta de um metacarpiano e três falanges (duas no polegar). Os raios digitais são numerados do lado radial para o ulnar: I (polegar), II (indicador), III (médio), IV (anelar) e V (mínimo). Cada raio digital articula-se proximalmente com um determinado osso carpal em uma junta carpometacarpiana (CMC). A próxima junta em cada raio - a junta metacarpofalangiana (MCF)- liga o osso metacarpiano à falange proximal. Entre as falanges dos dedos, são encontradas uma junta interfalângica proxi- mal (IFP) e uma distal (IFD ); o polegar apresenta somen- te uma junta interfalângica (IF). A eminência tenar no lado palmar do primeiro metacarpiano é formada pe- los músculos intrínsecos do polegar. A contraparte ulnar, a eminência hipotenar, é criada pelos músculos do dedo mínimo e o coxim adiposo suprajacente. A Junta interfalangiana distal V Junta ~ -~. interfalangiana ---- / 1 proximal ,~, Junta ____ , rnetacarpofalangiana Junta carpometacarpiana 1 Ili . Junta intertalang·, ana B BiOME CÀNICA DO PUNHO. Ili Falange distal Falange média Falange Falange proximal Proximal Osso O metacarpiano ssos do carpo Rádio ,. ,. · \ --Ulna flÚ· 14-4 quemático do esqueleto da mão. Os r . . . nhº es . . A . t - aios d1g1tai - oese . ) da mão direita. s JUn as sao rotuladas 8 V' s sao numerad d nterior · • 'stª dorsal ( . os O lado radial ( · (a posterior) da mão direita Omed1al) 1:ara o ulnar (lateral). A, Vista palmar ARCOS DA MÃO Os da mão estão dispostos em três ar (F' os oss . . . cos ig. ') dois transversais e um long1tudmal (Flatt 1974. H.J ' 84) O t 1 ' ' b. na 19 . arco ransversa proximal ru 1a , . • , com O ·tato como seu marco pnnc1pal, situa-se no nível d cap1 , 1 . fi o carpo distal e e re at1vame~te xo. O arco transversal di tal com a cabeça do terceiro metacarpiano sendo se s , I , d u rco principa , passa atraves e todas as cabeças dos rn:tacarpianos e é mais móvel. Os dois arcos transver- :s estão ligados pela porção rigida do arco longitudi- ) al composta de quatro raios digitais e o carpo proxi- n , • mal. o segundo e o terceiro ossos metacarpianos for- Arco transverso proximal AG, 14.S Arco transverso distal ~três arcos esqueléticos da mão (vista médio-lateral). o_ are? trans- erso proximal relativamente fixo passa através da porçao _diStª' d? ca~o no nível da fileira distal do carpo. O arco transverso di5tal ~a,s t e~passa através das cabeças dos metacarpianos. O ar~o longrtu- _na/ecomposto dos quatro raios digitais e do carpo prox,~al. ~dap- ;tcom permissão de Strickland, J. W. (1987). Anat~my ªnd _k,~eSiol~~ '1~~and. Em E. E. Fess & C.A. Philips (Eds.), Hand Sphntmg: Principies a 5 (2nd ed., pp. 3-41 ). St. Louis: CV. Mosby. • 5 ossos sao rotulados. mam o pilar central d gitudinal , 1 eS tearco(Flatt, 1974).0arcolon- sendo e comp etado pelos raios digitais individuais que a mobilidad d l . ' raios dig"t . e o po egar e do quarto e qumto mi·te i ais e?1 torno do segundo e terceiro dedos per- que a região pal h h mar se ac ate ou forme uma con-e a para acomod b" d . d ar O Jetos e tamanhos e formatos vana os (Strickland, 1987). Em~ora os músculos flexores e extensores extrínse- cos seJam r , · esponsaveis em grande parte pela mudança da forma da mão em atuação, os músculos intrínsecos da mão _são os principais responsáveis pela manutenção da configuração dos três arcos (referir-se ao Quadro 14 .1 para uma listagem dos músculos do punho e çl.a mão, bem como para as ações musculares correspondentes) . Um colapso no sistema de arcos, decorrente de lesão óssea, doença reumática ou paralisia dos músculos in- trinsecos, pode contribuir para a incapacidade grave e deformidade. SUPRIMENTO NERVOSO E SANGUÍNEO DO PUNHO E DA MÃO O revestimento da mão é importante por causa de suas qualidades físicas, propriedades sensoriais e microcir- culação (Tubiana, 1984). A pele no dorso ou costas da mão difere e é distinta em relação à pele que reveste a rfície palmar. A pele dorsal é móvel, freqüentemente supe fl , l .. d 'd da como muito fina e ex1ve , permltm o uma cons1 era . ul J , 1 de disposição dos movimentos ~rt1c ares. a a pe t ~ar é espessa, glabrosa e inelást1ca. A pele palmar ' ? ortante na percepção do tato, na segurança d~ merr imp . proteção sensorial e no fomec1men1 bro supenor por embro como na sustentação de pes de suporte para o m BIOMECÂNICA DO PUNHO E DA MÃO ;._---- QUADRO 14.1 Mdeciulo• ilo Púnho • d• Mio Músculo Flexores Flexor ulnar do carpo Flexor radial do carpo Palmar longo Extensores Extensores radiais longo e curto do carpo Extensores ulnares longo e curto do carpo Pronadores-Supinadores Pronador redondo Pronador quadrado Supinador Braquiorradial Músculo Músculos Extrínsecos Flexores Flexor superficial dos dedos Flexor profundo dos dedos Flexor longo do polegar Extensores Extensor longo do polegar Extensor curto do polegar Abdutor longo do polegar Extensor próprio do indicador Extensor comum dos dedos Extensor próprio do dedo mínimo Músculos Intrínsecos lnterósseos (todos) lnterósseos dorsais lnterósseos palmares Lumbricais Músculos tenares Abdutor curto do polegar Flexor curto do polegar Oponente do polegar Músculos hipotenares Abdutor do quinto dedo Flexor curto do dedo mínimo Adutor do polegar Músculos do Punho Ação Flexão do punho; desvio ulnar da mão Flexao do punho; desvio radial da mão Tensão da fáscia palmar Extensão do punho; desvio radial da mão Extensão do punho; desvio ulnar da mão Pronação do antebraço Pronação do antebraço Supinação do antebraço Pronação ou $Upinação, dependendo da posição do antebraço Músculos da Mão Ação Flexão das juntas IFP e MCF Flexão das juntas IFD, IFP e MCF Flexão das juntas IF e MCF do polegar Extensão das juntas IF e MCF do polegar; adução secundária do polegar Extensão da junta MCF do polegar Abdução do polegar Extensão do dedo indicador Extensão dos dedos Extensão do quinto dedo Extensão das juntas IFP e IFD e flexão das juntas MCF Afastamento dos dedos indicador e anelar para longe do dedo médio Adução dos dedos indicador, anelar e mínimo no sentido do dedo médio Extensão das juntas IFP e IFD e flexão das juntas MCF do 2Q ao 5Q dedos Abdução do polegar Flexão e rotação do polegar Rotação do primeiro metacarpiano em direção à região palmar Abdução do dedo mínimo (extensão das juntas IFP e IFD) Flexão da falange proximal do dedo mínimo e rotação anterógrada do quinto metacarpiano Adução do pqlegar Modificado de Strickland, J. W. (1987). Anatomy and kinesiology of the hand. Em E.E. Fess & C.A. Philips (Eds.), Hand Splinting: Prindples and Methods (2nd ed., pp. 3-41). St. Louis: C.V. Mosby. I O punho e a mão exercem suas funções motora e sen- sorial graças a três nervos periféricos que descem a partir do plexo braquial: radial, mediano e ulnar (Fig. 14.6). O nervo radial supre principalmente os músculos que faci- litam a extensão do punho e dos dedos, a saber os exten- sores longos do punho. O comprometimento ou lesão do nervo radial provocará a queda da mão e a instabilidade no punho, comprometendo também a preensão manual efetiva. Em relação à função sensorial, o nervo radial supre a pele ao longo da esfera radial do antebraço e da mão, e o comprometimento sensorial na denervação do nervo radial afeta de forma mínima a função da mão. O nervo mediano supre principalmente os flexores longos do punho e da mão. O comprometimento do nervo medi- ano afeta os músculos flexores radiais da mão em maior grau do que aqueles no lado ulnar. O nervo medianoé mais critico para a função motora fina da mão em rela- ção ao suprimento motor que ele fornece, bem como em seu suprimento sensorial. O nervo mediano é freqüente- mente considerado "os olhos da mão", porque é respon- sável pela inervação dos três primeiros dedos da mão na superfície palmar. Sem a sensibilidade adequada nestes dedos, a competência motora fina fica comprometida ou é perdida (Estudo de Caso 14.1). O nervo ulnar é considerado a fonte de energia para a preensão. Ele inerva os músculos ao longo da esfe· 'l..-'"--- Mediano Radial iL...Jµ._~ uInar lnterósseo I\V,H--L posterior do radial Ramo superficial do radial lnterósseo volar do mediano Ramo dorsal do ulnar \ Mediano I\ Ramos '~~-musculares do mediano 0 volar superficial do ulnar ~ ~ Rarn lar profundo do ulnar Ramo vo Ramos digitais --LW.~~ f/G. 14·6 adiai mediano e ulnar descendo a partir do plexo braquial. 05 nervos r , Jnar, os flexores ulnares da mão e a maioria dos ra u d - . 1 músculos intrínsecos a mao, part1cu armente aque- ks responsáveis pela adução e abdução dos dedos. O ne!i'O uJnar é conhecido por sua habilidade em pro- 1e2~r O membro superior, já que ele inerva a superfí- et; cutânea ao longo da borda ulnar. A maioria dos padrões de repouso para o uso do membro superior ou da mão é realizada com o membro superior posicionado de modo que as bordas ulnares do ante- braço. punho e mão entrem em contato direto com o ambiente ou forneçam apoio para o corpo por susten- tação de peso direta e prolongada ou contato em uma superfície. . .\ mão como órgão do tato possui uma miríade de ~~eprores de todos os tipos em sua pele palmar. O es- :udo microscópico da pele palmar mostra que ela pos- .u1 _cr1sras de Pilary altamente especializadas com :~~os tipos de receptores sensoriais e propriedades . ras nervosas ( Cauna, 19 54). Os receptores senso- :ia1s ra · d :or nam esde terminações nervosas livres a recep- es, ou m . ~a· ecanorreceptores encapsulados. Existem ·· IS r · eceptores que fibras nervosas e cada fibra é co- BIOMECÂNICA DO PUNHO E DA MÁ~:__---»_ lllrl!il-11"" ESTUDO DE CASO 14.1 Síndro111 ., , e ·~urárla e uo Tunel do Carpo em uma ~60r• U mda mulher de 26 anos de idade que trabalha corno assiSlenate a minist · . d nforto n m- rativa apresentou-se com queixas de esco . in:e~~-funho direitos, com estabelecimento gradual e gravidade ados pela ~ ente durante os 2 últimos anos. Seus sintomas sê!o agrav dor U s oras prolongadas de digitaçê!o em seu teclado de computa · m exame m· · . . 1 na face vol d inucioso mostra dormência e form1garnen o h fra ar ª parte distal do antebraço e punho direitos, edema de pun O o, queza da pegada e testes de Phalen e Tinel positivos. A avahaç_ê! d sugf re compressão do nervo mediano no túnel do carpo. produzin d 0 ads ª terações motoras e sensoriais associadas. Um teste de velooda e e cond - · · de r uçao nervosa confirmou mais adiante um diagnóstico s ndr d , ' ' t b orne o tunel do carpo (STC). A paciente foi colocada em . ra alhos leves com restrições para as tarefas de digitaçê!o e foi E agendada para uma cirurgia de liberação da STC (Fig. 14.1.1. do studo de Caso). ESte caso ilustra a influência potencial das tarefas de trabalho que envolvem os movimentos muito repetitivos da mê!o e dos dedos por períodos prolongados de tempo sobre as delicadas estruturas da mê!o e_do punho. A pressê!o intracompartimental aumentada dentro do tunel do carpo associada aos fatores de risco ergonômicos, corno ca_rg~ repetitiva e posições indesejadas do punho, constituem os prin~ipaIs fatores que contribuem para a compressão do nervo mediano neste caso. Fig. 14.1.1 do Estudo de Caso nectada a vários receptores (Mount Castle, 1968). Além disso, informações sensoriais são transmitidas através das propriedades das fibras nervosas adaptadas rápi- da ou lentamente. Também é sabido que a sensação não tem o mesmo valor dentro da mão; determinadas zonas ou regiões apresentam mais receptividade a um estímulo que outras. Por exemplo, a acuidade sensori- al é considerada como sendo mais especializada em regiões anatômicas específicas, necessárias para a preensão motora muito delicada: a metade ulnar da polpa digital do polegar, a metade radial da polpa di- gital dos dedos indicador e médio e a borda ulnar do dedo mínimo. É essencial estar ciente dessas regiões especializadas e de seu papel crítico em relação à ~CANICA DO PUNHO E DA MAO restauração da fu nção da mão após a lesão (Tubiana, 1984). o sangue é duplamente fornecido para o punho e para a mão pelas artérias ulnar e radial, as quais se unem ou se comunicam depois que cada uma delas adentrou in- dividualmente a mão. A pele da mão é irrigada por um plexo profundo e por um superficial. O pa~rão_ger~ do aporte sanguíneo para o punho e para a mao nao difere daquele que é encontrado em outras partes do corpo. O que difere em termos da circulação cutânea relaciona- se com a localização distal da mão em relação ao cora- ção e a sua constante exposição às variações térmicas e posturais (Tubiana, 1984). De modo semelhante aos receptores sensoriais altamente complexos e variados notados na mão, principalmente na pele palmar, a mão aloja um sistema capilar denso e complexo (Cauna, 1954). Este sistema denso possibilita a maior variação na pressão capilar do que em outras partes do corpo. A pressão capilar depende de inúmeros fatores, como tônus arteriolar, retorno venoso, posição do punho e da mão e a temperatura (Cauna, 1954; Tubiana, 1984). A lesão ou doença da mão que altera ou ameaça o ciclo de vasodilatação-vasoconstrição pode provocar edema progressivo do punho e da mão, resultando em rigidez ou causalgia. Controle do Punho e da Mão O controle ativo do punho e da mão é conseguido atra- vés da ação coordenada da musculatura extrínseca, que se origina a partir do antebraço e de segmentos umerais, e da musculatura intrínseca, que se origina dos segmen- tos carpiano e da mão. Este controle muscular preen- che as necessidades de mobilidade e estabilidade duran- te as atividades funcionais do punho e da mão. Os mús- culos do punho e da mão estão resumidos no Quadro 14.1. Nenhum músculo é intrínseco ao carpo; por:tanto, os mecanismos passivos derivados da morfologia óssea, função ligamentar e expansões tendinosas são impor- tantes no controle dos movimentos carpianos e digitais durante as atividades da mão. Neste sentido, o carpo atua como uma ponte para a ação muscular e para a transmissão de carga entre a mão e os segmentos do antebraço. Inúmeros aspectos anatômicos contribuem para a es- tabilidade e controle das várias juntas da mão. As ações coordenadas dos músculos extrinsecos e intrinsecos da mão permitem o controle dos raios digitais; u~ ~am- plexo tendinoso dorsal, conhecido como o. ~etmaculo extensor contribui para o controle e estab1hdade das juntas, e 1 um sistema de roldanas bem desenvolvido de bainhas dos tendões flexores facilita a flexão suave e estável dessas juntas. A assimetria óssea e ligamentar das juntas MCF confere à mão sua versatilidad~ funcional. As juntas IF obtêm sua estabilidade a p~ir d~ forma de seus contornos articulares e de contençoes hgamen- tares especiais. MECANISMOS DE CONTROLE PASSIVO Mecanismos Ósseos As juntas IFP e mesocarpianas no punho cr· tema de dobradiça dupla. Esta construção ~-ltl Utn ~i e biarticular está sujeita ao colapso sob carg lltJusc:1.11:· . ( d ) a co"' ~t siva Lan smeer, 1976 . Como quase nenhultl ''.'Pte~, se insere no carpo para fornecer a estabilidad ltl~sc:1.11< ca, as forças compressivas dos flexores e exten: 0 d1nãlll/ gos tendem a fazer com que o carpo se curve r~s lol\. IFPs e mesocarpianas. As intrincadas contenn~s Juntas . - d Çoes]· mentares e a oposiçao exata as superfícies arr 1ga. multifacetadas contrapõem-se a essas tendênci icuJate8 ferem estabilidade. as e cal\. No plano sagital do punho, o escafóide e O seltl') exibem formato de cunha com a face palmar de I unat os ossos sendo mais larga que a face dorsal (~n-ibos 1980). Como a compressão tende a apertar uma auer, . . ·1 cunha em sua porção mais estreita, o semi unar e O esc f·· tenderiam a ser deslocados no sentido palmar e / º~de em sua extensão com a contração dos flexores e ro ar exten. sares longos. Como o escafóide e o semilunar tendem a ser f - e d b'l' orça. dos na extensao, as 1orças e esta 1 1zação devem d · · 1 t 'd d ser direciona as prrnc1pa ~en e no s_ent: o a flexão. É aqui que pode ser apreciada a contribmção do escafóid abrangendo as fileiras distal e proximal do carpo. A ten~ dência natural do escafóide para se estender é estabij•_ zada no nível mesocarpal; o trapézio e o trapezóide s1 articulam com a face dorsal do escafóide, empurrand~ seu pólo distal para dentro da flexão. Daí, o escafóide se contrapõe à tendência de extensão do semilunar, con- ferindo alguma estabilidade para o complexo carpiano biarticular (Fig. 14. 7). Esta disposição possui uma vantagem em relação a um sistema biarticular simétrico, porque a instabilida- de é focalizada apenas em uma direção e pode ser con- traposta por uma única força aplicada na direção opos- ta ou em flexão (Kauer, 1980; Kauer & Landsmeer, 1981). Este mecanismo é compatível com o uso dos fle- xores dos dedos e do punho durante a função da mão. Dorsal FIG. 14.7 . (L) Desenho esquemático do trapezóide (T), escafóide (S), semilunar e rádio (R) em uma vista sagital. A tendência do semilunar, em fr mato de cunha (o pólo palmar é maior que o pólo dorsal), a ro ~r para dentro da extensão é contraposta pelo escafóide, o que P'.?dp,- - · trapezo1 e. eia uma força de flexão palmar induzida pelo trapez1o _e ~ rk: Adaptado com permissão de Taleisnik, J. (1 985). The Wrist. New 0 Churchill Livingstone. SL RSC BIOMECÂNICAJ?C) :!".:.:::;;;.._..- , ~ed- ~f LCR - ~~; Med. A ~~ ~ - -~ - -~ .. ~ , RSL ' 8 48 Unho. A, Os ligamentos palmares do punho (mão direita). Ligamentos extr'1nsecos· RSC ligamento radioescafocapit~to; 1 · do P . 1· t d' ·1 . • · ' . • M menisco fiÚ· men105 1 tera! radial; RL, ,gamen ° ra ,ossem, unar, RSL, ligamento radioescafossemilunar UL ligamento ulno-sem1lunar, ' . .?S li9ªamento coa to radiopiramidal); LCU, ligamento colateral ulnar; o ligamento radiocarpal p~lm~r superficial e a fibrocartilagem t~Ian- ' h9 · amen . · t · . SL 1· . • · arpIano tC"' ólo9º ~,g ostrados. Ligamentos m rmsecos. : ,~amento escafossem,lunar; LT, ligamento lunopiramidal; V, ligamento mte!c . . 1°111 ãO sao m em V). Os ligamentos palmares mtnnsecos curtos não são mostrados B Os ligamentos dorsais do punho da mao direita. 1arn ··de ou d' . 'd 1 . ' 1 L' men-gu r(delt0 ' • cos: fascículos RT, ra iop,ram, a; RL, radiossemilunar; e RS, radioescafóide do ligamento radiocarpiano dorsa · ,ga . 1_ª 1111 ªentos extnns\ulos /CD, intercarpiano dorsal; TT, trapézio-trapezóide; TC, trapézio-capitato· e CH capito-hamato dos ligamentos ,~- w9:~rínsecos: fa~c:igamento escafotrapézio não é mostrado. Adaptado com permissão de Taleisnik, J. (Í985). The Wrist. New York: Church1/I ,os curtos. ·rrnsecos : , ,gsrone . mos Ligamentares Mecan1s NTOS DO PUNHO [!GAME utras juntas, a função dos ligamentos do e ,,,0 em o . . . _ . 1 º'" · te em restnngir a movimentaçao art1cu ar ho cons1s . 1 Al, d' 1· ?un or as superfícies art1cu ares. em isso, os 1- 11us1ªP do punho são capazes de induzir deslocamen- ,amentos . . . . = • s e de transmitir cargas que se ongmam nos ·os osseo · 1 ( ai · 'k 1985) O 1· · tos proximal ou dista T e1sm , . s 1ga- ,1wen _ e · · palmares (Fig. 14.BA) sao espessos e 1ortes, en- menros • • _ • to os ligamentos dorsais (Fig. 14.BB) sao mmto .!:; delgados e em menor número (Taleisnik, 1976, 1185). o sistema ligamentoso complexo e extremamente de- ,1mohido do punho pode ser dividido nos componen- 1rntrinseco e intrínseco (Quadro 14.2). Os ligamen- osextrínsecos correm do rádio para o carpo e do carpo Jara os metacarpianos. Os ligamentos intrínsecos ori- !lllam-se e se inserem no carpo. Os ligamentos palmares extrlnsecos incluem o liga- illento colateral radial, os ligamentos radiocarpianos ;clrnares e os componerites do complexo fibrocartila- ilnoso triangular (TFCC). Na verdade, o ligamento co- ~teral rad1· J • · l l aI , · a1· d , a e mais pa mar que ater e e visu 1za o :ornoo · 1 • . _ mais ateral de todos os fascículos radiocarpia- ·01 Palrn ~rn ares, em vez de um ligamento colateral per se, -~a fu - . ~ºéi· ~çao de um ligamento colateral verdadeiro antaJOsa no punho. Os ligamentos radiocarpianos palmares estão dispos- tos nas camadas superficial e profunda. Na camada su- perficial, a maioria das fibras assume um formato em V, gerando contenção e apoio. Os ligamentos profundos são três fascículos fortes denominados de acordo com QUADRO 14.2 Ligamentos do Punho Ligamentos Extrínsecos Proximal (radiocarpiano) Radiocolateral Radiocarpiano palmar Superficial Profundo Radioescafocapitato (radiocapitato) Radiossemilunar Radioescafossemilunar Complexo ulnocarpiano Menisco homólogo (radiopiramidal) Fibrocartilagem triangular (disco articular) Ligamento colateral ulnar Ligamento ulno-semilunar Radiocarpiano dorsal Distal (carporr:etacarpiano) Ligamentos Intrínsecos Curto Palmar Dorsal Intermediário Lunopiramidal Escafossemilunar Escafotrapezoidal Longo lntercarpiano palmar 0/, deltóide) lntercarpiano dorsal Modificado de Taleisnik, J. (1985). The Wrist. New York: Churchil Livingstone. ouo BIOME.CAN CA DO PUNHO E. DA MAO ,eu, ponto.s de origem e inserção: o ligamento radioes- L·ati.K·apitato (ou radiocapitato), que sustenta o colo do e ... cafoide; o ligamento radiossemilunar, que apóia o ~ernilunar; e o ligamento radioescafossemilunar, que une ajunta escafossemilunar à porção palmar do rádio di.stal. Este ligamento confere a flexão e extensão do escafóide. Estudos da força de tensão dos ligamentos do carpo sugerem que a ligação mais fraca entre o carpo e 0 antebraço se faz através dos ligamentos escafocapitato e colateral radial, os quais se encontram no lado radial do punho (Mayfield et al., 1979). TFCC apresenta uma inse _ algumas de suas fibras s~º flexor ulnar do carpo d llnern à uln mil orsola o-se unar une a b da . gul or tn~ ar com o semilunar . ongma-se do processo esti}6·0 li mente até a base do qu· Ide mto 0 Volz et al. (1 980) ana1· ssa entre a fileira carpa} Pro ~saralll ulnar distal, enquanto O XIma} e era sujeitado a cargas co colllpl flexão e extensão neutra mdpressi Os ligamentos extrinsecos dorsais incluem as três fai- xas do ligamento mediocarpal dorsal. Originando-se da borda do rádio, estes três fascículos inserem-se firme- mente no semilunar, piramidal e escafóide, respectiva- men te. , d O p1, ... L gas, a area e contato inicia} f, ~o. lunar e a placa radia} dista} 01 tes a área de contato estend lllas do TFCC diminuiu a área d eu-se a a superfície radial-ulnar di e~onta tresse por unidade de áre/en • a Os ligamentos intrinsecos podem ser agrupados em três categorias (curto, longo e intermediário) de acordo com seus comprimentos e com o movimento intercarpal relativo que eles possibilitam. No geral, os ligamentos intrinsecos palmares são mais espessos e mais fortes que os dorsais. Os três ligamentos intrinsecos curtos - palmar, dor- sal e interósseo - são fibras inelásticas e resistentes que ligam firmemente os ossos do carpo adjacentes. Estes ligamentos fortes são responsáveispela manutenção dos quatro ossos da fileira distal do carpo como uma uni- dade funcional imóvel (Taleisnik, 1976; Weber, 1984). Os três ligamentos intrinsecos intermediários estão lo- calizados entre o semilunar e o piramidal, o escafóide e o semilunar, e o escafóide e o trapézio. Dentre os dois ligamentos intrínsecos longos - o intercarpal dorsal e o intercarpal palmar-, o palmar é o mais importante. Também chamado de ligamento deltóide ou ligamento em V, ele estabiliza o capitato, porque se origina em seu colo e se abre proximalmente para se inserir no escafóide e no piramidal. O ligamen- to intercarpal dorsal origina-se do piramidal e faz traje- to lateralmente e obliquamente para se inserir no escafóide e no trapézio (Testut & Latarjet, 1951). COMPLEXO DE FlBROCARTlLAGEM TRIANGULAR Os componentes do TFCC são o ligamento radiopirami- dal (menisco homólogo), a fibrocartilagem triangular (disco articular), o ligamento ulno-semilunar, o ligamento colateral ulnar e os pouco distinguíveis ligamentos radioulnares dorsal e palmar (Fig. 14.3). O menisco homólogo e a fibrocartilagem triangular possuem uma forte origem comum a partir do canto dorsoulnar (inci- sura sigmóide) do rádio. A partir daí, o menisco faz tra- jeto no sentido da região palmar e ao redor da borda ulnar do punho para se inserir firmemente no piramidal, en- quanto a fibrocartilagem triangular se estende horizon- talmente para se inserir na base do processo estilóide. Entre o menisco homólogo e a fibrocartilagem triangu- lar há, com freqüência, uma área triangular, o recesso pré- estilóide, que é preenchido com sinóvia. Dorsalmente, o O grupo de Volz (1 980) tre pressivas são dirigidas atrac~ndu.iu padrão de vetor de força v 8 do ·1 t , . que a cap1 a o ate a Junção escaf3 . t , rfí . osse ..... ~1 a e as supe c1es triangulares fibUl oulnar distal. Eles sugeriram alinhamento das estruturas ~e ximal e distal poderia provoca fU , 1 cali d rUin se em areas o za as O que . . , então da cartilagem articular. LIGAMENTOS DA MÃO A mão possui u~ intrincado siste envolve, compart1mentaliza e e d - b on oe~, em como a pele, nervos e (Smith et al., 1996). Este sistemaes envolve cada dedo para criar fo musculaturas intrínseca e extrí controle da mão. Todas as articu lações digitais rística essencial em comum: elas funcionar em flexão . Cada junta laterais firmes b ilateralmente e espessa, reforçada por uma estru sa conhecida como p laca palmar ( ção, a cápsula dorsal é fina e fro noso palmar, composto de dois tend to mais forte que o retináculo e pele é mais espessa no lado palmar. Sistema de Roldana da Bainha do 14 do Flexor dos Dedos Muitos tendões na mão estão conti tensão, por bainhas e retináculos que mos ao plano esquelético, de modo um braço de momento relativamen gar de fazer estrangulamentos através ma de roldana da bainha do tendão mais desenvolvida entre essas con 3'1Ste eue [ n- fºs iao las A1 A2 C1 A3 c2 8 f/Ú· 1t!s esquemáticos dos componentes da b . oesen do dedo. As cinco roldanas anulares fort ª 1~ha do tendão do f/eX0:_ importantes para assegurá, a movimentes A l , _A~, A3, A4 e p.5) 5ª~eio da aposição dos tendões às falanges ~~oê digital eficien- te Pº: f inas e maleáveis (Cl, C2, C3) possibilita~ a ~I sr_ol~_anas cru- zad~ enquanto mantêm sua integridade. A Vist :x!b•hdade da bª': ª;,mar da bainha sem seus tendões. Ad;ptadi :mdio-la~er_'.'11. B, v,~ j R & 8/ythe, W (1975). The fínger flexor tendon sh hrm,ssao de OOJe,m;,,. ~nd reconstructíon. Em AAOS Symposium on T eadt ªnd pul/eys: AIIª'º ; · b • 'en on Surgery · Hand St. Louis: C. V. Mos !JI,. and Stnckland J w r1987,, A m t}1e · d e EE c ' · · / . natomyand . o/fV'1Y of the han . c::m . . ress & C.A. Phít,p· 5 (Eds) H d 5 . . ;,ne5t v::,, h d (2 d ed. · , an phntmg principies and Met o s n ., PP- 3-41). St. Louis: CV. Mosby. . À medida que eles se estendem a partir de seus mús- culos, os tendões flexores dos dedos atravessam O túnel do carpo, juntamente com o tendão do flexor longo do polegar e o nervo m~diano, antes de se espalhar no sen- tido de seus respectivos dedos. O tendão do flexor su- perficial insere-se na falange média e o do flexor pro- BOXE DE CALCULO 14.1 Sistema áe Roldana da Bainha áo íendão doe Flexores na Junta IFP A magnitude das forças de subluxação e o aumento com a posição de flexão na junta IFP. 10 N ForçaF 10N Força R 10 N 10 N 10 N Fig. 14.1.1 do Boxe de Cálculo Vista lateral. A junta IFP está flexionada em 60º . Com o sistema em equilíbrio, a força resultante (R) no sistema de roldana é igual ª.? somatório dos vetores dos dois componentes da força de ten- sao (F) no tendão flexor (isto é, 1 O N). Estas três forças são grafica- me nte apresentadas em um triângulo eqüilátero de forças. \ 14 N 1+-45° \ ..._ R 1 ' 45° _l- 10 N e- cl >- r fundo insere-se na falange distal. Em cada dedo, estes dois tendões, circundados por suas bainhas sinoviais são mantidos contra as falanges por uma bainha fibro~ sa. Em localizações estratégicas ao longo da bainha es- tão cinco roldanas anulares densas (designadas como Al , A2, A3, A4 e AS) e três roldanas cruciformes mais finas (Cl , C2 e C3) (Fig. 14.9). Estas roldanas permitem uma curvatura suave, de modo que nenhuma inclina- 90° { ção aguda ou angular exista no trajeto do tendão. Os pontos localizados de alta pressão, geradores de estres- se, entre o tendão e a bainha são portanto minimizados. No ponto em que a roldana A3 atravessa ajunta IFP, a tensão no tendão gerada pela flexão articular afasta a roldana de sua inserção no osso ou afasta o osso da jun- ta. Isto não constitui um problema em uma junta está- rei e normal, porém, quando a junta se torna instável, como em um paciente com artrite reumatóide, poderia hal'er um perigo de subluxação grave da junta IFP. _ Para apreciar a magnitude destas forças de subluxa- çao e como elas aumentam com a flexão aumentada, considere duas posições fletidas separadas de uma jun- : lFP: 60º e, em seguida, 90º. Com 60º, os dois ramos d o tendão flexor formam um ângulo de 120º (Fig. 14.1.1 0 Boxe de Cálculo). Neste ponto, a tensão na roldana Força F 10 N Força A 14 N ou R2 = F2 + F2 R2 = 100 N + 100 N R2 = .J200 = 14,1 N Fig. 14.1.2 do Boxe de Cálculo 10 N Vista lateral. Ajunta IFP está flexionada em 90º. Um triângulo de forças mostra que a força resultante R no sistema de roldanas igua- la-se a 14 N. Portanto, Ré igual a 1,4 F. O valor de R também é encontrado com o uso do Teorema de Pitágoras, o qual afirma que em um triângulo reto o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Adaptado com a permissão de Brand, P. w. (1 985). Clínica/ Mechanícs of the Hand (pp. 30-60). St. Louis: e .V. Mosby. r ª•~112.__...;BIO;.;,:.;,:M.;:ECAN::::.:,:~CA DO PUNHO E DA MÃO de contenção dev · al _ . e igu ar-se à tensao no tendão para que O sistema fique em equilíbrio. Com 90º de flexão, n,? entanto, a roldana deve sustentar 40% mais de ten- ~~~iu: 0 tendão (Fig. 14.1.2 do Boxe de Cálculo) (Brand, ; rand & Hollister, 1992). Ligamentos Colaterais dos Dedos ? aspecto essencial comum das articulações dos dedos e ~ue _elas funcionam na direção da flexão e possuem dois ~gamentos colaterais resistentes e uma cápsula antenor e~pessa e reforçada. A fibrocartilagem anterior é conhecida como placa palmar ou valar (Tubiana, ! 984 ). Existem diferenças significantes entre as juntas mterfalangianas e metacarpofalangianas dos dedos, bem como as diferenças significantes entre o mesmo nível para cada dedo (Hakstian & Tubiana, 1967; Kucynski, 1968; Landsmeer, 1955; Smith & Kaplan, 1967; Tubiana, 1984). Um aspecto único da junta MCF é sua assimetria, que fica evidente tantona configuração óssea da cabeça do metacarpo (Fig. 14.10), quanto na localização das inser- ções dos ligamentos colaterais radial e ulnar nela (Landsmeer, 1955). Os ligamentos colaterais da junta MCF estendem-se obliquamente para diante, a partir da inserção proximal na face dorsolateral da cabeça do metacarpo até a sua inserção na face palmolateral da base da falange proximal. A assimetria bilateral no sítio de inserção destes ligamentos manifesta-se principal- mente na faixa assimétrica de abdução-adução nestas juntas. A disposição bilateral assimétrica dos interósseos também contribui para a assimetria global das juntas MCFs (Fig. 14.11). Junta interfalangiana distal li Junta interfalangiana proximal Junta metacarpofalangiana FIG. 14.10 Radiografia póstero-anterior da mão direita e punho, revelando as- simetria na configuração das cabeças dos metacarpianos. Também evidente está a disparidade nos diâmetros das superfícies proximal e distal das juntas IF P, sendo as superfícies distais consideravelmente mais amplas. Abdutor curto do polegar A Flexor curto do polegar Ligamento intercarpiano transverso Oponente do11,x=-.---~ polegar Pronador ---~ ~ quadrado Abdutor dedo mfnim B e Oponente do dedo mlnlrno Flexor do dedo mlnlrno Abdutor do dedo mlnirno Flexor ulnar do carpo Nervo ulnar rósseos palmares (1 a 3) FIG. 14.11 os músculos intrínsecos da mão. A, Vista palmar da mão esquerda. B, Vista dorsal da mão esquerda mostrando os quatro interósseos dorsais e O abdutor do dedo mínimo. Estes músculos abduzem os dedos (isto é, movem-nos para longe da linha média da mão). C, Vista palmar da mão esquerda mostrando os três interósseos palmares. Estes múscu- los aduzem o segundo, quarto e quinto dedos, flexionam a junta MCF e estendem a junta IFP. Adaptado com permissão de Strickland, J.W. (1987). Anatomy and kinesiology of the hand. Em E.E. Fess & C.A. Philips (Eds.), Hand Splinting. Principies and Methods (2nd ed., pp. 3-41). St. Louis: e. v. Mosby; e Caillet, R. (1982). Hand Pain and lmpairment (3rd ed.). Phi/a- delphia: F.A. Davis. A quantificação das alterações de comprimento nos ligamentos colaterais durante a movimentação da jun- ta MCF foi realizada por Minami e colaboradores (1984), que empregaram técnicas radiográficas biplanares para analisar os comprimentos dos terços dorsal, médio e palmar dos ligamentos colaterais radial e ulnar do dedo indicador em vários graus de flexão articular. Quando a junta MCF foi flexionada de 0° a 80º, a porção dorsal dos ligamentos alongou-se por 3 a 4 mm, a porção mé- dia alongou-se discretamente e a porção palmar encur- tou em 1 a 2 mm. Quando a junta MCF moveu-se para dentro da hiperextensão, a porção dorsal dos ligamen- tos encurtou em 2 a 3 mm, o terço médio encurtou dis- cretamente e o terço palmar alongou-se discretamente. Desta maneira, as porções dorsais de ambos os ligamen- tos colaterais parecem fornecer a principal força de contenção quando a junta MCF é flexionada, enquanto as porções palmares proporcionam uma força de con- tenção durante a extensão da junta MCF. Este estudo sustenta a justificativa para posicionar a junta MCF em SOº a 70º para evitar a contra tu c1 ,.Jo de . nobilização se faz necessán• ra em extensão 11~· do :1 li l . a. 11:111 • aroentos co atera1s mostram-se q os Jig . ,·untas MCFs são mantidas e- afrouxados do a!:i . d ... uma p · - Jart _0 e tensos quan o as MCFs fica os1çao qt t1sa . m em · -oe e,-te_ Ao colocar as Juntas MCFs em fl _ pos1çao ae fle,.aº· ção excêntrica da cabeça do m ;xao plena, a 0 rtfig_ur~entos colaterais e fica limitadae acarpb·º· rete-c . (Jga"• b d a mo ihdade sa o~ "lateral. o serva a quando as juntas MCF - 011 "j~gdo ern extensão (Strickland, 1987) p s sao .,11 as · or conse-(11:i'" ugarnent~ interrnetacarp1ano transverso Tendão do Tendão juncional ~egundo músculo 1nter6sseo dorsal Placa palmar Junta metacarpo- falangiana extensor _---r---in-'r'.--li.-\ comum dos dedos Primeiro músculo interósseo dorsal V A Med. 4 --c~~ 10 - 13 - c=.--~, B FIG. 14.12 IV Ili 11 Dorsal 2 12 5 'f'l,V""-Z----9 -:::::S:==-::::r-1/ ------6 Palmar Lat. gu· t }hados ou in e , os dedos não conseguem ser espa · bd ·d u esteJa ª uzi os, a menos que a mão seja aberta 0 achatada (Agur 1991 ) O 1· • · ue une igamento intermetacarpiano transverso, q l d . · al à re-as P acas palmares fornece estabilidade a icion ·- d • sores giao a junta MCF (Fig. 14.12). Os tendões exten . são ligados a esta estrutura transversal pelas lâminas transversais, as quais os mantêm na posição sobre O lado dorsal da junta MCF . Placa Volar Além do papel dos ligamentos colateral e colateral aces- sório, é dada atenção para a função da placa palmar ?u valar (Fig. 14.13). Os ligamentos colaterais acessónos são exatamente palmares aos ligamentos colaterais ra- ~ial e ulnar, os quais se originam do metacárpico e se mserem na placa fibrocartilaginosa palmar espessa. Esta placa na superfície valar da junta MCF está firmemen- te presa à base da falange proximal e está frouxamente presa à superfície valar do colo do metacárpico. Ela serve para reforçar a cápsula articular anteriormente e para impedir a colisão dos tendões flexores durante a flexão da junta MCF. Este alinhamento anatômico pos- sibilita que a placa volar deslize proximalmente, como um visor em movimento, durante a flexão da junta MCF (Agur, 1991 ; Strickland, 1987). A placa volar também limita a hiperextensão da junta MCF. As placas valares são ligadas pelos ligamentos intermetacarpianos trans- versos, que então unem cada placa à sua placa vizinha (Strickland, 1987). igamento colateral gamento ✓= olateral acessório Falange proximal '----- Placa palmar , Ligamentos controladores Junta IFP Falange média . . ·:_.. '~\ {: . ...._""""'==---_J.__ A. Estruturas fibrosas do arco transverso proximal (MCF) (vista palmar da mão direita). Adaptado com permissão de Tubiana, R. (1984). Archi- tecture and functionsof the hand. Em R. Tubiana, J.-M. Thomine, & E. Mackin (Eds), Examination of the Hand and Upper Limb (pp. 1-97). Philadelphia: W B Saunders. B, Estruturas capsoligamentares da junta MCF (vista tr~nsversal da superfície da junta falangiana proximal, dedo médio, mao esquerda). 1, tendão do extensor comum dos dedos; 2, feixe sagita l; 3, ligamento colateral; 4, ligamento colateral acessório; 5, placa volar; 6, bainha do tendão flexor; 7, tendão do flexor superfici- ~I dos dedos; 8, tendão do flexor profundo dos dedos; 9, músculo u~brical; 10, músculo interósseo dorsal· 11 , músculo interósseo dor- ~-ª ; 12• inserção do músculo interósseo dorsal na base da falange; 13, f; l: ~ento int~rmetacarpiano transverso; 14, superfície ~rticular da St ge proximal. Adaptado com permissão de Zanco/11, E. (1979). ~ /~~ural and_ Dynamic Bases of Hand Surgery (2nd ed., pp. 3-63). Phila- - =:::-;;;;-__,~ Ligamentos em gamarra Ligamento colateral Ligamento colateral acessório 'ª· l. B. L1ppincott. Placa palmar FIG.14.13 Vistas obliqua (acima) e médio-lateral (abaixo) da junta IFP. Esta jun- ta ganha estabilidade a partir de um sistema de suporte ligamentar de três lados, em corrente, produzido pelo ligamento colateral, o li- gamento colateral acessório e a placa fibrocartilaginosa palmar (pla- ca volar), que estã ancorado à falange proximal pelas extensões pro ximal e lateral, conhecidas como ligamentos em gamarra. Adaptad com permissão de Stríckland, J. W. (1987). Anatomy and kínesío/ogy of tt hand. Em E.E. Fess & C.A. Phílips (Eds.), Hand Splinting. Principies ai Methods (2nd ed., pp. 3-41 ). St. Louis: C. V. Mosby.