Buscar

Biomecânica punho e mão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

, 
~ ·'.À· P i T U L O 
3'; 
Biomecânica do Punhci 
e da IVlãci 
Ann E. Barr, Jane Bear-Le 
adaptado de Steven Stuchin, Fadi J h~an 
-----------------------. Be11an; 
Introdução 
Anatomia do Punho e da Mão 
Juntas do Punho 
Juntas da Mão 
Arcos da Mão 
Suprimento Nervoso e Sangulneo do Punho e da Mão 
Controle do Punho e da Mão 
Mecanismos de Controle Passivo 
Mecanismos ósseos 
Mecanismos Ligamentares 
Ligamentos do Punho 
Complexo de Fibrocartilagem Triangular 
Ligamentos da Mão 
Sistema de Roldana da Bainha do Tendão do Flexor dos Dedos 
Ligamentos Colaterais dos Dedos 
Placa Volar 
Mecanismos Tendinosos 
Sistema de Agrupamento do Extensor dos Dedos 
Mecanismos de Controle Ativo 
Mecanismos Musculares do Punho 
Mecanismos Musculares da Mão 
Cinemática 
Amplitude de Movimento do Punho 
Flexão e Extensão 
Desvio Radial e Ulnar 
Pronação e Supinação do Antebraço 
Amplitude de Movimento dos Dedos 
Dedos 
Polegar 
Movimento Funcional do Punho 
Interação dos Movimentos do Punho e da Mão 
Padrões da Função de Preensão da Mão 
Resumo 
Referências 
-
BIOMECAN\CA DO ~ 
, dµção 
I11tlO carpo, é a coleção de ossos 
de Preensã . da -
tável à O vtgorosos. Ela é notadamente móvel eª p ou e estnttur d 
11hº • 1 5 que conecta a mão ao ant b as e vil rtlº e , d e raço E O -idos rticular e capaz e um arco substa ·. ste 
· Ined'd b"etos a 
serem 1 ª que se amolda ao formato dos O J u1 
ap · a 
urna 1· d ,. rrados ou estudados enfatiza ou geSUC 
1~• ,ple~º ª ue aumenta a função da mão e d n~al de 
c
011 
~J11ent~b• ~ estabilidade considerável. 0 p onhs edos, 
a10' eJCl 1 • • u o atua 
eia a s ' d mor ou 
afeiçã ( ~r expressa, ou mostra um ato e a 
A º- T;1b1ana, 1984). 
1•· ' (11 de . netnática ao perm1t1r alterações na lo 1. ~\e a c1 d - 1 - ca 1za-
' ,0rJ11. ção a mao em re açao ao antebra i~1 enta . . ço e de 
u. e on , . a ao transmitir as cargas da mão ' 
Ç"º cinetlC para 0 
111a ,,.;ce-versa. foi ço e v. d d . 
ebra função e to as as Juntas do memb 
níll ra a d - ro su-
' iJ11bO . colocação a mao no espaço de modo 
eJª a . "d d "d• que 
(\. 0r s 11. zar as at1v1 a es cot1 1anas O punho p~ a rea . ' pa-
i Poss h ve para o funcionamento da mão. A est _ eíl -aC a , . l a 
ce set unho e essenc1a para o funcionamento 
i~ d do P , ul fl 
·\id" e dos musc os exores e extensores dos de-
cas rnao eª ligação final na cadeia mecânica de al~~an-
d Jue começa no ombro. A mobilidade e a estabihda-
e~ 
0 
ornbr~, do cotovelo e do punho, todos operand? 
planos diferentes possibilitam que a mão se movi-
mente dentro de um ~ande volume de espaço e que al-
cance todas as partes do corpo com relativa facilidade. 
O arranjo único e a mobilidade peculiares dos 19 ossos 
e 14 juntas da mão propiciam a base estrutural para ª 
extraordinária adaptabilidade funcional da mão. 
bl ,ado · - d nh f t roPI ue a pos1çao o pu o a e a a capacidade 
a? ,.,do q . t d d . , . 
Anatomia do Punho e da Mão 
JUNTAS DO PUNHO dos, se,, de flexionar e es en er e maneira maxima e 
d05 ded05 efetivamente,durant~ a preensão. 
de 5egura~ órgão movel mmto complexo e multifa-
· d ' lt' las O complexo articular do punho consiste e mu 1P 
juntas dos oito ossos do carpo com a porção diStªl do 
rádio, as estruturas do espaço ulnocárpico, os metacar-
pianos e entre si (Fig. 14 .1). As estruturas de tecido mole 
~ rttâ0 e u,rn alorizada e julgada por seu desempenho 
1ado, Ela e vtarefas de preensão delicada até padrões e~ 10 nas ( aspec 
V 
H 
Med. 
Metacarpianos 
' L---1P 
~----s 
~ -:::;;-,,.c:"::::~L---+---- l 
Processo 
estilóide 
Med. 
Estilóide u\nar 
,d. osossos 
- distal dora 'º• 
·untas com a porça~t to· TZ trapezóide; TP, 
do os oito oss~s d~ c:~~ ~i~~~:al. H, ha::~~;a~tÀ~:pt;do ~om permissão de 
ho mostran ai (direita) ª. da junta meso 
~ . ,4.1 o articular do pun rda) e visão dor~ sindicam a hnha 
0
~nhos esquemáticos do com~1e_;. -0 palmar (esque cafóide. As se ª 
~eta(.arpianos da mão e ent~~ s1. ,s~ semilunar'. S, es e. 
~•llhio; TQ, piramidal; P, p1s1forme, \:hurchill uv1ngston 
,~, K. J (1 985). Toe Wrist. Nevv York. 
r B~ ECÂNICA DO PUNHO E DA MÃO o:;;;,::. __ __ 
e circundam os ossos do carpo incluem os tendões que qu 1 . 
cruzam O carpo ou que ne e se mserem e as es~turas 
ligamentares que unem os ossos do carpo entre s1 e aos 
elementos ósseos da mão e do antebraço. 
Os oito ossos do carpo são divididos nas fileiras pro-
ximal e distal. Os ossos da fileira distal, a partir do lado 
radial para o ulnar, são o trapézio, trapezóide, capitato 
e hamato. A fileira carpa! distal forma uma unidade 
transversa relativamente imóvel que se articula com os 
metacarpianos para formar as juntas carpometacarpi-
anas. Todos os quatro ossos na fileira distal adaptam-
se firmemente entre si e são mantidos unidos por liga-
mentos interósseos firmes. A fileira proximal mais mó-
vel consiste do escafóide, semilunar e piramidal. Esta 
fileira articula-se com o rádio distal e forma a junta 
radiocarpal (fossa escafóide do rádio, 46%; fossa semi-
lunar do rádio , 43%; estruturas de tecidos moles 
ulnares, 11 %) (Simon et al., 1994). O escafóide abran-
ge anatômica e funcionalmente ambas as fileiras e se 
articula exclusivamente com o rádio. O semilunar ar-
ticula-se em parte com as estruturas de tecidos moles 
da ulna. O oitavo osso do carpo, o pisiforme, é um osso 
sesamóide que estimula o mais poderoso motor do 
carpo, o flexor ulnar do carpo, e forma sua própria pe-
quena junta com o piramidal. Entre as fileiras proxi-
mal e distal dos ossos do carpo está a junta mesocar-
piana, sendo que entre os ossos adjacentes destas fi-
leiras estão as juntas intercarpianas (Fig. 14.1). A su-
perfície palmar do carpo, como um todo, é côncava, 
constituindo o assoalho e as p~edes do túnel carpal (Fig. 
14.2). 
O rádio distal, o semilunar e o piramidal articulam-
se com a porção distal da ulna através de uma estrutu-
ra ligamentar e cartilaginosa, o complexo fibrocartila-
ginoso triangular ou ulnocarpal (TFCC). Os componen-
Distal 
H C 
TP TZ 
p ~ \ 
Ulnar ~ TQ 
Radial 
L Proximal 
FIG. 14.2 
Vista longitudinal da mão direita, no sentido proximal-distal, mostran-
do a superfície palmar dos ossos. Esta superfície côncava constitui o 
assoalho e as paredes do túnel do carpo, através do qual passam o 
nervo mediano e os tendões dos flexores. O túnel do carpo é limita-
do lateralmente pelo proeminente tubérculo do trapézio e 
mediaimente pelo gancho do hamato. O ramo motor do nervo ulnar 
(não exibido) contorna a base do gancho antes de penetrar no com-
partimento palmar profundo. 5, escafóide; L, semilunar; TQ, pirami-
dal; P, pisiforme; H, hamato; C, capitato; TP, trapézio; TZ, trapezóide. 
Adaptado com permissão de Taleisnik, J. (1985). The Wrist. New York: 
Churchi/1 Livingstone. 
Ili 
11 1 
TP 
Menisco homólogo 
Recesso pré-estilóide S 
Disco articular 
Ligamento 
colateral ulnar 
FIG. 14.3 
Ligamentos 
radioulnares 
I 
Ligamento 
ulno-semilunar 
Rãd;o ( 
Corte longitudinal (plano frontal) do punho e mão direita . . 
do a partir do lado palmar. Os componentes do complexo/~suahza. 
laginoso triangular são visíveis entre a porção distal da ulna' rocartj. 
lunar e o piramidal. 5, escafóide; L, semilunar; TQ, pira~?;erni. 
pisiforme não é mostrado); H, harnato; C, capitato; TP, trap . 1• ~I (o 
trapezóide. Adaptado com permissão de Palmer, A.K. & Wernez,~ TZ, 
(1981 ). The triangular fibrocartilage complex of the wrist _ anat' · W. 
funetion. J Hand Surg, 6, 153. omy and 
tes deste comp!exo são ~ustra~os na Fig. 14.3, sendo que 
seu papel funcional sera debatido em detalhes junto com 
a função ligamentar. 
JUNTAS DA MÃO 
Os dedos e o polegar são os componentes elementares 
da mão (Fig. 14.4). Como cada unidade digital estende-se para a porção média da mão, o termo raio digital é 
empregado para indicar a cadeia inteira, composta de 
um metacarpiano e três falanges (duas no polegar). Os 
raios digitais são numerados do lado radial para o ulnar: 
I (polegar), II (indicador), III (médio), IV (anelar) e V 
(mínimo). Cada raio digital articula-se proximalmente 
com um determinado osso carpal em uma junta 
carpometacarpiana (CMC). A próxima junta em cada 
raio - a junta metacarpofalangiana (MCF)- liga o osso 
metacarpiano à falange proximal. Entre as falanges dos 
dedos, são encontradas uma junta interfalângica proxi-
mal (IFP) e uma distal (IFD ); o polegar apresenta somen-
te uma junta interfalângica (IF). A eminência tenar no 
lado palmar do primeiro metacarpiano é formada pe-
los músculos intrínsecos do polegar. A contraparte 
ulnar, a eminência hipotenar, é criada pelos músculos 
do dedo mínimo e o coxim adiposo suprajacente. 
A 
Junta 
interfalangiana 
distal V 
Junta ~ -~. 
interfalangiana ---- / 1 
proximal ,~, 
Junta ____ , 
rnetacarpofalangiana 
Junta 
carpometacarpiana 
1 
Ili 
. Junta 
intertalang·, ana 
B 
BiOME CÀNICA DO PUNHO. 
Ili 
Falange 
distal 
Falange 
média 
Falange 
Falange proximal 
Proximal Osso 
O 
metacarpiano 
ssos do 
carpo 
Rádio ,. ,. · \ --Ulna 
flÚ· 14-4 quemático do esqueleto da mão. Os r . . . 
nhº es . . A . t - aios d1g1tai -
oese . ) da mão direita. s JUn as sao rotuladas 8 V' s sao numerad d nterior · • 'stª dorsal ( . os O lado radial ( · (a posterior) da mão direita Omed1al) 1:ara o ulnar (lateral). A, Vista palmar 
ARCOS DA MÃO 
Os da mão estão dispostos em três ar (F' os oss . . . cos ig. 
') dois transversais e um long1tudmal (Flatt 1974. H.J ' 84) O t 1 ' ' 
b. na 19 . arco ransversa proximal ru 1a , . • , com O 
·tato como seu marco pnnc1pal, situa-se no nível d 
cap1 , 1 . fi o 
carpo distal e e re at1vame~te xo. O arco transversal 
di tal com a cabeça do terceiro metacarpiano sendo se s , I , d u 
rco principa , passa atraves e todas as cabeças dos 
rn:tacarpianos e é mais móvel. Os dois arcos transver-
:s estão ligados pela porção rigida do arco longitudi-
) al composta de quatro raios digitais e o carpo proxi-
n , • 
mal. o segundo e o terceiro ossos metacarpianos for-
Arco transverso 
proximal 
AG, 14.S 
Arco 
transverso 
distal 
~três arcos esqueléticos da mão (vista médio-lateral). o_ are? trans-
erso proximal relativamente fixo passa através da porçao _diStª' d? 
ca~o no nível da fileira distal do carpo. O arco transverso di5tal ~a,s 
t e~passa através das cabeças dos metacarpianos. O ar~o longrtu-
_na/ecomposto dos quatro raios digitais e do carpo prox,~al. ~dap-
;tcom permissão de Strickland, J. W. (1987). Anat~my ªnd _k,~eSiol~~ 
'1~~and. Em E. E. Fess & C.A. Philips (Eds.), Hand Sphntmg: Principies a 
5 (2nd ed., pp. 3-41 ). St. Louis: CV. Mosby. 
• 
5 ossos sao rotulados. 
mam o pilar central d gitudinal , 1 eS
tearco(Flatt, 1974).0arcolon-
sendo e comp etado pelos raios digitais individuais 
que a mobilidad d l . ' 
raios dig"t . e o po egar e do quarto e qumto 
mi·te i ais e?1 torno do segundo e terceiro dedos per-
que a região pal h 
h mar se ac ate ou forme uma con-e a para acomod b" d 
. d ar O Jetos e tamanhos e formatos 
vana os (Strickland, 1987). 
Em~ora os músculos flexores e extensores extrínse-
cos seJam r , · esponsaveis em grande parte pela mudança 
da forma da mão em atuação, os músculos intrínsecos 
da mão _são os principais responsáveis pela manutenção 
da configuração dos três arcos (referir-se ao Quadro 14 .1 
para uma listagem dos músculos do punho e çl.a mão, 
bem como para as ações musculares correspondentes) . 
Um colapso no sistema de arcos, decorrente de lesão 
óssea, doença reumática ou paralisia dos músculos in-
trinsecos, pode contribuir para a incapacidade grave e 
deformidade. 
SUPRIMENTO NERVOSO E SANGUÍNEO DO 
PUNHO E DA MÃO 
O revestimento da mão é importante por causa de suas 
qualidades físicas, propriedades sensoriais e microcir-
culação (Tubiana, 1984). A pele no dorso ou costas da 
mão difere e é distinta em relação à pele que reveste a 
rfície palmar. A pele dorsal é móvel, freqüentemente supe fl , l .. d 
'd da como muito fina e ex1ve , permltm o uma 
cons1 era . ul J , 1 de disposição dos movimentos ~rt1c ares. a a pe t 
~ar é espessa, glabrosa e inelást1ca. A pele palmar ' 
? ortante na percepção do tato, na segurança d~ merr 
imp . proteção sensorial e no fomec1men1 
bro supenor por embro como na sustentação de pes 
de suporte para o m 
BIOMECÂNICA DO PUNHO E DA MÃO ;._----
QUADRO 14.1 Mdeciulo• ilo Púnho • d• Mio 
Músculo 
Flexores 
Flexor ulnar do carpo 
Flexor radial do carpo 
Palmar longo 
Extensores 
Extensores radiais longo e curto do carpo 
Extensores ulnares longo e curto do carpo 
Pronadores-Supinadores 
Pronador redondo 
Pronador quadrado 
Supinador 
Braquiorradial 
Músculo 
Músculos Extrínsecos 
Flexores 
Flexor superficial dos dedos 
Flexor profundo dos dedos 
Flexor longo do polegar 
Extensores 
Extensor longo do polegar 
Extensor curto do polegar 
Abdutor longo do polegar 
Extensor próprio do indicador 
Extensor comum dos dedos 
Extensor próprio do dedo mínimo 
Músculos Intrínsecos 
lnterósseos (todos) 
lnterósseos dorsais 
lnterósseos palmares 
Lumbricais 
Músculos tenares 
Abdutor curto do polegar 
Flexor curto do polegar 
Oponente do polegar 
Músculos hipotenares 
Abdutor do quinto dedo 
Flexor curto do dedo mínimo 
Adutor do polegar 
Músculos do Punho 
Ação 
Flexão do punho; desvio ulnar da mão 
Flexao do punho; desvio radial da mão 
Tensão da fáscia palmar 
Extensão do punho; desvio radial da mão 
Extensão do punho; desvio ulnar da mão 
Pronação do antebraço 
Pronação do antebraço 
Supinação do antebraço 
Pronação ou $Upinação, dependendo da posição do antebraço 
Músculos da Mão 
Ação 
Flexão das juntas IFP e MCF 
Flexão das juntas IFD, IFP e MCF 
Flexão das juntas IF e MCF do polegar 
Extensão das juntas IF e MCF do polegar; adução secundária do polegar 
Extensão da junta MCF do polegar 
Abdução do polegar 
Extensão do dedo indicador 
Extensão dos dedos 
Extensão do quinto dedo 
Extensão das juntas IFP e IFD e flexão das juntas MCF 
Afastamento dos dedos indicador e anelar para longe do dedo médio 
Adução dos dedos indicador, anelar e mínimo no sentido do dedo médio 
Extensão das juntas IFP e IFD e flexão das juntas MCF do 2Q ao 5Q dedos 
Abdução do polegar 
Flexão e rotação do polegar 
Rotação do primeiro metacarpiano em direção à região palmar 
Abdução do dedo mínimo (extensão das juntas IFP e IFD) 
Flexão da falange proximal do dedo mínimo e rotação anterógrada do 
quinto metacarpiano 
Adução do pqlegar 
Modificado de Strickland, J. W. (1987). Anatomy and kinesiology of the hand. Em E.E. Fess & C.A. Philips (Eds.), Hand Splinting: Prindples and 
Methods (2nd ed., pp. 3-41). St. Louis: C.V. Mosby. 
I O punho e a mão exercem suas funções motora e sen-
sorial graças a três nervos periféricos que descem a partir 
do plexo braquial: radial, mediano e ulnar (Fig. 14.6). O 
nervo radial supre principalmente os músculos que faci-
litam a extensão do punho e dos dedos, a saber os exten-
sores longos do punho. O comprometimento ou lesão do 
nervo radial provocará a queda da mão e a instabilidade 
no punho, comprometendo também a preensão manual 
efetiva. Em relação à função sensorial, o nervo radial 
supre a pele ao longo da esfera radial do antebraço e da 
mão, e o comprometimento sensorial na denervação do 
nervo radial afeta de forma mínima a função da mão. O 
nervo mediano supre principalmente os flexores longos 
do punho e da mão. O comprometimento do nervo medi-
ano afeta os músculos flexores radiais da mão em maior 
grau do que aqueles no lado ulnar. O nervo medianoé 
mais critico para a função motora fina da mão em rela-
ção ao suprimento motor que ele fornece, bem como em 
seu suprimento sensorial. O nervo mediano é freqüente-
mente considerado "os olhos da mão", porque é respon-
sável pela inervação dos três primeiros dedos da mão na 
superfície palmar. Sem a sensibilidade adequada nestes 
dedos, a competência motora fina fica comprometida ou 
é perdida (Estudo de Caso 14.1). 
O nervo ulnar é considerado a fonte de energia para 
a preensão. Ele inerva os músculos ao longo da esfe· 
'l..-'"--- Mediano 
Radial 
iL...Jµ._~ uInar 
lnterósseo 
I\V,H--L posterior do radial 
Ramo superficial 
do radial 
lnterósseo volar 
do mediano 
Ramo dorsal do ulnar 
\ Mediano 
I\ Ramos 
'~~-musculares 
do mediano 0 volar superficial do ulnar ~ ~ Rarn lar profundo do ulnar Ramo vo 
Ramos digitais --LW.~~ 
f/G. 14·6 adiai mediano e ulnar descendo a partir do plexo braquial. 
05 nervos r , 
Jnar, os flexores ulnares da mão e a maioria dos 
ra u d - . 1 músculos intrínsecos a mao, part1cu armente aque-
ks responsáveis pela adução e abdução dos dedos. O 
ne!i'O uJnar é conhecido por sua habilidade em pro-
1e2~r O membro superior, já que ele inerva a superfí-
et; cutânea ao longo da borda ulnar. A maioria dos 
padrões de repouso para o uso do membro superior 
ou da mão é realizada com o membro superior 
posicionado de modo que as bordas ulnares do ante-
braço. punho e mão entrem em contato direto com o 
ambiente ou forneçam apoio para o corpo por susten-
tação de peso direta e prolongada ou contato em uma 
superfície. 
. .\ mão como órgão do tato possui uma miríade de 
~~eprores de todos os tipos em sua pele palmar. O es-
:udo microscópico da pele palmar mostra que ela pos-
.u1 _cr1sras de Pilary altamente especializadas com 
:~~os tipos de receptores sensoriais e propriedades 
. ras nervosas ( Cauna, 19 54). Os receptores senso-
:ia1s ra · d 
:or nam esde terminações nervosas livres a recep-
es, ou m . 
~a· ecanorreceptores encapsulados. Existem 
·· IS r 
· eceptores que fibras nervosas e cada fibra é co-
BIOMECÂNICA DO PUNHO E DA MÁ~:__---»_ lllrl!il-11"" 
ESTUDO DE CASO 14.1 
Síndro111 ., , e ·~urárla e uo Tunel do Carpo em uma ~60r• 
U mda mulher de 26 anos de idade que trabalha corno assiSlenate a minist · . d nforto n m- rativa apresentou-se com queixas de esco . 
in:e~~-funho direitos, com estabelecimento gradual e gravidade ados 
pela ~ ente durante os 2 últimos anos. Seus sintomas sê!o agrav dor 
U s oras prolongadas de digitaçê!o em seu teclado de computa · m exame m· · . . 1 na face vol d inucioso mostra dormência e form1garnen o h 
fra ar ª parte distal do antebraço e punho direitos, edema de pun 
O 
o, 
queza da pegada e testes de Phalen e Tinel positivos. A avahaç_ê! d 
sugf re compressão do nervo mediano no túnel do carpo. produzin d 0 
ads ª terações motoras e sensoriais associadas. Um teste de velooda e 
e cond - · · de 
r 
uçao nervosa confirmou mais adiante um diagnóstico 
s ndr d , ' ' t b orne o tunel do carpo (STC). A paciente foi colocada em . 
ra alhos leves com restrições para as tarefas de digitaçê!o e foi 
E
agendada para uma cirurgia de liberação da STC (Fig. 14.1.1. do 
studo de Caso). 
ESte caso ilustra a influência potencial das tarefas de trabalho que 
envolvem os movimentos muito repetitivos da mê!o e dos dedos por 
períodos prolongados de tempo sobre as delicadas estruturas da mê!o 
e_do punho. A pressê!o intracompartimental aumentada dentro do 
tunel do carpo associada aos fatores de risco ergonômicos, corno 
ca_rg~ repetitiva e posições indesejadas do punho, constituem os 
prin~ipaIs fatores que contribuem para a compressão do nervo 
mediano neste caso. 
Fig. 14.1.1 do Estudo de Caso 
nectada a vários receptores (Mount Castle, 1968). Além 
disso, informações sensoriais são transmitidas através 
das propriedades das fibras nervosas adaptadas rápi-
da ou lentamente. Também é sabido que a sensação 
não tem o mesmo valor dentro da mão; determinadas 
zonas ou regiões apresentam mais receptividade a um 
estímulo que outras. Por exemplo, a acuidade sensori-
al é considerada como sendo mais especializada em 
regiões anatômicas específicas, necessárias para a 
preensão motora muito delicada: a metade ulnar da 
polpa digital do polegar, a metade radial da polpa di-
gital dos dedos indicador e médio e a borda ulnar do 
dedo mínimo. É essencial estar ciente dessas regiões 
especializadas e de seu papel crítico em relação à 
~CANICA DO PUNHO E DA MAO 
restauração da fu nção da mão após a lesão (Tubiana, 
1984). 
o sangue é duplamente fornecido para o punho e para 
a mão pelas artérias ulnar e radial, as quais se unem ou 
se comunicam depois que cada uma delas adentrou in-
dividualmente a mão. A pele da mão é irrigada por um 
plexo profundo e por um superficial. O pa~rão_ger~ do 
aporte sanguíneo para o punho e para a mao nao difere 
daquele que é encontrado em outras partes do corpo. O 
que difere em termos da circulação cutânea relaciona-
se com a localização distal da mão em relação ao cora-
ção e a sua constante exposição às variações térmicas e 
posturais (Tubiana, 1984). De modo semelhante aos 
receptores sensoriais altamente complexos e variados 
notados na mão, principalmente na pele palmar, a mão 
aloja um sistema capilar denso e complexo (Cauna, 
1954). Este sistema denso possibilita a maior variação 
na pressão capilar do que em outras partes do corpo. A 
pressão capilar depende de inúmeros fatores, como 
tônus arteriolar, retorno venoso, posição do punho e da 
mão e a temperatura (Cauna, 1954; Tubiana, 1984). A 
lesão ou doença da mão que altera ou ameaça o ciclo 
de vasodilatação-vasoconstrição pode provocar edema 
progressivo do punho e da mão, resultando em rigidez 
ou causalgia. 
Controle do Punho e da Mão 
O controle ativo do punho e da mão é conseguido atra-
vés da ação coordenada da musculatura extrínseca, que 
se origina a partir do antebraço e de segmentos umerais, 
e da musculatura intrínseca, que se origina dos segmen-
tos carpiano e da mão. Este controle muscular preen-
che as necessidades de mobilidade e estabilidade duran-
te as atividades funcionais do punho e da mão. Os mús-
culos do punho e da mão estão resumidos no Quadro 
14.1. Nenhum músculo é intrínseco ao carpo; por:tanto, 
os mecanismos passivos derivados da morfologia óssea, 
função ligamentar e expansões tendinosas são impor-
tantes no controle dos movimentos carpianos e digitais 
durante as atividades da mão. Neste sentido, o carpo 
atua como uma ponte para a ação muscular e para a 
transmissão de carga entre a mão e os segmentos do 
antebraço. 
Inúmeros aspectos anatômicos contribuem para a es-
tabilidade e controle das várias juntas da mão. As ações 
coordenadas dos músculos extrinsecos e intrinsecos da 
mão permitem o controle dos raios digitais; u~ ~am-
plexo tendinoso dorsal, conhecido como o. ~etmaculo 
extensor contribui para o controle e estab1hdade das 
juntas, e
1
um sistema de roldanas bem desenvolvido de 
bainhas dos tendões flexores facilita a flexão suave e 
estável dessas juntas. A assimetria óssea e ligamentar das 
juntas MCF confere à mão sua versatilidad~ funcional. 
As juntas IF obtêm sua estabilidade a p~ir d~ forma 
de seus contornos articulares e de contençoes hgamen-
tares especiais. 
MECANISMOS DE CONTROLE PASSIVO 
Mecanismos Ósseos 
As juntas IFP e mesocarpianas no punho cr· 
tema de dobradiça dupla. Esta construção ~-ltl Utn ~i 
e biarticular está sujeita ao colapso sob carg lltJusc:1.11:· 
. ( d ) a co"' ~t siva Lan smeer, 1976 . Como quase nenhultl ''.'Pte~, 
se insere no carpo para fornecer a estabilidad ltl~sc:1.11< 
ca, as forças compressivas dos flexores e exten:
0
d1nãlll/ 
gos tendem a fazer com que o carpo se curve r~s lol\. 
IFPs e mesocarpianas. As intrincadas contenn~s Juntas 
. - d Çoes]· mentares e a oposiçao exata as superfícies arr 1ga. 
multifacetadas contrapõem-se a essas tendênci icuJate8 
ferem estabilidade. as e cal\. 
No plano sagital do punho, o escafóide e O seltl') 
exibem formato de cunha com a face palmar de I unat 
os ossos sendo mais larga que a face dorsal (~n-ibos 
1980). Como a compressão tende a apertar uma auer, 
. . ·1 cunha em sua porção mais estreita, o semi unar e O esc f·· 
tenderiam a ser deslocados no sentido palmar e / º~de 
em sua extensão com a contração dos flexores e ro ar 
exten. sares longos. 
Como o escafóide e o semilunar tendem a ser f 
- e d b'l' orça. dos na extensao, as 1orças e esta 1 1zação devem 
d · · 1 t 'd d ser direciona as prrnc1pa ~en e no s_ent: o a flexão. É 
aqui que pode ser apreciada a contribmção do escafóid 
abrangendo as fileiras distal e proximal do carpo. A ten~ 
dência natural do escafóide para se estender é estabij•_ 
zada no nível mesocarpal; o trapézio e o trapezóide s1 
articulam com a face dorsal do escafóide, empurrand~ 
seu pólo distal para dentro da flexão. Daí, o escafóide 
se contrapõe à tendência de extensão do semilunar, con-
ferindo alguma estabilidade para o complexo carpiano 
biarticular (Fig. 14. 7). 
Esta disposição possui uma vantagem em relação a 
um sistema biarticular simétrico, porque a instabilida-
de é focalizada apenas em uma direção e pode ser con-
traposta por uma única força aplicada na direção opos-
ta ou em flexão (Kauer, 1980; Kauer & Landsmeer, 
1981). Este mecanismo é compatível com o uso dos fle-
xores dos dedos e do punho durante a função da mão. 
Dorsal 
FIG. 14.7 . (L) 
Desenho esquemático do trapezóide (T), escafóide (S), semilunar 
e rádio (R) em uma vista sagital. A tendência do semilunar, em fr 
mato de cunha (o pólo palmar é maior que o pólo dorsal), a ro ~r 
para dentro da extensão é contraposta pelo escafóide, o que P'.?dp,-
- · trapezo1 e. eia uma força de flexão palmar induzida pelo trapez1o _e ~ rk: 
Adaptado com permissão de Taleisnik, J. (1 985). The Wrist. New 0 
Churchill Livingstone. 
SL 
RSC 
BIOMECÂNICAJ?C) :!".:.:::;;;.._..-
, 
~ed-
~f LCR 
- ~~; 
Med. 
A 
~~ ~ - -~ - -~ 
.. ~ 
, RSL 
' 
8 
48 Unho. A, Os ligamentos palmares do punho (mão direita). Ligamentos extr'1nsecos· RSC ligamento radioescafocapit~to; 1 · do P . 1· t d' ·1 . • · ' . • M menisco fiÚ· men105 1 tera! radial; RL, ,gamen ° ra ,ossem, unar, RSL, ligamento radioescafossemilunar UL ligamento ulno-sem1lunar, ' . 
.?S li9ªamento coa to radiopiramidal); LCU, ligamento colateral ulnar; o ligamento radiocarpal p~lm~r superficial e a fibrocartilagem t~Ian-
' h9 · amen . · t · . SL 1· . • · arpIano tC"' ólo9º ~,g ostrados. Ligamentos m rmsecos. : ,~amento escafossem,lunar; LT, ligamento lunopiramidal; V, ligamento mte!c . . 
1°111 ãO sao m em V). Os ligamentos palmares mtnnsecos curtos não são mostrados B Os ligamentos dorsais do punho da mao direita. 
1arn ··de ou d' . 'd 1 . ' 1 L' men-gu r(delt0 ' • cos: fascículos RT, ra iop,ram, a; RL, radiossemilunar; e RS, radioescafóide do ligamento radiocarpiano dorsa · ,ga . 
1_ª
1111
ªentos extnns\ulos /CD, intercarpiano dorsal; TT, trapézio-trapezóide; TC, trapézio-capitato· e CH capito-hamato dos ligamentos ,~-
w9:~rínsecos: fa~c:igamento escafotrapézio não é mostrado. Adaptado com permissão de Taleisnik, J. (Í985). The Wrist. New York: Church1/I 
,os curtos. 
·rrnsecos 
: , ,gsrone 
. mos Ligamentares Mecan1s 
NTOS DO PUNHO 
[!GAME utras juntas, a função dos ligamentos do 
e 
,,,0 em o . . . _ . 1 º'" · te em restnngir a movimentaçao art1cu ar ho cons1s . 1 Al, d' 1· ?un or as superfícies art1cu ares. em isso, os 1-
11us1ªP do punho são capazes de induzir deslocamen-
,amentos . . . . 
= • s e de transmitir cargas que se ongmam nos 
·os osseo · 1 ( ai · 'k 1985) O 1· 
· tos proximal ou dista T e1sm , . s 1ga-
,1wen _ e 
· · palmares (Fig. 14.BA) sao espessos e 1ortes, en-
menros • • _ • 
to os ligamentos dorsais (Fig. 14.BB) sao mmto 
.!:; delgados e em menor número (Taleisnik, 1976, 
1185). 
o sistema ligamentoso complexo e extremamente de-
,1mohido do punho pode ser dividido nos componen-
1rntrinseco e intrínseco (Quadro 14.2). Os ligamen-
osextrínsecos correm do rádio para o carpo e do carpo 
Jara os metacarpianos. Os ligamentos intrínsecos ori-
!lllam-se e se inserem no carpo. 
Os ligamentos palmares extrlnsecos incluem o liga-
illento colateral radial, os ligamentos radiocarpianos 
;clrnares e os componerites do complexo fibrocartila-
ilnoso triangular (TFCC). Na verdade, o ligamento co-
~teral rad1· J • · l l aI , · a1· d 
, a e mais pa mar que ater e e visu 1za o 
:ornoo · 1 • 
. _ mais ateral de todos os fascículos radiocarpia-
·01 Palrn 
~rn ares, em vez de um ligamento colateral per se, 
-~a fu - . 
~ºéi· ~çao de um ligamento colateral verdadeiro 
antaJOsa no punho. 
Os ligamentos radiocarpianos palmares estão dispos-
tos nas camadas superficial e profunda. Na camada su-
perficial, a maioria das fibras assume um formato em 
V, gerando contenção e apoio. Os ligamentos profundos 
são três fascículos fortes denominados de acordo com 
QUADRO 14.2 Ligamentos do Punho 
Ligamentos Extrínsecos 
Proximal (radiocarpiano) 
Radiocolateral 
Radiocarpiano palmar 
Superficial 
Profundo 
Radioescafocapitato 
(radiocapitato) 
Radiossemilunar 
Radioescafossemilunar 
Complexo ulnocarpiano 
Menisco homólogo 
(radiopiramidal) 
Fibrocartilagem triangular 
(disco articular) 
Ligamento colateral ulnar 
Ligamento ulno-semilunar 
Radiocarpiano dorsal 
Distal (carporr:etacarpiano) 
Ligamentos Intrínsecos 
Curto 
Palmar 
Dorsal 
Intermediário 
Lunopiramidal 
Escafossemilunar 
Escafotrapezoidal 
Longo 
lntercarpiano palmar 
0/, deltóide) 
lntercarpiano dorsal 
Modificado de Taleisnik, J. (1985). The Wrist. New York: Churchil Livingstone. 
ouo BIOME.CAN CA DO PUNHO E. DA MAO 
,eu, ponto.s de origem e inserção: o ligamento radioes-
L·ati.K·apitato (ou radiocapitato), que sustenta o colo do 
e ... cafoide; o ligamento radiossemilunar, que apóia o 
~ernilunar; e o ligamento radioescafossemilunar, que 
une ajunta escafossemilunar à porção palmar do rádio 
di.stal. Este ligamento confere a flexão e extensão do 
escafóide. Estudos da força de tensão dos ligamentos do 
carpo sugerem que a ligação mais fraca entre o carpo e 
0 antebraço se faz através dos ligamentos escafocapitato 
e colateral radial, os quais se encontram no lado radial 
do punho (Mayfield et al., 1979). 
TFCC apresenta uma inse _ 
algumas de suas fibras s~º 
flexor ulnar do carpo d llnern à 
uln mil orsola o-se unar une a b da 
. gul or 
tn~ ar com o semilunar . 
ongma-se do processo esti}6·0 li mente até a base do qu· Ide 
mto 0 Volz et al. (1 980) ana1· ssa 
entre a fileira carpa} Pro ~saralll 
ulnar distal, enquanto O XIma} e 
era sujeitado a cargas co colllpl 
flexão e extensão neutra mdpressi Os ligamentos extrinsecos dorsais incluem as três fai-
xas do ligamento mediocarpal dorsal. Originando-se da 
borda do rádio, estes três fascículos inserem-se firme-
mente no semilunar, piramidal e escafóide, respectiva-
men te. 
, d O p1, ... L gas, a area e contato inicia} f, ~o. 
lunar e a placa radia} dista} 01 
tes a área de contato estend lllas 
do TFCC diminuiu a área d eu-se a 
a superfície radial-ulnar di e~onta 
tresse por unidade de áre/en • a 
Os ligamentos intrinsecos podem ser agrupados em 
três categorias (curto, longo e intermediário) de acordo 
com seus comprimentos e com o movimento intercarpal 
relativo que eles possibilitam. No geral, os ligamentos 
intrinsecos palmares são mais espessos e mais fortes que 
os dorsais. 
Os três ligamentos intrinsecos curtos - palmar, dor-
sal e interósseo - são fibras inelásticas e resistentes que 
ligam firmemente os ossos do carpo adjacentes. Estes 
ligamentos fortes são responsáveispela manutenção dos 
quatro ossos da fileira distal do carpo como uma uni-
dade funcional imóvel (Taleisnik, 1976; Weber, 1984). 
Os três ligamentos intrinsecos intermediários estão lo-
calizados entre o semilunar e o piramidal, o escafóide e 
o semilunar, e o escafóide e o trapézio. 
Dentre os dois ligamentos intrínsecos longos - o 
intercarpal dorsal e o intercarpal palmar-, o palmar é 
o mais importante. Também chamado de ligamento 
deltóide ou ligamento em V, ele estabiliza o capitato, 
porque se origina em seu colo e se abre proximalmente 
para se inserir no escafóide e no piramidal. O ligamen-
to intercarpal dorsal origina-se do piramidal e faz traje-
to lateralmente e obliquamente para se inserir no 
escafóide e no trapézio (Testut & Latarjet, 1951). 
COMPLEXO DE FlBROCARTlLAGEM TRIANGULAR 
Os componentes do TFCC são o ligamento radiopirami-
dal (menisco homólogo), a fibrocartilagem triangular 
(disco articular), o ligamento ulno-semilunar, o ligamento 
colateral ulnar e os pouco distinguíveis ligamentos 
radioulnares dorsal e palmar (Fig. 14.3). O menisco 
homólogo e a fibrocartilagem triangular possuem uma 
forte origem comum a partir do canto dorsoulnar (inci-
sura sigmóide) do rádio. A partir daí, o menisco faz tra-
jeto no sentido da região palmar e ao redor da borda ulnar 
do punho para se inserir firmemente no piramidal, en-
quanto a fibrocartilagem triangular se estende horizon-
talmente para se inserir na base do processo estilóide. 
Entre o menisco homólogo e a fibrocartilagem triangu-
lar há, com freqüência, uma área triangular, o recesso pré-
estilóide, que é preenchido com sinóvia. Dorsalmente, o 
O grupo de Volz (1 980) tre 
pressivas são dirigidas atrac~ndu.iu 
padrão de vetor de força v 8 do 
·1 t , . que a 
cap1 a o ate a Junção escaf3 . 
t , rfí . osse ..... ~1 a e as supe c1es triangulares fibUl 
oulnar distal. Eles sugeriram 
alinhamento das estruturas ~e 
ximal e distal poderia provoca fU 
, 1 cali d rUin se em areas o za as O que 
. . , então da cartilagem articular. 
LIGAMENTOS DA MÃO 
A mão possui u~ intrincado siste 
envolve, compart1mentaliza e e 
d - b on oe~, em como a pele, nervos e 
(Smith et al., 1996). Este sistemaes 
envolve cada dedo para criar fo 
musculaturas intrínseca e extrí 
controle da mão. 
Todas as articu lações digitais 
rística essencial em comum: elas 
funcionar em flexão . Cada junta 
laterais firmes b ilateralmente e 
espessa, reforçada por uma estru 
sa conhecida como p laca palmar ( 
ção, a cápsula dorsal é fina e fro 
noso palmar, composto de dois tend 
to mais forte que o retináculo e 
pele é mais espessa no lado palmar. 
Sistema de Roldana da Bainha do 14 
do Flexor dos Dedos 
Muitos tendões na mão estão conti 
tensão, por bainhas e retináculos que 
mos ao plano esquelético, de modo 
um braço de momento relativamen 
gar de fazer estrangulamentos através 
ma de roldana da bainha do tendão 
mais desenvolvida entre essas con 
3'1Ste 
eue 
[ n-
fºs 
iao 
las 
A1 A2 C1 A3 c2 
8 
f/Ú· 1t!s esquemáticos dos componentes da b . 
oesen do dedo. As cinco roldanas anulares fort ª 1~ha do tendão do 
f/eX0:_ importantes para assegurá, a movimentes A l , _A~, A3, A4 e 
p.5) 5ª~eio da aposição dos tendões às falanges ~~oê digital eficien-
te Pº: f inas e maleáveis (Cl, C2, C3) possibilita~ a ~I sr_ol~_anas cru-
zad~ enquanto mantêm sua integridade. A Vist :x!b•hdade da bª': ª;,mar da bainha sem seus tendões. Ad;ptadi :mdio-la~er_'.'11. B, 
v,~ j R & 8/ythe, W (1975). The fínger flexor tendon sh hrm,ssao de 
OOJe,m;,,. ~nd reconstructíon. Em AAOS Symposium on T eadt ªnd pul/eys: AIIª'º ; · b • 'en on Surgery · 
Hand St. Louis: C. V. Mos !JI,. and Stnckland J w r1987,, A m t}1e · d e EE c ' · · / . natomyand 
. o/fV'1Y of the han . c::m . . ress & C.A. Phít,p· 5 (Eds) H d 5 . . ;,ne5t v::,, h d (2 d ed. · , an phntmg principies and Met o s n ., PP- 3-41). St. Louis: CV. Mosby. . 
À medida que eles se estendem a partir de seus mús-
culos, os tendões flexores dos dedos atravessam O túnel 
do carpo, juntamente com o tendão do flexor longo do 
polegar e o nervo m~diano, antes de se espalhar no sen-
tido de seus respectivos dedos. O tendão do flexor su-
perficial insere-se na falange média e o do flexor pro-
BOXE DE CALCULO 14.1 
Sistema áe Roldana da Bainha áo íendão doe 
Flexores na Junta IFP 
A magnitude das forças de subluxação e o aumento com a posição de 
flexão na junta IFP. 
10 N 
ForçaF 
10N 
Força R 
10 N 
10 N 
10 N 
Fig. 14.1.1 do Boxe de Cálculo 
Vista lateral. A junta IFP está flexionada em 60º . Com o sistema 
em equilíbrio, a força resultante (R) no sistema de roldana é igual 
ª.? somatório dos vetores dos dois componentes da força de ten-
sao (F) no tendão flexor (isto é, 1 O N). Estas três forças são grafica-
me nte apresentadas em um triângulo eqüilátero de forças. 
\ 14 N 1+-45° \ ..._ R 
1 ' 45° 
_l-
10 N 
e-
cl 
>-
r 
fundo insere-se na falange distal. Em cada dedo, estes 
dois tendões, circundados por suas bainhas sinoviais 
são mantidos contra as falanges por uma bainha fibro~ 
sa. Em localizações estratégicas ao longo da bainha es-
tão cinco roldanas anulares densas (designadas como 
Al , A2, A3, A4 e AS) e três roldanas cruciformes mais 
finas (Cl , C2 e C3) (Fig. 14.9). Estas roldanas permitem 
uma curvatura suave, de modo que nenhuma inclina- 90° 
{ ção aguda ou angular exista no trajeto do tendão. Os pontos localizados de alta pressão, geradores de estres-
se, entre o tendão e a bainha são portanto minimizados. 
No ponto em que a roldana A3 atravessa ajunta IFP, 
a tensão no tendão gerada pela flexão articular afasta a 
roldana de sua inserção no osso ou afasta o osso da jun-
ta. Isto não constitui um problema em uma junta está-
rei e normal, porém, quando a junta se torna instável, 
como em um paciente com artrite reumatóide, poderia 
hal'er um perigo de subluxação grave da junta IFP. 
_ Para apreciar a magnitude destas forças de subluxa-
çao e como elas aumentam com a flexão aumentada, 
considere duas posições fletidas separadas de uma jun-
: lFP: 60º e, em seguida, 90º. Com 60º, os dois ramos 
d o tendão flexor formam um ângulo de 120º (Fig. 14.1.1 
0 Boxe de Cálculo). Neste ponto, a tensão na roldana 
Força F 
10 N Força A 
14 N 
ou 
R2 = F2 + F2 
R2 = 100 N + 100 N 
R2 = .J200 = 14,1 N 
Fig. 14.1.2 do Boxe de Cálculo 
10 N 
Vista lateral. Ajunta IFP está flexionada em 90º. Um triângulo de 
forças mostra que a força resultante R no sistema de roldanas igua-
la-se a 14 N. Portanto, Ré igual a 1,4 F. O valor de R também é 
encontrado com o uso do Teorema de Pitágoras, o qual afirma que 
em um triângulo reto o quadrado da hipotenusa é igual à soma 
dos quadrados dos catetos. Adaptado com a permissão de Brand, P. 
w. (1 985). Clínica/ Mechanícs of the Hand (pp. 30-60). St. Louis: e .V. 
Mosby. 
r ª•~112.__...;BIO;.;,:.;,:M.;:ECAN::::.:,:~CA DO PUNHO E DA MÃO 
de contenção dev · al _ 
. e igu ar-se à tensao no tendão para 
que O sistema fique em equilíbrio. Com 90º de flexão, 
n,? entanto, a roldana deve sustentar 40% mais de ten-
~~~iu: 0 tendão (Fig. 14.1.2 do Boxe de Cálculo) (Brand, 
; rand & Hollister, 1992). 
Ligamentos Colaterais dos Dedos ? aspecto essencial comum das articulações dos dedos 
e ~ue _elas funcionam na direção da flexão e possuem 
dois ~gamentos colaterais resistentes e uma cápsula 
antenor e~pessa e reforçada. A fibrocartilagem anterior 
é conhecida como placa palmar ou valar (Tubiana, ! 984 ). Existem diferenças significantes entre as juntas 
mterfalangianas e metacarpofalangianas dos dedos, bem 
como as diferenças significantes entre o mesmo nível 
para cada dedo (Hakstian & Tubiana, 1967; Kucynski, 
1968; Landsmeer, 1955; Smith & Kaplan, 1967; Tubiana, 
1984). 
Um aspecto único da junta MCF é sua assimetria, que 
fica evidente tantona configuração óssea da cabeça do 
metacarpo (Fig. 14.10), quanto na localização das inser-
ções dos ligamentos colaterais radial e ulnar nela 
(Landsmeer, 1955). Os ligamentos colaterais da junta 
MCF estendem-se obliquamente para diante, a partir da 
inserção proximal na face dorsolateral da cabeça do 
metacarpo até a sua inserção na face palmolateral da 
base da falange proximal. A assimetria bilateral no sítio 
de inserção destes ligamentos manifesta-se principal-
mente na faixa assimétrica de abdução-adução nestas 
juntas. A disposição bilateral assimétrica dos interósseos 
também contribui para a assimetria global das juntas 
MCFs (Fig. 14.11). 
Junta interfalangiana distal li 
Junta interfalangiana proximal 
Junta metacarpofalangiana 
FIG. 14.10 
Radiografia póstero-anterior da mão direita e punho, revelando as-
simetria na configuração das cabeças dos metacarpianos. Também 
evidente está a disparidade nos diâmetros das superfícies proximal e 
distal das juntas IF P, sendo as superfícies distais consideravelmente 
mais amplas. 
Abdutor curto 
do polegar 
A 
Flexor curto 
do polegar 
Ligamento 
intercarpiano 
transverso 
Oponente do11,x=-.---~ 
polegar 
Pronador ---~ ~ 
quadrado 
Abdutor 
dedo mfnim 
B e 
Oponente do 
dedo mlnlrno 
Flexor do 
dedo mlnlrno 
Abdutor do 
dedo mlnirno 
Flexor ulnar 
do carpo 
Nervo ulnar 
rósseos 
palmares 
(1 a 3) 
FIG. 14.11 
os músculos intrínsecos da mão. A, Vista palmar da mão esquerda. B, 
Vista dorsal da mão esquerda mostrando os quatro interósseos dorsais 
e O abdutor do dedo mínimo. Estes músculos abduzem os dedos (isto 
é, movem-nos para longe da linha média da mão). C, Vista palmar da 
mão esquerda mostrando os três interósseos palmares. Estes múscu-
los aduzem o segundo, quarto e quinto dedos, flexionam a junta MCF 
e estendem a junta IFP. Adaptado com permissão de Strickland, J.W. 
(1987). Anatomy and kinesiology of the hand. Em E.E. Fess & C.A. Philips 
(Eds.), Hand Splinting. Principies and Methods (2nd ed., pp. 3-41). St. Louis: 
e. v. Mosby; e Caillet, R. (1982). Hand Pain and lmpairment (3rd ed.). Phi/a-
delphia: F.A. Davis. 
A quantificação das alterações de comprimento nos 
ligamentos colaterais durante a movimentação da jun-
ta MCF foi realizada por Minami e colaboradores (1984), 
que empregaram técnicas radiográficas biplanares para 
analisar os comprimentos dos terços dorsal, médio e 
palmar dos ligamentos colaterais radial e ulnar do dedo 
indicador em vários graus de flexão articular. Quando 
a junta MCF foi flexionada de 0° a 80º, a porção dorsal 
dos ligamentos alongou-se por 3 a 4 mm, a porção mé-
dia alongou-se discretamente e a porção palmar encur-
tou em 1 a 2 mm. Quando a junta MCF moveu-se para 
dentro da hiperextensão, a porção dorsal dos ligamen-
tos encurtou em 2 a 3 mm, o terço médio encurtou dis-
cretamente e o terço palmar alongou-se discretamente. 
Desta maneira, as porções dorsais de ambos os ligamen-
tos colaterais parecem fornecer a principal força de 
contenção quando a junta MCF é flexionada, enquanto 
as porções palmares proporcionam uma força de con-
tenção durante a extensão da junta MCF. Este estudo 
sustenta a justificativa para posicionar a junta MCF em 
SOº a 70º para evitar a contra tu 
c1 ,.Jo de . nobilização se faz necessán• ra em extensão 
11~· do :1 li l . a. 
11:111 • aroentos co atera1s mostram-se q os Jig . ,·untas MCFs são mantidas e- afrouxados 
do a!:i . d ... uma p · -
Jart _0 e tensos quan o as MCFs fica os1çao qt t1sa . m em · -oe e,-te_ Ao colocar as Juntas MCFs em fl _ pos1çao 
ae fle,.aº· ção excêntrica da cabeça do m ;xao plena, a 
0 rtfig_ur~entos colaterais e fica limitadae acarpb·º· rete-c . (Jga"• b d a mo ihdade 
sa o~ "lateral. o serva a quando as juntas MCF -
011 "j~gdo ern extensão (Strickland, 1987) p s sao 
.,11 as · or conse-(11:i'" 
ugarnent~ 
interrnetacarp1ano 
transverso 
Tendão do 
Tendão 
juncional 
~egundo músculo 
1nter6sseo dorsal 
Placa palmar 
Junta 
metacarpo-
falangiana 
extensor _---r---in-'r'.--li.-\ 
comum dos 
dedos 
Primeiro 
músculo 
interósseo 
dorsal 
V 
A 
Med. 4 --c~~ 
10 -
13 - c=.--~, 
B 
FIG. 14.12 
IV Ili 11 
Dorsal 
2 
12 
5 
'f'l,V""-Z----9 
-:::::S:==-::::r-1/ ------6 
Palmar 
Lat. 
gu· t }hados ou in e , os dedos não conseguem ser espa · bd ·d u esteJa 
ª uzi os, a menos que a mão seja aberta 0 
achatada (Agur 1991 ) O 1· • · ue une igamento intermetacarpiano transverso, q 
l d . · al à re-as P acas palmares fornece estabilidade a icion 
·- d • sores giao a junta MCF (Fig. 14.12). Os tendões exten . 
são ligados a esta estrutura transversal pelas lâminas 
transversais, as quais os mantêm na posição sobre O lado 
dorsal da junta MCF . 
Placa Volar 
Além do papel dos ligamentos colateral e colateral aces-
sório, é dada atenção para a função da placa palmar ?u 
valar (Fig. 14.13). Os ligamentos colaterais acessónos 
são exatamente palmares aos ligamentos colaterais ra-
~ial e ulnar, os quais se originam do metacárpico e se 
mserem na placa fibrocartilaginosa palmar espessa. Esta 
placa na superfície valar da junta MCF está firmemen-
te presa à base da falange proximal e está frouxamente 
presa à superfície valar do colo do metacárpico. Ela 
serve para reforçar a cápsula articular anteriormente e 
para impedir a colisão dos tendões flexores durante a 
flexão da junta MCF. Este alinhamento anatômico pos-
sibilita que a placa volar deslize proximalmente, como 
um visor em movimento, durante a flexão da junta MCF 
(Agur, 1991 ; Strickland, 1987). A placa volar também 
limita a hiperextensão da junta MCF. As placas valares 
são ligadas pelos ligamentos intermetacarpianos trans-
versos, que então unem cada placa à sua placa vizinha 
(Strickland, 1987). 
igamento colateral 
gamento 
✓= olateral acessório 
Falange proximal '----- Placa palmar 
, Ligamentos controladores 
Junta IFP Falange média 
. . ·:_.. '~\ {: . ...._""""'==---_J.__ 
A. Estruturas fibrosas do arco transverso proximal (MCF) (vista palmar 
da mão direita). Adaptado com permissão de Tubiana, R. (1984). Archi-
tecture and functionsof the hand. Em R. Tubiana, J.-M. Thomine, & E. Mackin 
(Eds), Examination of the Hand and Upper Limb (pp. 1-97). Philadelphia: 
W B Saunders. B, Estruturas capsoligamentares da junta MCF (vista 
tr~nsversal da superfície da junta falangiana proximal, dedo médio, 
mao esquerda). 1, tendão do extensor comum dos dedos; 2, feixe 
sagita l; 3, ligamento colateral; 4, ligamento colateral acessório; 5, 
placa volar; 6, bainha do tendão flexor; 7, tendão do flexor superfici-
~I dos dedos; 8, tendão do flexor profundo dos dedos; 9, músculo 
u~brical; 10, músculo interósseo dorsal· 11 , músculo interósseo dor-
~-ª ; 12• inserção do músculo interósseo dorsal na base da falange; 13, 
f; l: ~ento int~rmetacarpiano transverso; 14, superfície ~rticular da 
St ge proximal. Adaptado com permissão de Zanco/11, E. (1979). 
~ /~~ural and_ Dynamic Bases of Hand Surgery (2nd ed., pp. 3-63). Phila-
- =:::-;;;;-__,~ 
Ligamentos 
em gamarra 
Ligamento colateral 
Ligamento colateral acessório 
'ª· l. B. L1ppincott. 
Placa palmar 
FIG.14.13 
Vistas obliqua (acima) e médio-lateral (abaixo) da junta IFP. Esta jun-
ta ganha estabilidade a partir de um sistema de suporte ligamentar 
de três lados, em corrente, produzido pelo ligamento colateral, o li-
gamento colateral acessório e a placa fibrocartilaginosa palmar (pla-
ca volar), que estã ancorado à falange proximal pelas extensões pro 
ximal e lateral, conhecidas como ligamentos em gamarra. Adaptad 
com permissão de Stríckland, J. W. (1987). Anatomy and kínesío/ogy of tt 
hand. Em E.E. Fess & C.A. Phílips (Eds.), Hand Splinting. Principies ai 
Methods (2nd ed., pp. 3-41 ). St. Louis: C. V. Mosby.