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ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS IMPORTANTE Esta aula é fundamentada na legislação em vigor sobre o assunto; Tem por objetivo contribuir para a interpretação e compreensão dos textos legais; Recomenda-se a pesquisa e leitura dos regulamentos citados. http://www.anvisa.gov.br Dieta: deriva do grego “ díaita” que significa gênero de vida. EXEMPLOS DE TIPOS DE DIETA Dieta para portadores de fenilcetonúria: ausência ou diminuição da atividade da L-fenilalanina-4monooxigenase; Dieta para portadores de doença celíaca: associada a produtos provenientes de grãos de trigo, cevada e aveia; Dieta Hipossódica; Dieta com baixo teor de colesterol e de gordura saturada; Dieta hipocalórica; Dieta hipoglicídica. ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS DEFINIÇÃO (PORTARIA nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998) São alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas diferenciadas e/ou opcionais, atendendo às necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas. IMPORTANTE Considerando-se a definição de ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS, verifica-se que estes alimentos NÃO SE DESTINAM PARA O CONSUMO DA POPULAÇÃO EM GERAL, mas somente para aquelas que POSSUEM NECESSIDADES ESPECIAIS, exigindo, portanto, maior cuidado no uso de alegações e/ou informações que possam causar erro, engano ou confusão por parte do consumidor. ALIMENTOS DIET Os alimentos DIET fazem parte dos ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS regulamentados pela PORTARIA nº 29, de 13 de JANEIRO de 1998 da ANVISA. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA PORTARIA nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 Excluem-se desta categoria: Alimentos adicionados de nutrientes essenciais; Bebidas dietéticas e ou de baixas calorias e ou alcoólicas; Suplementos vitamínicos e ou de minerais; Produtos que contenham substâncias medicamentosas ou indicações terapêuticas; Aminoácidos de forma isolada e combinada. CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS DE ACORDO COM A PORTARIA nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 DA ANVISA 1. Alimentos para dietas com restrição de nutrientes; 2. Alimentos para ingestão controlada de nutrientes; 3. Alimentos para grupos populacionais específicos; CLASSIFICAÇÃO (Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998) 1. Alimentos para dietas com restrição de nutrientes* a) Alimentos para dietas com restrição de carboidratos; b) Alimentos para dietas com restrição de gorduras; c) Alimentos para dietas com restrição de proteínas; d) Alimentos para dietas com restrição de sódio; e)Alimentos para dietas com restrição de ferro (Incluído pela Resolução –RDC nº 155, de 05/05/2017) f) Outros alimentos destinados a fins específicos. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para os alimentos classificados neste item, exceção dos alimentos do grupo e. CLASSIFICAÇÃO (Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998) 2. Alimentos para ingestão controlada de nutrientes a) Alimentos para controle de peso (Portaria 30 de 13/01/1998)*; b) Alimentos para atletas (Resolução Nº 18, de 27/04/2010); Revogada pela Portaria 243 de 26/07/2018 c)Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares * d)Outros alimentos destinados a fins específicos. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para os alimentos classificados nos itens assinalados. CLASSIFICAÇÃO (Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998) 3. Alimentos para grupos populacionais específicos a) Alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância (Portaria 34 de 13/01/1998); b) Alimentos para gestantes e nutrizes (Portaria 223 de 24/03/1998); Revogada pela Portaria 243 de 26/07/2018 c) Alimentos à base de cereais para alimentação infantil (Portaria 36 de 13/01/1998); d) Fórmulas infantis (Portaria 977 de 05/12/1998- Revogada; Portarias atuais- 42, 43 , 44, 45 e 46 de 2011; Prazo para adequação: 22/03/2014); e) Alimentos para idosos; f)Outros alimentos destinados aos demais grupos populacionais específicos. OBS: Os alimentos para grupos populacionais específicos devem atender às necessidades fisiológicas pertinentes, classificados e normatizados por regulamentos específicos. 1. Alimentos para dietas com restrição de nutrientes (DIET) . Alimentos para dietas com Restrição de Carboidratos a) Alimentos para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose. Podem conter no máximo 0,5g de sacarose, frutose e ou glicose por 100g ou 100mL do produto final a ser consumido. Especialmente formulados para atender às necessidades das pessoas com distúrbios no metabolismo desses açúcares. b) Alimentos para dietas com restrição de outros mono e ou dissacarídeos, com exceção da lactose. Podem conter no máximo 0,5g do nutriente em referência, por 100g ou 100mL do produto final a ser consumido. Especialmente formulados para atender às necessidades de portadores de intolerância à ingestão de dissacarídeos e ou portadores de erros inatos do metabolismo de carboidratos. c) Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e ou glicose- Adoçante Dietético. d)Alimentos para dietas com restrição de lactose Alimentos para dietas com Restrição de Carboidratos d) Alimentos para dietas com restrição de lactose (Incluído pela Resolução –RDC nº 135, de 8 de fevereiro de 2017, a qual entrará em vigor 24 meses após sua publicação). São alimentos especialmente processados ou elaborados para eliminar ou reduzir o conteúdo de lactose, tornando-os adequados para a utilização em dietas de indivíduos com doenças ou condições que requeiram a restrição de lactose. Os alimentos para dietas com restrição de lactose são classificados como: 1) Isentos de lactose: alimentos para dietas com restrição de lactose que contêm quantidade de lactose igual ou menor a 100mg /100g ou mL do alimento pronto para o consumo, de acordo com as instruções de preparo do fabricante. Devem trazer a declaração: isento de lactose, zero lactose, 0% lactose, sem lactose ou não contém lactose, próxima à denominação de venda do alimento.. 2) Baixo teor de lactose: alimentos para dietas com restrição de lactose que contêm quantidade de lactose maior que 100mg /100g ou mL e igual ou menor do que 1g/100g ou mL do alimento pronto para o consumo, de acordo com as instruções de preparo do fabricante. Devem trazer a declaração: baixo teor de lactose ou baixo em lactose, próxima à denominação de venda do alimento. Alimentos para dietas com Restrição de Gorduras Especialmente formulados para pessoas que necessitem de dietas com restrição de gorduras. Podem conter no máximo 0,5g de gordura total por 100g ou 100mL no produto final a ser consumido. Alimentos para dietas com Restrição de Proteínas Especialmente elaborados para atender às necessidades de portadores de erros inatos do metabolismo, intolerâncias, síndromes de má absorção e outros distúrbios relacionados à ingestão de aminoácidos e ou proteínas. Estes produtos devem ser totalmente isentos do componente associado ao distúrbio. Fenilcetonúria ou Doença de Folling Ocasionada pela ausência ou diminuição da atividade da L-fenilalanina – 4 – monooxigenase; L-fenilalanina – 4 – monooxigenase catalisaa hidroxilação de fenilalanina a tirosina; O excesso de fenilalanina é transaminado e sua presença ou de seus metabólitos causam danos cerebrais; No Brasil a incidência é de 1/ 22 mil nascidos; As proteínas possuem em torno de 5% de fenilalanina. A dieta deve ser suplementada com produtos especiais. ADOÇANTES DIETÉTICOS ADOÇANTES DIETÉTICOS Os adoçantes dietéticos são constituídos por EDULCORANTES e veículos (compostos utilizados com a finalidade de diluir os edulcorantes dando volume ao produto); EDULCORANTES são substâncias naturais (normalmente extraídas de vegetais e frutas) ou artificiais, não necessariamente açúcares, que possuem capacidade adoçante superior à da sacarose. CLASSIFICAÇÃO DOS ADOÇANTES DIETÉTICOS Existem dois tipos de classificação para os edulcorantes: 1. Segundo a origem Edulcorantes artificiais; Edulcorantes naturais. 2. Segundo o valor calórico Edulcorantes com calorias; Edulcorantes sem calorias. ADOÇANTES ARTIFICIAIS Sacarina (2,3- dihidro, 3- oxobenzeno iso sulfanazol): adoçante sintético que pode ser obtido a partir do tolueno ou do anidrido ftálico. Seu sabor é amargo e pode ir ao fogo. Nos EUA existe alerta na embalagem. 500 vezes mais doce que o açúcar comercial. Não fornece calorias. Ciclamato (ácido ciclohexil-sulfâmico): obtido a partir da sulfonação da ciclohexilamina. Deixa gosto amargo na boca e pode ir ao fogo. Poder adoçante 30 vezes maior que o açúcar comercial. Não fornece calorias. ADOÇANTES ARTIFICIAIS Aspartame (éster metílico de L- aspartil- L- fenilalanina): Não deixa gosto amargo. Fornece 4 kcal/g. Poder adoçante 200 vezes maior que o açúcar comercial. Acessulfame- K: obtido a partir de derivados do ácido acetoacético. Não apresenta efeitos tóxicos. 200 vezes mais doce que o açúcar comercial e não contém calorias. ADOÇANTES ARTIFICIAIS Sucralose: Sua doçura pode variar de 400 a 800 vezes em relação à sacarose. É um edulcorante muito versátil, podendo ser utilizado em vários tipos de alimentos. Não fornece calorias. Estudos mostraram que não tem efeitos teratogênicos ou mutagênicos. ADOÇANTES NATURAIS Steviosídeo (glicosídeo diterpênco): adoçante natural, extraído das folhas de Stevia rebaudiana, nativa da fronteira do Brasil com Paraguai. Não apresenta restrição de consumo. Fornece 4 kcal/g. Cerca de 300 vezes mais doce que o açúcar comercial. Xilitol (álcool pentahídrico- C5H12O5): adoçante natural extraído de certas frutas e madeira. São atribuídas propriedades anti-cariogênicas, além de ajudar na remineraliação de pequenas cáries. Mesmo poder adoçante da sacarose. Fornece 2,4 kcal/g. ADOÇANTES DE MESA Frutose: adoça 30% mais que o açúcar comercial. Fornece 4 kcal/g; Mid sugar: adoçante de mesa com açúcar e aspartame. Alimentos para dietas com Restrição de Sódio Alimentos hipossódicos: são alimentos especialmente elaborados para pessoas que necessitem de dietas com restrição de sódio, cujo valor dietético especial é o resultado da redução ou restrição de sódio. SAL HIPOSSÓDICO - PORTARIA nº 54 / MS / SNVS, de 04 de JULHO de 1995 CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO Sal com Reduzido Teor de Sódio: sal hipossódico que fornece 50%, no máximo, do teor de sódio contido na mesma quantidade de cloreto de sódio. Nesse tipo de sal, pode ser utilizado a expressão light, low, lower, etc. Sal para Dieta com Restrição de Sódio: sal hipossódico que fornece 20%, no máximo, do teor de sódio contido na mesma quantidade de cloreto de sódio. Nesse tipo de sal, pode ser utilizado a expressão diet. Ingredientes obrigatórios: cloreto de sódio, cloreto de potássio e iodo. Alimentos para dietas com Restrição Ferro (Incluído pela Resolução-RDC nº 155, de 5 de maio de 2017) Farinhas de trigo e de milho para dietas com restrição de ferro: farinhas de trigo e de milho especialmente processadas sem adição de ferro, para a utilização em dietas de indivíduos com doenças ou condições que requeiram a restrição de ferro. As farinhas de trigo e milho para dietas com restrição de ferro devem atender aos requisitos para enriquecimento com ácido fólico estabelecidos na RDC nº 150 de 13/04/2017, que dispõe sobre o enriquecimento das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico. 2. Alimentos para ingestão controlada de nutrientes. ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO PORTARIA nº 30, de 13 de JANEIRO de 1998 DEFINIÇÕES Alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida, adequada a suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam destinados a propiciar REDUÇÃO, MANUTENÇÃO ou GANHO DE PESO CORPORAL. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para estes alimentos. ALIMENTOS PARA DIETAS DE INGESTÃO CONTROLADA DE AÇÚCARES DEFINIÇÕES Alimentos especialmente formulados para atender às necessidades de pessoas que apresentam distúrbios do metabolismo de açúcares, não devendo ser adicionados de açúcares. É PERMITIDA A PRESENÇA DOS AÇÚCARES NATURALMENTE EXISTENTES NAS MATÉRIAS UTILIZADAS. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para estes alimentos. 3. Alimentos para grupos populacionais específicos Os alimentos para grupos populacionais específicos devem atender às necessidades fisiológicas pertinentes, classificados e NORMATIZADOS POR REGULAMENTOS ESPECÍFICOS. ALIMENTOS DE TRANSIÇÃO PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA (Portaria 34 de 13/01/1998) São aqueles alimentos industrializados para uso direto ou em empregado em preparado caseiro, utilizados como complemento do leite materno ou de leites modificados introduzidos na alimentação de lactentes (de zero a 12 meses incompletos) e crianças de primeira infância (de 12 meses a 3 anos), com o objetivo de promover uma adaptação progressiva aos alimentos comuns, e de tornar essa alimentação balanceada e adequada às suas necessidades, respeitando-se sua maturidade fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor. COMPLEMENTOS ALIMENTARES PARA GESTANTES E NUTRIZES (LACTANTE) (Portaria 223 de 24/03/1998) Destinados a complementar a alimentação deste grupo; É um alimento processado e conservado por meios físicos, podendo ser apresentado de diversas formas conforme a tecnologia de fabricação (líquido, pó, flocos e grânulo); Quando na forma sólida, pode ser diluído em água, leite ou outro líquido; Quando na forma líquida, poderá ser utilizado diretamente ou misturado com água, leite ou outo líquido. ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL (Portaria 36 de 13/01/1998) Entende-se por alimentos para alimentação infantil os alimentos próprios para lactentes e crianças de primeira infância, adequados à maturidade fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor; O cereal desidratado para alimentação infantil é um alimento à base de cereal, com ou sem leguminosas, com baixo teor de umidade, fragmentado para permitir sua diluição com água, leite ou outro líquido conveniente para alimentação de lactentes. FÓRMULAS INFANTISPARA LACTENTES DEFINIÇÕES É o produto em forma líquida ou em pó, destinado a alimentação de lactentes, sob prescrição, em substituição total ou parcial do leite humano, para satisfação das nescessidades nutricionais deste grupo etário; Excetuam-se as fórmulas destinadas a satisfazer necessidades dietoterápicas específicas. Portaria 977 de 05/12/1998-Revogada Portarias atuais- 42, 43 , 44, 45 e 46 de 2011 Prazo para adequação: 22/03/2014 NOVAS RESOLUÇÕES PARA FÓRMULAS INFANTIS PARA LACTENTES I – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 42, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico de compostos de nutrientes para alimentos destinados a lactentes e a crianças de primeira infância; II – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 43, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes; III – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 44, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância; IV – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 45, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas e fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinadas a necessidades dietoterápicas específicas; V – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 46, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia para fórmulas infantis destinadas a lactentes e crianças de primeira infância. ATENÇÃO ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS (Fortificados / enriquecidos) PORTARIA MS N0 31 de 13/01/1998 Não se enquadram na PORTARIA nº 29, de 13 de JANEIRO de 1998. ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS - PORTARIA nº 31, de 13 de janeiro de 1998 DEFINIÇÕES Alimento fortificado/ enriquecido ou simplesmente adicionado de nutrientes é todo alimento ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e ou prevenir ou corrigir deficiência (s) demonstrada(s) em um ou mais nutrientes, na alimentação da população ou em grupos específicos da mesma. ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS - PORTARIA nº 31, de 13 de janeiro de 1998 DEFINIÇÕES Alimento restaurado ou com reposição de nutrientes essenciais, todo alimento ao qual for(em) adicionado(s) nutriente(s) com a finalidade de repor, quantitativamente, aquele(s) reduzido(s) durante o processamento e ou armazenamento do alimento. INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR RDC Nº 54, de 12 de novembro de 2012 – REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR RDC Nº 54, de 12 de novembro de 2012 – REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR . Este Regulamento Técnico se aplica a Informação Nutricional Complementar (INC) contida nos rótulos dos alimentos embalados produzidos e comercializados no território dos estados Partes do MERCOSUL. DEFINIÇÕES Informação Nutricional Complementar (Declarações de Propriedades Nutricionais) É qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um alimento possui propriedades nutricionais particulares, especialmente, mas não somente, em relação ao seu valor energético e/ou ao seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra alimentar, assim como ao seu conteúdo de vitaminas e minerais. INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR As declarações de propriedades nutricionais compreendem: Declarações de propriedades relativas ao conteúdo de nutrientes (Conteúdo Absoluto): é a INC que descreve o nível e/ou a quantidade de um ou mais nutrientes e/ou valor energético contido no alimento. Declarações de propriedades comparativas (Conteúdo Comparativo): é a INC que compara os níveis do(s) mesmo(s) nutriente(s) e ou valor energético do alimento objeto da alegação com o alimento de referência. TERMOS AUTORIZADOS PARA A INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR (DECLARAÇÕES DE PROPRIEDADES NUTRICIONAIS) A INC deve ser redigida no idioma oficial do país de consumo (espanhol ou português), sem prejuízo da existência de textos em outros idiomas; TERMOS AUTORIZADOS PARA A INC RELATIVAS AO CONTEÚDO DE NUTRIENTES (CONTEÚDO ABSOLUTO) ATRIBUTO TERMOS AUTORIZADOS Baixo Español: Bajo, leve, ligero, pobre, liviano Português: Baixo em..., pouco..., baixo teor de..., leve em... Não Contém Español: No contiene, libre de…, cero (0 o 0%)…, sin, exento de…, no aporta..., free…, zero… Português: Não contém..., livre de…, zero (0 ou 0%)…, sem..., isento de… Alto Conteúdo Español: Alto contenido, rico en…, alto tenor…. Português: Alto conteúdo, rico em…, alto teor… Fonte Español: Fuente de…, con…, contiene... Português: Fonte de…, com…, contém... Muito baixo Español: Muy bajo…. Português: Muito baixo… Sem adição Español: Sin adición de…, sin…adicionado/a, sin agregado de…, sin ….agregada/o Português: Sem adição de..., zero adição de..., sem .... adicionado TERMOS AUTORIZADOS PARA A INC COMPARATIVAS (CONTEÚDO COMPARATIVO) ATRIBUTO TERMOS AUTORIZADOS Reduzido Español: Reducido en…., …menos de…, menor contenido de…, menos…, … menos que…, light... Português: Reduzido em…, menos…, menor teor de…, light… Aumentado Español: Aumentado en…, …más de…, más… Português: Aumentado em…, mais… CRITERIOS PARA A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR (INC) A declaração da INC é opcional para os alimentos em geral, sendo obrigatório o cumprimento da RDC 54 quando a mesma for utilizada; Os critérios para a utilização de INC são aqueles fixados nas Tabelas estabelecidas na RDC 54, itens 5.1 e 5.2. A utilização de INC comparativa deve obedecer às seguintes condições: O alimento com INC comparativa deve ser comparado ao alimento de referência; O conteúdo de nutrientes e/ou valor energético do alimento objeto de uma INC comparativa deve ser comparado ao do alimento de referência do mesmo fabricante; No caso de não existir o alimento de referência do mesmo fabricante, deve ser utilizado o valor médio do conteúdo de três alimentos de referência comercializados no país de processamento e/ou comercialização; No caso de não existir o alimento de referência não se pode utilizar INC comparativa. IMPORTÂNCIA DOS RÓTULOS A compreensão dos termos usados na rotulagem de alimentos é importante para a PROTEÇÃO e PROMOÇÃO DA SAÚDE do consumidor. POR QUE LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS Os portadores de enfermidades DEVEM LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS, observando a lista de ingredientes e a rotulagem nutricional para verificar a presença daquele ingrediente ou nutriente que não deve consumir ou que pode consumir em baixa quantidade. Um alimento diet pode ser ingerido por qualquer pessoa que não tenha problemas de saúde, mas um diabético NÃO pode consumir um diet que contenha açúcar. APRENDA A LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS Verifique o rótulodo produto e para qual finalidade ele foi desenvolvido: Leia os rótulos cuidadosamente; Leia a lista de ingredientes; Não confie apenas na denominação diet ou light presente no rótulo; Observe atentamente a composição nutricional do produto, identificando a quantidade de cada nutriente (gordura, carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais). ATENÇÃO PARA OS DIZERES: “não contém açúcar” “sem adição de açúcar” IMPORTANTE Os produtos diet destinados para dietas com restrição de carboidratos, dietas com restrição de gorduras e dietas de ingestão controlada de açúcares, devem conter a advertência: “Diabéticos: contém (especificar o mono e/ou dissacarídeo- glicose/frutose/sacarose)”, caso contenham esses açúcares. O QUE NÃO DEVE CONSTAR NO RÓTULO DOS ALIMENTOS É comum identificarmos nos rótulos dos alimentos algumas expressões, ilustrações, figuras, marcas ou símbolos que podem induzir o consumidor à formação de idéias e ou interpretações enganosas que não devem constar nos rótulos sob nenhuma circunstâncias. O QUE NÃO DEVE CONSTAR NO RÓTULO DOS ALIMENTOS Características inerentes ao alimento ou obrigatoriedade legal decorrente de situações nutricionais específicas; Deve-se incluir um esclarecimento com igual realce e visibilidade de que todos os alimentos daquele tipo também possuem essas características AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias OBS: Todos os profissionais da ÁREA DA SAÚDE devem manter-se atualizados em relação à legislação brasileira para alimentos pois ela é bastante rigorosa e, CONSTANTEMENTE, passa por modificações. IMPORTANTE Antes de fazer uso de qualquer produto ou alimento dietético devemos nos informar com médicos, nutricionistas, farmacêuticos ou outro profissional habilitado e reconhecer os ingredientes/componentes da formulação. Nunca devemos fazer qualquer tipo de dietoterapia sem um acompanhamento individualizado, cada pessoa tem características próprias.