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Define-se por metalurgia do pó a técnica metalúrgica que transforma pó de metais ou ligas em peças consistentes sem recorrer a fusão do material; - Associa-se a sinterização operações secundárias como melhorar a precisão dimensional, acabamento superficial, resistência mecânica e diminuir a porosidade; - Ausência de fase líquida;- Obtenção de peças em grandes séries e com formas complexas;- Máximo aproveitamento de matéria-prima;- Menores temperaturas de processamento, molde com forma desejada (pouca tolerância de desvio); - Bom acabamento superficial;- Controle de composição química;- Controle microestrutural;- Distribuição homogênea com porosidade controlada;- Possibilita a combinação de metais com não-metais.- CARACTERÍSTICAS, VANTAGENS E APLICAÇÕES As matrizes e componentes de compactação são de alto custo quando se tem formas complexas, sendo viável quando o custo final ou a quantidade de peças justifica o uso; - As peças não podem ter dimensões grandes;- LIMITAÇÕES Os pós são formados por reações na fase líquida, sólida ou gasosa;- O mais comum é a redução de óxidos metálicos por um agente redutor, sendo usado para pós de Fe, Cu, W ou Mo; PROCESSO: o óxido é magneticamente separado e moído, sendo misturado com as espécies redutoras, aquecendo-se a mistura. A redução acontece pela reação com o monóxido de carbono vindo dos aditivos (grafite e cal). Quando o processo é feito em baixas temperaturas temos a mínima ligação por difusão o que é positivo, porém o tempo de reação é aumentado significativamente. No final, o pó apresenta forma angular e baixa densidade de empacotamento, precisando em alguns casos ser moída para formar o pó. Metais refratários podem ser obtidos através das altas temperaturas e são obtidos na forma poligonal e deve ser moído para quebrar as ligações de sinterização, nesse caso, o tratamento térmico melhora as propriedades do pó. Neste processo, a cinética da reação é muito importante, porque conforme a reação acontece, o gás deve continuar sendo capaz de penetrar na partícula para reduzi-la por completo. Se o gás não tiver energia o suficiente, haverá apenas a redução superficial. Enquanto o aumento de temperatura gera um cinética maior, há o risco de gerar sinterização do composto invés da redução. Decomposição de um sólido a partir de um gás:- É uma combinação de deposição à vapor e condensação. Processo Carbonila: inicia-se com a reação do metal com o monóxido de carbono, formando a molécula de carbonila. Resfriando-se a 43°C a molécula chega ao estado líquido, sendo submetida a destilação fracionada para purificar. Seguindo-se pela reaquecimento em presença do catalisador para decompor no pó do metal. Gera partículas de forma irregular de cadeia ou arredondada. Aplicando-se para pós de ferro e níquel. Decomposição térmica:- Borrifa-se uma solução numa atmosfera aquecida, sendo a pirólise (aquecimento rápido) o responsável por remover o solvendo, deixando apenas as partículas não dissolvidas como precipitados. A formulação e condições de aquecimento são responsáveis por controlar o tamanho e forma do pó final. Pirólise por spray térmica:- Aquece-se lentamente uma solução que precipita um óxido, tendem a ser muito uniformes em tamanho e formas. Síntese sol-gel:- Aquecimento em microondas aumentam significativamente as taxas de reação, onde aditivos controlam a reação de precipitação. Metais refratários podem ser produzidos por precipitação do líquido. Precipitação hidrotérmica de pó a partir de solução:- Precipitação de reação no estado gasoso.- Reações químicas:• FABRICAÇÃO DE PÓS METÁLICOS Consiste na fusão e desintegração de um metal fundido em gotas que são resfriadas em partículas, podendo ser a gás ou em líquido; - Como gases de atomização temos: ar, N2, He ou Ar; A técnica consiste em forçar o metal (no estado líquido) a passar por um pequeno orifício e desintegrar-se mediante um jato de ar comprimido, o que promove a solidificação do metal em partículas finamente divididas; O material líquido é desintegrado por uma rápida expansão do gás ao sair do bocal como spray; Para baixas temperaturas os atomizadores são baseados nos modelos horizontais; Para altas temperaturas tem-se o modelo vertical com uma câmara fechada com gás inerte; Na atomização a fusão é por indução, sendo um superaquecimento acima da temperatura liquidus; A câmara deve ser projetada para que as partículas solidifiquem antes de encontrar as paredes do recipiente, quando usamos gás inerte as ligas formadas são alta pureza e geralmente com forma esférica e com ampla distribuição de tamanho. A redução de tamanho de partícula depende da viscosidade, temperatura de superaquecimento e forças de aceleração; Alta energia de pressão do gás + baixa viscosidade = partículas menores; O tamanho de partícula é inversamente proporcional a velocidade do gás. Altas pressões geram partículas menores que solidificam muito rápido, o que leva a partículas amorfas porque não se teve tempo de cristalizar o material; Atomização a gás:- É comum também, usar líquido para desintegrar a corrente de metal fundido, processo similar a atomização a gás, exceto que as partículas são resfriadas rapidamente; São mais comumente usados óleos e água, e indica-se o processo para metais de baixa reatividade e que fundem abaixo de 1600°C; As partículas podem ser gradas por crateras, espirros, decapagem e estouramento, sendo o último o que resulta os menores tamanhos de partículas; A solidificação rápida gera pós irregulares e ásperos, e por usar basicamente água é um processamento de baixo custo. Atomização em líquido:- ATOMIZAÇÃO: Pós elementares podem ser depositados sobre um cátodo numa célula eletrolítica sob certas condições, onde o metal é dissolvida no anodo e depositada no catodo que é removido, lavado, seco, moído e recozido para remover deformações; → Depósito esponjoso de pequena aderência, que pode ser mecanicamente desintegrado em partículas finas; > Depósito de uma camada densa, que pode ser moída.> Tendo dois métodos:→ Sendo altamente puro, porém com alto custo associado a eliminação de resíduos e não representa um grande volume de pós fabricados. → Técnicas de fabricação eletrolíticas:- MODELO DE FABRICAÇÃO DOS PÓS É uma técnica de processamento de pós no estado sólido;- As partículas são repetidamente achatadas, fraturadas e ressoldadas, ocorrendo forte deformação que é resultado de vários defeitos cristalinos; - Esses defeitos contribuem para difusão de soluto na matriz, a distância pra difusão diminui na microestrutura refinada e conforme a temperatura vai aumentando durante a moagem há também, o aumento da difusão. Fomando-se assim verdadeiras ligas. - Ligas de difícil solidificação convencional;→ Modificações microestruturais para melhores propriedades;→ Forma ligas metaestáveis.→ Aplicações: - MOAGEM DE ALTA ENERGIA Diferem em capacidade, eficiência de moagem e adaptações adicionais;- Para pequena escala: spex, planetária, vibratório e especialmente desenvolvidos;- Para larga escala: attritors ou large tumbler balls mills;- O tempo de moagem diminui com o aumento da energia do moinho!- Recipiente de moagem é uma variável importante porque haverá o desgastes dele e para que haja a menor contaminação possível ele deve ter a mesma composição química que o pó. Velocidade de moagem gera maior difusão quanto maior for a velocidade de moagem porque há um aumento na temperatura, além de resultar em decomposições de soluções supersaturadas ou metaestáveis. Pode também aumentar o tamanho de grão e diminuir a deformação interna pela melhor recristalização dinâmica. Tempo de moagem. Meios de moagem são as bolas que estão nos moinhos e devem ter uma densidade alta o suficiente para que criem força de impacto suficiente para moer o pó, eassim como o recipiente, deve ter a mesma composição química do pó. Bolas maiores geram alta energia de impacto, porém para ligas que precisam de um meio mais suave por serem ligas meaestáveis ou fases amorfas é necessário que sejam menores. Quando se misturam os tamanhos, minimiza-se a quantidade de soldagem a frio, produz forças de cisalhamento e diminuem a quantidade de metal cobrindo a superfície Variáveis do processo:- MOINHOS: Razão bola/massa: quanto maior, maior a proporção em peso de bolas, sendo maior o número de colisões, o que indica uma maior energia transferida para o pó. - Preenchimento do recipiente: a elaboração da liga depende do impacto das bolas com o pó, então o recipiente deve ter espaço o suficiente para que as bolas se movam e colidam com o pó, geralmente, a taxa de preenchimento é de 50%. - Atmosfera de moagem: a atmosfera age na contaminação do pó, sendo assim, quanto mais inerte (Argônio ou Hélio) mais puro resulta a liga, porém, quando a liga tem contato com ar reativo a liga terá essa contaminação. Então, uma atmosfera de nitrogênio gera nitretos, uma atmosfera de hidrogênio gera hidretos e assim por diante. - Agentes controladores de processo (PCAs): são usados no processamento de pós dúcteis;- Temperatura de moagem: é diretamente ligada a difusão do material.- Pós metálicos variam entre 0,1 e 400 μm;- A amostragem deve ser representativa do pó;- Aglomerados são partículas ligadas por forças fracas que são vencidas por pequenas tensões, enquanto agregados são ligados por fortes ligações químicas e cementação. - CARACTERIZAÇÃO DO PÓ Pós comercialmente puros, sendo menor que o tamanho das bolas (1 a 200 μm);- Categorias: metais puros, ligas, pós pré-ligados, componentes refratários;- Materiais endurecidos por dispersão (ODS) normalmente contêm carbetos, nitretos e óxidos; - As misturas de materiais pode ser dúctil-dúctil, dúctil-frágil e frágil-frágil;- MATÉRIAS-PRIMAS: Resumo - Metalurgia do Pó Página 1 de Resumo - Metalurgia Pó
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