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Tipos de Parto e Assistência de Enfermagem

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TIPOS DE PARTO 
E 
ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM AO RN
ENFERMEIRA PÂMELA FREITAS DIAS
MODALIDADES DE PARTO
 Parto Normal; Parto induzido; Cesárea; Fórceps e Naturais. 
• Aborto: perda de uma gravidez no início, em geral antes da 20ª 
semana de gravidez. Pode ser espontâneo ou induzido. 
• Parto pré-termo: é o parto ocorrido entre a 20ª e a 37ª semanas de 
gravidez. 
• Parto a termo: parto ocorrido entre a 37 semanas completas e 42 
semanas incompletas de gravidez. 
• Parto pós-termo: é o parto ocorrido com 42 semanas completas ou 
mais.
PARTO NORMAL OU VAGINAL
 Parto normal ou vaginal: a expulsão do bebê ocorre somente com a pressão que 
as paredes do útero exercem sobre o mesmo. Normalmente, em um parto normal, 
é realizada a episiotomia, que consiste em um corte cirúrgico feiro na região 
perineal para auxiliar a saída do bebê e evitar rotura dos tecidos perineais. A 
sutura é feita imediatamente após o parto, cicatrizando em poucos dias. Em 
alguns casos, é feita a indução (parto induzido) estimulando as contrações com 
medicamentos ou com rompimento precoce da bolsa. Neste caso, com a saída 
do líquido amniótico o útero começa a se contrair, promovendo o 
desencadeamento ou a normalização do ritmo do trabalho de parto. 
PARTO CESÁREA OU CESARIANA
 Parto Cesárea ou Cesariana: este tipo de parto é cirúrgico e deve haver motivos 
clínicos para a realização deste como desproporção do tamanho do bebê em 
relação à pelve, infecção herpética ativas, gestantes diabéticas, posição do bebê 
invertida ou difícil ou ainda se o trabalho de parto normal não estiver progredindo 
normalmente. Quando a cesárea é optada pelo médico a mãe deixa de ser uma 
parturiente para ser uma paciente cirúrgica. Os cuidados com assepsia são maiores 
e as complicações são mais possíveis por se tratar de uma cirurgia de grande porte, 
os riscos são maiores. 
PARTO NATURAL, PÉLVICO E FÓRCEPS
 Parto Natural: defendido pelos movimentos que lutavam pelo parto ativo (a 
mulher é quem faz o bebê nascer) nos anos de 1980, é uma forma de retornar o 
sentido do nascimento e de seu processo natural. É igual ao parto normal, mas 
não há intervenções como anestesias, episiotomia e indução, o médico apenas 
acompanha o evolução do parto em casa ou no hospital. Há várias posições 
que a mulher pode escolher para a realização do parto. 
 Parto Pélvico: Quando o bebê se apresenta no momento da expulsão com os 
pés. 
 Parto Fórceps: Instrumento cirúrgico empregado em certos partos difíceis: a 
aplicação de fórceps permite apressar a extração da criança. 
PARTO NA ÁGUA E PARTO DE CÓCORAS
 Parto na Água: É uma modalidade de nascimento onde a mulher fica dentro da 
água durante o período expulsivo de modo que o bebê chega ao mundo no 
meio aquático, exatamente como estava no útero. A água é aquecida a 36ºC, o 
ambiente geralmente fica à meia luz e o pai ou acompanhante pode entrar na 
banheira com a futura mãe. 
 Parto de Cócoras: É um parto mais rápido, pois é auxiliado pela gravidade, mais 
cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, pois, não se tem mais a 
compressão de importantes vasos sanguíneos que acontece com a mulher 
deitada de costas.
O PARTO NORMAL
 Objetivo: Expelir o feto através das vias genitais, principalmente pela força 
das contrações e musculatura da parede abdominal. É composto pelo 
conjunto dos movimentos fetais mais sua migração no canal junto com as 
contrações e trabalho da musculatura abdominal materna.
Fases clínicas do parto 
1ª fase: Dilatação 
2ª fase: Expulsão 
3ª fase: Dequitação 
4ª fase: Periodo de Greenberg
DILATAÇÃO
 A dilatação do colo uterino ou canal cervical 
tem por finalidade aumentar-lhe o diâmetro de 
modo que forme juntamente, com a vagina, o 
canal do parto. Abrange dois fenômenos, o 
apagamento do canal cervical e a dilatação. 
Na Primigesta dá-se primeiro o apagamento do 
colo e depois a dilatação, enquanto que nas 
multíparas, é simultâneo. Este período se inicia 
com as contrações que começam a modificar 
a cervix e termina com a dilatação completa, 
10 cm.
EXPULSÃO
 Inicia-se com a dilatação completa e termina com a expulsão do feto. Caracteriza-se 
pelo aumento das contrações, associadas à contractilidade do diafragma, com um 
exercício expiratório violento. Graças a este esforço desce o bebê pelo canal do parto, 
a vulva se entreabre e dá passagem ao feto. Flui a porção restante de líquido amniótico 
mesclado de sangue. Náuseas e vômitos podem estar presentes, por ação reflexa. A 
parturiente refere pressão no reto e urgência urinária. Ocorre distensão dos músculos 
perineais e abaulamento do períneo (solicitação do períneo), e o ânus dilata-se 
acentuadamente. Enquanto estiver sendo conduzida à sala de parto, a parturiente 
deve ser orientada para respirar tranquilamente e não fazer força. É importante auxiliá-
la a se posicionar na mesa de parto com segurança e conforto, respeitando a posição 
de sua escolha: vertical, semiverticalizada ou horizontal. Qualquer procedimento 
realizado deve ser explicado à parturiente e seu acompanhante. Para que ocorra a 
expulsão do feto, geralmente são necessárias cinco contrações num período de 10 
minutos e com intensidade de 60 segundos cada. O técnico de enfermagem deve 
orientar que a parturiente faça respiração torácica (costal) juntamente com as 
contrações, repousando nos intervalos para conservar as energias.
EXPULSÃO
 Após o coroamento e exteriorização da cabeça, é importante assistir ao desprendimento 
fetal espontâneo. Caso esse desprendimento não ocorra naturalmente, a cabeça deve 
ser tracionada para baixo, visando favorecer a passagem do ombro. Com a saída da 
cabeça e ombros, o corpo desliza facilmente, acompanhado de um jato de líquido 
amniótico. Sugere-se acomodar o recém-nascido, com boa vitalidade, sobre o colo 
materno, ou permitir que a mãe o faça, se a posição do parto favorecer esta prática. 
Neste momento, o técnico de enfermagem deve estar atento para evitar a queda do 
recém-nascido. O cordão umbilical só deve ser pinçado e laqueado quando o recém-
nascido estiver respirando. A laqueadura é feita com material adequado e estéril, a uns 
três centímetros da pele. É importante manter o recém-nascido aquecido, cobrindo-o com 
um lençol/campo – o que previne a ocorrência de hipotermia. A mulher deve ser 
incentivada a iniciar a amamentação nas primeiras horas após o parto, o que facilita a 
saída da placenta e estimula a involução do útero, diminuindo o sangramento pós-parto. 
O feto fica unido a mãe pelo cordão umbilical até que se faça o pinçamento e realize o 
corte do cordão. O útero retrai-se ficando ao nível da cicatriz umbilical. A paciente passa 
por um período de euforia compensadora seguido de relaxamento, embora persistam as 
contrações indolores. O pulso da paciente fica mais lento, a respiração calma, e às vezes, 
ocorrem calafrios que perduram no pós-parto imediato.
DEQUITAÇÃO
 Delivramento, dequitação ou secundamento é o terceiro período do 
parto que começa imediatamente após o nascimento da criança e 
termina com a expulsão da placenta e das membranas. Inicia-se 5 a 10 
minutos após a expulsão fetal. A dequitação pode ser feita através de 
técnica médica ou pode ser ainda espontânea. A segunda demora mais 
para ocorrer, porém é mais segura para a mulher, uma vez que há 
redução do risco de hemorragias.
PERÍODO DE GREEMBERG
 O período de Greenberg imediato corresponde à primeira hora depois da saída 
da placenta. É de fundamental importância nos processos hemostáticos 
(impedir o sangramento excessivo). Durante esse período há a possibilidade 
maior de ocorrerem grandes hemorragias. Os mecanismos que coíbem o 
sangramento do pós-parto são: Miotamponamento: inicia-se imediatamentedepois da saída da placenta e consiste na contração potente da musculatura 
uterina, tamponando a saída dos vasos sanguíneos que irrigavam a placenta. 
Se este mecanismo não ocorrer de forma adequada, há a chamada “hipotonia 
uterina”, que pode resultar em sangramentos excessivos e coloca a vida da 
mulher em risco. Trombotamponamento: depende da formação de pequenos 
coágulos (trombos) que obliteram vasos uteroplacentários. Após 1ª hora o útero 
apresenta-se em condições normais, firmemente contraído completando assim 
o mecanismo de hemostasia.
EPISIOTOMIA
 Episiotomia - Incisão cirúrgica no orifício vulvar, com indicação obstétrica e tendo o objetivo 
de impedir ou minorar o trauma dos tecidos do canal de parto, favorecendo a descida e 
liberacão do feto. 
 Episiorrafia - é o reparo da incisão cirúrgica da fenda vulvar, e perineorrafia e reconstituição 
de laceração perineal, traumática ou cirúrgica Modalidades: Mediana, Médio lateral, 
Lateral, Transversa , Epsiotomia médio lateral Anestesias: locais. A proteção do períneo, a 
passagem do feto pelo anel vulvoperineal será raramente possível sem lesar a integridade 
dos tecidos maternos, com lacerações e roturas das mais variadas, a condicionarem 
frouxidão irreversível do assoalho pélvico. O momento adequado para a execução da 
episiotomia se dará início antes que apresentação esteja a distender, acentuadamente, o 
períneo efetuadas de dentro para fora. Após o nascimento do pólo cefálico, busca-se a 
circulares do cordão que, presentes, serão desfeitas ou seccionadas. Ultimada a rotação 
externa da cabeça, o parteiro apreende com ambas as mãos a apresentação, traciona 
para baixo com objetivo de liberar ombro anterior depois para cima, auxiliando a saída do 
posterior. Durante a expulsão do ombro anterior, ou logo que for possível, eis o momento 
adequado para a injeção intra-venosa de metilergonovina ou 10 u.i. de ocitocina, com o 
que consegue reduzir as perdas sanguíneas no quarto período e no puerpério apressando a 
dequitação.
EPISIOTOMIA
EPISIORRAFIA
 A sutura principia pelo ângulo superior da ferida, na vagina. Usa-se pontos 
separados de categute número 00 cromado, na mucosa vaginal no 
plano muscular, e no tecido conjuntivo difuso. E a pele é aproximada por 
pontos simples, do mesmo fio, que se soltam espontaneamente em alguns 
dias. 
CESÁREA
 Não é um parto e sim um procedimento cirúrgico, invasivo, que requer 
anestesia. Nele, realiza-se uma incisão no abdome e no útero, com 
exposição de vísceras e perda de sangue, por onde o feto é retirado. Esse 
procedimento expõe o organismo às infecções, tanto pela queda de 
imunidade em vista das perdas sanguíneas como pelo acesso de 
microrganismos através da incisão cirúrgica (porta de entrada), além de 
implicar maior tempo de recuperação.
CESÁREA
 Indicações: 
• desproporção cefalopélvica; 
• discinesias (contração uterina anormal); 
• apresentação anômala; 
• descolamento prematuro da placenta; 
• pós-maturidade; 
• diabete materno; 
• sofrimento fetal agudo ou crônico; 
• placenta prévia total ou parcial; 
• toxemia gravídica; 
• prolapso do cordão umbilical. 
• interrupção do trabalho de parto normal: 
• alteração do BCF, da dinâmica uterina ou dos sinais vitais maternos; 
• perda transvaginal de líquido com presença de mecônio; 
• período de dilatação cervical prolongado. 
CESÁREA
 Anestesias: raquidiana e a peridural, ambas aplicadas na coluna vertebral. 
 A anestesia raquidiana tem efeito imediato à aplicação, levando à perda 
temporária de sensibilidade e movimentos dos membros inferiores que retornam 
após passado seu efeito. Entretanto, tem o inconveniente de apresentar como 
efeito colateral cefaléia intensa no período pós-anestésico - como prevenção, 
deve-se manter a puérpera deitada por algumas horas (com a cabeceira a zero 
grau e sem travesseiro), orientando-a para que não eleve a cabeça e estimulando-
a à ingestão hídrica. 
 A anestesia peridural é mais empregada, porém demora mais tempo para fazer 
efeito e não leva à perda total da sensibilidade dolorosa, diminuindo apenas o 
movimento das pernas – como vantagem, não produz o incômodo da dor de 
cabeça. Após o nascimento a criança não pode permanecer junto à mãe, pois 
elas estarão com hidratação venosa, cateter vesical, curativo abdominal, 
anestesiadas, sonolentas e com dor – mais uma razão que justifica a realização do 
parto cesáreo apenas quando da impossibilidade do parto normal.
PARTO NORMAL OU CESÁRIA?
 O Parto Humanizado é a escolha 
principal preconizado pelo Ministério 
da Saúde. Os hospitais que incentivam 
essa escolha e reduzem o número de 
casareanas são classificados como 
Hospital Amigo da Criança. No 
entanto, estudos comprovam que a 
maioria dos hospitais da rede privada 
ainda não se adequaram a este 
incentivo e o índice de cesáreas 
realizadas no Brasil ainda é alarmante.
RN
 Das inúmeras características observadas na pele dos RNs destacamos as que se 
apresentam com maior frequência e sua condição ou não de normalidade. 
 a) Eritema tóxico - consiste em pequenas lesões avermelhadas, semelhantes a 
picadas de insetos, que aparecem em geral após o 2º dia de vida. São decorrentes 
de reação alérgica aos medicamentos usados durante o trabalho de parto ou às 
roupas e produtos utilizados para a higienização dos bebês.
 b) Millium - são glândulas sebáceas obstruídas que podem estar presentes na face, 
nariz, testa e queixo sob a forma de pequenos pontos brancos.
 c) Manchas mongólicas - manchas azuladas extensas, que aparecem nas regiões 
glútea e lombossacra. De origem racial – aparecem em crianças negras, amarelas e 
índias - costumam desaparecer com o decorrer dos anos. 
RN
 d) Petéquias - pequenas manchas arroxeadas, decorrentes de fragilidade capilar e 
rompimento de pequenos vasos. Podem aparecer como consequência do parto, 
pelo atrito da pele contra o canal do parto, ou de circulares de cordão — quando 
presentes na região do pescoço. Estão também associadas a condições 
patológicas, como septicemia e doenças hemolíticas graves. 
 e) Cianose - quando localizada nas extremidades (mãos e pés) e/ ou na região 
perioral e presente nas primeiras horas de vida, é considerada como um achado 
normal, em função da circulação periférica, mais lenta nesse período. Pode 
também ser causada por hipotermia, principalmente em bebês prematuros. 
Quando generalizada é uma ocorrência grave, que está em geral associada a 
distúrbios respiratórios e/ou cardíacos. 
 f) Icterícia - coloração amarelada da pele, que aparece e evolui no sentido 
craniocaudal, que pode ter significado fisiológico ou patológico de acordo com o 
tempo de aparecimento e as condições associadas. As icterícias ocorridas antes 
de 36 horas de vida são em geral patológicas e as surgidas após esse período são 
chamadas de fisiológicas ou próprias do RN. 
CUIDADOS DA ENFERMAGEM AO RN
 O período das primeiras 24 horas pós nascimento é considerado crítico 
principalmente no que se refere à adaptação respiratória. Alguns RNs podem, 
nesse período, apresentar um quadro de sofrimento respiratório com evolução 
até o óbito.
 Cuidados Imediatos:
São aqueles dispensados logo após o nascimento, ainda na sala de parto. 
Objetivos: auxiliar o bebê a fazer a transição da vida intrauterina para a vida 
extra-uterina, assegurar a manutenção de sua temperatura corporal e promover 
o elo afetivo entre RN - mãe e seus familiares. 
 1. Secagem e Aquecimento 
Após o nascimento, colocar o bebê sob fonte de calor radiante (berço 
aquecido e foco de luz), previamente aquecido, oferecendo um ambiente 
térmico adequado e secar rapidamente sua cabeça e seu corpo com uma 
toalha ou cobertor pré-aquecido. Caso o RN esteja bem, esteserá colocado 
sobre a mãe e amamentado.
CUIDADOS DA ENFERMAGEM AO RN
 2. Aspiração de Vias Aéreas: 
Finalidade: manter as vias aéreas superiores 
(boca e nariz) pérveas; Técnica: Posicionar o RN em 
decúbito dorsal, com o pescoço ligeiramente 
estendid; Quando houver grande quantidade de 
secreção na boca, deve-se lateralizar a cabeça, 
acumulando a secreção na lateral desta, o que 
facilita a remoção; Aspire delicadamente primeiro a 
boca e depois o nariz;
 3. Avaliação do RN – Teste de APGAR: 
Deve começar no momento do nascimento. 
Observar frequência cardíaca, esforço respiratório, 
tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. 
Cada sinal é avaliado de acordo com o grau em que 
está presente e recebe uma nota de 0 (zero), 1 (um) e 
2 (dois). Essa avaliação é feita no primeiro e no quinto 
minuto após o nascimento. Caso, no quinto minuto, o 
índice persista abaixo de 7, é necessário reavaliar o 
bebê a cada 5 minutos até que ele atinja o índice 
(nota) igual ou maior que 8.
CUIDADOS DA ENFERMAGEM AO RN
 4. Cuidados com o cordão umbilical: Observar o coto umbilical, atentando para 
a presença de duas artérias e uma veia. Colher sangue do cordão e enviar para 
o laboratório (tipagem sanguínea, de doenças transmissíveis (HIV, rubéola), 
análise bioquímica, dentre outros exames). Realizar a ligadura do cordão e o 
bebê pode então ser colocado sobre a mãe ou no berço aquecido.
 5. Credé ou credeização
Consiste na instilação de duas gotas de nitrato de prata a 1% no canto interno 
de cada olho, prevenindo a oftalmia gonocócica (Conjuntivite).
 6. Administração de vitamina K (kanakion)
Ao nascer, o bebê não tem ainda capacidade de coagulação sanguínea 
devido à imaturidade do fígado, sendo necessária a administração da vitamina K, 
objetivando prevenir a doença hemorrágica no período neonatal. Aplica-se na 
região vasto-lateral da coxa por via IM ou gotas por VO.
CUIDADOS DA ENFERMAGEM AO RN
 7. Identificação do RN
Utiliza-se pulseira própria, na qual devem constar o nome e 
sobrenome da mãe, a data e a hora do nascimento, colocando-
a no punho e no tornozelo do RN e no braço da mãe. Em casos 
de partos múltiplos, a ordem de nascimento deverá ser 
especificada nas pulseiras por meio de números (1, 2, 3 ....) após 
o nome da mãe.
 8. Registros: 
• Prontuário; 
• DNV: impressão plantar do RN e a impressão do polegar 
direito da mãe; 
• Caderneta da Criança;
 9. Verificação das medidas antropométricas 
Nessas medidas verifica-se o peso, o comprimento/estatura e 
os perímetros cefálico, torácico e abdominal que são parâmetros 
importantes para a avaliação e acompanhamento dos bebês.
CUIDADOS DA ENFERMAGEM AO RN
 Cuidados Mediatos 
São aqueles realizados no berçário ou no alojamento conjunto. Os objetivos dessa 
assistência são ajudar o RN a adaptar-se à vida extra-uterina, prevenir possíveis 
complicações que possam advir e detectar precocemente qualquer anormalidade. 
O RN pode ser encaminhado para: berçário, UTI neonatal e alojamento conjunto. Ao 
chegar ao berçário, o RN deve ser colocado em um berço ou incubadora aquecida, 
procedendo-se a sua admissão no setor, com registro da hora e de suas condições 
gerais.
 É recomendável iniciar a verificação dos sinais vitais a partir da frequência 
respiratória, passando para a frequência cardíaca e por último à temperatura 
corporal. Os parâmetros de normalidade dos sinais vitais no RN são: 
• Frequência respiratória - 25/60 incursões respiratórias por minuto; 
• Frequência cardíaca - 120/180 batimentos por minuto; 
• Temperatura - 36, 0 a 37,0ºC (axilar).
CLASSIFICAÇÃO DO RN
 Os RNs podem ser classificados de acordo com o peso, a idade gestacional (IG) 
ao nascer e com a relação entre um e outro. A classificação dos RNs é de 
fundamental importância pois ao permitir a antecipação de problemas 
relacionados ao peso e/ou à IG quando do nascimento, possibilita o 
planejamento dos cuidados e tratamentos específicos, o que contribui para a 
qualidade da assistência. 
O tempo de uma gestação desde a data da última menstruação até seu término 
é de 40 semanas. Sendo assim, considera-se: 
 a) RN prematuro - toda criança nascida antes de 37 semanas de gestação; 
 b) RN a termo - toda criança nascida entre 37 e 42 semanas de gestação; 
 c) RN pós-termo - toda criança nascida após 42 semanas de gestação. 
ALEITAMENTO MATERNO
 “AMAMENTAR é o processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com 
repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de 
infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009) 
 Aspectos nutricionais e imunológicos do Leite Materno 
1) Gorduras: A concentração de ac. Linoléico é 7-8x mais alta que no leite de 
vaca; Presença de lipase; Níveis mais altos de colesteróis. 
2) Proteínas: O leite de vaca tem aproximadamente 3x mais proteínas e minerais; 
IgG,IgM,e IgA ,A-lactoglobina,soroalbumina ,lizosima e lactoferrina são proteínas do leite 
materno; B-lactoglobina, além das já mencionadas, estão no leite de vaca; 
3) Relação cálcio-fósforo Concentração de ferro; 4) Vitaminas lipossolúveis A,D,E,K;
ALEITAMENTO MATERNO
 Tipos de leite: 
• colostro: leite amarelo produzido nos 3 a 4 
primeiros dias pós-parto, é rico em imunoglobulinas. 
• leite branco: aparece por volta do 5º dia pós-
parto, é a apojadura. É dividido em dois tipos, o do 
começo da mamada (produzido entre as mamadas) 
e o do final da mamada (produzido quando o bebê 
começa a sugar).
 Tipos de bico do seio materno
Todos os tipos de bico de peito possibilitam a 
amamentação. A criança mama o peito e não o 
bico.
ALEITAMENTO MATERNO
 Importância do leite materno 
• Evita mortes infantis, diarréias e infecção respiratória; 
• Diminui o risco de alergias, diabetes, hipertensão e colesterol alto; 
• Reduz a chance de obesidade; 
• Contém todos os ingredientes essenciais ao crescimento e desenvolvimento da 
criança. 
 Vantagens para a mãe 
• Reduz as contrações uterinas após as primeiras horas do parto; 
• Pode ser utilizada como método contraceptivo caso a amamentação seja exclusiva; 
• Protege contra o câncer de mama; 
• Promove vínculo afetivo entre mãe e filho; 
• É econômico e prático.
ALEITAMENTO MATERNO
 Vantagens para o recém nascido 
Estimula o desenvolvimento do palato; 
• Fornece imunidade; 
• Protege contra várias doenças; 
• Proporciona ao recém nascido uma 
melhor qualidade de vida; 
• Estimula o vínculo entre mãe e filho. 
ALEITAMENTO MATERNO
 Armazenamento do leite materno 
Se não tem refrigerador, o leite pode ser coletado em vasilha limpa, fervida durante 15 
minutos e colocado em local fresco. Para evitar a diarreia, esse leite só deve ser usado até seis 
horas após a coleta.
Se tem geladeira, o leite ordenhado pode ser refrigerado com segurança por até 24 horas 
ou congelado por até 30 dias. Antes de alimentar o bebê com o leite guardado, aqueça em 
banho-maria. Ofereça o leite ao bebê com colher, copo ou xícara e lembre sempre de jogar 
fora o que sobrou.
 Problemas relacionados à amamentação : As principais complicações da amamentação 
são: 
• Ingurgitamento; 
Consiste na compressão dos ductos lactíferos, o que dificulta ou impede a saída do leite 
dos alvéolos. É a complicação popularmente conhecida como “leite empedrado”. Pode 
ocorrer por motivos fisiológicos ou patológicos (febre por mais de 24 hrs). A conduta consiste na 
ordenha manual para retirada do excesso de leite das mamas. Se não tratado pode evoluir 
para mastite.
ALEITAMENTO MATERNO
• Lesão do mamilo devido a má pega (fissura); 
Ocorre devido á posicionamento ou pega incorretos, provoca muita dor e pode 
causar sangramento em pequena quantidade,porém não impede a amamentação e a 
pega correta alivia a dor. A conduta consiste na exposição das mamas ao sol, ordenha 
manual. Pode evoluir com ingurgitamento
• Mastite; 
É um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama que pode progredir 
para uma infecção. Deixa a mama dolorosa, vermelha, edemaciada e quente, mas 
também não impede a amamentação. O tratamento consiste em ordenha manual e/ou 
antibioticoterapia. 
• Abscesso mamário. 
É causado por mastite não tratada ou com tratamento iniciado tardiamente ou 
ineficaz. Os sintomas são dor intensa, febre, mal-estar, calafrios e presença de áreas de 
flutuação à palpação no local afetado. O tratamento consiste em drenagem cirúrgica e 
medicações.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
PUERPÉRIO
O puerpério inicia-se logo após a dequitação e termina quando a fisiologia 
materna volta ao estado pré-gravídico. Esse intervalo pode perdurar por 6 semanas 
ou ter duração variável, principalmente nas mulheres que estiverem amamentando. 
Os objetivos da assistência ao puerpério incluem: reconhecer os períodos 
puerperal, avaliar as condições físicas e emocionais da puérpera, analisar as distintas 
percepções no exame físico e suas relações com os padrões de normalidade e 
reconhecer a importância das ações de enfermagem. 
Classificação do Puerpério De acordo com as alterações físicas, o puerpério 
pode ser classificado em quatro fases distintas:
a) imediato (primeiras 2 horas pós-parto); 
b) mediato (da 2ª hora até o 10º dia pós-parto); 
c) tardio (do 11º dia até o 42º dia pós-parto) 
d) remoto (do 42º dia em diante).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
DESENVOLVIMENTO NEONATAL
 Desenvolvimento Sensorial Deve-se acompanhar o crescimento e a saúde do filho 
e além disso estimular a criança a ter esse desenvolvimento sensorial sadio com 
experiências e aprendizados e também para os profissionais que cuidam de 
crianças e da saúde.
 Visão A capacidade visual amplia-se em curto tempo, pois a princípio a única 
reação do bebê diante de um luz que ascende subitamente era a dilatação da 
pupila mas dias depois ele já distingue diferentes intensidades de luz. Após alguns 
dias pode fixar os olhos e um ponto luminoso, depois em dois pontos, até que na 
quarta semana já e capaz de seguir com o olhar um objeto em movimento. Ao que 
parece na sexta semana o bebê consegue distinguir algumas cores. O bebê ainda 
tem dificuldade de reconhecer os objetos e mesmo partes do corpo, pois vistos de 
diferentes ângulos tem aparências distintas, após um período ela aprende a 
entender as diferenças pela distância e ângulos. 
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 Audição Os recém-nascidos praticamente não escutam nos primeiros dias, pois 
ainda há restos de líquido amniótico nas cavidades do ouvido. Após algumas 
horas ou dias de vida o bebê passa a responder com frequencia cada vez 
maior aos estímulos representados pelos sons à sua volta. A capacidade de 
perceber de onde vem o som surge na Vigésima semana, é capaz de 
diferenciar ruídos de alegria e se alegra ao ouvir música, estudos indicam que 
barulhos curtos e intensos irritam a criança, enquanto sons suaves a acalmam. 
 Paladar e Olfato Sabe-se que crianças pequenas reagem com desagrado 
diante de cheiros muito fortes, enquanto os suaves parecem agradá-las. Quanto 
ao Paladar, as preferências são para alimentos doces. Como o Olfato e o 
Paladar estão estreitamente ligados à alimentação, é importante estabelecer 
hábitos alimentares saudáveis para a criança, para que esta não tenha 
distúrbios digestivos e preferências acentuadas por determinados sabores. 
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 Tato De maneira Geral, o bebê requer estímulos mais fortes para reagir 
através do tato. Durante as primeiras semanas suas reações à dor são 
pouco acentuadas, acredita-se que isso seja pelo trabalho exaustivo do 
parto, que de certa forma amortece os receptores sensoriais ou é devido 
ai escasso desenvolvimento dos centros cerebrais responsáveis pela 
percepção. A Sensibilidade vai aumentando e a criança logo aprende o 
significado de certas pressões e sensações corporais. A partir dos 6 meses, 
o bebê já demonstra satisfação ao ser acariciado e reage mais 
fortemente a dores.
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 Cólicas Intestinais É conhecida como a cólica dos 3 meses. A dor abdominal atinge 75% 
dos bebês nos primeiros três meses de vida e vem sempre no mesmo horário, geralmente 
no início da tarde ou durante a noite. E traz desespero para muitos pais. 
 Condutas: Além da tranquilidade dos pais, colo, massagem e carinho são fundamentais 
para acalmar o bebê na hora do choro: • Deite-o de bruços e embale-o nos braços. • 
Coloque a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao 
mesmo tempo são imbatíveis. • Aquecer o local traz conforto. Esquente um pano a ferro 
ou opte por uma bolsa de água quente. • Tome cuidado para não esquentar demais e 
nunca encoste a superfície quente direto na pele da criança. • Envolva-a em um pano. 
Em lojas de artigos para bebês há bolsas térmicas de gel. • Fique com o seu filho em um 
ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder, coloque uma música relaxante. • Apesar 
de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações 
intestinais, o que agrava as dores. • Massagens na barriga ajudam a soltar os gases. Passe 
a mão com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa, em movimento circulares. 
Isso aquece o local e acalma o bebê. • Exercícios com as pernas também contribuem 
para diminuir as dores e soltar gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas 
sobre o adbome. • Caso as cólicas continuem intensas, consulte o pediatra.
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 Refluxo Gastro-Esofágico Consiste no refluxo de conteúdo alimentar presente no 
estômago para o esôfago, normalmente com pH ácido, embora possa ser também de 
conteúdo biliar, neste caso chamado refluxo alcalino.
O refluxo, que contém material ácido, atinge a faringe e até a boca, provocando, tal 
como na pirose, ardor, queimação, mal estar e em casos extremos a morte.
 Há 2 tipos de refluxo: o fisiológico e o patológico. 
• Fisiológico: é comum até os 3 meses. Ocorre devido flacidez da musculatura, curto 
espaço esôfago-estômago, descontrole do esfíncter. Tratamento: RN em decúbito elevado. 
• Patológico: ocorre aumento das regurgitações e o bebê começa a evoluir com perda 
de peso. Pode causar complicações como a aspiração de conteúdo gástrico para o pulmão 
levando à pneumonias de repetição.
 Cuidados de enfermagem: • Manter o bebê em decúbito dorsal elevado; • Fracionar as 
amamentações evitando quantidades excessivas; • Atentar para sinais de aspiração; • 
Orientar aos pais sobre tratamento e acompanhamento médico.

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