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trabalho de Ciência Política_Conceito de Soberania segundo Jean Bodin

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UNAMA
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Direito Turma “E”
Docente: Pablo Angelim
Discente: Erika da Silva Santos 
Matrícula: 01314396
CONCEITO DE SOBERANIA – SEGUNDO JEAN BODIN
	Jean Bodin (1530-1596) foi o principal responsável pela formulação do conceito de soberania, o qual foi de fundamental importância na afirmação dos princípios da territorialidade da obrigação política, da impessoalidade do comando público e da centralização do poder. O Autor utilizou o conceito de soberania tanto para definir o Estado quanto para justificar a legitimidade do poder sobre os indivíduos. Assim, definiu soberania como o “poder perpétuo e absoluto de uma República”. 
	Jean Bodin afirmou que o poder soberano era condição necessária para a existência do Estado e que é precisamente a qualidade soberana do poder que diferencia o Estado de outros grupos sociais. 
	Neste sentido, podendo destacar dois atributos da soberania: o caráter perpétuo e o caráter absoluto.
	Quanto à perpetuidade, um Estado ou a república não poderá ser soberana, se esta for limitada pelo tempo. É mais um atributo do Estado do que do rei, mas ele defende também uma monarquia hereditária.
	Quanto ao absolutismo, existem quatro características principais: Superior: onde o detentor do poder soberano não pode estar submetido ou numa condição de igualdade em relação a outros poderes; Independente: onde o detentor do poder soberano tem plena liberdade de ação; Incondicionado: na qual o detentor do poder soberano está desvinculado de qualquer obrigação; e Ilimitado: onde é lícito afirmar que a própria ideia de limitação é incompatível com o poder soberano. O poder soberano é ilimitado para o direito positivo, mas limitado ao direito natural.
	Ainda que a Soberania tenha caráter perpétuo e absoluto, é cabível destacar que o seu detentor não possui um poder arbitrário, que não conhece limites. Assim, o soberano está submetido às leis divinas, naturais e certas leis humanas comuns a todos os povos.
	Para Bodin, o detentor da soberania deve se inspirar na lei divina para criar a lei civil. A lei divina apresenta-se como uma lei eterna e imutável, expressa na vontade e sabedoria de Deus, o qual é responsável pela criação e conservação de todas as coisas. Antes de tudo, o soberano é considerado um súdito de Deus, e por isso, não pode transgredir a lei divina, e sim, observá-la continuamente no exercício do seu poder. Como exemplo, podemos citar o Respeito à propriedade privada (que é um direito natural do homem) e o respeito aos contratos (princípio inerente ao direito natural), no qual os contratos devem ser cumpridos. Em suma, tanto a lei divina, quanto a natural expressam a vontade de Deus, diante das quais o poder soberano deve estar submetido.
	Desta forma, o poder soberano é exercido dentro do direito positivo, onde o soberano é de fato, considerado absoluto, já que é responsável por criar, corrigir, alterar e anular as leis civis de acordo unicamente com a sua vontade. Porém, fora da esfera do direito positivo, o seu poder torna-se arbitrário, sem justificativas para atuar.
	Portanto, a partir da obra de Bodin, a soberania tornou-se uma referência obrigatória nas teorias políticas, uma noção ordenadora, a partir da qual foram discutidas as principais questões jurídicas e políticas, na modernidade.
Rio Branco, Acre 20 de maio de 2019

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