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Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR I 
Sistematização da Assistência 
de Enfermagem 
SAE 
• O Processo de Enfermagem é um método para a 
organização e prestação do cuidado de enfermagem. 
• Encontram-se, na literatura, outras denominações 
como Sistematização da Assistência de Enfermagem 
(SAE) e Metodologia da Assistência de Enfermagem 
(MAE), termos empregados genericamente, para se 
referirem à forma de organizar a assistência. 
 
 (TANNURE; GONÇALVES, 2008) 
 
 
Etapas do PROCESSO DE ENFERMAGEM 
• Investigação – Histórico de Enfermagem 
• Diagnóstico de Enfermagem- Identificar as 
NHB Afetadas 
• Planejamento – Determinar prioridades 
• Implementação – Prescrição de 
Enfermagem (Executar a s ações) 
• Avaliação- Evolução dos resultados 
POR QUE USAR O PROCESSO DE ENFERMAGEM? 
• Ele lhe permite utilizar seu conhecimento e 
habilidade de uma forma organizada e 
orientada. 
 
• Capacita o profissional para se comunicar 
com a equipe multidisciplinar. 
Um pouco de história... 
• Com Florence Nightingale a enfermagem iniciou 
sua caminhada para a adoção de uma prática 
baseada em conhecimentos científicos, 
abandonando gradativamente a postura de 
atividade intuitiva e empírica; 
• Teoria ambientalista de Florence Nightingale 
Condições e influências externas influenciam a 
vida e o desenvolvimento de um organismo, 
sendo capaz de prevenir, suprimir ou contribuir 
para o adoecimento 
 
Áreas de controle ambiental: 
ventilação e iluminação 
x 
Áreas de controle ambiental: 
Emanações 
Área de controle ambiental: 
Barulho 
Processo de enfermagem utilizando teoria 
ambientalista 
• Histórico: investigação do ambiente físico, 
relações sociais, trabalho, lazer e relações 
familiares; 
• Diagnósticos de enfermagem: problemas 
ambientais detectados. 
• Prescrição: mudanças relacionadas ao ambiente 
doméstico, profissional, familiar, físico e estilo 
de vida. 
• Intervenção: realizada pelo cliente seguindo 
orientações do enfermeiro; 
• Avaliação: contínua a cada nova visita. 
• Na segunda metade dos anos 1960, Wanda 
de Aguiar Horta, primeira enfermeira 
brasileira a falar de teoria no campo 
profissional, embasou-se na Teoria de 
Abraham Maslow para elaborar a Teoria 
das Necessidades Humanas Básicas, e 
propôs às enfermeiras brasileiras uma 
assistência de enfermagem sistematizada 
que introduziu no Brasil uma nova visão de 
enfermagem (Horta, 1979). 
 Em 1961, o processo de enfermagem é descrito 
como uma proposta para melhorar a qualidade do 
cuidado prestado através do relacionamento 
dinâmico enfermeira-cliente; 
 
 Em 1967, houve pela primeira vez, descrição de um 
processo de quatro fases: histórico, planejamento, 
implementação e avaliação; 
 
SAE NO BRASIL 
• Os estudos sobre SAE no Brasil mereceram destaque 
somente no final dos anos 1980, quando o Decreto-
lei nº 94.406/87, definiu como atividade privativa do 
enfermeiro, entre outras, a elaboração da prescrição 
de enfermagem, planejar as ações, determinar e 
gerenciar o cuidado, registrar tudo o que foi 
planejado e executado e, finalmente, avaliar estas 
condições, permitindo assim gerar conhecimentos a 
partir da prática (BRASIL, 1986). 
 
 
ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM 
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
• INVESTIGAÇÃO: 
– 1º Passo para a determinação do estado de 
saúde do paciente. 
 
– Consiste na coleta de informações - saúde do 
cliente, família e comunidade. 
 
– Identificar: necessidades, problemas, 
preocupações e reações humanas do cliente. 
MÉTODO DE COLETA DE DADOS 
• Entrevista 
• História de saúde 
• Exame físico 
• Resultado de exames laboratoriais e 
diagnósticos. 
ENTREVISTA 
• Como o relato do cliente inclui informações 
subjetivas, a enfermeira deve empregar os 
dados obtidos na entrevista, para validá-
los, posteriormente, com os dados 
objetivos. 
 
• Ex.: Cliente reporta dificuldade com a 
deambulação, o enfermeiro deve avaliar, 
mais adiante, a marcha e a força muscular 
dele. 
ENTREVISTA 
• O enfermeiro deverá identificar impressões iniciais dos 
padrões de funcionamento humano e decidir sobre o que é 
relevante, direcionando a investigação para a aquisição de 
mais informações. 
 
• Exemplo: ao perceber que o cliente apresenta um 
problema respiratório, o enfermeiro deve concluir quais 
são os fatores relacionados com o aparecimento das 
evidências apresentadas pelo cliente. Causas 
SSVV 
Sintomas 
Queixas 
DIAGNÓSTICO REAL 
X 
DIAGNÓSTICO DE RISCO 
• Diagnóstico Real: 
TÍTULO + FATORES RELACIONADOS 
 + CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS 
• Diagnóstico de Risco: 
TÍTULO + FATORES DE RISCO 
 
FATORES RELACIONADOS 
 
EXEMPLO DE DIAGNÓSTICO REAL DE 
ENFERMAGEM - 
Eliminação Urinária Prejudicada 
1- Dano sensório-motor 
2- Infecção do Trato Urinário 
3- Múltiplas causas 
4- Obstrução Anatômica 
Disúria, Poliúria, Hesitação Urinária 
Incontinência, Noctúria 
Retenção Urinária, Urgência Urinária 
TÍTULO 
CARACTERÍSTICA 
DEFINIDORAS 
(MANIFESTAÇÕES) 
FATORES 
RELACIONADOS 
(CAUSAS) 
EXEMPLO DE DIAGNÓSTICO DE RISCO DE 
ENFERMAGEM - 
Risco de Infecção 
1-Agentes farmacêutico (imunossupressor) 
2- Defesas primárias inadequadas 
3- Desnutrição 
4- Doença crônica 
5- Traumas... 
TÍTULO 
FATORES DE RISCO 
Foco: é o indivíduo doente 
• Meu paciente ou cliente 
FOCO 
Exemplo de prescrição 
REFERÊNCIAS 
• Cunha SMB, Barros ALBL. Análise da implementação da Sistematização da 
Assistência de Enfermagem, segundo o Modelo Conceitual de Horta. Rev Bras 
Enferm 2005; 58(5): 568-72. 
• Anselmi ML, Carvalho EC, Angerami ELS. Histórico de enfermagem: compreensão e 
utilização teórico-prática. Rev Esc Enferm USP 1998, 22(2):181-8. 
• Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução COFEN Nº 272/2002. Dispõe 
sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de 
Saúde Brasileiras. Disponível 
em: http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.asp?ArticleID= 
7100&sectionID=34 Acesso: 02/08/2013 
• Cruz DALM. Processo de enfermagem e classificações. In: Gaidzinski RR. 
Diagnóstico de enfermagem na prática clínica. Porto Alegre: Artmed; 2008. 
• Tannure MC. O Processo de enfermagem. In: Tannure MC, Gonçalves AMP. 
Sistematização da assistência de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 2008. 
CASO 1 
• Identificação-D.M.D.,feminino,23 anos,residente em 
Aparecida de Goiânia,GO. 
• História da Doença Atual - Paciente procurou o 
Pronto Socorro em 8/2/2001 referindo que há 
quatro dias teve início de febre, cefaléia, mal-estar 
geral, náuseas, um episódio de vômito e dor 
abdominal foi medicada na UBS com sintomáticos, 
com melhora do quadro. 
• No dia 8/02/01, no Pronto Socorro refere piora dos 
sintomas com vários episódios de vômito e intensa 
dor abdominal. A avaliação às 14 horas era a 
seguinte: 
 
 
 
• Exame Físico Geral - Regular estado geral, corada, 
desidratada +/4, anictérica. 
• Temperatura axilar de 37,2ºC, PA deitada: 
110x70mmHg; Freqüência cardíaca: 96bpm, 
• Peso: 55 kg. Pele: sem lesões. Segmento cefálico e 
tórax: sem alterações. Abdome: dor à palpação 
profunda, principalmente em fossa ilíaca 
direita,ruídos hidro-áereos presentes e diminuídos, 
ausência de visceromegalias. Neurológico: sem 
alterações. Paciente referiu tontura ao se levantar 
para a coleta de exame de urina. 
CASO 2 
• AAP, 50 anos, branco, masculino, natural de 
Sergipe, procedente de São Paulo, 
matriculado no I.C.F. sob no. 31111 em 
26.05.2000. 
• PROFISSÃO - Cobrador deônibus, 
trabalhou como agricultor em seu estado 
de origem 
• História de doença anterior (HDA): Nega 
passado patológico pulmonar 
• HP - Nega tabagismo, nega etilismo 
• História da moléstia atual – Há aproximadamente 5 
meses com tosse produtiva, com expectoração 
branca, eventualmente com laivos de sangue. 
Sudorese noturna profusa, dispnéia aos maiores 
esforços. Dor com características pleurais no 
hemitórax direito. Emagrecimento leve. 
• EF – Consciente, orientado, magro, dispneico, sem 
adenomegalias cervicais. 
• Tórax – propedêutica de derrame pleural no terço 
inferior do HTD. 
• RADIOGRAMA DE TÓRAX (abril 2000) – Opacidade 
pleuro pulmonar na metade inferior do HTD. 
• CONDUTA – Foi submetido a punção 
biópsia pleural com saída de 30ml de 
líquido citrino e 3 fragmentos de pleura. 
Apresentou lipotímia, no procedimento, 
que melhorou espontaneamente com 
posição de Trendelemburg mas impediu o 
esvaziamento da cavidade pleural. 
 
• DESCREVAM OS PROBLEMAS DE 
ENFERMAGEM ENCONTRADOS 
CASO CLÍNICO 3 
• Lactente, 1 ano, sexo masculino 
• Mãe relatou queda 
• Mostra-se irritadiça, chorando muito, não quer se 
alimentar 
• Há 2 dias, apresenta diarréia aquosa nas fraldas 
• Ao exame físico, apresenta-se deprimido, olhos 
encovados, pele com turgor diminuído e ausência de 
lágrimas, caracterizando quadro de desidratação 
grave. 
• Foi realizado RX sem alterações no resultado. 
• Foi realizada hidratação venosa com melhora do 
quadro clínico. 
 
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CASO CLINICO 4 
• S.A.R., 45 anos, sedentária 
• Após trabalho pesado apresentou quadro de 
Lombalgia 
• Durante o teste de mobilidade vertebral: 
• Dor à palpação de musculatura paravertebral 
• Dor à flexão e rotação da coluna 
• Radiografias sem alterações 
• Diagnóstico: Lesão de esforço lombar com espasmos 
musculares local 
• Foi receitado medicação especifica, repouso e 
exercícios posteriores. 
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2.Lesão cerebral traumática Síndrome pós-trauma 
 1. Afasia expressiva Comunicação verbal 
prejudicada 
 
 
1. Comunicação verbal prejudicada, relacionada alteração 
da autoestima evidenciado pela dificuldade de falar. 
2. Síndrome pós-trauma, relacionada a lesão grave 
evidenciado por dificuldade de concentrar-se. 
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Achados Título Diagnostico 
 Modelo para Avaliação. 
Diagnostico de Enfermagem

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