Buscar

Ensino de Gramática na Escola

Prévia do material em texto

PORTFÓLIO – LICENCIATURA EM LETRAS 
MÓDULO B – FASE I 
 EIXO 1 – NORMA CULTA: USOS E LIMITAÇÕES 
 
MÓDULO B 
FASE I 
Tema: Gramática na escola: uma prática possível? 
Prática: Entrevista 
Produção: Entrevista gravada 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
- Refletir sobre como deve se dar o ensino de gramática na 
escola; 
- Preparar uma entrevista a fim de verificar como um 
professor de Língua Portuguesa trata o ensino da gramática; 
- Conhecer a relação do professor entrevistado com o ensino 
de gramática; 
- Apresentar a entrevista gravada no polo. 
 
 
 
O ensino de gramática na escola é um tema de ampla discussão tanto na área linguística 
como na educacional. Ao longo da história da disciplina de Língua Portuguesa, a 
gramática já exerceu papel de protagonista ou de figurante nas aulas de Português. O 
que sabemos hoje é que o ensino de gramática não deve mais ser baseado em 
memorizações e repetições de exercícios de conjugação e transposição que valorizem 
apenas a gramática normativa e sua variedade privilegiada. Os próprios PCNs (BRASIL, 
1998) englobam a gramática no eixo intitulado análise linguística, pois seu ensino deve 
se dar a partir da reflexão dos usos das regras em diferentes situações discursivas de 
diferentes variedades. Saiba um pouco mais sobre esse tema no artigo Ensino de 
Gramática nas escolas, de Michele de Jesus P. Tolentino e Vanessa Assis Lima: 
Muito se tem questionado a respeito do ensino de gramática nas aulas de língua portuguesa, 
afinal a gramática deve ou não ser ensinada? Diante de uma nova metodologia, como seria a 
reação de professores e alunos? 
Em vista disso, surge também outro questionamento, acerca do ensino de língua portuguesa nas 
escolas, pois ao educador compete o ensino da gramática normativa para o cumprimento dos 
ATIVIDADE 
 
Parâmetros Curriculares Nacionais, os quais servem de referência para o trabalho de todas as 
disciplinas nos três níveis para a formação escolar dos discentes. Observa-se uma grande 
dificuldade em relação à aprendizagem, por parte desses, de acordo com a norma culta imposta 
devido à cultura dos estudantes que, muitas vezes, é incompatível levando os mesmos a 
concluírem a vida escolar sem saberem ler e escrever adequadamente. 
Cônscio dessa realidade, o professor de língua portuguesa, deverá dedicar-se em adotar novos 
recursos didáticos, a fim de garantir um ensino eficaz que leve o aluno a ter verdadeiramente 
uma aprendizagem significativa. 
Não há dúvida de que deve ensinar a gramática normativa nas aulas de língua portuguesa, 
embora sabe-se perfeitamente que ela em si não ensina ninguém a falar, ler e escrever com 
precisão (Antunes, 2007 p. 53). O dever da escola é ensiná-la oferecendo condições ao aluno 
de adquirir competência para usá-la de acordo com a situação vivenciada. Não é com teoria 
gramatical que ela concretizará o seu objetivo, pois isto leva os estudantes ao desinteresse pelo 
estudo da língua, por não terem condições de entender o conteúdo ministrado em sala de aula, 
resultando assim frustrações, reprovações e recriminações que iniciam pela própria escola e o 
preconceito linguístico. 
É importante enfatizar que a assimilação crítica dos estudos linguísticos e a necessidade de se 
estabelecer um maior contato do professor com a língua materna e a proposta da lingüística; 
valorizar a língua falada pelo aluno. Considerando que a gramática não deve ser tida como uma 
verdade única, absoluta e acabada antes, porém seus conceitos devem ser relativizados, para 
que alcance o educando do século XXI. 
(BAGNO, 2000 p. 87) opina que: "A gramática deve conter uma boa quantidade de atividades de 
pesquisa, que possibilitem ao aluno a produção de seu próprio conhecimento linguístico, como 
uma arma eficaz contra a reprodução irrefletida e acrítica da doutrina gramatical normativa". 
Através desse conceito, Bagno afirma que a gramática em si não justifica seu papel de única 
fonte para o ensino da língua nas escolas, tanto do ponto de vista teórico quanto do prático, bem 
como o código normativo da linguagem, tomado no geral. Os gramáticos levam ao estágio da 
angústia os professores e os alunos, para o estudo gramatical em virtude das divergências entre 
os mesmos. Então o professor deve deixar de lado o comodismo e a repetição da doutrina 
gramatical e ser mais dinâmico ministrando o conteúdo de forma reflexiva em atividades 
contextualizadas, interdisciplinares, individuais ou coletivas de forma que o aluno passa a 
conhecer as variedades da língua através de pesquisas, as quais envolvam a leitura e produção 
textual, construindo seu próprio conhecimento linguístico. 
O ensino de gramática nas escolas, acontece de forma arcaica, devido à aplicação de métodos 
totalmente teóricos, sem nenhuma significação na vida dos alunos que, por sua vez, não 
conseguem estabelecer relação entre a teoria gramatical e a prática de texto. 
A concepção de que língua e gramática são uma coisa só deriva do fato de, ingenuamente, se 
acreditar que a língua constituída de um único componente: a gramática. Por essa ótica, saber 
uma língua equivale a saber sua gramática; ou, por outro lado, saber a gramática de uma língua 
equivale a dominar totalmente essa língua. Na mesma linha de raciocínio, consolida-se a crença 
de que o estudo de uma língua é o estudo de sua gramática (p.39). 
Para saber mais, artigo disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/gramatica/ensino-gramatica-nas-escolas.htmf , 
acesso em 24, out. 2018 
Para saber mais sobre o tema, leia também: 
 
BORGES NETO, José. Ensinar gramática na escola? Disponível em: 
http://www.revel.inf.br/files/e5c43b98325ed8dae986eca642e5c3d2.pdf. Acesso em 24 
out. 2018. 
ANTONIO, Juliano Desiderato. O ensino de gramática na escola: uma nova embalagem 
para um antigo produto. Disponível em: 
http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/edicoesanteriores/4publica-estudos-
2006/sistema06/942.pdf. Acesso em 24 out. 2018. 
 
Em uma primeira etapa, elabore a pauta de uma entrevista, isto é, desenvolva 
exatamente quais serão as perguntas e questionamentos que servirão como mote para 
a interação com a pessoa a ser entrevista por você. Logo após, faça a entrevista, 
contendo de 3 a 5 minutos, utilizando o roteiro previamente desenvolvido. O conteúdo 
da entrevista deve ter relação com a prática do ensino da gramática nas aulas de Língua 
Portuguesa. Desta forma, você conhecerá a realidade do ensino de gramática em uma 
escola. No entanto, se o entrevistado não desejar que a sua imagem apareça na 
gravação, ele poderá ser filmado de costas, outras imagens poderão aparecer 
enquanto o entrevistado responde às questões, ou ainda apenas o áudio pode ser 
gravado. Lembre-se de que, no caso de a imagem ser gravada, é preciso que o 
entrevistado assine o termo de autorização. O entrevistado poderá ter o nome divulgado, 
caso assine o termo de autorização. Caso não deseje assinar, você poderá identificá-lo 
no seu vídeo como professor que atua no Ensino Fundamental/Ensino Médio da rede 
pública/particular de ensino. O vídeo e o termo de autorização, se for o caso, deverão 
ser postados no AVA. Não se esqueça de iniciar o seu vídeo com os dados de 
identificação: nome, RU e polo. 
O polo organizará uma exposição dos vídeos. Essa exposição poderá ser aberta à 
comunidade, sendo convidados, inclusive, os entrevistados. Para apresentar o seu 
vídeo, crie uma sinopse, que será lida antes da exibição. Após a exibição de todos os 
vídeos, haverá uma inscrição de participação, ou seja, aqueles que desejarem poderão 
comentar ou realizar perguntas aos elaboradores do vídeo. 
 
 
 
 
 
 
1. Leitura do texto; 
2 - Escrita da entrevista; 
3- Gravação da entrevista; 
4- Apresentação da entrevista no polo;5. Postagem no AVA – Trabalho: entrevista gravada (vídeo) (Formato: MP4) 
 
 
 
 
1. Para formar grupos, os alunos devem ser do mesmo polo, curso e das mesmas 
disciplinas; 
2. No caso de grupo, apenas um dos alunos realiza a postagem do portfólio e do vídeo 
com a apresentação e insere o RU dos colegas; 
3. Os grupos podem ser formados com até 4 integrantes; 
4. Postar no link Trabalhos o arquivo no formato indicado; 
5. Anotar o número do protocolo de postagem que é gerado; 
6. Verifique no link o período de postagem; 
7. Em caso de dúvidas, procure o seu polo de apoio presencial; 
8. Leia atentamente todos os materiais postados na aula Portfólio das disciplinas da 
fase; 
9. Produza o seu texto utilizado o modelo/template disponibilizado; 
10. Solicitações de alterações deverão ser realizadas até 10 dias após o término do 
período de postagem do trabalho no AVA e serão analisadas pelo Núcleo de Práticas. 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS DE 
AVALIAÇÃO 
RESUMO DA 
ATIVIDADE 
LEMBRETES 
 
 
 
Produção 
1. O trabalho apresenta os dados de identificação do(s) aluno(s). (Peso: 10) 
 
2. O trabalho apresentado está de acordo com a proposta solicitada. (Peso: 10) 
 
3. O trabalho apresenta desenvolvimento que contempla criação própria (autoria) 
articulada à proposta de atividade do portfólio. (Peso: 20) 
 
4. O trabalho atende às normas acadêmicas da Instituição de Ensino Superior (IES) e 
ao gênero textual proposto, conforme indicações nas orientações e no modelo. 
(Peso: 10) 
 
5. O trabalho apresenta sequência lógica, coesão, coerência, objetividade, linguagem 
e vocabulário científicos adequados, estando de acordo com a norma padrão da 
língua. (Peso: 15) 
 
6. O conteúdo e conceitos estão de acordo com os referenciais clássicos, e os autores 
teóricos, se mencionados, foram devidamente citados, referenciados e são 
relevantes para o trabalho. (Peso: 20) 
 
7. O trabalho apresenta uma síntese pessoal ou do grupo, de modo a expressar 
compreensão sobre o tema que foi objeto da atividade, além de haver 
argumentação/posicionamento crítico. (Peso: 15) 
 
Apresentação 
1. Adota um discurso consistente na apresentação/discussão do trabalho, sequência 
lógica dos conteúdos, clareza e articulação das ideias, linguagem fluente, clara e 
objetiva. (Peso: 40) 
2. Demonstra domínio do conteúdo e atitude reflexiva. (Peso: 40) 
3. Houve adequação e cumprimento ao tempo e às normas de apresentação. (Peso: 
20) 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo termo de autorização de uso de imagem: 
 
MODELO 
 
 
AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM 
(Nome completo)__________________, RG nº_____________, CPF/MF 
nº__________________, profissão _______________, maior, residente e domiciliado na Rua 
______________, no._______, na cidade de _________, Paraná, autorizo a Escola Superior de 
Educação – ESE da UNINTER EDUCACIONAL S.A., CNPJ 02.261.854/0001-57, por si ou por 
terceiro(s), a fazer uso de minha imagem, nome e som voz, para os cursos de Segunda 
Licenciatura, podendo livremente realizar a execução de fotografias, montagens, edições, 
cortes, reprodução, redução e ampliação das mesmas, relativamente ao vídeo gravado em data 
de ____________, para atividades pedagógicas voltadas para o portfólio do curso de 
____________________________________. Esta autorização é extensiva à Escola Superior de 
Educação-ESE conjunta com a UNINTER venha efetuar com seus alunos dos cursos de Segunda 
Licenciatura, imagens acima referidas. A presente autorização é feita a título gratuito e por 
tempo ilimitado. 
Curitiba, ___ de _______________ de 2018. 
_____________________________________ (nome e assinatura)

Continue navegando