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legislação acessibilidade

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28/03/2019 ate_pro_arq_vii_u1_s3_wa
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Nesta webaula apresentaremos brevemente questões essenciais dentro do contexto da legislação e acessibilidade dos terminais de
passageiros, tais como: o levantamento e legislação local; legislação sobre prevenção e combate a incêndios; acessibilidade ao transporte e
dimensionamento do mobiliário, espaços e equipamentos; acessibilidade em veículos e Desenho Universal. 
Levantamento legislação local 
Devido ao fato de se tratarem de elementos que compõem a infraestrutura urbana, os Terminais de Passageiros costumam ser
classificados em uma categoria de uso especial pelas legislações municipais. 
A legislação municipal imporá limitações para o gabarito de altura
máxima, recuos e afastamentos, entre outros. Essas determinações
municipais devem ser pesquisadas no Plano Diretor e Estratégico,
na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e no Código de
Obras e Edificações ou em seus equivalentes do município onde
será desenvolvido o projeto, e seu atendimento é fundamental para
a aprovação do projeto. 
No entanto, um empreendimento pode atender a todas as
determinações presentes, por exemplo, na Lei de
Zoneamento e no Código de Obras e Edificações do
município e, ainda assim, ter seu licenciamento negado por
não apresentar medidas necessárias para mitigar seu
impacto ambiental ou de vizinhança. 
Isso se deve ao fato de que os Terminais de Passageiros são
empreendimentos que certamente serão polos geradores de
tráfego, de impacto ambiental e de vizinhança. Por isso, devem
atender a disposições específicas da legislação municipal para o
licenciamento ambiental e urbanístico, em especial a elaboração de
um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Além desses, os
municípios podem incluir em sua regulamentação de atendimento
obrigatório outros aspectos a serem abordados pelo EIV. 
Legislação sobre prevenção e combate a incêndios e desastres 
O atendimento à legislação sobre prevenção e combate a incêndios e desastres é determinante para a segurança dos usuários e aprovação e
licenciamento de empreendimentos. Na maioria dos casos, o atendimento à NBR 9077/2001 (ABNT, 2001), Saídas de Emergência em
Edifícios, é suficiente. Essa norma tem por objetivos permitir que a população das edificações as abandone em caso de incêndio e que os
bombeiros tenham fácil acesso a elas para o combate ao fogo e retirada da população. No entanto, para os Terminais de Passageiros, a
NBR 9077/2001 indica que há necessidade de se consultar regulamentos específicos. 
Tratando-se da lei 13.425, de 30 de março de 2017 (BRASIL, 2017),
ela determina que, respeitada a legislação estadual pertinente, os
municípios editem normas de prevenção e combate a incêndios e
desastres que abranjam estabelecimentos comerciais e de serviços,
áreas de reunião de público com ocupação igual ou superior a 100
pessoas, locais ocupados predominantemente por idosos, crianças
ou pessoas com dificuldade de locomoção, ou que contenham
grande quantidade de material altamente inflamável. 
Ainda segundo a Lei 13.425, a análise, fiscalização e
aprovação dessas medidas de prevenção deve ser feita pelo
Corpo de Bombeiros Militar, o qual emite instruções técnicas
de cumprimento obrigatório a esse respeito. 
Atelier de Projeto de Arquitetura VII 
Legislação e acessibilidade 
Unidade 1 - Seção 3 
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Fonte: iStock. 
Acessibilidade ao transporte e
dimensionamento do mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos 
Um dos principais instrumentos para a eliminação dos obstáculos
ao acesso ao transporte é a aplicação da norma NBR 9050/2015 –
Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos
Urbanos – da ABNT. Você certamente já está familiarizado com
essa norma no que se refere aos espaços de circulação, como rotas
acessíveis, rotas de fuga, corredores, rampas e escadas, aos
sanitários e à sinalização tátil e visual. 
No caso de um Terminal de Passageiros, é muito provável que
haja necessidade de equipamentos especiais, como elevadores ou
plataformas de elevação vertical ou inclinada, e esteiras rolantes,
que também estão contemplados nela. Além disso, deve-se
verificar à localização e dimensionamento do mobiliário, como
lixeiras, telefones públicos e bancos, e dos balcões de informação e
atendimento, bilheterias e caixas de pagamento, tanto do ponto de
vista do público, como do atendente, que também pode ser um
deficiente físico. 
Outro aspecto importante que devemos analisar é a previsão de alternativas acessíveis aos controles de acesso, como catracas ou
outros tipos de bloqueio muito comuns nos terminais de passageiros, além de localizar e dimensionar corretamente as áreas de
espera e de embarque e desembarque. 
Acessibilidade em veículos 
No caso dos veículos urbanos e rodoviários para o transporte
coletivo de passageiros, a ABNT publicou as seguintes normas: 
NBR 15570/2011 – Transporte – Especificações Técnicas
para Fabricação de Veículos de Características Urbanas para
Transporte Coletivo de Passageiros 
NBR 15320/2018 – Acessibilidade em Veículos de
Categoria M3 com Características Rodoviárias para o
Transporte Coletivo de Passageiros – Parâmetros e Critérios
Técnicos. 
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Essas normas classificam os vários tipos de veículos, especificam,
entre muitos outros, os dispositivos para acesso ao veículo, como
plataformas de elevação e rampas, as dimensões externas e raios
de curvatura dos veículos, e as alturas máximas internas em
relação ao solo. Sendo assim, fornecem os subsídios indispensáveis
para a definição da altura das plataformas de embarque e
desembarque, para a escolha dos dispositivos de acesso aos
veículos e para o dimensionamento dos acessos e da circulação de
veículos no interior do terminal. 
Fonte: iStock. 
Além dos veículos rodoviários e urbanos, a ABNT publicou as seguintes normas referentes ao modal ferroviário e aquaviário: 
A NBR 14021/2005 – Transporte – Acessibilidade no Sistema de Trem Urbano ou Metropolitano – apresenta fluxogramas de sinalização e
circulação por rota acessível, descreve e dimensiona, inclusive com ilustrações, como devem ser as bilheterias, os equipamentos de
autoatendimento e os controles de acesso, e detalha as plataformas de embarque e desembarque. Além disso, tem uma seção dedicada à
sinalização tátil, sonora e visual, com indicação de localização e representação de símbolos gráficos, e outra onde são especificados os
níveis mínimos de iluminância para os diversos ambientes que compõem um terminal ferroviário. 
Modal ferroviário Modal aquaviário 
Desenho Universal 
Os Terminais de Passageiros devem ser acessíveis a todos, isso significa que seu projeto deve considerar o Desenho Universal. Os
resultados de sua aplicação são espaços e produtos que atendem às necessidades do maior número de usuários possível. Para isso, esses
espaços e produtos devem: 
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1. Proporcionar uso equitativo, ou seja, devem poder ser utilizados por usuários com diferentes capacidades,
não devem segregar ou estigmatizar e devem oferecer proteção e privacidade a todos.  
Nesta webaula, estudamos quais leis municipais regem e que influência elas podem ter no projeto de um Terminal de Passageiros.
Vimos a legislação sobre prevenção e combate a incêndios; acessibilidade ao transporte e dimensionamento do mobiliário, espaços e
equipamentos; acessibilidade em veículos.Por fim, conhecemos brevemente o conceito do desenho universal. 
Vídeo de encerramento
Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.

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