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28/03/2019 ate_pro_arq_vii_u1_s3_wa https://avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=458625 1/3 Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Ele possibilita diversas formas de interação com o conteúdo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas na versão impressa, alguns conteúdos interativos são perdidos, por isso, fique atento! Sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Nesta webaula apresentaremos brevemente questões essenciais dentro do contexto da legislação e acessibilidade dos terminais de passageiros, tais como: o levantamento e legislação local; legislação sobre prevenção e combate a incêndios; acessibilidade ao transporte e dimensionamento do mobiliário, espaços e equipamentos; acessibilidade em veículos e Desenho Universal. Levantamento legislação local Devido ao fato de se tratarem de elementos que compõem a infraestrutura urbana, os Terminais de Passageiros costumam ser classificados em uma categoria de uso especial pelas legislações municipais. A legislação municipal imporá limitações para o gabarito de altura máxima, recuos e afastamentos, entre outros. Essas determinações municipais devem ser pesquisadas no Plano Diretor e Estratégico, na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e no Código de Obras e Edificações ou em seus equivalentes do município onde será desenvolvido o projeto, e seu atendimento é fundamental para a aprovação do projeto. No entanto, um empreendimento pode atender a todas as determinações presentes, por exemplo, na Lei de Zoneamento e no Código de Obras e Edificações do município e, ainda assim, ter seu licenciamento negado por não apresentar medidas necessárias para mitigar seu impacto ambiental ou de vizinhança. Isso se deve ao fato de que os Terminais de Passageiros são empreendimentos que certamente serão polos geradores de tráfego, de impacto ambiental e de vizinhança. Por isso, devem atender a disposições específicas da legislação municipal para o licenciamento ambiental e urbanístico, em especial a elaboração de um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Além desses, os municípios podem incluir em sua regulamentação de atendimento obrigatório outros aspectos a serem abordados pelo EIV. Legislação sobre prevenção e combate a incêndios e desastres O atendimento à legislação sobre prevenção e combate a incêndios e desastres é determinante para a segurança dos usuários e aprovação e licenciamento de empreendimentos. Na maioria dos casos, o atendimento à NBR 9077/2001 (ABNT, 2001), Saídas de Emergência em Edifícios, é suficiente. Essa norma tem por objetivos permitir que a população das edificações as abandone em caso de incêndio e que os bombeiros tenham fácil acesso a elas para o combate ao fogo e retirada da população. No entanto, para os Terminais de Passageiros, a NBR 9077/2001 indica que há necessidade de se consultar regulamentos específicos. Tratando-se da lei 13.425, de 30 de março de 2017 (BRASIL, 2017), ela determina que, respeitada a legislação estadual pertinente, os municípios editem normas de prevenção e combate a incêndios e desastres que abranjam estabelecimentos comerciais e de serviços, áreas de reunião de público com ocupação igual ou superior a 100 pessoas, locais ocupados predominantemente por idosos, crianças ou pessoas com dificuldade de locomoção, ou que contenham grande quantidade de material altamente inflamável. Ainda segundo a Lei 13.425, a análise, fiscalização e aprovação dessas medidas de prevenção deve ser feita pelo Corpo de Bombeiros Militar, o qual emite instruções técnicas de cumprimento obrigatório a esse respeito. Atelier de Projeto de Arquitetura VII Legislação e acessibilidade Unidade 1 - Seção 3 28/03/2019 ate_pro_arq_vii_u1_s3_wa https://avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=458625 2/3 Fonte: iStock. Acessibilidade ao transporte e dimensionamento do mobiliário, espaços e equipamentos urbanos Um dos principais instrumentos para a eliminação dos obstáculos ao acesso ao transporte é a aplicação da norma NBR 9050/2015 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos – da ABNT. Você certamente já está familiarizado com essa norma no que se refere aos espaços de circulação, como rotas acessíveis, rotas de fuga, corredores, rampas e escadas, aos sanitários e à sinalização tátil e visual. No caso de um Terminal de Passageiros, é muito provável que haja necessidade de equipamentos especiais, como elevadores ou plataformas de elevação vertical ou inclinada, e esteiras rolantes, que também estão contemplados nela. Além disso, deve-se verificar à localização e dimensionamento do mobiliário, como lixeiras, telefones públicos e bancos, e dos balcões de informação e atendimento, bilheterias e caixas de pagamento, tanto do ponto de vista do público, como do atendente, que também pode ser um deficiente físico. Outro aspecto importante que devemos analisar é a previsão de alternativas acessíveis aos controles de acesso, como catracas ou outros tipos de bloqueio muito comuns nos terminais de passageiros, além de localizar e dimensionar corretamente as áreas de espera e de embarque e desembarque. Acessibilidade em veículos No caso dos veículos urbanos e rodoviários para o transporte coletivo de passageiros, a ABNT publicou as seguintes normas: NBR 15570/2011 – Transporte – Especificações Técnicas para Fabricação de Veículos de Características Urbanas para Transporte Coletivo de Passageiros NBR 15320/2018 – Acessibilidade em Veículos de Categoria M3 com Características Rodoviárias para o Transporte Coletivo de Passageiros – Parâmetros e Critérios Técnicos. 28/03/2019 ate_pro_arq_vii_u1_s3_wa https://avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=458625 3/3 Essas normas classificam os vários tipos de veículos, especificam, entre muitos outros, os dispositivos para acesso ao veículo, como plataformas de elevação e rampas, as dimensões externas e raios de curvatura dos veículos, e as alturas máximas internas em relação ao solo. Sendo assim, fornecem os subsídios indispensáveis para a definição da altura das plataformas de embarque e desembarque, para a escolha dos dispositivos de acesso aos veículos e para o dimensionamento dos acessos e da circulação de veículos no interior do terminal. Fonte: iStock. Além dos veículos rodoviários e urbanos, a ABNT publicou as seguintes normas referentes ao modal ferroviário e aquaviário: A NBR 14021/2005 – Transporte – Acessibilidade no Sistema de Trem Urbano ou Metropolitano – apresenta fluxogramas de sinalização e circulação por rota acessível, descreve e dimensiona, inclusive com ilustrações, como devem ser as bilheterias, os equipamentos de autoatendimento e os controles de acesso, e detalha as plataformas de embarque e desembarque. Além disso, tem uma seção dedicada à sinalização tátil, sonora e visual, com indicação de localização e representação de símbolos gráficos, e outra onde são especificados os níveis mínimos de iluminância para os diversos ambientes que compõem um terminal ferroviário. Modal ferroviário Modal aquaviário Desenho Universal Os Terminais de Passageiros devem ser acessíveis a todos, isso significa que seu projeto deve considerar o Desenho Universal. Os resultados de sua aplicação são espaços e produtos que atendem às necessidades do maior número de usuários possível. Para isso, esses espaços e produtos devem: Slide Image 1. Proporcionar uso equitativo, ou seja, devem poder ser utilizados por usuários com diferentes capacidades, não devem segregar ou estigmatizar e devem oferecer proteção e privacidade a todos. Nesta webaula, estudamos quais leis municipais regem e que influência elas podem ter no projeto de um Terminal de Passageiros. Vimos a legislação sobre prevenção e combate a incêndios; acessibilidade ao transporte e dimensionamento do mobiliário, espaços e equipamentos; acessibilidade em veículos.Por fim, conhecemos brevemente o conceito do desenho universal. Vídeo de encerramento Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.
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