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Introdução crimes hediondos

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Introdução
Nas décadas de 80 e 90 houve uma explosão de ocorrências de crimes como roubos, sequestros e estupros, praticados com emprego de massiva violência e, devido a isto, a sociedade passou a exigir uma rigorização do tratamento dispensado àqueles que praticavam tais delitos.
A solução legislativa encontrada foi a criação da Lei 8.072de 25 de julho de 1990, destinada a enrijecer o tratamento destinado à ocorrência de tais crimes violentos. A tal lei foi dado o nome de “Lei de Crimes Hediondos”.
De início resta aclarar que houveram críticas ao termo “hediondo”, haja vista que, não foi dada definição legal para o mesmo, criando certa esfera de incerteza quanto à interpretação a ser dada.
A criação de uma norma específica para a questão dos crimes hediondos encontra respaldo dentro da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XLIII:
Dos crimes hediondos e crimes equiparados aos hediondos 
Quanto à motivação para a criação de tal norma específica e, como uma crítica pela forma por demais acelerada que a mesma foi elaborada, discorre Leal
A Lei 8.072/90 tem seu nascimento atrelado à cobrança de penas mais rigorosas frente aos crimes executados com crueldade, não criando, no entanto, nenhum novo tipo penal, utilizando como base os delitos elencados no Código Penal Brasileiros e em leis esparsas
Os crimes considerados hediondos pela Lei 8.072/90, bem como pelas demais leis que a alteram a legislação supramencionada no passar do tempo, como a Lei8.930 de 1994, a Lei 9.677 de 1998, a Lei 9.695 de 1998, a Lei 11.464 de 2007, a Lei 12.015 de 2009 e a Lei 12.978 de 2014,integram um rol taxativo, estando elencados em seu artigo 1º
Conclusão
Diante da natureza de excruciante violência e lesão à paz social, os crimes hediondos e os crimes constitucionalmente a eles equiparados provocaram o clamor que retumbou no Poder Legislativo, culminando na criação da Lei de Crimes Hediondos.
O que não pode-se tolerar é que, o desejo de uma resposta célere à sociedade tolha a quem quer que seja de seus direitos basilares, constitucionalmente defendidos, por isso foi e é necessária a contínua humanização da norma, visando atender e convalidar os princípios norteadores de um Estado de Direito Democrático.
A declaração de inconstitucionalidade do parágrafo 1º, do artigo 2º da Lei 8.072 pelo Supremo Tribunal Federal deixa transparecer o acertado desejo de responder ao clamor da sociedade, mas sem ignorar a lei máxima que rege o ordenamento jurídico interno.

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