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25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 1/23 Direito Penal Aplicado II Aula 5 - Crimes Patrimoniais 1ª Parte (Código Penal) INTRODUÇÃO Um carro, uma joia e um objeto pessoal... O patrimônio das pessoas representa o resultado de seu esforço em conquistar os objetivos na vida. Em uma sociedade capitalista, o patrimônio assume um papel muito importante, sendo, muitas vezes, símbolo de status. En�m, trata-se de algo que merece profunda atenção do Direito! Por esse motivo, o Código Penal dedica parte de seus dispositivos a diversas modalidades de dano ao patrimônio. Talvez esse seja um aspecto comum aos muitos códigos penais espalhados pelo mundo e já criados na história. Dada a importância do patrimônio, a sua proteção é quase obrigatória para que se possa conviver harmoniosamente em uma sociedade. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 2/23 Nesta aula, iniciaremos o estudo desses crimes, abordando os mais comuns e importantes. Bons estudos! OBJETIVOS Discutir sobre os crimes patrimoniais mais importantes do Código Penal; Analisar aspectos investigativos pertinentes. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 3/23 Dos Crimes Patrimoniais (Código Penal) O primeiro crime contra o patrimônio sobre o qual vamos falar é o furto que, segundo o código penal, consiste em: § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de con�ança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) § 6º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 4/23 Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 1º - Somente se procede mediante representação. § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. No crime de furto, devemos observar que o objeto subtraído deve ser alheio e móvel. Bom, alheio signi�ca ser de outra pessoa. Daí pode-se concluir que o proprietário não pode cometer furto de suas coisas. Mas, e se o objeto está emprestado, alugado, empenhado, por exemplo, de maneira que outra pessoa possui, de maneira lícita, o objeto e o proprietário subtrai a coisa? Nesse caso, o autor não responderá por furto, mas pelo art. 346 do CP: “tirar, suprimir, destruir ou dani�car coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção”. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 5/23 No furto, a pessoa deve subtrair com a intenção de se tornar dono do objeto. Daí não ser furto a situação em que alguém subtrai para uso temporário, com a intenção de devolver logo em seguida (pegar o carro de alguém para ir até a minha casa e apanhar meu laptop que havia esquecido). Portanto, inexiste a �gura do furto para uso! Fonte: Shutterstock Da mesma maneira, essa subtração não pode ter a concordância do dono da coisa. Havendo a manifestação de que uma pessoa pode �car com algum objeto meu, ainda que ela pegue sem que eu esteja presente, inexiste furto. Outro aspecto curioso é que a coisa subtraída deve ser móvel. Segundo o Código Civil, coisa móvel é aquela suscetível de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico social. Temos como exemplo: 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 6/23 Dessa maneira, bens imóveis não podem ser objeto do crime de furto, tais como casas, apartamentos etc. Agora imagine que uma pessoa invade um apartamento e permanece lá. Essa pessoa estará furtando? Marque a opção correta: SIM NÃO Veja, a seguir, outros casos que podem se con�gurar como furto ou não. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 7/23 No parágrafo 3º do art. 155, o Código Penal equipara energia elétrica a coisa. Ou seja, a subtração de energia elétrica (gato) é furto. Outros tipos de energia, se tiverem conteúdo econômico, também serão equiparados a coisa. É o caso, por exemplo, da energia eólica. Da mesma maneira, é o sinal de TV a cabo. O chamado "gatonet" é considerado furto, tendo o sinal subtraído sido equiparado a coisa por força do §3º. Coisa não se confunde com pessoa. Coisa, também segundo o Código Civil, é tudo aquilo que existe objetivamente com exclusão do homem. Como se nota, coisa e pessoa são distintos e, consequentemente, somente as coisas podem ser objeto do crime de furto. A "subtração" de uma pessoa se encaixa em outras �guras, como o sequestro ou subtração de incapazes, por exemplo. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 8/23 Coisa de ninguém (res nullius) Coisa abandonada (res derelicta) Coisa perdida (res desperdita) 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182db… 9/23 É a coisa que não tem dono, tal como o peixe do mar ou a pedra de um bosque. Por não pertencerem a alguém, inexiste crime de furto aqui. Agora, preste atenção, pois os recursos minerais, inclusive os do subsolo, pertencem à União e as águas super�ciais e subterrâneas aos Estados, conforme art. 20, XV e art. 26, I, da CRFB/88, respectivamente. Por pertencerem a tais entes, não se tratam de coisa de ninguém (ex: petróleo, diamante, ouro...). No caso, também não se trata de furto do art. 155, mas de um tipo especí�co para tal situação: 2º da Lei nº 8.176 /91 (glossário) e 55 da Lei nº 9.605 /98 (glossário). É a coisa que tinha dono, mas foi abandonada por este. Neste caso, por não ser "alheia", a sua subtração não con�gura furto, sendo atípica. É o caso de um carro abandonado em uma rua. Se alguém pega, reforma e passa a usar, esta conduta não con�gura furto em princípio, devendo provar, contudo, que o carro estava abandonado. É a coisa que tem dono, mas este a perdeu. Veja que ele não se desfez da coisa e tem interesse em tê- la de volta. É diferente, portanto, da coisa abandonada. Nesse caso, a sua subtração é crime, mas não de furto. Para essa situação, o legislador criou um tipo penal especí�co: CP art. 169 (glossário), parágrafo único, II, apropriação de coisa achada. Achado não é roubado, mas con�gura crime! É possível o furto do furto? Considere a seguinte situação: 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d…10/23 Fulano furta um carro e, logo em seguida, tem o carro subtraído por outra pessoa. É possível falar em furto no segundo caso? Escreva sua resposta aqui. Resposta Correta , O legislador previu uma causa de aumento para o caso do furto ocorrer durante o repouso noturno CP art. 155, §1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno., , Esse aumento se baseia no fato das pessoas estarem mais vulneráveis nesse período e aquele que se aproveita dessa situação merece uma reprimenda maior. Por repouso noturno, entende-se aquele momento em que as pessoas estão dormindo durante a noite., , Repare que, se for no início da noite, não haverá a incidência deste parágrafo. Deve ser noite e as pessoas já devem estar repousando! Como isso varia de região para região, o período de repouso vai depender do local onde o crime ocorreu, não sendo, assim, um critério objetivo e �xo. No CP, art. 155, §2º, há o chamado furto privilegiado: Aqui, o legislador previu uma causa de redução de pena se o agente é primário e o objeto furtado é de pequeno valor. Por pequeno valor, entende-se ser aquele inferior a um salário mínimo no momento do crime. Lembro que isso é diferente do caso do Princípio da Insigni�cância, uma vez que este exclui a tipicidade (não é crime, portanto), enquanto aquele apenas reduz a pena. Por primário, entende-se ser aquele que não é reincidente nos termos dos arts. 63 e 64 do Código Penal (glossário). No CP, art. 155, §4º, temos as �guras quali�cadas, de maneira que qualquer furto nessas circunstâncias receberá uma reprimenda maior, conforme quis o legislador. Veja a seguir. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 11/23 I Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa O primeiro caso se refere ao furto com rompimento de obstáculo, o qual deve ser entendido como aquele que visa proteger o objeto, mas que não faça parte deste. Como exemplo, temos: O caso do cadeado de um armário em que se guarda uma mochila. O furto da mochila, com rompimento do cadeado, teria a sua pena aumentada por esta quali�cadora. II Com abuso de con�ança, ou mediante fraude, escalada ou destreza Veja, a seguir, qual impacto a pena terá devido a essas �guras quali�cadas. galeria/aula5/img/15.jpg Abuso de con�ança Pressupõe a existência de um vínculo ou do estabelecimento de uma relação prévia, tal como a empregada doméstica ou a diarista que faz o seu serviço durante a ausência do morador do imóvel. No caso de algo sumir, terá havido o rompimento da con�ança previamente estabelecida, já que o morador somente deixou a chave disponível para a diarista porque tinha certeza que nada sumiria. galeria/aula5/img/16.jpg Fraude Refere-se à conduta de manter alguém em erro, ludibriando, criando uma falsa compreensão da realidade. É o caso de alguém entrar na casa de uma pessoa com o pretexto de consertar o telefone e furtar um objeto sobre a mesa. galeria/aula5/img/17.jpg Escalada O agente pode realmente escalar (pular o muro ou entrar pelo telhado, por exemplo), mas o sentido dessa expressão deve ser entendido como qualquer acesso ao local que não seja o acesso normal. Por exemplo, entrar em uma casa pelo porão. galeria/aula5/img/18.jpg Destreza Ocorre quando o agente utiliza uma habilidade fora do comum para cometer o furto, tal como se vê com os batedores de carteira. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 12/23 III Com emprego de chave falsa Chave falsa é qualquer aparato que faça as vezes de uma chave, tal como um grampo de cabelo, arame, chave mixa ou chave mestra. Também entra neste conceito fazer a cópia da chave e empregá-la para adentrar ou acessar o local onde se pretende realizar o furto. IV Mediante concurso de duas ou mais pessoas Havendo mais de uma pessoa, incide essa quali�cadora. Aqui, não há a necessidade de que ambos subtraiam a coisa, mas que um esteja na companhia do outro e auxiliando de alguma forma na empreitada. Como exemplo, temos: O caso de um indivíduo que �ca olhando se alguém está vindo, enquanto outro realiza o furto. , No CP, art. 155, §5º merece destaque o fato de que veículo automotor não se limita ao carro, mas também inclui embarcações e aeronaves, já que são automotores. Portanto, atente para este detalhe! Observe que: Para concluir os dispositivos do crime de furto, a sua consumação ocorre quando houver a inversão da posse do objeto. Não importa que o agente tenha a posse mansa e pací�ca da coisa para a sua consumação. Havendo a subtração, ainda que seja �agrado logo em seguida saindo com o objeto do recinto, já estará consumado o delito. Só há tentativa se o �agrante ocorrer no momento em que estiver subtraindo o objeto! Este é o entendimento que prevalece atualmente, embora haja parte da doutrina que entende ser requisito para a consumação a posse mansa e pací�ca. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 13/23 Vamos analisar alguns casos especiais! Furto Famélico Imagine o caso de um indivíduo que furtou um pote de biscoitos para se alimentar. Ele será enquadrado nas tipi�cações de furto que vimos anteriormente? Marque a opção correta: SIM NÃO 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 14/23 Sistema de Vigilância Em alguns locais, são colocados sistemas internos de vigilância como meio de monitorar e evitar furtos. Daí, surge o seguinte questionamento: se há constante monitoramento, o agente nunca conseguirá sair com o objeto. Isto seria tentativa ou crime impossível (absoluta impropriedade do objeto ou ine�cácia absoluta do meio)? Marque a opção correta: TENTATIVA CRIME IMPOSSÍVEL Batedor de Carteira Imagine o caso em que um batedor de carteira tenta realizar um furto. No entanto, durante a consumação, veri�cou que a vítima não possuía carteira em sua bolsa. Nesse caso, haveria crime ou tentativa? Marque a opção correta: SIM NÃO Roubo O art. 157 do código penal nos diz que roubo é: 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 15/23 Veja, a seguir, as características de cada um: No CP, art. 157 §2º, temos as majorantes do crime de roubo. Veja a seguir: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma O termo arma não é necessariamente arma de fogo. Pode ser também uma arma branca, como uma faca, uma tesoura ou um martelo. Contudo, se o agente apenas �ngir estar de posse da arma (coloca a mão por dentro da blusa, por exemplo), não incidirá esta majorante, embora continue sendo roubo. O emprego de arma de fogo de brinquedo, desmuniciada ou inapta a efetuar disparo con�gura esta majorante? Atualmente, o STJ entende que não con�gura. Neste caso, a arma nas circunstâncias da pergunta con�gura apenas a violência prevista no caput do art. 157, mas não é su�ciente para ensejar a aplicação do §2º, I. No emprego da arma de fogo, o agente responde também por porte ilegal de arma? Não, pois entende-se que a arma foi o meio para provocar a violência/ameaça, as quais são elementares do tipo. Portanto, o porte resta absorvido se estiver no mesmo contexto fático do roubo. II. se há o concurso de duas ou mais pessoas Nessa majorante, todos os agentes responderão, ainda que não tenham trabalhadodiretamente na subtração da coisa. É o caso do agente que apenas espera os demais com o carro do lado de fora do estabelecimento para transportar o produto roubado. Se um dos 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 16/23 agentes estiver armado e �zer uso da arma na empreitada, todos terão a pena aumentada pela majorante do inciso I. III. se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância O detalhe importante desta majorante é que o agente deve ter a consciência de que irá roubar alguém que está a serviço de transporte de valores (um carro forte, por exemplo). Se não souber, não haverá a sua incidência, con�gurando apenas o roubo do caput. IV. se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior Nesta hipótese, é preciso que a investigação demonstre a intenção do agente em levar o veículo para o exterior (carro, embarcação, avião...). Não há a necessidade de que o bem saia, mas é crucial que �que caracterizada essa intenção. V. se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade Esse é o caso do agente que, ao roubar o carro, leva a vítima e liberta depois. Não se trata do chamado sequestro relâmpago, que se enquadra no art 158, §3º, do CP. No CP, o art. 157 §3º a�rma: “Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa”. Esse parágrafo con�gura duas quali�cadoras do crime de roubo: lesão corporal grave ou morte. Essas quali�cadoras apenas ocorrem quando forem resultados de violência, não se aplicando, portanto, ao roubo por grave ameaça. No caso de resultado morte, costuma-se dizer que houve latrocínio. A lesão grave ou a morte não precisam ocorrer na vítima, podendo ser no policial que estava intervindo na situação, por exemplo. Contudo, as ações devem ter como �nalidade a subtração da coisa, a garantia da subtração ou a impunidade. Se houver a lesão grave por outro motivo (vingança, por exemplo), o §3º não incidirá. 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 17/23 Vamos analisar alguns casos especiais! Imagine um caso de roubo de carro onde a vítima, além de ter o seu bem roubado, foi alvejada com um tiro. No entanto, não houve o resultado de morte, pois a vítima não chegou a morrer. Em qual tipi�cação esse crime será enquadrado? Escreva sua resposta aqui. Resposta Correta Agora, imagine o caso de uma tentativa de roubo de carro onde a vítima foi alvejada com um tiro, vindo a falecer, no entanto, o assaltante não conseguiu fugir com o carro. Em qual tipi�cação esse crime será enquadrado? Escreva sua resposta aqui. Resposta Correta Fonte da Imagem: 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 18/23 Durante um roubo de joias um assaltante matou duas pessoas, que vieram a falecer. O agente responderá por dois latrocínios? Marque a opção correta: SIM (glossário) NÃO (glossário) ATIVIDADES 1 - Leia o artigo “A Reforma dos Crimes Patrimoniais (glossário)”, de Luís Wanderley Gazoto e o “Estudo comparativo entre as taxas dos crimes contra o patrimônio com requisições de exames periciais e seus respectivos inquéritos instaurados na cidade de Salvador (glossário)” e, em seguida, argumente sobre as mudanças propostas no Código Penal relacionando aos problemas que vivemos, atualmente. Escreva sua resposta aqui. Resposta Correta 2 - (2013–VUNESP–Promotor de Justiça). O roubo: Quali�cado pela morte (latrocínio) é considerado hedion do apenas quando consumado. Será quali�cado pela morte (latrocínio), se a violência for intencional provocando a morte (dolosa ou culpo somente). Poderá ser quali�cado pela morte, se a violência não for intencional e o resultado for culposo. Impróprio admite que a violência seja praticada durante a subtração. Quali�cado por lesões graves é considerado hediondo. Justi�cativa 3 - (2014-VUNESP–DPE/MS). É correto a�rmar que no crime de roubo: O emprego de “revólver de brinquedo” é o bastante para con�gurar a causa de aumento da pena prevista no inciso I do §2.º do art. 157 do CP (emprego de arma). No roubo impróprio, a violência ou a grave ameaça é elemento subjetivo do agente para obter a subtração do bem mesmo ante de se apossar do referido bem. É admissível a aplicação do princípio da insigni�cância para esse tipo de infração penal. O delito de porte de arma é absorvido pela �gura penal quali�cada, se a violência ou a grave ameaça forem levadas a efeito mediante o emprego do referido instrumento vulnerante e evidenciado o nexo de dependência ou de subordinação entre as duas condutas, veri�cando, assim, que os delitos foram praticados em um mesmo contexto fático. Nenhuma das respostas acima. Justi�cativa 4 - (2009-FCC-DPE). O funcionário público que, mediante grave ameaça com arma de fogo, subtrai um automóvel de um particular, utiliza-o para viagem de turismo e depois o abandona em frente à residência da vítima, comete: 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 19/23 Violência arbitrária. Roubo de uso. Roubo simples. Peculato. Roubo quali�cado. Justi�cativa 5 - (2014–Aroeira–PC–Escrivão). Haverá crime de roubo simples (sem majorantes) na hipótese de: Subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado. Ameaça contra a vítima, exercida com emprego de arma de brinquedo. Vítima em serviço de transporte de valores, conhecendo o agente tal circunstância. Vítima mantida em poder do agente, tendo restringida sua liberdade. Nenhuma das respostas acima. Justi�cativa 6 - (2010–Vunesp–Tecnólogo em Segurança Pública). A subtração de coisa alheia móvel, para utilização momentânea, com sua devolução imediata nas mesmas condições, caracteriza: Furto comum. Furto de uso. Furto simples. Furto privilegiado. Furto quali�cado. Justi�cativa 7 - (2016–FCC–Técnico Judiciário TRF 3ª região) NÃO pode ser objeto de furto: Bem imóvel. Energia elétrica. Aeronave. Cavalo de raça. Caixa de refrigerantes. Justi�cativa 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 20/23 Glossário SIM De fato, ele estará violando um direito do proprietário, mas NÃO cometerá o crime de furto. Nesse caso, poderá responder por violação de domicílio ou esbulho (art. 161, §1º, II – “invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o �m de esbulho possessório.”), mas não por furto ou roubo. NÃO Correto! Apesar do fato de que a pessoa estará violando um direito do proprietário, a mesma NÃO cometerá o crime de furto. Nesse caso, poderá responder por violação de domicílio ou esbulho (art. 161, §1º, II – “invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o �m de esbulho possessório.”), mas não por furto ou roubo. 2º DA LEI Nº 8.176 /91: Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria- prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo. Pena: detenção, de um a cinco anos e multa.25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 21/23 55 DA LEI Nº 9.605 /98: Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. CP ART. 169: Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre: II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias. ARTS. 63 E 64 DO CÓDIGO PENAL: CP art. 63 Veri�ca-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) CP art. 64 Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. CP, ART. 155, §5º A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) SIM Neste caso, a conduta é atípica, pois o agente estará diante de uma excludente de ilicitude: estado de necessidade. Contudo, deve-se provar que era a única forma de se alimentar, não havendo outra disponível (mendigar, por exemplo). Deve-se observar a proporcionalidade no caso concreto, pois não seria tal hipótese o furto de uma caixa de cerveja (a�nal, cerveja não serve para matar a fome!). 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 22/23 NÃO Neste caso, a conduta é atípica, pois o agente estará diante de uma excludente de ilicitude: estado de necessidade. Contudo, deve-se provar que era a única forma de se alimentar, não havendo outra disponível (mendigar, por exemplo). Deve-se observar a proporcionalidade no caso concreto, pois não seria tal hipótese o furto de uma caixa de cerveja (a�nal, cerveja não serve para matar a fome!). TENTATIVA Correto! Isso, pois o bem correu perigo e, embora haja sistema de vigilância, o agente poderia despistar o segurança ou correr e fugir com o objeto. Assim, o crime é possível, embora o sistema de vigilância reduza a possibilidade de consumação. Verbete 567 da Súmula do STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a con�guração do crime de furto. CRIME IMPOSSÍVEL Tentativa, pois o bem correu perigo e, embora haja sistema de vigilância, o agente poderia despistar o segurança ou correr e fugir com o objeto. Assim, o crime é possível, embora o sistema de vigilância reduza a possibilidade de consumação. Verbete 567 da Súmula do STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a con�guração do crime de furto. SIM Não, pois seria o caso de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto, nos termos do art. 17 do CP. Se não havia nada no bolso, o bem não correu perigo e, consequentemente, é atípica a conduta. NÃO Correto! Esse seria o caso de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto, nos termos do art. 17 do CP. Se não havia nada no bolso, o bem não correu perigo e, consequentemente, é atípica a conduta. SIM 25/08/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12692&classId=1186389&topicId=2438400&p0=03c7c0ace395d80182d… 23/23 Em regra, não. Se as mortes se deram por causa de um único roubo (matou dois pessoas para subtrair as joias que estavam transportando), haverá apenas um crime. No caso, o juiz levará em conta as duas mortes no momento da dosimetria, aumentando a pena do crime. NÃO Em regra, não. Se as mortes se deram por causa de um único roubo (matou dois pessoas para subtrair as joias que estavam transportando), haverá apenas um crime. No caso, o juiz levará em conta as duas mortes no momento da dosimetria, aumentando a pena do crime.
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