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Anatomia e Fisiologia do Sistema Mastigatório

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AULA 1 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA MASTIGATÓRIO 
 O sistema mastigatório é a unidade funcional do corpo, responsável primariamente pela mastigação, fala e 
deglutição. Além de participar da respiração e do paladar. É um sistema composto por ossos, articulações, 
ligamentos, dentes, músculos e componentes neurológicos 
 
Articulação Temporomandibular 
 A área onde ocorre a articulação entre o crânio e a mandíbula é chamada de ATM. As articulações (direita 
e esquerda) agem separadas, mas com influência uma na outra 
 Proporciona um movimento de dobradiça (abertura e fechamento) em um de seus planos, e no outro um 
movimento de deslize (lateralidade) 
 A ATM é formada pelo côndilo mandibular que se articula na fossa do osso temporal, entreposto entre eles, 
está o disco articular, que evita o contato direto dos dois ossos 
 Movimentos de abertura, fechamento e lateralidade. Envolve côndilo, fossa do osso articular e entre estas 
duas estruturas ósseas, o disco articular. O disco deve estar interposto entre o côndilo e a eminência articular, 
independente do movimento da mandíbula. 
 
Disco articular 
 De acordo com sua espessura, está dividido em três regiões: 
 Central: zona intermediária, mais fina 
 Porção anterior e posterior: mais espessas, mais vascularizadas e inervadas. Por isso, ao deslocamento 
anormal do disco, há dor, pois está comprimindo a região mais inervada 
 Na articulação normal, a superfície articular do côndilo está localizada na zona intermediária do disco, 
circundado pelas regiões anteriores e posteriores mais espessas. 
 
Movimentos mandibulares 
 Rotação: movimento de um corpo em torno do próprio eixo 
 Translação: movimento no qual todas as partes de um corpo se movem ao mesmo tempo, em uma mesma 
direção e velocidade 
 Maioria dos movimentos ocorre simultaneamente 
 Abertura e fechamento: 
 Abertura inicial – rotação ao redor do eixo da ATM; 
 Abertura média/máxima – translação e rotação. 
 Protrusão: translação máxima e mínima rotação 
 Protrusão – guia anterior: a concavidade palatina dos dentes ântero-superiores deve ter 
posicionamento e forma adequados, permitindo, no movimento de protrusão, a ocorrência da 
desoclusão dos dentes posteriores. Os dentes anteriores guiam a protrusão, assim, chamamos de 
guia anterior. 
 O ângulo da guia condilar é o ângulo formado pelo trajeto dos côndilos, num movimento 
protrusivo, em relação ao plano horizontal, que se desloca em uma vista lateral, para frente e para 
baixo, acompanhando a anatomia da cavidade glenoide, que serve de guia para este movimento 
formando o ângulo das guias condilares, apresenta, em média, 30°, por isso, a porção 
correspondente ao ângulo da guia condilar no articulador deve estar marcando 30°. 
 A finalidade dos dentes anteriores, então, não é manter a DVO, mas guiar a mandíbula através dos 
vários movimentos laterais funcionando como uma GUIA ANTERIOR. Também tem participação na 
fase inicial da mastigação e na fala 
 O posicionamento inadequado dos dentes prejudica a protrusão. Overjet e overbite alterados, 
alteram também a guia anterior. Pode causar contato em dente posterior na protrusão 
(interferência oclusal), a interferência oclusal causa contração muscular, que interfere no 
tracionamento do disco, dando início às desordens de ATM (a maioria tem origem muscular) 
 
 Lateralidade: 
 Movimentação condilar: lado de trabalho = rotação e translação; lado de balanceio = translação 
 Formação do movimento e ângulo de Bennett 
 Ângulo de Bennett: formado quando o côndilo do lado de balanceio move-se para frente, para 
baixo e para mediano, numa análise no plano horizontal. Importância: efeito significante na 
amplitude da fossa central dos dentes posteriores. A amplitude dos movimentos são coordenados 
pela anatomia da fossa central dos dentes posteriores (dependendo da altura das cúspides 
também) 
 Ao ângulo formado entre a trajetória do côndilo de balanceio para frente, para baixo e 
para mesial (dentro) em um plano paralelo ao plano sagital chamamos de ÂNGULO DE 
BENNETT, que tem um valor médio de 15°, e deve ser transferido para o articulador. 
 Movimento de Bennett: ao movimento de translação do côndilo no lado de trabalho para trás e 
para lateral (fora), chamamos de MOVIMENTO DE BENNETT. 
 
 
 
 
 
 
 Guia canina: ideal na dentição natural. Caninos se ajustam melhor para receber forças horizontais 
que ocorrem durante os movimentos excêntricos. Contato se dá entre a cúspide do canino inferior 
e a superfície palatina do canino superior. Ideal: raízes mais compridas e maiores; melhor 
proporção coroa/raiz; envolvidos por osso denso e compacto; maior impulso sensorial 
 Função em grupo: muitos dentes contatam, geralmente a nível de canino, pré-molar e algumas 
vezes, cúspide MV do 1M. Atividade muscular maior. É desfavorável: PM não apresenta anatomia 
ideal para suportar estas cargas. Não devemos fazer função em grupo na placa miorrelaxante 
 Independentemente de ser uma desoclusão por guia canina ou em grupo, não deverá haver 
contato dos dentes posteriores do lado de balanceio, se tiver contato haverá um aumento da 
atividade muscular na região. Todos esses princípios serão reproduzidos na placa miorrelaxante 
durante sua fase laboratorial 
 
 Oclusão: 
 O posicionamento e a oclusão dos dentes são extremamente importantes na função mastigatória. 
As atividades básicas de mastigação, deglutição e fala dependem não só da posição dos dentes nos 
arcos dentais, mas também do relacionamento com os dentes antagônicos 
 Curva de Spee: esta curva de compensação depende da trajetória condilar, que segue e se adapta à 
configuração anatômica da fossa glenóide, relacionando-se à forma e tamanho das cúspides dentais 
e inclinação axial dos dentes permanentes. O MS está mais intruído que o MI. Quanto mais plana 
for a curva de Spee, mais difícil será a desoclusão 
 Curva de Wilson: quando se observa a arcada dentária a partir de uma vista frontal podemos 
observar que os dentes posteriores superiores têm uma inclinação ligeiramente vestibularizados e 
os inferiores ligeiramente lingualizados. Se uma linha é traçada através das pontas das cúspides 
vestibulares e linguais, de ambos os dentes posteriores direito e esquerdo, um plano oclusal curvo 
é observado 
 
 
AULA 2 
FÉRULA OCLUSAL / PLACA DE MORDIDA / PLACA MIORRELAXANTE / PLACA INTEROCLUSAL 
Histórico 
1950 – início das associações neuromuscular com as disfunções de ATM, além de eliminar interferências, os 
aparelhos começaram a causar relaxamento muscular. A questão psicológica começou a ser levada em 
consideração. 
1980 – estudo da parte anatômica propriamente dita: disco articular, reposicionamento condilar, etc. 
 
Placa miorrelaxante 
Não estabilizadora, não ortodôntica e sim com função terapêutica 
 
Quando usar? 
 Necessidade de aumento da DV. A perda da dimensão vertical dá-se pelo desgaste excessivo e/ou perda 
dentária 
 Eliminação das interferências oclusais 
 Relaxamento dos músculos da mandíbula e pescoço 
 Estabilização oclusal e neuromuscular 
 Reposicionamento dos côndilos e discos 
 
APARELHO DE HAWLEY 
 Apresenta um plano palatino através (platô anterior) dos incisivos superiores para elevar mordida contra 
os dentes anteriores inferiores. A desoclusão dos posteriores elimina as interferências nos movimentos de 
protrusão ou lateralidade e causa relaxamento muscular 
 Consequência: causa extrusão dos dentes posteriores sem contato oclusal 
 Não é mais utilizado como tratamento de disfunção. Somente pode ser utilizado em crises agudas, para 
relaxamento inicial. Usar no máximo uma semana, para não causar extrusão dental.PLANO DE MORDIDA DE SVED 
 Tem o mesmo objetivo do aparelho de Hawley – desoclusão posterior através de platô anterior 
 Recobrimento do palato e retenção à grampo ortodôntico com um plano palatino atrás dos dentes 
anteriores superiores 
 O acrílico é estendido do plano palatino para recobrir as bordas dos dentes anteriores superiores por 1 a 2 
mm 
 É eficaz para redução da dor muscular e da ATM por um curto período – 1 a 2 semanas de uso 
 Como há desoclusão dos dentes posteriores, quando utilizado por um período maior, promove extrusão 
dos dentes posteriores 
 
APARELHO DE REPOSICIONAMENTO ORTOPÉDICO MANDIBULAR 
 Levante posterior em metal ou resina acrílica de forma a direcionar a mandíbula para anterior, 
posicionando o côndilo em uma região mais favorável 
 Promovem alívio rápido à dor e a outros sintomas disfuncionais 
 Determinação radiográfica da posição condilar ideal – na metade da fossa glenóide 
 Podem resultar em maloclusão severa quando utilizados por alguns meses ou algumas semanas – extrusão 
anterior 
 
 
Ideal 
 Escolha de aparelhos que forneçam alívio dos sintomas com o menor número possível de complicações 
pós-tratamento 
 A placa deve recobrir todos os dentes, para não haver extrusão posterior ou anterior; conter guia que auxilie 
nos movimentos de protrusão e lateralidade. 
 Não deve ser utilizado como aparelho intraoral com a finalidade curativa de disfunção 
temporomandibulares aparelhos confeccionados com material resiliente ou protetores bucais, placa de 
clareamento 
 
Conclusão 
 A férula oclusal maxilar plana com guia canina seria o aparelho mais eficaz para o tratamento das disfunções 
da ATM e muscular, não levando o paciente a alterações irreversíveis, que necessitariam de tratamento ortodôntico 
ou reabilitador posterior 
 A férula de Michigan, cobrindo todos os dentes superiores tem sido mais eficaz no tratamento das 
disfunções da ATM e muscular. 
 
 
 
 
Indicações 
 Disfunções da ATM e muscular 
 Sintomas de dor bucofacial 
 Dor craniocervical e pescoço 
 Cefaleia tensional 
 Perda da audição ou zumbido: a disfunção causa edema que comprime o conduto auditivo 
 Trauma oclusal 
 Bruxismo 
 Diagnóstico diferencial DTM x não DTM: o tratamento não irá funcionar quando o paciente tiver 
complicações neurológicas 
 
Questionário de dor oro-facial e desordens temporo-mandibular (DTM) – perguntas a serem feitas no exame 
clínico: 
1. Sente dificuldade para abrir bem a boca? 
2. Sente dificuldade para movimentar sua mandíbula para os lados? 
3. Tem cansaço/dor muscular quando mastiga? 
4. Sente dores de cabeça com frequência? 
5. Sente dor na nuca ou torcicolo? 
6. Tem dor de ouvido ou nas regiões das articulações? 
7. Já observou se tem algum hábito de apertar e/ou ranger os dentes? 
8. Sente que seus dentes não se encaixam bem? 
9. Você se considera uma pessoa tensa/nervosa? 
 
O uso da placa vai promover nas forças oclusais: uma melhor distribuição das forças oclusais sobre a férula 
permitindo que a própria mandíbula se reposicione em uma posição mais favorável. 
 Autoajuste biológico na posição da mandíbula para acomodar o sistema neuromuscular (reposição natural 
da mandíbula) 
 Controle dos desgastes e fratura dos dentes naturais 
 Controla o risco de fratura de restaurações estéticas e desgaste excessivo de restaurações posteriores com 
resina composta 
 Diminui a força muscular 
 Na cefaleia, dor no pescoço e alterações subjetivas da audição: relato de alívio desses sintomas após o 
uso da férula devido as alterações favoráveis que ocorrem na musculatura e suas funções 
 
Problemas auditivos: compressão, entupimento, zumbido, paciente tem histórico de consulta com otorrino; 
paciente apresenta limitação de abertura da boca, inclusive na hora de bocejar, ou tem dificuldade de engolir – 
conduto auditivo interno deixa de abrir, ocasionando problemas auditivos 
 A ATM possui relação direta com o conduto auditivo interno e externo, estão próximos anatomicamente. 
Alterações na ATM, como edema ou deslocamento de disco, irão comprimir a região 
 *Síndrome de Costen: associação de DTM com sintomas auriculares 
 O zumbido é mais complexo: difícil tratamento, geralmente causado por uma compressão interna de um 
nervo da corda do tímpano e outras estruturas anatômicas 
 
 
Bruxismo: a extensão e a severidade do bruxismo podem ser observadas pelos efeitos de apertamento dental e/ou 
bruxismo na férula – desgaste 
 Bruxismo severo sugere avaliação psicológica: terapia multidisciplinar 
 Pacientes sob medicação, lítio por exemplo, podem ser bruxistas agressivos 
 Pacientes com bruxismo são orientados a fazer uso constante da placa 
 O desgaste causado pelo bruxismo irá ser reproduzido na placa. A placa deve ser trocada quando furar 
 O bruxismo pode não ser constante, ou seja, aparecer em momentos de tensão 
 
Preparo do paciente 
 Deve haver uma indicação para o uso da placa 
 Se o paciente apresenta dor crônica, o uso da placa pode servir como diagnóstico diferencial de DTM ou 
não DTM (fibromialgia, trigêmeo, neurológico) 
 Interferências grosseiras devem ser eliminadas 
 Troca de restaurações previamente a confecção da placa 
 Presença de dentes extruídos e sem antagonista (sem função): devem ser extraídos. Geralmente são 
terceiros molares 
 
Férula ou placa de Michigan 
 Aparelho intraoral; de acrílico – rígida; 
 Termopolimerizável: promove maior resistência, maior aspecto de polimento. É menos porosa, evitanto 
pigmentação e acúmulo e placa; transparente; 
 Cobre todos os dentes da arcada superior: preferência para a arcada superior, pois na arcada inferior, 
dependendo da situação periodontal do paciente, a placa vestibulariza os dentes anteriores inferiores no 
movimento de desoclusão; 
 Parada oclusal plana para todos os dentes inferiores – ajuste oclusal feito em RC ou MIH 
 Guia canina para desoclusão de todos contatos; Sem guia incisal; Sem contatos no lado de balanceio e lado 
de trabalho 
 
Características da férula de Michigan 
 É uma férula de estabilização que se diferencia das demais por: liberdade de movimentos na área de 
cêntrica, incluindo os contatos na relação cêntrica, na deglutição, e no fechamento rápido e lento; 
 Parte externa – platô totalmente plano. A mandíbula fica solta e consegue ir para uma posição mais 
favorável 
 Parte interna – copia a anatomia dental 
 A guia canina começa a 1mm da liberdade em cêntrica (começa 1mm a frente do contato oclusal do canino). 
Nenhuma guia incisal presente; 
 Nenhuma restrição do posicionamento condilar em relação à área de liberdade em cêntrica; nenhuma 
restrição na duração de uso, desde que mantida e ajustada periodicamente 
 
Modo de ação da placa de Michigan 
 Promove redução da atividade muscular, tanto noturna quanto diurna 
 Diminuição da sintomatologia dolorosa 
 Efeito psicológico 
 Substitui as interferências oclusais perturbadoras com a presença de uma plataforma de oclusão (plano 
oclusal estável) 
 Permite fechamento mandibular em uma posição estável 
 Reposicionamento do côndilo: diminuição de lesões em disco 
 Desorganiza o bruxismo, o apertamento dental e a estabilização anormal dos maxilares 
 Eliminação dos contatos disfuncionais 
 Eliminar o desconforto da ATM e muscular 
 Talvez seja necessário ajuste oclusal ou ortodôntico após a estabilização das relações mandibulares 
 Menos bem-sucedidas para redução na eliminação de estalido, crepitação, trismo e artrite 
 
Fracasso – está usualmente relacionado: 
 Falta de ajustes subsequentes da placa 
 Em achar que o desenho é um modelo padrão e inalterado para todas as férulas Achar que os fatores oclusais não tem importância no tratamento 
 
Desenho da férula 
 O desenho da férula pode estar relacionado à avaliação do potencial do paciente para a aceitação do 
tratamento com a férula – consistência no uso 
 A placa deve cobrir todos os dentes e possuir estabilidade oclusal, ou seja, contatos oclusais simultâneos 
na férula no fechamento mandibular – somente deve haver contato das cúspides de trabalho e incisais; Plano 
oclusal achatado 
 Dimensão vertical mínima (espessura): em média 2mm da última cúspide distal, placas muito grossas 
podem interferir no selamento labial, dificuldade na fala, no sono e excesso de salivação 
 Fatores que podem influenciar na espessura: curva de Spee, dentes mal posicionados, 
sobremordida vertical dos incisivos superiores, mordida aberta anterior ou posterior 
 Ao abrir 1mm atrás, abre 3mm na frente 
 Liberdade nas áreas cêntricas para suporte do contato das cúspides – durante o tratamento os pontos de 
contato dos dentes em fechamento podem se alterar de forma que a área de liberdade cêntrica da placa seja 
ampliada. Devemos desgastar de forma plana, para manter a superfície lisa. Isso inclui contatos de deglutição e 
fechamento lento, que também podem precisar de desgaste. 
 Está relacionada com a guia canina - Guia canina para os movimentos protrusivos e de lateralidade – 
começa cerca de 1mm anterior e lateralmente ao contato de oclusão 
 A altura deve ser o suficiente para promover desoclusão posterior. A altura e o grau de inclinação são 
individuais para cada paciente, e serão determinados através do plano oclusal – curva de Spee, dimensão vertical 
– espessura da férula, sobremordida 
 Nenhuma guia incisal em movimento protrusivo – apenas guia canina 
 Uso de material que permita fácil ajuste e tenha boa estabilidade dimensional – resina acrílica incolor e 
termopolimerizável. Exigências ocupacionais e estéticas: observar as necessidades de cada paciente 
Objetivos da inserção e ajustes 
 Obter uma placa completamente adaptada sem desconforto; 
 Boa estabilidade e retenção; 
 Contatos simultâneos de todos os dentes em cêntrica; 
 Nenhum contato no lado de trabalho ou de balanceio em protrusão e lateralidade 
 O paciente não deve sentir sensação de pressão nos dentes; 
 Nenhuma interferência na deglutição; 
 Selamento labial ideal; 
 Não comprometimento da fala; 
 Esclarecimento do paciente quanto as instruções e uso: não utilizar pasta de dente para limpar, pois os 
abrasivos irão riscar a placa, aumentando o acúmulo de biofilme e, por consequência, gosto e cheiro ruim. 
O paciente deve fazer uma faxina na placa, com corega tabs, ou deixar de molho em água com vinagre de 
maçã, ou 3 gotas de hipoclorito; para limpar de forma mais efetiva o biofilme. 
 
Adaptação 
 Não deve causar desconforto; 
 As cúspides vestibulares de todos os molares, pré-molares, caninos e incisivos superiores devem estar em 
íntimo contato interno com a placa – pode ser visto facilmente através do acrílico incolor; 
 Não deve ser feito nenhum tipo de ajuste oclusal enquanto a placa não estiver completamente assentada; 
 Se houver pressão em algum dos dentes ela deve ser aliviada na porção interna da placa; 
 Uma férula não instável deve ser refeita 
 A retenção não é suficiente se houver deslocamento da placa ao se fazer pressão digital em um dos lados, 
ou quando a mandíbula é deslocada sobre a guia canina; 
 Uso de resina acrílica auto não deve ser utilizada para tentar aumentar a retenção; 
 Isso não irá ocorrer se a moldagem e o alívio forem adequados 
 
Ajuste inicial 
 Para a entrega da placa e ajustes, o paciente deve estar deitado na cadeira (pois ele irá usar para dormir) 
 Após a inserção completa e nenhuma evidência de instabilidade, ajuste deve começar com a oclusão em 
cêntrica; 
 O objetivo é obter contatos simultâneos de todas as pontas de cúspides de trabalho, bordas incisais e as 
guias devem estar funcionais 
 
Contato oclusal em relação cêntrica 
 É o limite retrusivo de liberdade de oclusão 
 Pode não ser obtida inicialmente – devido à presença de disfunção da ATM e/ou muscular 
 Por isso, é necessário ajustes subsequentes da férula 
 
 
 
 
Contato de oclusão – MIH 
 MIH: um pouco mais anterior do que a relação cêntrica 
 Contato dos dentes na férula a partir do movimento de abertura e fechamento mandibular rápido (20 a 25 
mm) 
 Normalmente é uma posição muito próxima à relação cêntrica 
 
Liberdade em cêntrica 
 Fornece o contato das pontas das cúspides sobre uma superfície achatada de forma que o paciente tem 
liberdade de movimentação entre o contato oclusal em relação cêntrica e o contato de oclusão 
 Deve ser ampla o suficiente para acomodar os contatos de deglutição 
 
Guia canina 
 Tem o objetivo de prevenir todos os contatos excêntricos, ou seja, desoclusão no lado de trabalho e de 
balanceio 
 Tem influência direta nas atividades mioelétricas dos músculos masseter e feixe temporal anterior agindo 
de forma favorável na redução desta atividade 
 
Contato de deglutição 
 Contatos que ocorrem na férula durante a deglutição 
 500 a 600 vezes este movimento – papel significativo no sucesso do tratamento 
 Ocorre normalmente lateralmente ao contato oclusal, funcionando como interferência 
 Adição de leve camada de cera sobre a placa e solicitar ao paciente para não ocluir e deglutir várias vezes 
 
Bordas da férula 
 Deve cobrir a superfície vestibular para ajudar na estabilidade; 
 Não prejudicar no momento de fechar os lábios; 
 Não ser muito volumosa; 
 Borda arredondada: em ângulo vivo, machuca a mucosa do paciente 
 
Contato de fechamento lento 
 Fechamento lento da mandíbula a partir de 25 mm da abertura; 
 Não deve haver interferência nas guias caninas; 
 Deve haver contatos simultâneos 
 
 
 
Instruções ao paciente 
 Observar alguma pressão nos dentes, principalmente pela manhã; 
 Necessidade de associação com outros tratamentos como fisioterapia, psicólogo 
 Higienização 
 Ajustes de acompanhamento 
 Quando a férula deve ser usada – 24h, dia, noite; 
 Quais as prováveis alterações que podem ocorrer a curto e longo prazo; 
 Algumas dificuldades que podem ocorrer no início do tratamento como aumento da salivação, remoção da 
placa durante a noite 
 
Lembrar que: 
 Não devem ser irritantes, causar náusea e machucar 
 Devem permitir a função bucal normal e não interferir na aparência 
 O paciente deve ser acompanhado, para posteriores reajustes 
 
 
 
 
 
AULA 3 
ARTICULADORES 
Histórico 
 Pode-se dizer que a história dos articuladores se inicia quando Garlot (1805) produz o primeiro articulador 
totalmente em gesso com movimentos de abertura e fechamento exclusivamente. 
 Em 1906, Snow começou a criar o arco facial, tentando representar estruturas anatômicas no aparelho, 
para conseguir fidelidade maior da estrutura do paciente. 
 Hanau, em 1921, inicia a era dinâmica, introduzindo os articuladores semi ajustáveis, que temos até hoje. 
Permitem individualizar a trajetória condilar, anteroposterior, lateral e ajuste da mesa incisal. 
 Dentre as considerações históricas que se conhecem, duas etapas cronológicas sobre a evolução dos 
articuladores; a primeira denominada “Estática” (1805-1921) e a segunda, “Dinâmica” a partir daí. 
 Stuart refinou a ideia de Hanau e chegou ao articulador Whip Mix, semi-ajustáveis. 
 O articulador é basicamente dividido em: ramo superior, corpo, ramo inferior e guias 
 
Por que usar? 
1. O instrumento é suficientemente ajustável para permitir o desenvolvimento de uma oclusão planejada 
que pode funcionar harmoniosamente com poucosajustes na boca 
2. A natureza do instrumento permite ao estudante observar os movimentos mandibulares no instrumento 
como ele ocorre na boca; 
3. É simples para usá-lo, durável e preciso (os ajustes necessários são mínimos); 
4. Com um custo baixo 
 A grande vantagem do uso desses aparelhos se traduz na possibilidade da simulação dos movimentos 
mandibulares do paciente quando da montagem da prótese, seja ela qual for, além de ajuste oclusal prévio à 
instalação na boca do paciente, sem a presença de fatores dificultadores, como o campo operatório limitado 
pela musculatura perioral e saliva. Reduzindo o tempo e o trabalho dispensados para a realização dos ajustes 
oclusais na boca. 
 Auxiliam a visualização do paciente no aspecto tridimensional, fora da boca. Reproduz a posição da 
mandíbula em relação à estrutura cranial. Instrumento mecânico que representa a ATM, a maxila e a 
mandíbula. 
 Auxiliam no diagnóstico e planejamento de casos mais complexos, permitindo um estudo mais detalhado 
da oclusão, visualizando interferências nos movimentos de lateralidade, protrusão. 
 Limitação: os movimentos não são 100% fiéis aos que o paciente faz em boca, pois o paciente apresenta a 
questão muscular na movimentação. Por isso, alguns ajustes oclusais são necessários. As guias lateral e 
posterior são planas, e na realidade o côndilo e a cavidade glenóide são arredondados, isto pode causar a 
necessidade de ajustes. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE WEINBERG (1963) – Quanto ao grau de precisão 
 Articuladores arbitrários: são aqueles concebidos com base em teorias empíricas, onde se acreditava que 
as curvas dos arcos dentários coincidiam com uma esfera de aproximadamente 10 cm de raio, cujo centro 
localiza-se na crista Galli do osso etmoide. Oclusão na mão 
 Articulador não-ajustável estático ou oclusor: são representados por aparelhos com limitação de 
movimentos onde predomina a interrelação dental em abertura e fechamento. Apenas movimento de abrir 
e fechar 
 Articulador semi-ajustável: são aqueles que permitem alguns ajustes: trajetória condilar sagital e lateral 
(ângulo de Bennett); trajetória incisal; ajuste da distância intercondilar 
 Articulador totalmente ajustável: os articuladores totalmente ajustáveis permitem todos os tipos de 
ajustes. Isto implica dizer que reproduzem com mais fidelidade os movimentos executados. Podem ser 
ajustados: trajetória condlica sagital e lateral; trajetória incisal; ângulo de Fischer (movimento feito pelo 
côndilo de trabalho durante a lateralidade) e distância intercondilar 
 
 Articulador totalmente ajustável é mais complexo de ser usado, e o ângulo de Fischer não 
acrescenta tanto em definição, não ganhando tanto tempo clínico em relação ao semi-ajustável. Por isso 
utilizamos o semi-ajustável. 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE PRECISÃO 
 Articulador não ajustável 
 Articulador semi-ajustável 
 Articulador totalmente ajustável 
 
CLASSIFICAÇÃO DE BEGSTRON (1950) 
 Articulador do tipo Não-Arcon: tem o mecanismo representativo dos côndilos unidos ao ramo superior do 
articulador. Impede a individualização da distância intercondilar. 
 Articulador do tipo Arcon: articulação condilar. Apresentam mecanismos que representam os côndilos 
(esferas) unidos ao “corpo” do articulador, passíveis de serem separados do ramo superior. Permite fazer 
a mudança da distância intercondilar conforme o paciente. 
A única diferença entre os articuladores Arcon e Não-Arcon é que os Arcon permitem a individualização da 
distância intercondilar e os Não-Arcon não permitem. A distância intercondilar é importante, 
principalmente para o movimento de lateralidade. 
 
Partes constituintes 
De uma forma geral, para que se torne fácil, o entendimento, podemos dividir o articulador em três partes: 
corpo, ramos superior e inferior; e guias (guia condilar e ângulo de Bennett). Arcon e Não-Arcon são divididos 
da mesma forma. 
 
Ramo superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para mudar a distância intercondilar, os parafusos da guia condilar devem estar soltos 
O ângulo de Bennett é de 15° e a guia condilar é de 30° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bolacha também é chamada de placa metálica 
 
Corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não existem nos articuladores Não-Arcon 
 
 
 
Ramo inferior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arco facial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esterilizar somente o garfo 
 As ogivas entram no conduto auditivo externo, não são autoclavadas, então encapamos com PVC. 
 Objetivo do arco facial: transferir para o articulador a situação clínica do paciente. O plano oclusal é paralelo 
ao plano de Camper. Ao conseguir reproduzir a inclinação do plano oclusal para o articulador, conseguiremos 
reproduzir a inclinação do plano oclusal em relação à base do crânio. Transmitimos para o articulador a inclinação 
do plano oclusal, a partir do plano de camper do paciente. 
 Reprodução do plano oclusal a partir do plano de camper, o arco facial fica na mesma posição do plano de 
Frankfurt, ou seja, levamos em consideração o tragus (ogiva dentro do conduto auditivo externo) e o arco fica na 
região infraorbitária do paciente e o naso bem adaptado na glabela. 
 Começamos pelo registro oclusal no garfo (fixar a godiva em três pontos no garfo, 2 posteriores e 1 anterior) 
e depois montamos o arco facial no paciente. Estabilizamos o arco facial no paciente a partir de três pontos: glabela, 
conduto auditivo externo e plano oclusal. O paciente segura o garfo com os polegares. 
 Montando o arco facial: primeiro, a haste do garfo encaixa no cubo inferior. Após, encaixamos as ogivas 
no conduto auditivo externo do paciente. Devemos cuidar a adaptação do naso na região da glabela (a parte mais 
comprida deve ficar para cima); Fixar os parafusos laterais e o anterior. O parafuso anterior é o que dá a distância 
intercondilar; apertar a borboleta do cubo lateral e, por último, o parafuso do cubo inferior. A borboleta do cubo 
inferior deve estar sempre virada para baixo. Após ajustar todo o arco, visualizar a distância intercondilar 
 Desmontando o arco facial: soltar o naso; soltar os parafusos da haste do arco facial; os parafusos da parte 
inferior não devem ser soltos, pois o garfo irá soltar também. Tiramos a peça do naso e colocamos o arco apoiado 
na mesa, de forma que o garfo fique para cima. 
 Montando o arco facial no articulador: lembrar da distância intercondilar do paciente e ajustar nos postes 
do ramo superior; Regular os espaçadores sempre em um número menor do que a distância intercondilar (ex.: 
distância intercondilar 2, espaçadores 1); arrumar o ângulo da guia condilar e o ângulo de Bennett. Adaptar o 
furinho da ogiva na haste que fica na lateral da guia; Apertar novamente os parafusos do arco e ele irá prender no 
articulador. Lembrar de tirar o pino incisal do articulador antes de encaixar o arco facial 
 Montando o modelo no articulador: para placa miorrelaxante, usamos o gesso pedra tipo III; modelo 
apoiado no garfo; adaptar o modelo e preencher com gesso comum até a bolacha; virar o articulador, ocluir o 
modelo inferior; usar palitos e godiva para segurar um modelo no outro; pino incisal em zero; usar a borracha para 
não ocorrer expansão no sentido vertical; 
 
Fase laboratorial 
 Após a montagem no articulador, o pino incisal que estava montado em zero irá ser aberto para gerar 
espaço interoclusal para a placa. O pino deve ser aberto o suficiente para desocluir 2mm dos molares. Ao 
abrir1mm atrás, abre 3mm na frente. A princípio, abre-se 6mm no pino incisal, com ajustes individualizados 
para cada paciente. 
 Eliminar todas as retenções: cobrir parte da oclusal e regiões de ameias com gesso comum; 
 Limites da placa: cobre 2 a 3mm da vestibular, a face palatina é toda coberta, até 5 a 6mm abaixo da região 
cervical dos elemento – extensão no palato suficiente para estabilizar a placa 
 Enceramento da placa com cera 7: encobrir e dar o formato da placa miorrelaxante em cera, para depois 
substituir a cera por resina acrílica. 
 Deixar as pontas de cúspides de trabalho (vestibulares) tocando e confeccionar as guias, realizar teste de 
protrusão e lateralidade 
 A altura da guia depende da curva de Spee e da altura das cúspides. A altura da guia é somente o suficiente 
para desocluir dentes posteriores. Deve haver toque do canino em toda a trajetória da guia, para guiar o 
movimento de protrusão e lateralidade. 
 Inclusão em mufla: preferir o termopolimerizável fervido em água, não em micro ondas. A silicona de 
condensação laboratorial irá moldar a anatomia da placa 
 A resina acrílica deve ficar pelo menos 6h descansando, para evaporar o monômero e a placa ficar com 
uma qualidade melhor. Para acrilizar, a placa deve ficar fervendo de 4 a 6h; a placa sai fosca, rugosa e 
porosa, necessita de fresa para começar o processo de polimento e acabamento. Quanto maior o 
polimento, menor a absorção de biofilme e menor alteração de cor; 
 Orientar o paciente a não higienizar com pasta de dente, pois é abrasiva e relizar “faxina”, deixando de 
molho em vinagre de maçã, ou em água com gotas de hipoclorito, para limpar o biofilme que está tentando 
se depositar na placa 
 
 
AULA 4 
PRÓTESE DENTÁRIA 
 Definição – prótese dentária: ciência e a arte de prover substitutos convenientes para a porção coronária 
dos dentes, para um ou mais dentes perdidos ou para suas partes associadas, de maneira a restaurar as funções 
perdidas, a aparência estética, o conforto e a saúde do paciente. 
 
Objetivos do tratamento protético 
 Restaurar e/ou melhorar a mastigação; 
 Restaurar saúde bucal e conforto; 
 Melhorar a qualidade de vida – estética e função 
 
 Definição – peça protética: objeto artificial, ajustado ao corpo humano, feito de material biocompatível. 
Biocompatibilidade é a propriedade de um material de não causar injúrias ou efeitos tóxicos sobre o sistema 
biológico, ou induzir uma resposta adequada do hospedeiro em situações específicas. Independentemente do tipo 
de material utilizado, este não deve causar nenhum tipo de reação ao paciente. 
Peça protética – biocompatibilidade 
 Ouro, porcelana, titânio, níquel-cromo, prata, zircônia, alumina e resina 
 
Pirâmide para condicionamento do paciente – procedimentos prévios à confecção da prótese dentária: 
 
Lembrar que, primeiramente, o paciente 
precisa ser adequado. Adequação bucal envolve 
outras áreas antes de confeccionar a prótese. 
No planejamento de uma reabilitação 
protética, é essencial que seja estabelecida uma 
sequência lógica de condutas clínicas que serão 
executadas desde o início do tratamento até a 
completa execução da prótese. 
 
 
 
Profissional da prótese dentária 
 Preparo técnico-científico; 
 Habilidade manual; 
 Sensibilidade estética; 
 Conhecimento aprimorado de materiais dentários; 
 Empatia pelo paciente; 
 Paixão pelo que faz 
 Obs.: lembrar que o sucesso do tratamento está correlacionado com o laboratório de prótese 
 Conhecimento de endodontia, de periodontia e de dentística restauradora; 
 Conhecimento radiográfico; 
 Conhecimento de oclusão e DTM 
 
Avaliação do paciente 
 Lembrar que necessitamos de radiografia para realizar o planejamento 
 
Prótese dentária 
 Prótese Parcial Removível 
 Prótese Parcial Fixa 
 Prótese sobre implantes 
 Prótese Total 
Via de transmissão de forças ao osso alveolar: 
 Muco-suportada; 
 Dento-suportada; 
 Implanto-suportada; 
 Dento-muco-suportada; 
 Implanto-muco-suportada. 
 
Prótese total 
 Aparelho protético muco-suportado; 
 Repões perdas dentárias, ósseas e mucosas; 
 Feito totalmente em resina acrílica termopolimerizável; 
 Para pacientes alérgicos, existe a resina bisacrílica, que não possui monômero que causa a reação no 
paciente. 
 
 Paciente totalmente edentado; 
 Anatomia diferenciada: rebordo alveolar se modifica devido à perda dentária; 
 Paciente idoso; 
 Saúde sistêmica comprometida; 
 Psicologia peculiar; 
 Microbiota diferenciada. 
 
Prótese parcial removível 
 Pacientes de diferentes faixas etárias; 
 Perdas dentárias referentes à doença periodontal ou cárie; 
 Aparelho protético feito de metal e resina acrílica termopolimerizável; 
 Aparelhos protéticos dento-suportados ou dento-muco-suportados; 
 
Prótese parcial fixa 
 Sempre dento-suportada; 
 Pode ser unitária, quando envolve apenas um dente; 
o Reabilitação com coroa total ou com coroa parcial (inlay, onlay, overlay, faceta...) 
 Quando envolve mais de um dente, é chamada de ponte fixa. 
Prótese sobre implante 
 Fixa: unitária, parcial e total – implanto suportadas 
 Removível: total; overdentures (barra-clip, encaixe bola e magnetos) – implanto muco suportadas 
 O implante faz o papel de uma raiz 
 A prótese pode ser parafusada ou cimentada 
 
Implantes diminuem a extensão das próteses fixas. Ex.: se em um hemi-arco, o paciente apresenta apenas o 
canino e um molar, estes dentes não serão suficientes para suportar toda a carga do hemi-arco, caso coloque uma 
prótese parcial fixa. Com os implantes, pode-se implantar mais dentes para servirem de pilar para a prótese, 
diminuindo a extensão da prótese. 
 
 
O desgaste nos dois dentes vizinhos necessário para a colocação de 
uma prótese parcial fixa unitária, apresenta o risco de necrosar a polpa 
com o calor gerado no preparo, levando à um tratamento de canal e 
possível colocação de pino para sustentar a restauração. Com o 
surgimento do implante, não há mais a necessidade de fazer este tipo 
de desgaste. 
 
A falta de higienização dos implantes e prótese causa perimplantite, causando perda da estrutura óssea e 
posterior perda dos implantes. 
 
PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL 
Vantagens 
 Custo; 
 Restabelecer o equilíbrio biológico; 
 Reabilitar arcos parcialmente edentados; 
 Restabelecer o plano oclusal; 
 Recuperar a função mastigatória em 50%; 
 Permite fácil higienização. 
Indicações 
 Deve ser indicada somente onde uma P.P.F. for contra-indicada, resguardando suas indicações específicas 
Indicações específicas 
 Condições financeiras; 
 Espaço protético muito extenso e sem apoio posterior; 
 Espaços protéticos intercalados de grande extensão; 
 Necessidade de substituição imediata de dentes extraídos (PPR provisória). Prótese provisória contém 
grampos, não pode ser usada como definitiva, pois com o tempo, faz com que os dentes intruam, 
reabsorvendo tecido ósseo e inflamando tecido gengival, podendo resultar em perda dos dentes. 
 
Contraindicações 
 Nos casos em que a P.P.F. está melhor indicada; 
 Espaços protéticos curtos: o ideal neste caso é prótese fixa; 
 Falta de dentes com apoio radicular adequado para reter a prótese; 
 Falta de número suficiente de dentes adequadamente localizados no arco. Principalmente se forem dentes 
anteriores da arcada inferior, pois não haverá suporte adequado; 
 Pacientes com problemas físicos ou neurológicos: o paciente precisa higienizar a prótese; 
 Falta de aceitação do paciente por razões estéticas; 
 Cáries rampantes: os dentes ficam fragilizados para suportar osgrampos; 
 Condição periodontal severa; 
 Higiene oral precária 
 
Diagnóstico e plano de tratamento em P.P.R. 
Deve levar em consideração: 
 Controle de cáries e doença periodontal; 
 Restaurações de dentes individualmente; 
 Obtenções de relações oclusais harmoniosas; 
 Reposição de dentes perdidos. 
Isto permite que os dentes pilares e outras áreas da cavidade oral sejam apropriadamente preparados para 
suportar, estabilizar e reter a PPR 
 
Elementos necessários para o planejamento em PPR 
1. Anamnese – saúde geral, idade, perfil psicológico do paciente 
2. Exame clínico – exame extra e intraoral 
3. Exame radiográfico – Avaliar: 
a. Perda de suporte ósseo 
b. Mobilidade – avaliar clinicamente 
c. Doença crônica 
4. Modelos de estudo delineados e montados em articulador: principalmente em casos de dentes estruídos 
e/ou inclinados 
5. Lembrar que o sucesso está relacionado com sanar a expectativa do paciente 
 
Análise dos sistemas de suporte da PPR 
 Fibromucosa 
 Rebordo alveolar 
 Dentes 
 Periodonto 
Estas estruturas dirão sobre a necessidade ou não de adequação bucal. Para isto também é importante que os 
exames radiográficos estejam associados 
Adequação bucal 
Tratamento cirúrgico 
Lembrar que sempre após uma cirurgia, devemos esperar o tempo de cicatrização do paciente, pois haverá 
reorganização dos tecidos. 
Extrusões dentárias causadas por falta de estabilidade de oclusão. Os dentes (superiores) extruem até tocarem 
no rebordo inferior. Devem ser intruídos com orto ou devem ser extraídos 
Tórus maxilares ou mandibulares, se estão na região da armação metálica, devem ser removidos 
cirurgicamento. 
 
Doença periodontal 
Dentes com problema periodontal precisam de grampo/gancho que não os sobrecarregue mecanicamente, 
pois o menor suporte ósseo faz com que consiga suportar menos força. Se os elementos forem sobrecarregados, 
ficarão com mobilidade por excesso de carga. 
Paciente com PS muito grande e perda óssea maior que 50% e mobilidade grau 2 ou 3 tem pior prognóstico. 
Após o tratamento periodontal concluído, manutenção periódica preventiva e paciente motivado, 
podemos confeccionar a prótese. 
 
Tratamento endodôntico 
 Dentes obturados e com lesão precisam de retratamento 
 Dentes parcialmente obturados e sem lesão não precisam de retratamento 
 Dentes com reabsorção interna ou externa; perfurações; com apicetomia, não podem servir como apoio. 
Conversar com o paciente e alertar sobre a possibilidade de perda do dente 
 
Tratamento restaurador 
 Após o tratamento de cárie, restauração, o dente estará com uma estrutura apropriada para receber nichos 
e grampos. 
 
 
 
AULA 5 
CLASSIFICAÇÕES – PPR 
A PPR estará apoiada normalmente em estrutura dentária e rebordo residual. A carga mastigatória da 
prótese parcial removível será transmitida diretamente à estrutura dentária e à estrutura óssea 
Além da quantidade, devemos avaliar a qualidade da estrutura dentária: número de dentes remanescentes 
e sua distribuição em relação ao arco 
 
 
Aspectos quantitativos 
A PPR será planejada de acordo com o número de dentes suportes remanescentes e distribuição dos dentes 
no arco. Quanto maior o número de dentes e melhor eles estiverem distribuídos, maior vai ser a estabilidade da 
prótese quando em função. 
Distribuição puntiforme: quando a retenção se faz em um único dente. Desfavorável 
 
Distribuição em superfície: quando a união dos dentes-suportes forma uma figura geométrica. Quanto 
mais ampla, mais favorável. O apoio posterior torna o prognóstico mais favorável. Há mais grampos para segurar a 
prótese e ela fica mais retentiva. Favorável 
 
 
Distribuição linear: quando a união dos dentes-suportes se faz em linha reta. A prótese ficará instável e 
esta situação é mais comum no arco inferior. Quanto menos dentes, pior. Desfavorável 
 
 
Aspectos qualitativos 
Avaliamos no exame clínico. 
 Formato, integridade e tamanho da coroa; 
o Coroa plana: retenção mais desfavorável. Ex.: ICS; 
o Coroa arredondada: retenção mais favorável. Ex.: MS; 
 Número e forma das raízes; 
o Melhor é ter três raízes do que apenas uma. Se tiver apenas uma, é melhor que seja mais 
alongada no sentido V-L do que redonda. 
 Mobilidade dental; 
 Inclinação e extrusão dos dentes: inclinações dentárias devido às 
perdas fazem com que os dentes anteriores distalizem e os 
posteriores mesializem. O espaço gerado pela falta do dente fica 
com formação de ângulo morto na região cervical. Para colocar a 
prótese, o dente artificial deve encostar completamente nas 
proximais dos dentes vizinhos. Então, os dentes vizinhos precisarão 
ser desgastados e o planejamento do desgaste é feito com um 
delineador. Se as inclinações forem muito grandes, podemos 
considerar um tratamento ortodôntico. 
 Avaliar a oclusão para detectar a presença de extrusões, que normalmente causam interferências 
dentárias, contatos prematuros, no momento em que o paciente oclui. Avaliamos a quantidade de 
desgaste necessário para nivelar este elemento dentário na oclusão. O desgaste inclui esmalte e um 
pouco de dentina. Se necessitar aprofundar muito na dentina (extrusões severas), devemos pensar em 
intervenção ortodôntica ou extração do elemento. 
 
Muitas vezes, solicitamos exames radiográficos ao paciente e também montagem em articulador, para 
conseguir visualizar a extrusão real 
 
Até o primeiro molar, o arco está aceitável para mastigação. Não precisa apresentar, necessariamente 
segundo e terceiro molar. 
 
Situações onde há alteração de dimensão vertical (não há estabilidade oclusal, não há contato de 
dentes posteriores), necessitam de procedimentos para reestabelecer a dimensão vertical do paciente 
antes da reabilitação com prótese. Não fazemos este tratamento na instituição. 
 
Suporte mucoso 
 Resiliência da fibromucosa: grau de compressibilidade; deformação da mucosa sob a pressão da prótese. 
Através da palpação classificaremos a fibromucosa em aderente, flácida ou consistência média. O ideal é uma 
mucosa aderida na estrutura óssea. Se estiver flácida, devemos corrigir com cirurgia, para ter estrutura óssea com 
mucosa firme. 
 
Rebordo residual – sentido mésio-distal 
Avaliar: 
 Forma anatômica – quando em repouso; 
 Forma funcional – quando sob ação de cargas. 
Rebordo residual ideal: deve ter uma cortical óssea que recobre um reticulado ósseo, relativamente denso, 
uma crista plana e ampla, com vertentes altas, coberto por um tecido firme, denso e fibroso. 
Classificação anatômica do rebordo residual: sentido mésio-distal, horizontal, descendente para distal ou 
ascendente para distal. São casos onde não há dentes posteriores, ou no máximo, até o pré-molar. O melhor 
rebordo é o horizontal. 
Rebordo horizontal: com a prótese, a força resultante é praticamente igual a zero, 
que propicia uma posição mais estática da sela protética. 
 
 
 
Rebordo ascendente para a distal: a força resultante converge para o interior do 
rebordo residual no sentido mesial. A força anterior faz com que a prótese empurre 
os dentes para anterior (mesial) 
 
 
 
Rebordo descendente para a distal: a força resultante converge para a distal, 
tracionando o dente suporte também para a distal. É a condição mais desfavorável. 
Mais comum no rebordo inferior. 
 
 
 
 
Rebordo residual – sentido vestíbulo-lingual 
 
 
 
 
 
 
 
Rebordo ideal: rebordo quadrado. Apresenta maior estabilidade. 
Quanto mais alto, mais amplo e com fibromucosa mais densa e firme, mais estável. 
Normalmente encontramos rebordo triangular ou estrangulado. 
Em relaçãoà altura, o rebordo pode ser alto, médio ou reabsorvido. Normalmente é médio ou alto, 
principalmente em espaços pequenos. 
Um plano de tratamento meticuloso possibilita uma melhora na distribuição das forças oclusais, para que 
os remanescentes dentais consigam suportar a carga. 
 
Classificações 
1. Vias de transmissão de forças mastigatórias ao osso alveolar 
2. Posição dos dentes nas arcadas (Kennedy) 
Finalidade da classificação: finalidade didática, mais fácil ao estudante entender e viabilizar o planejamento dos 
casos; comunicação entre profissionais e/ou técnico de laboratório; sistematização do desenho e do 
tratamento 
Classificação – requisitos: possibilitar uma visualização imediata do tipo de arcada parcialmente desdentada 
que está sendo considerada; possibilitar a diferenciação entre a prótese dento suportada e dento muco 
suportada; ser universalmente aceita. 
 
1. VIAS DE TRANSMISSÃO DE FORÇAS MASTIGATÓRIAS AO OSSO ALVEOLAR 
PPR: próteses dento suportadas ou próteses dento muco suportadas 
PT: próteses muco suportadas 
 
É a mais antiga classificação de PPRs existente; 
É uma classificação funcional: leva em consideração como a transmissão das forças mastigatórias aplicadas 
sobre a PPR vai chegar ao osso alveolar. 
 
Dentossuportada: a força vai ser transmitida ao osso alveolar através da estrutura dentária. A prótese não 
intrui no rebordo, apenas encosta na mucosa. 
Dentomucossuportada: a força vai ser transmitida ao osso alveolar através da estrutura dentária e rebordo 
alveolar 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY – POSIÇÃO DOS DENTES NAS ARCADAS 
 Formulada em 1925; 
 Baseia-se na posição dos espaços edentados em relação aos dentes remanescentes no arco – leva em 
consideração a localização do espaço edentado, não considera a extensão.; 
 Critério topográfico; aceita universalmente. 
 
Classe I e II são sempre 
dentomucossuportadas; 
 
 
 
 
Classe III é dentossuportada; 
Classe IV, dependendo da 
extensão é dentossuportada 
ou dentomucossuportada. 
 
 
 
 *Classe III não envolve linha média. 
AULA 6 
REGRAS DE APPLEGATE (1935) 
REGRAS PARA A APLICAÇÃO DO MÉTODO DE KENNEDY 
Regra 1: a classificação deve ser feita após quaisquer extrações de dentes que possam alterar a classificação 
original. O paciente deve ser classificado após o plano de tratamento e adequação bucal. 
Regra 2: se um terceiro molar está faltando e não é para ser substituído, ele não é considerado na classificação. 
Para saber se o dente necessita ser substituído ou não, tudo depende do antagonista. 
Regra 3: se um terceiro molar está presente e servirá como suporte, ele é considerado na classificação. 
Regra 4: se um segundo molar está ausente e não será substituído, ele não é considerado na classificação. Ex.: se o 
segundo molar oposto também está ausente e não vai ser substituído. 
Se o paciente apresenta o terceiro molar antagonista, o terceiro molar que está faltando precisa ser incluído 
na prótese. O espaço é contado como espaço edentado. A mesma regra vale para os segundos molares. 
Ex.: paciente apresenta terceiro molar na arcada superior e não apresenta terceiro molar na arcada inferior. 
O terceiro molar inferior precisa ser incluído na prótese para ocluir com seu antagonista. 
Ex.: paciente não apresenta segundo molar na arcada superior e também não apresenta segundo molar na 
arcada inferior. O segundo molar não precisa ser incluído na prótese. 
Regra 5: a área desdentada mais posterior (ou áreas) sempre determina a classificação. Pode apresentar vários 
espaços, mas somente o mais posterior que dá nome a classificação. Os outros espaços são as modificações ou 
subclasses. O número de espaços determina o número das modificações. 
Regra 6: áreas desdentadas com exceção daquelas que determinam a classificação são denominadas modificações 
e são designadas por seu número. 
Regra 7: a extensão da modificação não é considerada, apenas o número de áreas desdentadas adicionais. 
 Ex.: se, além do espaço que determina a classe, o paciente possuir mais um espaço que envolva três dentes, 
a extensão não importa. Se possui somente um espaço, será modificação 1. 
Regra 8: áreas de modificação não podem ser incluídas nas arcadas classe IV. (Outras áreas desdentadas que se 
encontram posterior às únicas áreas bilaterais cruzando a linha média determinam a classificação; veja regra 5). 
 
Na classificação dos casos clínicos, devemos colocar: classe, modificação (se tiver) e forma de suporte 
(dentossuportada, mucossuportada, etc.) 
Lembrar que quando o paciente possui extremo livre (sem apoio posterior) a prótese será sempre 
dentomucossuportada. 
 
Partes constituintes da PPR 
Armação metálica: 
 Grampos: ganchos que auxiliam na retenção da prótese. Ficam na vestibular dos dentes. 
 Apoios: descansos posicionados na região oclusal, lingual ou incisal, impedindo o deslocamento 
ocluso-cervical (intrusão) e transferência das forças ao longo eixo dos dentes pilares. Os dentes 
precisam de desgastes para receber os apoios. Não funcionam como retenção. 
 Conector maior: une partes da PPR de um hemiarco com o do lado oposto; dá resistência à PPR. 
Também evita a intrusão, mas não dá retenção. 
 Conector menor: são os elementos de união das partes situadas sobre os dentes remanescentes 
ao conector maior. 
 Sela: parte do metal que retém o acrílico. É perfurada. 
 Obs: quando há perda de canino a canino, sempre usamos pinos de retenção para a região anterior. 
 
Porção acrílica: 
 Superfície basal da sela 
 Dentes artificiais 
 
Princípios biomecânicos 
 Importância da biomecânica: auxiliar o estudo e planejamento do desenho da estrutura da PPR para tentar 
neutralizar os movimentos de rotação e translação ocasionados pela prótese no momento de sua dinâmica de uso. 
 Elementos biológicos: referentes ao paciente. Responsáveis por neutralizar a força aplicada. 
 Elementos mecânicos: referentes à PPR. Transmitem as forças aplicadas na PPR para os 
componentes biológicos (dente, ligamento periodontal, rebordo e osso). 
 Prótese em boca pode executar vários movimentos quando acionada. Devemos tentar neutralizar estes 
movimentos. Proteção do tecido periodontal: neutralização das forças aplicadas pela PPR, em diferentes direções, 
sobre o elemento dentário. Devemos direcionar a carga de forma que ela se dissipe ao longo eixo do dente (sentido 
vertical). Devemos pensar em retenção, sustentação e estabilidade. 
 Sistema de sustentação ou suporte - conceito: é o sistema formado por elementos biológicos e mecânicos 
que serão responsáveis por receber e suportar todas as cargas que incidirem sobre a PPR. Deve-se apresentar em 
boas condições biológicas para que condições mecânicas possam ser planejadas. Componentes responsáveis por 
evitar o deslocamento vertical (intrusão), no sentido ocluso-gengival da PPR, quando o paciente estiver mastigando 
alimentos duros, consistentes. 
 Em próteses dentossuportadas: 
 Biológicos: dentes e ligamento 
 Mecânicos: apoio e conector maior 
Em próteses dentomucossuportadas: 
 Biológicos: dentes, ligamento, fibromucosa e osso alveolar 
 Mecânicos: apoio, conector maior e superfície basal da sela 
 
Sistema de retenção: evita que a prótese saia. Evita o deslocamento no sentido gengivo-oclusal ao mastigar 
alimentos pegajosos. Sentido oposto ao de suporte. 
 Em próteses dentossuportadas: 
 Biológicos: dentes e ligamento 
 Mecânicos: grampos 
Em próteses dentomucossuportadas: 
 Biológicos: dentes, ligamento, fibromucosa e osso alveolar 
 Mecânicos: grampos e superfície basal da sela 
 
Estabilidade – conceito: é a resistência às forças que atuam sobre a PPR no sentido horizontal,decorrentes 
de contatos oclusais em planos inclinados, mastigação, bruxismo, apertamento...

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