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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGVIA DISCIPLINA: DIPLOMÁTICA DOCENTE: MARIA DA VITÓRIA BARBOSA LIMA DISCENTE: CAMILA FERNANDES VILAR CARDOSO MATRÍCULA: 11016362 FICHAMENTO BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Diplomática e tipologia documental. In: _____ . Arquivos Permanentes: tratamento documental. 2. ed. ver. e amp. Rio de Janeiro: FGV, 2004. p. 45-63. Página Texto 45 “... os estudos de diplomática e tipologia levam a entender o documento desde o seu nascedouro, a compreender o porquê e o como ele é estruturado no momento de sua produção. A diplomática ocupa-se da estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notarial”. 46 “Há que se distinguir, nos atos legais, a apresentação formal da material. [...] a apresentação formal consiste no refinamento da redação, na forma que os atos são apresentados. Já a apresentação material consiste na coordenação sistemática do assunto. A apresentação formal do ato legal é, em última análise, a redação, sua configuração externa e a apresentação material e a disposição do assunto no texto. Ora, é justamente da apresentação formal que se ocupa a diplomática”. 48 “O documento público é, inevitavelmente, em sua essência, a junção de actio (fato, ato documentado) e conscriptio (sua transferência para um suporte semântica e juridicamente credível)”. 48 “A diplomática acata a classificação estabelecida pelo direito administrativo para os atos administrativos, englobando as espécies com que costuma lidar na área governamental, tendo-se aí as chamadas categorias documentais”. 49 “Outra possibilidade de classificação das categorias documentais não foge da mesma concepção e da mesma essência. Os documentos seriam classificados em três categorias: dispositivos, testemunhais e informativos. No primeiro caso o dos dispositivos, enquadram-se os documentos normativos, os de ajustes e os de correspondências”. 50 “O segundo caso é o dos documentos testemunhais, aqueles que acontecem depois do cumprimento de um ato dispositivo ou que derivam de sua não observância ou são relativos a observações sujeitas a relatórios, termos de visita etc. Como terceira e última categoria, temos os documentos informativos, que são opinativos/enunciativos e esclarecem questões contidas em outros documentos. Seu conteúdo fundamenta uma resolução. São pareceres, informações, relatórios, votos, despachos interlocutórios”. 52 “Enquanto a espécie documental – “configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas” – é objeto da diplomática, a tipologia documental ocupa-se do tipo documental – “configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou”. A tipologia documental é a ampliação da diplomática na direção da gênese documental e de sai contextualização nas atribuições, competências, funções e atividades da entidade geradora/acumuladora”. 52 “Em definitivo, o objeto da diplomática é a configuração interna do documento, o estudo jurídico das partes e dos seus caracteres para aquilatar sua autenticidade e fidedignidade, enquanto o objeto da tipologia o estuda como componente de conjuntos orgânicos, isto é, como integrante da mesma série documental, advinda da junção de documentos correspondentes à mesma atividade”. 53 “[...] a tipologia, por suas características intrínsecas, atribui maior importância ao procedimento administrativo, privilegiando o conjunto orgânico no qual o documento se situa e não o "discurso" de cada um”. 54 “Os elementos externos, extrínsecos, físicos, de estrutura ou formais têm a ver com a estrutura física e com a forma de apresentação do documento. [...] De outro lado, os elementos internos, intrínsecos, substantivos ou de substância têm a ver com o conteúdo substantivo do documento, seu assunto propriamente dito, assim como com a natureza de sua proveniência e função”. 56 “Espécie documental é a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas. A espécie documental diplomática, portanto, é a espécie documental que obedece a fórmulas convencionadas, em geral estabelecidas pelo direito administrativo ou notarial”. 57 “O tipo documental é a configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que ela representa [...] O tipo documental pode ser visto como “atributo de um documento que, originado na atividade administrativa a que serve, se manifesta em diagramação, formato e conteúdo distintivos e serve de elemento para classificá-lo, descrevê-lo e determinar-lhe a categoria diplomática””. 59 “Em diplomática, o fato não deve ser confundido com o conteúdo. Este vem a ser a manifestação do primeiro, através do documento.”. 60 “Os documentos diplomáticos, objeto da diplomática, se tomados de forma ortodoxa, são aqueles de natureza jurídica que, refletem no ato escrito às relações políticas, legais, sociais e administrativas existentes entre o Estado e os cidadãos. Seus elementos semânticos são submetidos a fórmulas preestabelecidas”. 61 “A análise ou partição diplomática é realizada para efeitos de compreensão do documento do ponto de vista tanto da autenticidade jurídica, quanto da fidedignidade de conteúdo”. 62 “Na diplomática, a análise tipológica parte da espécie. A identificação diplomática de um documento, portanto, independe das características do conjunto.”. 63 “Na arquivística, a análise tipológica parte do princípio da proveniência [...]”. COMENTÁRIO O presente texto conceitua brevemente e diferencia a diplomática e a tipologia documental fazendo um paralelo com os documentos públicos. Explora as tipologias documentais e analisa as categorias documentais segundo a classificação estabelecida pelo direito administrativo para os atos administrativos englobando suas espécies. Explica a estrutura dos documentos e cada elemento presente nele. Importante ressaltar que a autora faz uma comparação das duas metodologias, a análise diplomática e a análise tipológica, verificando a análise tipológica na diplomática, bem como na arquivística.
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