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Resenha Terminação do Contrato de Trabalho

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Universidade Estácio de Sá Pós-graduação em Direito e processo do trabalho e previdenciário 
Resenha sobre o caso “Gravidez durante o aviso prévio dá direito a estabilidade”
Nome do aluno: Núbia Martins Braga
Trabalho da disciplina Terminação de contrato de trabalho
Tutor: Prof. Carla Sendon Ameijeiras Veloso
Rio de janeiro - RJ 
Agosto de 2019
TÍTULO: “Para o TST, o período após a comunicação da demissão não significa o fim da relação empregatícia. ‘Contrato continua a emanar seus efeitos legais.’.”
Referência: Disponível em https://veja.abril.com.br/economia/gravidez-durante-o-aviso-previo-da-direito-a-estabilidade/ - acesso em 27 de agosto de 2019.
O artigo em análise traz a decisão do TST reconhecendo que durante o período do aviso prévio, mesmo que indenizado, o contrato “continua a emanar seus efeitos”. A terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho garantiu a estabilidade provisória por entender que o aviso prévio é uma manifestação de vontade para o término do contrato de trabalho, que só se findará após o vencimento do prévio aviso. 
A reclamação trabalhista visava o reconhecimento da estabilidade provisória e o direito a reintegração da empregada. Porém, a discussão girou em torno da ocorrência do término do contrato de trabalho. A empresa reclamada trouxe em sua defesa que a concepção ocorreu em data posterior à rescisão contratual. Enquanto que a empregada afirmava que a concepção ocorreu durante o aviso prévio, comprovado com exames médicos, período este que integra o tempo de serviço.
A decisão entendeu que o aviso prévio integra o contrato de trabalho, logo a concepção se deu em sua vigência. Mas, não obrigou a empresa a reintegrar a funcionária.
Como a vontade unilateral para a terminação do contrato de trabalho é formalmente declarada pelo aviso prévio, este fixa o prazo para o término do pacto. Logo o aviso prévio se integra ao contrato de trabalho, como dispõe o art. 487, § 1º, CLT.
Analisando a estabilidade da gestante, vimos que sua origem é constitucional, garantida no art 10, II, ADC. Além disso a CLT dedicou, dentro do capítulo de proteção ao trabalho da mulher, a seção V de proteção à maternidade, fora leis especiais que tratam do assunto, como da empregada doméstica, por exemplo. Após esta decisão, a Lei n. 12.812 de 2013 acrescentou o art. 391-A na CLT que trouxe em seu texto exatamente tal entendimento: “A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.”
Importante destacar também a Súmula 244 do TST, que pacificou o entendimento de que o “desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade”. 
Desse modo, podemos concluir que a decisão analisada foi um avanço para o direito à maternidade, tendo o direito a estabilidade temporária para gravidez concebida durante o aviso prévio, e que posteriormente vimos a legislação brasileira ampliar a proteção à mulher gestante.

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