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1 UNIVERSIDADE TIRADENTES EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO ARACELI RODRIGUES DE SOUZA LESÕES NO BALLET CLÁSSICO EM ARACAJU: A INFLUÊNCIA DOS MÉTODOS DE ENSINO ARACAJU 2014 2 ARACELI RODRIGUES DE SOUZA LESÕES NO BALLET CLÁSSICO EM ARACAJU: A INFLUÊNCIA DOS MÉTODOS DE ENSINO Trabalho apresentado à disciplina de TCC e conclusão de curso de Educação Física Bacharelado da Universidade Tiradentes Orientador: Prof. Esp. Lúcio Flávio Gomes Ribeiro da Costa ARACAJU 2014 3 ARACELI RODRIGUES DE SOUZA LESÕES NO BALLET CLÁSSICO EM ARACAJU: A INFLUÊNCIA DOS MÉTODOS DE ENSINO Trabalho de conclusão de curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física, Universidade Tiradentes – UNIT Aprovado em: ____/______/_____ Banca Examinadora ___________________________________________________ Orientador: Prof. Esp. Lúcio Flávio Gomes Ribeiro da Costa ____________________________________________________ Examinador 1: Profª. Esp. Brenda Katherine Chagas Alves _____________________________________________________ Examinador 2: Profª MsC. Lisane Teixeira Dantas Menezes 4 RESUMO Desde a criação do Ballet Clássico, existe a preocupação em preservar sua tradição, tendo em vista que a dança requer muita dedicação de seus praticantes, principalmente se tratando da alta complexidade dos movimentos, que leva aos dançarinos tamanha perfeição diante do que é exigido para uma boa performance, trazendo consigo as dificuldades e limitações que proporciona o surgimento de lesões.Ao longo do tempo os professores de ballet usam imagens para descrever sensações corporais, com foco de correção para melhor desenvoltura de aulas e posições de ballet aos alunos; o que gera situações perigosas quanto o uso do corpo; é ideal entender as diferenças entre tendões e ligamentos, funcionamento muscular, limites articulares no contexto do ballet. O presente trabalho classifica-se como um estudo quantitativo e que teve como objetivo identificar os diferentes tipos de lesões em que os bailarinos são acometidos, relacionado com a metodologia empregada pelos professores. Para tanto foi realizada uma pesquisa de campo, a qual usou como instrumento avaliativo um questionário semiestruturado com 15 questões fechadas, porém dando a oportunidade de justificativa pelos entrevistados. O público alvo foram professores de Ballet Clássico que trabalham com alunos de 14 a 20 anos de idade e a amostra foi constituída por 10 professores de forma intencional, facilitando a pesquisa e a coleta dos dados necessários para o estudo. Os dados foram analisados e apresentados por meio de gráficos para que fosse possível a melhor visualização das informações. No presente trabalho concluiu-se que o ballet associado à prevenção nas aulas práticas, pode obter melhor permanências de alunos, e melhor desempenho técnico e artístico. Palavra Chave: Ballet. Lesões. Pés. ABSTRACT Since the creation of classical ballet, there is the concern to preserve its tradition, given that the dance requires a lot of dedication of its practitioners, especially when considering the high complexity of the movements, which leads to dancers such perfection at what is required for a good performance, bringing the difficulties and limitations that provides the appearance of lesions. Over time the ballet teachers use pictures to describe bodily sensations, with correction of focus for better agility classes and ballet positions to students; which creates dangerous situations as the use of the body; is ideal understand the differences between tendons and ligaments, muscle function, joint limits in ballet context. This work is classified as a quantitative study that aimed to identify the different types of injuries where the dancers are affected, related to the methodology used by teachers. For that was done field research, which it used as assessment tool a semi structured questionnaire with 15 closed questions, but giving the opportunity to justification by respondents. The target audience were teachers of classical ballet working with students 14-20 years of age and the sample consisted of 10 teachers of intentionally facilitating research and data collection needed for the study. The data were analyzed and presented in tables to make it possible to better visualization of information. In this study it was concluded 5 that the ballet associated with the prevention in practical classes, can get better stays students, and better technical and artistic performance. Keyword: Ballet. Injuries. Feet. INTRODUÇÃO O Ballet organiza em sua linguagem artística diversa capacidades físicas como (força, velocidade, resistência, coordenação e mobilidade articular) no qual modifica o estado corporal em cada movimento produzido; para que isso ocorra de forma eficiente é preciso uma integração dos sistemas corporais assegurando a aquisição e manutenção desses domínios específicos, uma vez que existe dançarina com lesões e a questão é se isso está sendo causado pelo método de trabalho dos profissionais. De acordo com Marconi e Lakato (2003), o presente estudo classifica-se por ser um estudo quantitativo, por uma determinada questão ou situação da mesma forma que à descoberta de relações relevantes entre variáveis, o interesse se centraliza em encontrar valor preditivo, objetiva a coleta sistemática de dados, sobre populações, programas, ou amostras de populações e programas; que utilizam várias técnicas como entrevistas, questionários, formulários etc. O estudo foi realizado com base em uma pesquisa de campo, que teve como objetivo, identificar o surgimento de lesões dos pés em bailarinas, em função do método de ensino utilizado pelos profissionais do Ballet Clássico na cidade de Aracaju, onde a sua prática tem aumentado de forma considerável em academias e escolas, como foi observado através da crescente participação das escolas no Festival de Dança “Galeria da Dança” que já acontece há alguns anos na cidade de Aracaju. Para Agostini (2010) a arte do Ballet é conhecida pela sua disciplina estética, porém exige grande preparo físico o que predispõe probabilidades de lesões; a exigência extrema de treinos e aulas sem aprofundamentos teóricos e práticos com bases no sistema musculoesquelético pode gerar problemas anatômicos, psicológicos e técnicos; a metodologia de ensino aplicada deve estar fundamentada em bases cinesiológicas e anatômicas, visando o desempenho do aluno, respeitando as 6 limitações e individualidades de cada um, conservando o máximo a qualidade da prática do ballet e o desenvolvimento normal do ser humano. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário com perguntas semiestruturadas fechadas e dando oportunidade de que os entrevistados justificassem suas respostas, o público alvo foram professores de ballet que trabalham com bailarinas até os 20 anos de idade e a amostra foi selecionada de forma intencional, onde participaram 10 professores que se encaixam nas exigências da pesquisa. HISTÓRIA DA DANÇA–BALLET O mundo em sua evolução histórica trás uma linguagem única corporalmente porque ao longo do tempo discursou com todas suas experiências as possibilidades de dialogar a dança. Antes do surgimento por meio de palavras o homem se comunicava por intermédio de gestos e consequentemente pela dança, sendo partede rituais de iniciação desde a idade da pedra. Neste período as manifestações eram inconsciente, intuitiva e relacionava aos demais elementos da natureza. Antigamente os papeis eram realizados somente por homens, as mulheres não participava em espetáculos e produções, somente no final do século XVIII é que as mulheres passam a frequentar as escolas de Dança ganhando logo seu espaço e importância; apesar de ter toda limitação por causa do tamanho dos figurinos. A famosa bailarina Marie Camargo ousou encurtar sua saia, calçar sapatos mais leves e assim saltar e dançar de forma a mostrar melhor seus passos. (MENDES,1985, p.43) Conforme Faro (1986), durante o Romantismo do século XIX transforma-se todas as artes, o Ballet neste período inaugura um estilo, pela bailarina Marie Taglioni, figura importante por utilizar pela primeira vez o uso da sapatilha de ponta e criando um espetáculo só seu “La Sífile”, revolucionando não somente o enredo de espetáculos como toda biomecânica da dança, com agilidade nos pés e a ilusão de flutuar sobre o chão. A dança adquire uma narrativa única, que se perpetua até hoje com enredo e personagens reais modificando toda a história do Ballet. METODOLOGIA NO BALLET E AS LESÕES 7 Conforme Agostini (2010) Os métodos apresentados possuem histórico na cidade de Aracaju, por real motivo aqui citado: O ballet italiano é o mais antigo e mais prestigiado na Itália, oferece dois cursos com duração total de oito anos, sendo o primeiro relacionado ao aprendizado e o segundo aperfeiçoamento. O ballet russo foi fundado a mais de cem anos, é uma das escolas mais tradicionais, rígidas e respeitada; método denominado Vaganova que mesclava método italiano e francês. Para Agostini (2010) A escola real de Ballet situada em Londres, criada para melhorar o ensino do ballet no Reino Unido, ficou conhecida por ter vários graduando, e por trabalharem profissionalmente com teatro, música, dança contemporânea e jazz, se tornando em seguida a mais conhecida Royal Academia de Ballet. De acordo com Isabel Marques (2010) o Ballet Clássico tem em sua estrutura uma metodologia rígida, e em várias situações os professores ao adotar essa postura esquecem que estão trabalhando com crianças e adolescentes, e que deve usar a didática adequada para cada idade. E quando é encontrada a situação “o professor não têm didática”, estamos nos referindo não ao modo como se ensina, mas sim a metodologia aplicada. Faz-se necessário obter a organização para chegar ao objetivo e o melhor caminho de ensinar; por isso a aproximação dos conhecimentos de desenvolvimento motor e fases nas metodologias de aula de ballet. Não podemos deixar de citar aqui os pacotes de vendas de metodologias de ensino que são úteis e ao mesmo tempo inibidores da construção do conhecimento em seu processo criativo. (MARQUES, 2010, p. 189) Marques (2010) sugere quatro atitudes referentes à dança: problematizar, articular, criticar e transformar; que desenvolve a proposta metodológica da Dança. Devendo fazer parte da vida não somente do professor como do aluno, o que foge dos padrões de vendas de métodos de ballet clássico como: italianos, russos, cubanos, ingleses, franceses etc. O professor não têm sido capaz de diferenciar o que está aprendendo de como este conteúdo chegou até ele. Os procedimentos de estilos de ensino, métodos e metodologia são escolhas onde o professor faz relacionando à arte/dança, o ensino e o mundo. (MARQUES, 2010, p. 189) O processo de maturação e sistemas orgânicos está interligado no aprendizado e comportamento motor em relação à faixa etária, o crescimento da maturação refere- 8 se às transformações morfológicas, dimensões corporais e composição corporal. O desenvolvimento motor dos seres depende dos sistemas biológicos, ambiente, comportamento e suas experiências adquiridas; pois o Sistema Nervoso Central (SNC) não está desenvolvido completamente quando nascemos, sendo necessário ao longo do tempo nos desenvolver quanto a aspectos sociais, intelectuais e culturais. (SALLES, 2008) Ainda para o autor, os aspectos psicológicos estão em constante mudança e desenvolvimento, vivendo em mundos de teorias, planos e idealização de sonhos, angústias, dúvidas, isolamentos, dilemas familiares, que surgem nessa fase. O professor pode ainda colocar nas aulas os trabalhos de coletividade, como exercícios em pares, grupos e estimular a observação durante a aula; pois nível de competitividade é existente se tornando ainda maior nessa fase. É interessante ressaltar a competitividade na dança enquanto fator estimulador de busca de conhecimento e técnica, extrair da competitividade o que o aluno tem de melhor em relação biomecânica do seu movimento no ballet, se preocupando com a sensibilidade da arte e mostrando que competir ”com” é diferente de competir “contra”. (MARQUES, 2010, p.221) Outra situação a trabalhar é o uso de sapatilha de ponta de forma adequada, a aula se desenvolve primeiro na barra, e para melhor estabilização, adaptação e desenvolvimento de força e com o passar do tempo exercícios no centro. Sendo o ballet clássico grande instrumento educativo por desenvolver potencialidades nos alunos; é importante introduzir dinâmicas e outras formas de dança para trabalhar e estimular outras habilidades físicas, a arte, cultura e idioma. (BAMBIRRA, 1993, p. 150). As correções também merecem total atenção desde o inicio de sua prática, o professor não pode ter pressa de avançar, ensinar variações diferentes por mais que o aluno tenha assimilado o movimento apresentado, a repetição faz parte da metodologia aplicada e deve ser respeitada toda a concepção do trabalho, para que não ocorra nenhum tipo de lesão no aluno, as correções não podem passar em branco, pois eles viram vícios que são difíceis de corrigir posteriormente. (SALLES, 2008). A prática do ballet deve ser trabalhada com embasamento fisiológico, biomecânicos relacionados à dança, objetivando sua prática enquanto técnica e prevenção de 9 doenças musculoesqueléticas. Treinos intensivos e rigorosos no ballet podem estressar a musculatura e articulações, podendo gerar alterações como: desequilíbrio, fraqueza muscular, rigidez, instabilidade nos pés (varo e cavo) ou na realização da técnica. (RIBEIRO, 2012) O que implica a técnica mal trabalhada metodologicamente é destacado como sintomas de dor decorrente das aulas práticas, de movimentos e posições no ballet com grande grau nas estruturas osteomusculares. Modalidade está que exige mesmo desempenho de atleta por trabalhar a especificidade de grande importância para execução na dança. (RIBEIRO,2012) Segundo Salles (2008) os benefícios no ballet só ocorrem quando trabalhado o fortalecimento de grupos musculares que exige, mas muitas vezes a dança por si, não supre sua finalidade no movimento, por não conter no seu desenvolvimento de aula cotidiana o treino de força específica para determinada execução de movimentos. O que podemos recorrer a treinos específicos de velocidade, grupo muscular flexores do quadril, bem como estabilizadores; especificidades de ação muscular que precisa ser concêntrica e excêntrica com realização correta; os alongamentos estáticos e prolongados realizados bilateralmente são ótimos para a prevenção de lesões. Ribeiro (2012) diz que o ballet requer movimentos bilaterais com equilíbrio simétrico perfeito, produzindo assim potência muscular e coordenação motora com menor esforço possível; portanto um bailarino com grande controle das articulações e uso de força, flexibilidade combinado com aptidão, evita ao máximo as lesões durante sua movimentação,o que se dá por grande capacidade de assimilação e consciência corporal. Em controvérsias a busca da perfeição e padrões dos movimentos pode ocorre lesões musculoesqueléticas, assim como movimentos com grande amplitude articular, muito além dos seus limites anatômicos. O ballet possui grande nível de rotação lateral e abdução do membro inferior; e esse desequilíbrio gera dor na lateral do joelho e região anterior do quadril, com também problemas nós pés, tornozelos e coluna. (RIBEIRO, 2012) Tratando-se das diversas problemáticas serão citadas algumas lesões que podem ocorrer durante os treinos de ballet, sendo claro que somente os médicos podem prescrever o tratamento mais adequado para cada lesão: cãibra, estiramento 10 muscular, distensão muscular, retração, contusão, tenossinovite, tendinite, entorse, lesões de joelho e coluna. (SALLES, 2008). Por ser especificamente mais vulnerável a lesões no ballet clássico, o pé serve como base para todo o corpo, embora estejam totalmente relacionados aos joelhos e quadril que é um conjunto para toda execução de passos, sofrendo constante influencias. Uma vez que existem 26 ossos e 34 articulações nos pés, criando, portanto muitas possibilidades de movimentos. (HASS, 2011) Geralmente, os pés que têm um arco amplo devido à flexibilidade inerente estão propensos a lesão por alinhamento incorreto e falta de força muscular de suporte. A maioria das imperfeições nos pés pode ser resolvida com um condicionamento que é baseado no entendimento da inter-relação das articulações dos pés, das pernas e da pelve. (FRANKLIN, 2012, p. 148) Segundo Franklin (2012), é ideal que o um dançarino eleve a borda interna dos pés com um esforço muscular extra e supinar o pé, o que se reflete ao longo de toda a cadeia articular da perna até os ossos pélvicos. Um plié requer que o pé realize dorso flexão, e obviamente que ao esticar a perna e pés, não funcionará bem ação do plié; e quando um dançarino treina isso em séries, ele desenvolve tensão e rigidez muscular, predispondo-se a dores e leões. No plié, o tálus movimenta-se discretamente para trás, onde se encaixa firmemente e proporciona estabilidade. Em alguns casos, quando o plié é profundo, o tálus pode colidir com face inferior da tíbia. Isso pode causar dor, edema e até mesmo a formação de um osteófito (esporão). Preservar a força e o controle muscular excêntrico dos membros inferiores ajudará a impedir que o plié cause esse impacto. Na meia ponta, o hálus movimenta-se levemente para frente, saindo da sua posição segura e gerando instabilidade. Alguns dançarinos têm dificuldade para ficar completamente na ponta porque a região posterior do tálus pode apresenta uma projeção óssea normal que entra em contato com o calcâneo, esse choque indesejável na região posterior limita a elevação total do releve, gera instabilidade no tornozelo e desloca o peso para trás. (HASS, 2011, p. 147) O importante é fortalecer toda musculatura dos pés e pernas em especial por se inserirem por meio do tendão calcâneo, com grande função no movimento de ponta e manutenção do equilíbrio, enquanto o sóleo ainda atua nos processos de aterrissagens de saltos; podendo ser trabalhada com treino específico para os pés 11 com bolas, faixa elástica, tornozeleira, e próprios exercícios direcionados a musculatura. (FRANKLIN, 2011,p.148) MATERIAIS E MÉTODOS O estudo acerca das Lesões no Ballet Clássico na cidade de Aracaju com base nas metodologias utilizadas no processo de ensino, classificado como quantitativo foi realizado através de uma pesquisa de campo, que foi utilizado como instrumento avaliativo um questionário com 15 questões fechadas, no entanto, dando oportunidade de justificativa das respostas. A pesquisa utilizou-se de uma amostra selecionada de forma intencional, composta por 10 professores que ministram aulas para um público de até 20 anos de idade. A análise dos dados coletados foi apresentada em forma gráfica, facilitando o entendimento e apresentação. RESULTADOSEDISCUSSÕES GRÁFICO 1: Os cuidados nas aulas de Ballet acerca da otimização da postura Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Com base não timização da postura do ballet, 30% dos professores afirmam que os cuidados nas aulas de Ballet devem ser com as pernas, 20% acha que a atenção deve ser voltada para os pés, apenas 10% dos professores de dança dão atenção ao quadril e 40% dos professores acreditam que todos os itens acima sejam de extrema importância para as aulas. Para Agostini (2010) o aprendizado sobre o alinhamento da perna associado à força do core da pelve, a articulação do quadril é solicitada no e dehors (rotação externa), onde se aplica na execução da posição de lótus para não haver danos aos joelhos, juntamente com os tornozelos, realizada a partir da posição quadril fletido. 20% 30% 10% 40% Pés Pernas Quadril Todos os itens 12 GRÁFICO 2: Metodologia aplicada nas aulas de Ballet Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Quanto à metodologia aplicada nas aulas de ballet, 10% dos professores utilizam o Método Vaganova, 10% utilizam Método Cubano, 20% usam o Método Royal e60% utilizam o Método Misto, já os métodos Italianos e Russo não são utilizados nas aulas. De acordo com Marques (2010) a dança no Brasil há anos tem tradição de comprar pacotes de ensino, o balé clássico em embrulhado com laços de fitas, ingleses, franceses, russos, cubanos; exemplos bons de como as metodologias de ensino têm sido reproduzidos ao longo dos anos, a didática atual é justamente repensar, pesquisar, e propor formas de ensino para as danças tradicionais que sejam condizentes com a proposta contemporânea. GRÁFICO 3: A avaliação física em alunos de Ballet Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Quanto à avaliação física mediante as aulas de ballet, 10% dos professores afirmaram realizar avaliação no fim do ano, 10% dos professores realizam no meio do ano e 60% dos professores realizam avaliação no início do ano, sendo que 20% dos professores não realizam avaliação física. Para Agostini (2010) os 10% 20% 60% 10% 0% 0% Método Vaganova Método Royal Método Misto Método Cubano Método Russo Método Italiano 60% 10% 10% 20% Início do Ano Meio do Ano Fim do Ano Não é feita avaliação 13 planejamentos devem iniciar através de identificação de variáveis para o processo de preparação da estrutura de treinos e aulas, com objetivos de identificar alunos em diversos níveis, são necessários testes que avaliem as condições necessárias para o trabalho. GRÁFICO 4: Tipos de fortalecimentos quanto a base de sustentação dos pés Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Com relação aos treinos de fortalecimento nas aulas de ballet 7% dos professores fazem uso de joelheira, 14% realizam treinos com bolas, 22% dos professores realizam treinos com faixa elástica, e 57%realizam treinos de exercícios de ballet como fortalecimento muscular; apenas duas professoras entrevistadas usam recursos nas aulas por serem fisioterapeutas e terem melhor entendimento desses treinos.As aulas de dança utilizam-se somente o peso do próprio corpo para aumentar sua verdadeira força, se faz necessário ir além do treino oferecido nas aulas, para melhor resultado na dança, utilizando aparelhos e instrumentos de resistência como treinos proprioceptores: pesos livres, bolas de estabilidade, faixas thera-band entre outros. (HASS, 2011) GRÁFICO 5:Medidaspreventivas no trabalho da flexibilidade Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. 22% 7% 57% 14% Treino com faixa elástica Joelheira Exercícios de Ballet Bolas 11% 33% 28% 17% 11% Hora do dia e temperatura do ambiente Condicionamenteo e tonicidade muscular Sexo e avidade Queda no nível de mobilidade e exercício Os treinos de estiramento passíco e unilateral 14 Com base nas medidas preventivas no trabalho de flexibilidade de forma adequada e com melhores resultados, 11% dos professores acreditam que a medida preventiva quanto à flexibilidade está ligada à hora do dia e treinamento do ambiente, 11% refere-se a treinos de estiramento passivo e unilateral, 17% relata a queda do nível de mobilidade e exercício, 28% referem-se ao gênero e idade e 33% ao condicionamento e tonicidade muscular. Para Dantas (2005) a prevenção de possíveis complicações em músculo, ligamentos por ser uma atividade postural ou dinâmica necessita da integridade anatômica e muscular, a atividade da dança se caracteriza por mudanças posturais com exigências de tônus muscular em diversos planos corporais com mudanças de direção e planos espaciais em tempos e velocidades variadas. GRÁFICO 6:Aderência de alunos por solicitação médica Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Quanto à aderência de alunos por solicitação médica 40% ocorrem às vezes, 30% não têm, 20% tem solicitação médica e 10% nunca houve solicitação. Não há aderência de solicitações, diminuir as causas e efeitos de lesões em bailarinos, o que sugere acompanhamento de profissionais da área de saúde, no âmbito preventivo e curativo, dentro dos ambientes das escolas e companhias profissionais. (SCHMITT, 2005) GRÁFICO 7:A influência da estrutura física no processo de ensino aprendizado 20% 30% 40% 10% Sim Não As vezes Nunca 15 Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. A relação estrutura física e processo ensino aprendizagem, apresentou as seguintes situações, 17% dos professores informaram que o padrão estético exigido é magro, 33% seria peso equilibrado, e 55% não sofrem influencias. Vale ressaltar que 60% dos professores responderam essa questão dizendo que influenciava, mas não citou e 40% não responderam. Os demais padrões como a cima do peso, musculoso e magérrimo não foram citados. Oliveira (2012) diz que manifestação artística exige critério anatômico corporal, onde o bailarino deve apresentar uma figura magra e longilínea, com baixo percentual de gordura, resultando no criterioso cuidado no controle do peso. GRÁFICO 8: Prática de atividades de dança paralelas ao Ballet Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Com base na prática de atividade de dança, paralela ao Ballet, 50% pratica outros estilos como auxílio para o Ballet, sendo 30% Jazz Dance, 10% Street Dance e 10% Contemporâneo/Moderno, os demais estilos não houve aderência. Ao observar a variedade de aulas com quem o dançarino se depara, percebe-se que não há consenso sobre o condicionamento ideal exigido para dança, fica evidenciado novos estilos de ministrar aulas, com combinações de exercícios tradicionais com tendências atuais de condicionamentos. (FRANKLIN, 2012) 17% 0% 0% 0% 33% 50% Magro Magerrímo Musculoso A cima do peso Peso equilibrado Não influencia 30% 0% 0% 10% 50% 10% Jazz Dance Street Dance Sapateado Contemporâneo / Moderno Outros Não 16 GRÁFICO 9: Treinamentos específicos com objetivo de fortalecimento Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Em relação aos treinos e suas especificidades os dados relatam quem 30% realizam treinos específicos para pés e pernas, 30% realizam treinamento funcional, 30% realizam outros tipos de treino que não foram mencionados, 10% não realiza nenhum tipo de treino e nenhum dos professores realiza a musculação como treinos de fortalecimento par ao ballet. Adicionar exercícios específicos para dança ao seu treinamento aumentará seu desempenho e diminuirá os riscos de lesão, quando os músculos e ossos estão alinhados ocorre menor ação muscular, sem sobrecarregar os músculos. (HASS, 2011) GRÁFICO 10: O início do uso da sapatilha de ponta com relação à idade Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Quanto ao uso da sapatilha de ponta e faixa etária os dados relatam que 40% inicia aos 12 anos em diante, 20% inicia aos 14 anos em diante, 40% iniciam o uso em outras faixas etária, não havendo respostas quanto ao uso com 9 anos em diante. O uso da sapatilha de ponta se dá aos 11 a 12 anos de idade, pois a criança está preparada para receber tal esforço. (BAMBIRRA, 1993) GRÁFICO 11: Os benefícios da Dança Competitiva 30% 30% 0% 30% 10% Treinamento Funcional Treino específico para pernas e pés Musculação Outros Não 0% 40% 20% 40% 9 anos em diante 12 anos em diante 14 anos em diante Outros 17 Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Relato mostra a dança competitiva relacionado aos benefícios da seguinte forma: 27% dos professores acham que trás avaliação de trabalho e reconhecimento, 27% nível técnico e oportunidades, 13% comercio e marketing, 13% aprendizagem e valores, e 7% outros. O nível técnico fica em evidência por ser uma prática de muitos estudos, aprimoramento e avaliativo quanto às oportunidades consequentes. (ANTUNES, 2011) GRÁFICO 12:Relação do Ballet com a Ginástica Rítmica e a Ginástica Artística Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Dados relatam a relação do ballet com a GR e GA das seguintes formas, 12% de trabalho de solo, 18% treino que leveza, equilíbrio e força, 23% trabalho artístico, 23% nível técnico, 24% treino que leveza, equilíbrio, força e expressão. Quando compreendemos a diferença de esportes de alto nível e a categoria de dança artística, observamos que não existe recorde a serem quebrados, assim como árbitros, mas toda expressão que se relaciona com os treinos. (AGOSTINI, 2010) 27% 13% 27% 13% 13% 7% Nível técnico e oportunidades Aprendizagem e Valores Avaliação de trabalho e Reconhecimento Comércio e Marketing Nenhuma das respostas Outros 12% 18% 23% 23% 24% Trabalho de Solo Treino que trabalhe leveza, equilíbrio e força Trabalho Artistico Nível Técnico Treino que trabalhe leveza, equilíbrio, força e expressão 18 GRÁFICO 13: Metodologia das aulas de acordo com o gênero Fonte: Dados coletados na cidade de Aracaju, em pesquisa de campo. Foram coletados 50% dos professores acham que a metodologia muda em relação ao ensino, e outro 50% acha que somente às vezes muda a forma de ensinar, não tendo nem uns itens assinalados como não e Nunca. Apresenta aulas iguais, sendo algumas movimentações diferentes entre homens e mulheres, algumas posturas e gestos são usados somente por bailarinas. (SANTOS, 2009) Sobre o uso da sapatilha de ponta entende-se que requer cuidados na fase de iniciação em relação aos tipos de exercícios, biótipos e forma de aplicação. Sendo citados por todos os professores e obtendo 100% de respostas quanto cuidados relacionados ao tema como: consciência corporal, tipos de pés, exercícios de equilíbrios e força nas pernas e exercícios com as duas mãos na barra (todos os itens assinalados). As primeiras aulas de ponta devem ser medidoe curto, realizando-se sempre na barra com as duas mãos até que a aluna adquira equilíbrio e força suficiente sobre as pernas. (BAMBIRRA, 1993) Foi identificado no presente estudo a influencia do Ballet na vida das pessoas que o pratica em todo o contexto disciplinar, social, auto-estima, saúde, concentração e equilíbrio. Sendo citados todos os professores e obtendo 100% de respostas como todas as alternativas. Há no espectador da dança, quer seja amante ou crítico, uma empatia, uma inquietude constante entre seu corpo sabe, carregado de histórias da vida. (MARQUES, 2010) CONCLUSÃO O resultado deste estudo apresenta a prática do ballet resultante de lesões a partir da metodologia, quando realizada de forma inadequada, sem aprofundamentos 50% 0% 50% 0% Sim Não As vezes Nunca 19 teóricos e práticos sobre o sistema musculoesquelético, anatômicos e membros inferiores, sem trabalho preventivo, não sendo um fator explorado por profissionais da área; preocupando-se somente com questões estéticas e artísticas no Ballet em Aracaju. Quando adotamos os princípios de posicionamento corporal melhoramos a coordenação, alinhamento de músculo e ossos, todas as movimentações sem sobrecarregar a musculatura, sendo que a dança possui enfoque no próprio peso corporal como resistência, sendo necessários outros acessórios para aumentar a força, equilíbrio, condicionamento e os limites da gravidade exigida nos movimentos do ballet clássico. A identificação do trabalho é relevante para o profissional da área, uma vez que a prática do ballet em longo prazo trás malefícios aos pés, sendo eficazes os subsídios na dança em relação à prevenção e deve ser colocada como recurso de auxílio no ballet, podendo ser grande aliado de alunos, professores e bailarinos, tornando possível a permanecia nas aulas e companhias de danças por um tempo mais elevado, assim como melhor desempenho técnico e profissional. REFERÊNCIAS AGOSTINI, Barbara Raquel. Ballet Clássico: Preparação Física, aspectos cinesiológicos, metodologia e desenvolvimento motor. 1ª ed. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2010. ANTUNES, Hanna Karen. et all. Influências dos estresse em eventos competitivos relacionada a dança. São Paulo: 2011. BAMBIRRA, WANDA. Sonhar e Dançar: A didática do Ballet Infantil. Belo Horizonte, MG.Del Rey, 1993. DANTAS, Estélio H. M. Alongamento e Flexionamento. 5ª ed. Rio de Janeiro: Sharpe, 2005. FARO, ANTÔNIO JOSÉ C. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editora. 1986. FRANKLIN, Eric. Condicionamento Físico para Dança:Técnicas para a otimização do desempenho em todos os estilos. Barueri, SP: Manole, 2012. HAAS, Jacqui Greene. Anatomia da Dança. Barueri, SP: Manole, 2011. 20 LAKATOS E MARCONI, Eva Maria e Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia científica. 5ª ed. São Paulo:Atlas, 2003. MARQUES, A. ISABEL. Linguagem da dança: A arte e ensino. 1ª ed. São Paulo: Digitexto, 2010. MENDES, GARCIA MIRIAM. A dança. 1ª ed. São Paulo. Editora Ética, 1985. OLIVEIRA, Daniel Vicentini. etall. Prevalência de transtornos alimentares em adolescentes praticantes de ballet clássico. Maringá, PR: 2012. RIBEIRO, Raquel Leão. etall. Análise das alterações Antropométricas dos pés de bailarinas Clássicas. Aracaju, SE: 2012. SALLES, Talita de Assunção. O Balé Clássico: Principais lesões de um trabalho preventivo baseado na preparação física. Campinas, SP: 2008. SAMPAIO, Flávio. Ballet Essencial, Rio de Janeiro, Sprint, 1995. SANTOS, Tatiana Mielczarcki. Entre pedaços de algodão e bailarinas de porcelana: a performance artística do ballet clássico como performance de gênero. Porto Alegre, RS: 2009. SCHMITT, Cristina Berge. etall. Osteocondrite Dissecante do Tálus:Um estudo de caso com bailarinas clássicas. SC: 2005.
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