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DIREITO PENAL - HOMICÍDIO

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DIREITO PENAL – 6 º semestre
CRIMES CONTRA A VIDA
- Curiosidade: crime de homicídio doloso não é a maior pena do nosso CP
- Segundo Nelson Hungria, é o crime por excelência. A mais chocante violação do sendo moral médio, da humanidade civilizada. É a morte de um homem, causada por outro.
-É um crime mono-subejetivo: pode ser praticado por 1 ou + pessoas (direfente do pluri-subjetivo: só pode ser praticado por + de 1 pessoa)
-Núcleo do tipo: MATAR ou DESTRUIR.
OBJETO JURÍDICO: bem jurídico protegido (vida)
OBJETO MATERIAL: pessoa ou coisa a qual recebe a conduta (pessoa humana viva extra uterina (protegida))
ELEMENTO SUBJETIVO: animus necandi/animus occidenti (vontade de matar a outra pessoa)
Quem é o sujeito ativo do homicídio? Qualquer sujeito que comete o crime, pois é crime comum, de ação livre. (diferentemente dos crimes próprios, que exigem um atributo especial do agente - Exemplo: infanticídio - Art. 123, CP – só a mãe pode praticar)
Porém, existem 2 situações que a pessoa não responde por homicídio: 
Art. 29, Lei de Segurança nacional: matar autoridade (Presidente da Republica, Senado, Câmara, STF) – pena de 15 a 30 anos.
Art. 1, a, Lei 2989/56: Genocídio, se as vitimas forem de um grupo nacional, étnico religioso e o crime tiver por fim eliminar o todo ou em parte. – pena equivalente ao homicídio qualificado.
Quem é o sujeito passivo do homicídio? Qualquer sujeito que sofreu a infração penal cometida pelo sujeito ativo.
Quando a pessoa é considerada morta? Quando é declarada a morte encefálica.
Quando ocorre a consumação? Com a morte da vítima. Trata-se portanto, de crime matéria, pois exige resultado naturalístico. 
(quando o corpo desaparece, a solução está no Art. 167, CPP – prova testemunhal)
- CRIME HEDIONDO: extrema gravidade. Em razão disso, recebe um tratamento diferenciado e mais rigoroso do que as demais infrações penais. É considerado crime inafiançável e insuscetível de graça, anistia ou indulto.
- Transmissão de HIV: STJ entende que se enquadrou como homicídio, se a vítima morre, e STF enquadrou no Art. 130, CP.
Art. 121, caput, CP - HOMICÍDIO SIMPLES
      Matar alguém: 
      Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Art. 121, § 1º, CP - HOMICÍDIO PRIVILEGIADO 
 “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.”
- Reconhecido o privilégio pelos jurados, o juiz tem a obrigação de diminuir a pena (1/6 a 1/3)
- O júri julga primeiro o privilégio, depois a qualificadora.
- 3º hipóteses de motivos para sua prática:
Relevante valor social: 
-Aquele que atende a um interesse da coletividade
-Embora ser crime, se ele praticar em benefício da coletividade, ele é privilegiado e a pena será diminuída de 1/3 a 1/6.
-Exemplo: Matar um criminoso que pratica com frequência pratica delitos sexuais no bairro.
Relevante valor moral: 
-Aprovado pelo senso médio moral da sociedade/ do homem médio.
-Exemplo: Pai que comente homicídio contra o estuprador da filha.
Sob domínio de violenta emoção, logo sem seguida a injusta provocação da vítima / Homicídio Emocional:
- Necessário os dois requisitos (não existe perícia, depende do julgador)
-Exemplo: matar a amante porque ela rompeu o caso.
Art. 121, § 2º, CP - HOMICIDIO QUALIFICADO
“ § 2° Se o homicídio é cometido: 
        I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
        II - por motivo futil; 
        III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
        IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; 
        V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
        Pena - reclusão, de doze a trinta anos.”
- Qualificadores são circunstâncias que, se presentes, elevam o limite mínimo e máximo da pena do agente. Todo homicídio qualificado é crime hediondo (Art. 105, I, Lei 8072/90).
- Pena de 12 a 30 anos.
- A Jurisprudência entende que é possível “homicídio privilegiado e qualificado”, mas somente as qualificadoras objetivas é que se coadunam com o privilégio, incisos III e IV. – Não são hediondos. Todas as demais são subjetivas e não se enquadram como qualificadoras. Só se enquadram as de caráter objetivo.
 
-I) Hipótese de interpretação analógica (tão torpe/repugnante quanto paga ou promessa de recompensa) Exemplo: filho que mata o pai para receber herança 
-II) Insignificante. Verifica-se uma grande desproporcionalidade ao crime. Exemplo: Discussão de trânsito 
-III) Qualificadora objetiva, portanto, pode coexistir com o privilégio. 
- Referem-se a forma de execução do homicídio. 
- Veneno: qualquer substância química ou biológica que introduzida no organismo, pode causar a morte; exemplo: açúcar na bebida de um diabético. – Asfixia: praticada pelo agente, mediante o impedimento da função respiratória da vítima; exemplo: enforcamento 
– Tortura: aquele em que a execução do crime provoca grave sofrimento físico ou mental, de forma lenta ou gradativa, ate causar sua morte.
- Cruel: também causam sofrimento da vítima, mas esse sofrimento não é prolongado como na tortura; exemplo: morte por apedrejamento; despejar uma grande quantidade de ácido no ofendido.
-Meios insidioso: armadilha, meio fraudulento para atingir a vítima, sem que ela perceba que está ocorrendo um crime, exemplo: sabotar o freio de um veículo.
-Meio que pode causar perigo comum: além de causar a morte da vítima, tem o potencial de causar perigo a vida ou a integridade física de outras pessoas; exemplo: disparo de arma de fogo em uma multidão.
-IV) Qualificadora objetiva, portanto, pode coexistir com o privilégio. 
- Referem-se ao modo de execução do homicídio. 
-Traição: quebra de confiança depositada pela vítima no agente, que dela se aproveita para mata-la.
-Dissimulação: quando há farsa ou encenação para se aproximar da vítima.
-V) Não será qualificado, não vale para contravenção penal, somente para outro crime.
- Para assegurar a execução de outro crime: há crime conexo - não necessariamente homicídio, nem necessariamente precisa ocorrer.
Ou crime futuro que pode não ocorrer, 
-Para ocultar outro crime: crime pré-existente. Já houve um crime, mas eu quero ocultar sua existência, para isso eu pratico homicídio. Exemplo: funcionário rouba a empresa, e é descoberto pelo auditor, então resolve matá-lo.
-Para assegurara a impunidade de outro crime: Não quero impedir que se descubra, e sim, impedir que se puna esse crime anterior, se descubra o autor ou participes.
-Para assegurar a vantagem de outro crime: Aqui se pratica o crime para se beneficiar, do produto, preço ou proveito de um crime anterior. Exemplo: mato alguém para subtrair/ se apropriar do dinheiro que foi produto de um crime anterior.
-VI) Feminicídio: Quando é praticado contra a mulher, por razoes da condição sexo feminino x Femicídio: qualquer homicídio praticado contra mulher. Homicídio qualificado.
-Todo feminicídio é femicídio, mas o contrário não é regra.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:       
I - violência doméstica e familiar
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.      
- Qualificadora de natureza subjetiva. Não sendo possível os privilégios do paragrafo I. Reconhecida 
-Tem que ser homicídio pelo fato de ser mulher
-Tanto mulher cis, quanto mulher trans
- VII) A pessoa quer mostrar sua força perante as autoridades.
- A ideia é o atentado contra as forças do Estado. 
-Em razão da função que a autoridade exerce.
Exemplos: membros de uma facção criminosas praticando atentado contra policiais militares.
- Não podecoexistir com o privilégio
Art.121, § 3º, CP - HOMICDIO CULPOSO	
- Detenção de 1 a 3 anos.
- A pessoa não quer praticar o crime. É a morte provocada por imprudência, negligência ou imperícia
-O julgamento se da por uma vara criminal comum, e NÃO pelo tribunal do júri, como os casos dolosos.
-Exemplo: acidente sob a condução de veículo automotor - ( Lei 9.503/97) a pessoa estaciona, esquece de puxar o freio de mão e o veículo atropela e mata outro.
- Art. 302, do CTB, detenção de 2 a 4 anos. 
Art. 121, § 4º, CP - CAUSAS DE AUMENTO DE PENA DO HOMICIDIO CULPOSO E DOLOSO
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
- HOMICÍDIO CULPOSO
- HOMICÍDIO DOLOSO: Aumento de pena de 1/3 se o crime é praticado contra pessoa menor de 14, ou maior de 60.
Art. 121, § 5º, CP - PERDÃO JUDICIAL QUE SÓ SE APLICA NO HOMICIDIO CULPOSO
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
- Aplicado ao homicídio culposo, tanto do CP, quanto do CTB.
-Exemplo: caso da atriz Cristiane Torlloni.
Art. 121, § 6º, CP - OUTRA CAUSA DE AUMENTO DE PENA, SOMENTE NO CASO DE HOMICIDIO DOLOSO
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
-Causa de aumento de pena que acontece exclusivamente em caso de homicídios doloso.
Art. 121, § 7º, CP - CAUSAS DE AUMENTO DE PENA DO FEMINICÍDIO 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:      
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;       
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;    
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;    
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.    
-Se aplicam exclusivamente ao feminicídio. Causas de aumento de pena.

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