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Revisar envio do teste: ATIVIDADE 1 GRA1243 DIREITO DE POSSE E PROPRIEDADE E RITOS ESPECIAIS PNA (ON) - 201920.1023.11 Unidade 1 Revisar envio do teste: ATIVIDADE 1 Usuário ROSANA Gabriela GABRIELA DE ANDRADE Curso GRA1243 DIREITO DE POSSE E PROPRIEDADE E RITOS ESPECIAIS PNA (ON) - 201920.1023.11 Teste ATIVIDADE 1 Iniciado 15/08/19 10:07 Enviado 16/09/19 22:42 Status Completada Resultado da tentativa 2,5 em 2,5 pontos Tempo decorrido 780 horas, 34 minutos Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários Pergunta 1 Resposta Selecionada: Ao longo da unidade, para além da noção de Direito das Coisas, debruçou-se sobre a compreensão dos direitos reais, distinguindo-os dos direitos pessoais, avançando ao estudo dos chamados direitos reais sobre coisas alheias. Verificou-se que o art. 1.225 do Código Civil, que fornece a relação dos direitos reais, menciona, em primeiro lugar, o direito de propriedade. E, como bem explica GONÇALVES (2017, p. 237), “os demais resultam de seu desmembramento e são denominados direitos reais menores ou direitos reais sobre coisas alheias”. Considerando essas informações - e o caso do sujeito que constrói um segundo andar em sua casa, e, em seguida, transfere o direito sobre o mesmo, mediante pagamento, para um terceiro, que passa a morar, com a sua família, nessa unidade autônoma - analise as características e efeitos do direito real de laje, novidade trazida pela Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017. Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, v.5, 2017. Minha Área 2,5 em 2,5 pontos Exibir rubrica ROSANA GABRIELA DE ANDRADE Rosana Gabriela de Andrade Rosana Gabriela de Andrade Resposta Correta: Enumerados de forma taxativa, somente são considerados os direitos reais aqueles previstos em lei (sistema numerus clausus). O direito de laje é considerado um direito real, conforme elencado no inciso XIII do art. 1.225 do CCB/2002, e, portanto, é um direito absoluto, de eficácia erga omnes (oponível a todos), regido pelos princípios fundamentais dos direitos reais como o da aderência, publicidade, tipicidade, exclusividade, etc. O Art. 1.510-A CC/2002 caracteriza o direito real de laje quando o proprietário uma construção-base cede a superfície superior ou inferior de sua construção com a finalidade de que o titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo. Ao tratar do caso em tela, a título ilustrativo, acertam os autores STOLZE[1]e GONÇALVES[2]que não poderia se tratar de uma transferência de propriedade, visto que a unidade autônoma não abrange o solo, e o terceiro adquirente do segundo andar erigido passaria a exercer direito apenas sobre o que fora construído acima da construção-base (o primeiro andar da casa) – a laje. Desta forma, este novo direito real introduzido pela Lei nº 13.465/2017, é um desmembramento do direito real da propriedade, sendo considerado mais um direito real sobre coisa alheia, sendo este de gozo. O objeto do Direito Real de Laje é restrito ou limitado a construção realizada acima (ou abaixo) da que lhe servirá de base. Sua aquisição se dá pelo registro do título, visto que é bem imóvel, e sua extinção pode se dar pela ruína da construção-base, nos termos do que dita o art. 1.510-E do Código Civil. Ademais, é passível de ser adquirida por usucapião, como acontece com outros direitos reais de gozo. Importante ressaltar as considerações de VENOSA[3], que faz duras críticas à legislação, tanto no que toca a "discutível" essência do direito real implementado, como quanto aos efeitos práticos da norma, que, para o autor, "mais trará problemas do que soluções" para a problemática do sistema habitacional brasileiro (p. 691). O jurista considera que o direito de laje tenha sido criado a partir de uma nova modalidade de condomínio, visto que, o art. 1.510-C do Código Civil exige que se apliquem os princípios gerais dos condomínios edilícios no que diz respeito às despesas. Há, também, críticas a possibilidade de criação de sucessivas lajes sobrepostas, bem como ao texto referente à possível "alienação" da laje no que toca o direito de preferência. [1]STOLZE, Pablo. Direito real de laje: finalmente, a lei!. 2017. https://jus.com.br/artigos/59131/direito-real-de-laje-finalmente-a-lei [2]GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, v.5, 2017 [3]VENOSA, Salvo, S. D. Direito Civil - Direitos Reais - Vol. 4, 19ª edição. 2018 Os direitos reais, diferentemente dos pessoais, não podem derivar, direta e exclusivamente, da manifestação de vontade das partes, uma vez que se submetem ao princípio da legalidade. Por esta razão, a Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, regulamentou, em definitivo, o direito real de laje. O art. 1.510-A do Código Civil dispõe que: O art. 1.510-A do Código Civil dispõe que: “O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou inferior de sua construção a fim de que o titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo”. Flávio Tartuce observa que, “assim como se dá com a superfície - e anteriormente com a enfiteuse - o direito de laje é de ampla dimensão, compreendendo quase todos os poderes inerentes à propriedade, como usar, gozar e dispor. Mas não poderá, o titular da laje, pretender “reivindicar” o imóvel ou exercer direito de sequela, eis que tais poderes emanam apenas do direito de propriedade”. Salienta-se que, não obstante o direito real de laje não se confundir com o condomínio, uma vez que não “implica a atribuição de fração ideal de terreno ao titular da laje ou participação proporcional em áreas já edificadas" (§ 4º, art. 1.510-A, CC), o Código Civil cuidou de regulamentar algumas normas, como: "Art. 1.510-C. Sem prejuízo, no que couber, das normas aplicáveis aos condomínios edilícios, para fins do direto real de laje, as despesas necessárias à conservação e fruição das partes que sirvam a todo o edifício e ao pagamento de serviços de interesse comum serão partilhadas entre o proprietário da construção-base e o titular da laje, na proporção que venha a ser estipulada em contrato: § 1º São partes que servem a todo o edifício: I - os alicerces, colunas, pilares, paredes mestras e todas as partes restantes que constituam a estrutura do prédio; II - o telhado ou os terraços de cobertura, ainda que destinados ao uso exclusivo do titular da laje; III - as instalações gerais de água, esgoto, eletricidade, aquecimento, ar condicionado, gás, comunicações e semelhantes que sirvam a todo o edifício; e IV - em geral, as coisas que sejam afetadas ao uso de todo o edifício. § 2º É assegurado, em qualquer caso, o direito de qualquer interessado em promover reparações urgentes na construção na forma do parágrafo único do art. 249 deste Código". Conclui-se, do dispositivo acima, que o direito real de laje se constituirá por meio de contrato, apesar de autores como Pablo Stolze também defenderem a hipótese de usucapião. Para o professor: observe se o aluno assimilou a disciplina dos Direitos Reais e se pesquisou a inovação trazida pela Lei nº 13.465, de 11 de julho Segunda-feira, 23 de Setembro de 2019 11h04min01s BRT Feedback da resposta: [Sem Resposta] Reais e se pesquisou a inovação trazida pela Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, que regulamentou o direito real de laje. . Referência: TARTUCE, Flávio. Medida Provisória Introduz o Direito Real de Laje no Código Civil: http://professorflaviotartuce.blogspot.com.br/2016/12/medida- provisoria-introduz-odireito.html. STOLZE, Pablo; VIANA, Salomão. Direito Real de Laje - Finalmente, a Lei!. Acesso em: 22/06/2019. Disponível em : https://revistas.unifacs.br/index.php/redu/article/download/5733/3574 ← OK
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