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8º semestre TCC pronto serviço social

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
LIDIANE DOS SANTOS FRANÇA
PREVIDÊNCIA SOCIAL NA MATRIZ TEÓRICO-METODOLÓGICA DO SERVIÇO SOCIAL.
E a atuação do assistente social na garantia dos direitos previdenciários.
 JACOBINA - BA
2016
 LIDIANE DOS SANTOS FRANAÇA
PREVIDÊNCIA SOCIAL NA MATRIZ TEÓRICO-METODOLÓGICA DO SERVIÇO SOCIAL.
E a atuação do assistente social na garantia dos direitos previdenciários.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador (a): Rosane Aparecida Balieiro Malvezzi
Tutor Eletrônico: Luciana Eny Teixeira
 JACOBINA – BA 
 2016
	 Dedicatória
	
Dedico este trabalho a minha Mãe, Maria Cândida dos Santos (in memorian) pelo incentivo que me transmitia, para que nunca desistisse dos meus sonhos, pois tudo é possível basta acreditar. A minha filha Isadora Louyse pelo amor e compreensão.
AGRADECIMENTOS
	Agradeço primeiramente a Deus que me deu sabedoria e discernimento para conquistar mais essa vitória, pela força que me proporcionou ao caminhar nessa estrada cheia de desafios e barreiras, me possibilitou conhecer pessoas especiais, que não mediram esforços para me ajudar durante a realização desta graduação, sem dúvida não teria dado nem o primeiro passo. Á minha filha Isadora Louyse pela compreensão que tinha, todas as vezes que ficava chorando ao vê-me indo para faculdade, mas ao chegar sempre mim recebia com beijos e abraços ( mamãe chegou dizia ela) ,e foi por ela que nunca pensei em desistir mesmo diante de muitas dificuldades. Te amo minha filha. A “Tia Lali” que foi uma mãe para mim e as minhas irmãs de coração Águida Carneiro, Solange Carneiro e sobrinha Liz Ignês, que demonstraram paciência e compreensão, sempre me incentivando a seguir em frente, cuidando de minha filha, e demonstrando companheirismo, durante o processo de construção deste trabalho. A todos meus familiares que sempre me apoiou em todas as minhas escolhas, me confortando com palavras de motivação e incentivo. Á minha colega Maurizia Lima, por disponibilizar tempo para todos os momentos de dúvida durante a concretização deste trabalho, como também seu carinho e palavras de incentivo abonado todo tempo. Às minhas também amigas (o) Raquel Deraldina, Ramon Vieira, Ivanete Santos ,Renata Silva, Margiane Silva e Tarciane Silva e minha comadre Rosana Claret, que nos momentos mais difíceis se mostraram verdadeiras(o) amigas(o). As professoras Hozana Mêndonça, Jaqueline Barbosa e Léo Silva que fizeram parte desta história dentro desses quatro anos do processo de construção de conhecimentos acadêmicos, com seus ensinamentos, contribuíram imensamente para o desenvolvimento deste trabalho acadêmico. Assim encerro, com meus profundos agradecimentos, as pessoas que através de seus relatos contribuíram para a concretização deste estudo. O meu muito obrigada, ás pessoas que não foram citadas aqui diretamente, mas que de alguma fora me ajudaram com o conhecimento, alegria, companheirismo, incentivo, que me levaram a finalizar esta pesquisa.
 
	FRANÇA, Lidiane dos Santos .Atuação do Assistente Social na Garantia dos Direitos Previdenciários. 2016.40 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Serviço Social) – Sistema de Ensino Presencial Conectado. Universidade Norte do Paraná, Jacobina Bahia, 2016. 
RESUMO
 	O presente trabalho de conclusão de curso visa à análise da Atuação do Assistente Social na Garantia dos Direitos Previdenciários partindo da retórica que o serviço social está na relação de mediador de direitos e se coloca na relação de vulnerabilidade sociais, com propósito de inclusão de serviços, programas e políticas sociais ante ás demanda. Deste modo a pesquisa retratará a ação política de afirmação do Serviço Social no espaço sócio-ocupacional da Previdência Social, destacando que, nos últimos anos, o trabalho profissional do Serviço Social na Previdência foi pautado pelos fundamentos contidos na Matriz, que tem referência analítica na teoria crítica e no projeto ético político da categoria. A Previdência Social ocupou-se, desde seus primórdios, de um programa de crescente intervenção no processo de reprodução da vida social, com um arco de benefícios e serviços de ampla cobertura. Da maternidade ao funeral. O desenvolvimento destas referências acentua o compromisso com o direito social, com a qualidade do serviço, com os trabalhadores usuários da previdência e com a defesa de uma Previdência de caráter público pautado por uma justa retribuição pecuniária dos benefícios. Para a edificação dessa pesquisa seguiu-se as principais referências consubstanciada por contribuição teórico-metodológico , estudos e pesquisa que levou a concretização desse trabalho. 
 
Palavras-chave: Serviço-Social, Direitos, Social, Previdência Social,
	
	 
 
 ABSTRACT:	
 This course conclusion work aims at analyzing the Role of Social Worker in the Social Security Rights Guarantee starting from the rhetoric that social service is the rights mediator relationship and put the social vulnerability relation, for the purpose of inclusion of services, programs and social policies against ace demand. Thus the search portray the assertion of political action of Social Work in socio-occupational space of Social Security, noting that in recent years, the professional work of Social Work in Social Security was guided by the provisions set forth in the Matrix, which has analytical reference in critical theory and political ethical project category. Social Security was occupied, since its inception, a growing intervention program in the reproduction of social life process with an arc of benefits and wide coverage services. Motherhood to the funeral. The development of these references emphasizes the commitment to social rights, with the quality of service, with users of welfare workers and the defense of a public character of Welfare marked by a fair pecuniary compensation benefits. For the building of this research followed the main references embodied by theoretical and methodological contributions, studies and research that led to the realization of this work.
         
Keywords: Service-Social, Rights, Social, Social Security,
 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLA.
CF - Constituição Federal
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social
LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social
PNAS – Politica Nacional de Assistência Social
SUAS - Sistemas Único de Assistência Social
CEAS – Centro de Estudos e Ação Social
LOPS- Lei Orgânica da Previdência Social
INPS- Instituto Nacional de Previdência Social
SINPAS- Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social
LOAS- Lei Orgânica da Previdência Social
BPC- Benéfico de Prestação Continuada
INSS- Instituto Nacional do Seguro social
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	7
2.1 SURGIMENTO DAS POLÍTICAS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL	10
3.0 CONTEXTUALIZAÇÃO DA TRAJETÓRIA DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL	20
3 .1 A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL	21
3.2 SERVIÇO SOCIAL E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA	26
3.3 SERVIÇO SOCIAL NA PREVIDÊNCIA SOCIAL ........................................................323.4 SERVIÇO SOCIAL E OS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS .................................37
3.5 SERVIÇO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO ÉTICO POLÍTICO NO INSS ............................................................................................................................................47
3.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................
 
3.8 48REFERÊNCIAS	�
�
 1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa consiste no Trabalho de conclusão de curso na graduação de Serviço Social na Universidade Norte do Paraná. A pesquisa desenvolvida na elaboração deste trabalho foi basicamente de cunho qualitativa e bibliográfico de autores renomados que dão tratamento acerca do conteúdo abordado . Onde se procura fazer uma análise sobre a atuação do serviço social na conjuntura da previdência social de forma a abordar toda trajetória histórica, pensando na contemporaneidade, e no trabalho do assistente social. Esta pesquisa esta subdividida em dois capítulo e cinco sub capítulos que possibilita reflexões e análise acerca da atuação do assistente social na garantia dos direitos previdenciários, traçando um caminho por processo histórico, luta ,reinvidicações dos trabalhadores e a garantia de direitos. E por fim a metodologia que foi da seguinte forma I Capitulo: 2.Estruturação das Políticas da Assistência Social no âmbito do Brasil. 2.1.Surgimento das políticas da Assistência Social. Neste primeiro capítulo trataremos do surgimento das políticas sociais seu processo de evolução e acumulação do capitalismo, como também a mobilização dos trabalhadores na luta pela conquista de direitos constitucionais e a iniciativa do Estado em enfrentar as demandas da questão social. No segundo explanaremos sobre a conjuntura do Serviço Social no espaço sócio-ocupacional da Previdência Social, sob a concepção do trabalho do assistente social frente às metodologias teórica, política e ética ante a construção histórica, e a materialidade do cotidiano do fazer profissional ll Capitulo: 3.0 A grande trajetória da Política Social e o Serviço Social no Brasil. 3.1 A Previdência Social no Brasil 3.2 Serviço Social e sua evolução histórica. 3.3 Serviços Social na Previdência 3.4. Serviço Social e os Benefícios Previdenciários Para desenvolver considerações acerca da Previdência Social na Matriz Teórico Metodológico do Serviço Social torna se relevante entender sobre o contexto pela qual surgiu e constituiu o processo histórico das políticas de Assistência Social no âmbito do Brasil nessa dinâmica. Mais do que oferecer “serviços” sociais, entre eles a educação, as ações públicas, articuladas com as demandas da sociedade, devem se voltar para a construção de direitos sociais.
	No Brasil, até 1930 inexistia a garantia de direitos. Neste período, a Igreja e a sociedade cumpriam papel assistencial. Quanto aos direitos cívicos e políticos, poucas pessoas se beneficiavam deles. Assim a trajetória dos direitos sociais no Brasil percorre, por exemplo, no âmbito do direito político, a constituição de 1824, que garante o direito ao voto ( exceto para a mulher, que conquistou esse direito em 1937). Nesta época, algumas garantias de leis eram destinadas apenas aos incluídos no mercado de trabalho. A carteira de trabalho era referenciada como identidade, um marco de conquista. Cidadanias como o direito ao voto e a legislação trabalhistas não incomodavam a classe dominante.
 Os anos de 1934 – 1945 foram considerados tempos de conquistas significativas no campo dos direitos sociais. Foi nesse período que o Brasil teve a implantação das legislações trabalhistas e sindical.
A Constituição de 1934 trouxe a criação do salário mínimo, caracterizando- se por um espírito liberal, tendo como focos essenciais os direitos civis e as liberdades democráticas. Pautou em um de seus títulos a ordem econômica e social. Sua implantação ocorreu em 1940.
 Desta forma, os direitos sociais vêm galgando e legitimando espaço, tonando-se indispensáveis como respostas ás demandas existentes e firmadas por um contexto de contradições e desigualdades na sociedade brasileira. A medida que as situações de exclusão, indiferença, discriminação e ausência de oportunidades retiraram o Brasil, os movimentos sociais afins e as políticas públicas vão traçando suas ações na luta pela manutenção de direitos. A implantação de novos direitos sociais vai se incorporando como necessidade de intervenção á realidade apresentada. Foi nessa perspectiva que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU de 1948 foram reconhecidos juntamente com os direitos civis e os direitos políticos, inseridos no rol dos direitos humanos, os quais foram sendo legitimados no decorre da história como consta, no artigo XXI:
l) Todo homem tem direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
ll) Todo homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. lll) A vontade do povo será a base da autoridade do governo: esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade do voto. ( DECLARAÇÃO...[1948]).
Nesse contexto, o serviço social está inserido na política previdenciária desde a década de 1940, quando o sistema previdenciário era reconhecido como seguro social. Apresentou avanços e recuos no espaço político-institucional com a criação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), do Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social (INPS) e do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS). Com a Constituição Federal de 1988, a Previdência Social passa a ser reconhecida com uma das políticas da seguridade Social, passando, assim, para a lógica do direito.
Percebe–se no decorrer da história a grande defasagem entre os princípios igualitários da lei e a realidade das desigualdades e exclusão sociais. Para tanto, a Constituição brasileira exerce um papel fundamental e intransferível. Datada em – 1988 a Constituição foi um marco no campo dos Direitos Sociais. Conhecida como Constituição Cidadã Promulgada pela Assembleia Constituinte, estabelece leis abrangendo diversos segmentos; revelando seu caráter democrático, colocou fim aos governos militares. É considerada uma das maiores conquistas do povo. Assim como estabelece um novo patamar para o sistema de seguridade social brasileiro, composto pelo tripé previdência, saúde e assistência,assegurando todos cidadãos como consta no artigo 6º desta constituição.
 Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção á maternidade e á infância, assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (BRASIL, 1988).
Dessa forma partiremos da origem das políticas sociais, onde a mesma está relacionada com o processo de evolução e acumulação do capitalismo, que tem como marco a Revolução Industrial, este período foi marcado por péssimas condições de trabalho aos trabalhadores, gerando situações de desigualdades sociais e florescendo as expressões da questão social ficando visível para toda sociedade. 
 
2.0 Estruturação das políticas da Assistência Social no âmbito do Brasil.
 	 
2.1. Surgimento das políticas da Assistência Social.
 A luta dos trabalhadores impõe ao capitalista o reconhecimento de direitos sociais e trabalhistas, objetivando reduzir a exploração a que era e é submetida à classe trabalhadora. 
 O rastro deixado pela Revolução Industrial na segunda metade do século XIX foi uma perturbação para a as instituições liberais. As expressões da questão social eram evidenciadas principalmente pela pobreza e miséria em massa. Assim, veio por terra a compreensão idealista de que a sociedade por si só conseguiria manter a ordem, ouseja que ela, sem a intervenção do Estado , encontraria soluções para os problemas sociais. Assim percebe-se a necessidade de uma regulação estatal efetiva e ampliada que respondesse á nova questão social ( Pereira,2002).
O inicio do século XIX para o século XX é marcada pelas primeiras organizações dos trabalhadores rurais e pelos trabalhadores das indústrias. O direito á organização e á participação sindical foi reconhecido a partir das pressões destes trabalhadores. Toda e qualquer manifestação contra as condições de trabalhos eram tratadas como casos de polícia. Os estabelecimentos industriais eram poucos, mas eram expressivos quando se tratava da exploração dos trabalhadores. As indústrias existentes eram de médio e grande portes, grande parte nos centros urbanos da cidade do Rio de Janeiro e São Paulo, nas áreas de fiação e tecelagem, alimentos, roupas e sapatos. Esses espaços de trabalho empregavam homens, mulheres e crianças em condições sub-humanas de trabalho.
 Este novo cenário político provocou mudança na correlação de forças. Em 1911, após organização dos trabalhadores e reivindicações, a jornada de trabalho é legalmente reduzida para 12 horas; até este momento a jornada de trabalho era definida conforme as necessidades e exigências dos patrões; em média eram 17 horas de trabalho, não havia férias, descanso semanal, aposentadoria e qualquer outra proteção, a situação beirava do trabalho escravos. As condições de trabalho das mulheres eram ainda piores, pois além de vivenciarem as mesmas condições de trabalho ainda , recebiam em torno de 40% dos valores que os homens recebiam (PATTO , 1999).
 Ainda no século XX, a população brasileira era predominantemente rural, bem como sua economia, que pautava a exploração do café. A população do campo, esteio da produção cafeeira, era majoritariamente pobre, analfabeta e sem qualquer assistência do Estado. Os vínculos empregatícios contaminados pela prática do favor prendiam empregados e patrões por dívidas muitas vezes impossíveis de saldar e configuravam situações que beirava á escravidão. Os imigrantes, por sua vez, lutavam contra as dores do desenraizamento, do preconceito e das “condições de existências, resultantes das condições gerais de tratamento dos trabalhadores no país, onde quase equivaliam aos escravos”. E eram considerados “desordeiros”, pois a sua qualidade de imigrantes já os deixava mais sujeitos a problema de ordem emocional e social.
 Os ex-escravos que foram deixados a mercê da própria sorte, ou seja, abandonados, viviam á margem da sociedade, sendo vítimas do preconceito racial e da condição de pobreza e até miséria a que estavam expostos. Eles ocupavam a categoria de “vadios”, uma gama de “pobre livres” cujo trabalho era socialmente desnecessário. A luta diária pela vida levava-os a improvisar vários tipos de afazeres, desde ocupações autônomas, bicos e subemprego temporário, que movimentavam a economia informal, até outras formas de sobrevivência, como o roubo, o jogo, a prostituição e a mendicância. Do mesmo modo imigrantes engrossavam as estatísticas de detenção por “ desordem”, pois não só embriagados e briguentos que perturbavam o espaço público eram enquadrados como desordeiros;essa categoria estendia aos anarquistas, socialistas, sindicalistas, grevistas, propagandistas, anti-religiosos, feministas e outros, que julgasse pertencer esta classe.
Assim Patto traz os termos retirado do documento oficiais utilizados para desqualificar os pobres:
 [...] degenerados, anormais, selvagens, ignorantes, incivilizados, feios, desordeiros, rudes, grevistas,incapazes, preguiçosos, boêmios, anarquistas, brutos, irresponsáveis, desregrados, perniciosos, bêbados, farristas, decaídos, nocivos, arruaceiros, desocupados, marginais, deletérios, animalescos, simiescos, medíocres, sujos, libertinos, trapaceiros, parasitas, vadios, viciados, ladrões, criminosos (PATTO, 1999, p.18).
 Podemos citar inúmeros exemplos de violências e repressão contra os trabalhadores cometidos pelo Estado a pedido dos industriais e fazendeiros. O presidente Washington Luís (1920 – 1924) definia que as expressões sociais eram tratadas como “caso de polícia”--- jargão que foi utilizado por anos. As práticas violentas e repressivas foram se agravando, pois a própria sociedade cobrava providências em relação á população “desordeira”; queria deter os protestos e parar aqueles que encontravam ociosos. Era uma verdadeira perseguição.
Nesse contexto não podemos deixar de citar, os altos investimentos do governo em belos palacetes e casarões, na justificativa que o Rio de Janeiro era a capital do país, mas a maioria da população estava a grave problema urbano, como a falta de saneamento básico, água potável e esgoto; lixo acumulavam nas ruas, cortiços com péssimas condições de segurança, conforto e higiene. Foi nesse contexto que se deu a propagação de graves enfermidades, como tuberculose, sarampo, tifo e hanseníase. Proliferam grande surtos de varíola, febre amarela e peste bubônica. 
 A situação do desemprego, custo de vida e inflação elevadas, agravada com a aprovação da lei que obrigava toda a população a tomar a vacina contras ás epidemias, levou a população a revoltar contra o governo. Diante de tanta insatisfação, a revolta foi inevitável. Entre os dias 10 e 16 de novembro, as ruas da cidade do Rio de Janeiro transformaram-se em campo de batalha, foram tomadas por manifestações populares, houve, por parte da população destruição da iluminação pública e de espaços também públicos, de estabelecimentos comerciais, dos transportes como os bondes, e derrubadas de árvores. A desordem estava instalada. Essa mobilização ficou marcada na história como a Revolta da Vacina.
 Enquanto isso nas fazendas, o coronelismo intensificam com suas coações munido do sue sistema político que se baseava na troca de favores entre os coronéis e a população, em que a dominação deles era onipotente, mas também na troca de favores entre os coronéis e o governo, principalmente com os governadores de estado. A relação de dependência entre o coronel e o povo era baseada em duas situações. Uma delas é por medo, devido ás pressões e ameaças, e a outra devido á relação de proximidade. Parte dos coronéis era carismática, batizavam filhos dos empregados, eram padrinhos de casamentos, davam-lhes presentes, atenção e cuidados médicos e funerais. Eram os coronéis que a população procurava em momentos de dificuldades; já que o Estado era ausente, estabeleciam a relação de dependência. O papel do coronel era de uma autoridade política. 
Dessa forma, o coronel dominava a vida social e econômica na região e assim forçava ou conquistava ( pela ameaça, violência ou pelos favores concedidos e os que poderiam ser) o eleitor para votar em seus candidatos, por isso as expressões “ curral eleitoral” e “ voto de cabresto”.Enquanto isso, a indústria esteve em segundo plano, pois o governo estava interessado em proteger a agricultura cafeeira – a oligarquia. Entretanto, algumas cidades, entre elas o Rio de Janeiro e São Paulo, desenvolviam um tímido desenvolvimento industrial na área têxtil, de alimentos e de sapatos.
 Ainda no período da Velha República ( 1889-1930), após a abolição da escravatura o governo é cobrado pela sociedade a manter a ordem diante das mobilizações e manifestações dos trabalhadores insatisfeitos com suas condições de trabalho e de vida. O papel que se esperava e que este assumiu foi de controle e repressão. Este Estado de modelo Republicano ainda conservava a forma de funcionamento da ordem patriarcal, ou seja, era a concepção da casa – grande ocupando espaços da cidade.
De modo similar, as demandas oriundas do modelo explorador e desigual, desde a assistência a enfermos até o atendimento aos miseráveis e necessitados em geral, encontrava-se na figura do senhor da casa grande a última autoridade de recursos, realizando este o papel que em outras porções do globo encontravam-sejá a cargas dos serviços públicos. ( RIZOTTI, 1999, P.82)
 A construção do sistema de proteção social no Brasil inicia-se no Governo do Presidente Getúlio Vargas, compreendido entre 1930 a 1945. Este período é marcado por importante mudanças no cenário político, social e na economia, que passa de agroexportador para o modelo industrial. 
Até 1930 não tínhamos, no Brasil, uma classe trabalhadora organizada como classe. Tínhamos trabalhadores de setores específicos de serviços que se organizavam para, coletivamente, criar mecanismos de proteção social. Tínhamos também, a assistência social, que era desenvolvida por instituições religiosas e por pessoas da sociedade. A assistência social, nesse período, não era uma política social, não tinha financiamento do Estado nem legislação específica. 
A prática da assistência, caridade, da ajuda, do favor e da solidariedade ás pessoas que precisam/necessitam perpassaram as relações humanas ao longo dos séculos. Essas formas de viver em grupo e ou comunidade sempre existiram nas diversas sociedades. Grupos filantrópicos e religiosos foram adotando estratégias de ajuda aos incapazes e frágeis. No entanto, as formas como eram realizadas estas ajudas não eram pautadas em princípios de direitos, mas em incapacidade, ociosidade e problemas julgados serem de ordens individuais ( SPOSATI, 1992)
Por isso as práticas da assistência a quem necessitava foram idealizadas, na caridade, benemerência e filantropia aos considerados pobres, pautadas no assistencialismo e clientelismo. Estas ajudas eram necessárias e importantes para quem não tinha outra forma de acesso, mas os pobres eram culpados pelas suas condições de vida, vistos como incapazes e acomodados. Nesta perspectiva, da responsabilidade individual da condição social, ou seja, se o problema era de ordem individual e não pertencendo a um contexto social o Estado não era responsável em criar as condições para o enfrentamento.
Dessa forma as péssimas condições de trabalho e de vida em que estavam submetidos os operários fizeram com que se organizassem e mobilizassem. Como afirma 
 As condições de precariedade levaram á formação de movimentos reivindicatórios que exigiam alguns direitos como a redução da jornada de trabalho, melhores condições de higiene e do trabalho, repouso semanal, remuneração em caso de acidentes de trabalho, melhorias salariais e férias remuneradas e os limites na carga horária do trabalho dos menores de idade e das mulheres. SPOSATI (1991):
 Mesmo assim o Estado optou pela repressão policial como enfrentamento as mobilizações e reivindicações do movimento operário. Como relata Iamamoto ( 1998) .Que atribui isso, a incapacidade de propor e implementar políticas sociais eficazes, que respondessem ás demandas apresentadas e também pela escolha em priorizar o investimento no desenvolvimento industrial e econômico do pais, em especial na primeira República.
As regulamentações por parte do governo para atendimento das reivindicações dos trabalhadores, em forma de políticas sociais, não eram para todos os brasileiros. Todas as intervenções do Estado de 1930 a 1988 foram na perspectiva da construção de um estado de bem-estar ocupacional, ou seja, acesso aos direitos á população inserida no mundo formal de trabalho. Em contra partida a população que estava no trabalho informal, sobrevivendo dos “bicos” da informalidade ou ainda aqueles que não tinham condições para o trabalho ficavam a mercê da própria sorte ou da boa vontade daqueles que tinham o “bom coração”.
A mobilização dos movimentos sociais foi principalmente em torno da saúde como direitos universais, e a Assistência Social como política social não contributiva, em termos legais, direito do cidadão e dever do estado. A promulgação da Constituição Federal, em 05 de outubro de 1988, assegurou o caráter de Estado Democrático de Direito. Desse modo, as políticas sociais passaram a ser organizada sob o escudo da responsabilidade do poder público. Houve uma acentuada projeção no cenário público, com marcas na nova Constituição de 1988 e se manifestaram na construção de espaços de representação de atores coletivos.
 Segundo TORRES, 2007 é neste contexto que surge a profissão do serviço social, em 1936, sendo oferecido pela igreja Católica por meio de Centro de Estudos e Ação Social (CEAS).
O primeiro marco da política social brasileira é a Lei Eloy Chaves( Decreto Nº. 4682, de 24 de janeiro de 1923), que lança as bases de financiamento das políticas sociais destinadas ao trabalhador assalariado onde substitui a Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP) pelo Instituto de Aposentadoria e Pensão( IAP). Desse modo ROSSI (2009 p.25) Traça em uma breve linha do tempo as principais políticas sociais e direitos conquistados no decorrer dos anos abaixo:
1923 – Lei Eloy Chaves – cria a Caixa de Aposentadoria e Pensões (CAP) destinada aos trabalhadores ferroviários como resposta ás lutas sociais. Tem como objetivo central garantir direitos sociais: aposentadoria, atendimento médico para o trabalhador e sua família, auixílio-medicamento e pensão para os herdeiros em caso de morte do trabalhador. Segundo a lei, os recursos financeiros para a garantia dos direitos provêm de 3% do salário mensal do trabalhador, 1% da renda anual da empresa e de um imposto taxado sobre os usuários dos serviços ferroviários
1933-Criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões - IAPs;
1942 – Criação da LDB – Legião Brasileira de Assistência – coordenada pela primeira – dama para atender ás famílias de pranchinhas envolvidos na guerra. Após 1964, o atendimento passa a ser destinado ás pessoas pobres, além de apoiar a maternidade e a infância;
1943 – Promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;
1960 – Aprovação da Lei Orgânica da Previdência Social (Lops) – unificação dos benefícios colocando em ordem mais de 300 leis e decretos referentes á previdência social. Contemplava muitos benefícios e serviços inclusive o serviço social e a laimentação. A Lops também incorporou os autônomos á previdência social; 
1963 – Criado o Funrural – Fundo de Assistência do Trabalhador Rural, em resposta aos movimentos dos trabalhadores rurais, estendendo-se a eles os direitos trabalhistas. A lei foi aprovada, mas não foi implementada;
1966 – Criado o INPS Instituto Nacional de Previdência Social- sendo unificado de cima para baixo, em um único organismo, contextualizando na política centralizadora do governo federal, que nomeava inclusive governadores . Neste período foram estabelecidos convênios de trabalho, apoiados na ideia de saúde e segurança do trabalho, contribuindo assim para o aumento da produtividade;
1971 – Ampliação da previdência ao trabalhador rural, com o benefício de meio salário mínimo ( menor que para outras categorias);
1988 – Criada a Constituição Federal do Brasil, conhecida como Constituição Cidadã.
Desta forma, a Constituição Federal foi o marco legal para construção do conceito de proteção social não contributiva e de mudanças na concepção de assegurar direitos individuais, coletivos e sociais, responsabilizando o Estado por criar as condições de acesso aos direitos. No que concerne à seguridade social brasileira, concebemos que essa constitui um conjunto de ações integradas entre o Estado e a sociedade, destinando-se a assegurar os direitos à saúde, previdência e assistência social, buscando a universalidade e equivalências, a descentralização e o caráter democrático, a irredutibilidade no valor do benefício e a diversidade da base de financiamento. Dentre os direitos relacionados na seguridade social, podemos destacar o principal em relação a este tema, onde traz à Política de Assistência Social, inscrita na Carta Constitucional de 1998 pelos artigos 203 e 204, em que:
Art. 203 A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição á seguridade social, e tem por objetivos:
l – o proteção à família, à maternidade, à infância,à adolescência e à velhice;
ll – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
lll - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê –la provida por sua família, conforme dispuser a lei ( BRASIL, 1988)
 
Já o artigo 204 cita:
Art. 204 As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
l – descentralização político – administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidade beneficentes e de assistência social;
ll – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis (BRASIL, 1988).
No entanto percebe que no decorrer da história a grande defasagem entre os princípios igualitários da lei e a realidade das desigualdades e exclusões sociais. Para tanto, a Constituição brasileira exerce um papel fundamental e intransferível na produção de medidas que garantem direitos sociais visando à ampliação do acesso da produção a determinados bens e serviços, promovendo a defesa dos interesses coletivos. Os direitos sociais inscritos na lei expressa, como pano de fundo, os dramas da realidade, os quais são problematizados em suas exigências de equidade e justiça, contribuindo para compreender as causalidades e definir responsabilidade envolvidas, de identificar as diferenças e desigualdades. A realidade exposta poderia ser o início de um novo tempo histórico, pois se efetivados os direitos constitucionais, o Estado poderia ampliar sua ação contemplando as esferas da sociedade, sobre novas bases de financiamento.
Para Nozabielli ( 2008 ), o Estado assumiu apenas as ações emergenciais, cumpriu papel secundário, deixado para a sociedade as responsabilidades do enfrentamento das mazelas do dia a dia das pessoas e famílias em exclusão. 
 	 Historicamente, o Estado brasileiro sempre se comportou de forma omissa diante de expressões da questão social. Pela ausência do Estado, a Assistência Social foi construída por iniciativas da sociedade civil. Sendo assim, cada organização fez da forma como julgava ser o seu melhor. Essas práticas foram marcadas de diferentes formas e objetivos. Muitas vezes pautada na compreensão de que as pessoas são frágeis, coitadas e assim precisava do sentimento de misericórdia do outros momentos esta mesma ajuda foi reconhecidos no campo de troca de favores políticos, em outros ainda com alto grau de seletividade e ou exclusão. Entretanto, sempre de forma pontual.Segundo SOARES ( 2003):
A população já clamava pela intervenção do Estado no enfrentamento das questões sociais há tempos, mas a situação na década de 1990 é tomada pela crise econômica que provocou o desemprego e o subemprego, agravada pela consequências da implantação do neoliberalismo que resultava no sucateamento dos serviços públicos, evidenciados pelo número insuficientes de funcionários e, subsequentemente, pela falta de investimentos governamentais, aumento da miséria e da concentração de renda. Paralelamente a essa situação, a globalização mundial e suas revoluções técnico – científicas ditavam novos processos de trabalho __ infamado a chamada “questão social” (SOARES,2003) 
 A proposta de uma Seguridade Social ( composta pela Saúde, Assistência e Previdência Social) estava na contramão da ordem econômica mundial, pois ao passo que conquistava espaço nos âmbitos legislativo público Estado na área social. A Seguridade Social primava pela construção de um Sistema de Proteção Social, entretanto, como associar situações tão diferentes e distintas?
 Nesta dualidade com orientação tão antagônicas, a Constituição Federal foi alvo de críticas por parte da sociedade, pois considerava que a operacionalização dos novos direitos oprimia o Estado. Claro que quem defendia esta posição não era as pessoas que desejam e aguardavam a década a compensação do Estado.
 
Esta movimentação paralelo ás orientações do afastamento do Estado no enfrentamento da questão social refletiram na dificuldade para a regulamentação dos dispositivos Constitucionais que tratavam da Seguridade Social, ou seja, das regulamentações referentes á Previdência, á Saúde e à Assistência Social. De acordo (MOTA, 2005) 
Foi necessária a mobilização dos movimentos sociais, aqueles que pressionaram no período da constituinte, para que as leis específicas fossem aprovadas. Foi desta forma que 5 anos após a Constituição foi aprovação a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). Essa Lei, que recentemente sofreu alterações por meio da Lei 12.435 de 2011 ( BRASIL,2011 a), define os princípios pelos quais é regida a Assistência Social, de acordo com a Constituição Federal, contemplando aspectos como supremacia do atendimento em detrimento do poder econômico; universalização do acesso dos direitos sociais; respeito ao cidadão e sua dignidade; e igualdade no acesso ao atendimento, sem discriminação.	 O principal desafio para a implantação da Assistência Social como uma política social de responsabilidade do Estado era a superação das práticas e concepções conforme prevê o art. 1º da LOAS:
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizadas através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas ( BRASIL, 2000, p. 197).
 
 Assim a Assistência Social, a exemplo da Política de Saúde, passa a ter um sistema que regula as suas iniciativas. O Sistemas Único de Assistência Social __ SUAS, o qual teve sua deliberação na IV Conferência Nacional, em 2003, é o sistema que possibilita a operacionalização da Política Nacional de Assistência Social – PNAS, almejada desde a l Conferência de Assistência Social.
 
“O SUAS é o sistema que consolida a Política Nacional de Assistência Social, tendo por funções assistenciais: a proteção social, a vigilância social e defesa dos direitos socioassistenciais (SIMÕES, 2008, p.307)”.
 
 Com isso partiremos do pressuposto de que é papel do Estado prover os mínimos sociais, cabe a ele o compromisso de promover a dignidade humana por meio de condutas significativas. Para tanto, é de extrema relevância a educação fundamental, a saúde básica, a assistência aos desamparados e o aceso à justiça.
 Ressaltamos ainda que, entre as políticas que compõe a seguridade social, a Assistência Social foi a que teve seu processo de legislação ordinária mais prejudicada, pois foi a últimadas políticas do tripé de proteção a ser regulamentada, recebendo aprovação de sua lei orgânica somente cinco anos após a promulgação da Constituição.
	Acrescenta-se ainda que, ao final da década de 1980 e início dos anos 1990, o Brasil sofria pressões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para implantar reformas de cunho neoliberal, negando, ainda, no plano ideológico, a condição de legitimação da Política de Assistência Social, como um dever do Estado e direito do cidadão. A economia do país estava em pleno desajuste, o que servia de base para as justificativas da implantação do padrão hegemônico neoliberal.
 No Brasil, o neoliberalismo tem sua origem no governo Collor, se intensifica e se consolida no governo FHC e expressa sua continuidade no governo Lula. A luta do movimento dos trabalhadores contra as contras-reformas em curso, entre elas a previdenciária, é uma bandeira de bate teórico, profissional e político dos assistentes sociais deve estar presente no movimento real da classe trabalhadora, contribuindo profissional e politicamente com radicalidade, no processo de lutas sociais, com e como os trabalhadores.
 O que significa dizer que as (os) assistentes sociais devem atuar da mesma maneira que vêm atuando nos últimos trinta anos, ou seja, como uma categoria profissional fortemente organizada de forma coletiva e autônoma, o que consolida e fortalece o projeto ético – político profissional de ruptura com o conservadorismo que foi conquistado na defesa dos direitos da classe trabalhadora no horizonte da emancipação humana.
	Portanto, a questão social é fruto da divisão das classes existentes na sociedade – consequência da apropriação desigual da riqueza socialmente produzida. Configurada em cada estágio do modo de produção capitalista, a questão social não se esgota nos “ problemas sociais” que são sua manifestação fenomênica. O agravamento da questão social vem acentuando, como já explanamos, com a desregulamentação e com a flexibilização do trabalho, com a terceirização, com o contrato parcial ou temporal, com redução do trabalho vivo, como aumento do trabalho informal e do desemprego e com a perda do padrão de proteção social. Assim, as classes subalternas têm intensificada sua vulnerabilidade, o que vem se expressando pelo aprofundamento da miserabilidade – exposta com a exclusão social, manifesta nos segmentos populacionais dos sem – teto, dos sem –terra, dos homens e meninos de rua, no aumento da criminalidade de forma geral e na violência urbana e rural. Podemos afirmar que, na contemporaneidade, estas são as novas expressões da questão social. 
 3.0 Contextualização da trajetória da Política Previdenciária Social e o Serviço Social no Brasil.
A definição constitucional da Previdência Social como política de seguridade social trouxe ao debate o redimensionamento dessa política, ampliando direitos, universalizando sua cobertura, tornando equânimes os regimes urbanos e rural atribuindo ao Estado a competência de organizar a seguridade.
O debate e sua polarização levaram o serviço social do INSS a posicionar-se na perspectiva da afirmação e defesa de direitos sociais como constitutivos da cidadania dos trabalhadores. Nesse sentido, os profissionais assumiram a defesa de um modelo de Previdência que reafirme o seu caráter público, de real universalidade, descentralizado, democrático, redistribuitivo, que garanta a manutenção digna do trabalhadores e de sua família, sob o controle dos usuários (BRASIL 1994:13 )
 
 O serviço social, na instância previdenciária, na década de 90, foi expressa pela construção de sua Matriz Teórico-metodológica. A concepção da profissão, como processo social determinado objetivamente pelas condições sócias – históricas, é resultante da consciência da pocessualidade das transformações mais gerais, também, daquelas operadas no lócus em que a profissão se exerce.
 A existência de uma pluralidade de projetos disseminados no âmbito da categoria profissional impõe a tarefa de compreender, inicialmente, o processo de construção da Matriz Teórico – metodológica e, posteriormente, sua própria dissolução, em face de conjuntura instaurada com as reformas de cunho neoliberaral.
 3.1 A Previdência social no Brasil. 
 
	 A previdência Social brasileira está relacionada com grandes mobilizações populares onde se destacam as greves de 1905, 1917 e 1920 como afirma (PATTO, 1999).
De 1900 a 1920 houve 370 greves de trabalhos reivindicando melhores condições de trabalho e de vida. Elencaremos a seguir algumas manifestações destes trabalhadores que foram tratados pelos industriais e pelo Estado com brutalidade:
1902: Greve dos trabalhadores em uma fábrica de sapatos na cidade de Rio de Janeiro;
1906: Greve dos ferroviários paulistas;
1910: Revolta da Chibata – marinheiros negros e mulatos se rebelaram contras as punições físicas recebidas;
1917: Greve Geral dos 50 mil trabalhadores em São Paulo;
1920: Greve dos trabalhadores da Companhia Mogiana ( PATTO, 1999)
 Esta greve fortaleceu os trabalhadores de todas as categorias; neste mesmo ano houve várias outras manifestações de trabalhadores espalhadas pelo país. A cada mobilização melhorava a organização dos trabalhadores e elevava o nível de consciência. 
 BERTOLOZZI; GRECO (1996). Elucida em sua obra um importante acontecimento.
Outro fato importante daquele período foi a criação da Lei Eloy Chaves em 1923. Esta nova legislação obrigava todas as empresas de construção de estrada de ferro a criar a Caixa de Aposentadoria e Pensão ( CAP), para os trabalhadores, concedia benefícios em pecúnia como aposentadoria e pensões e assistência médica como consultas e medicamentos, inclusive para seus familiares. O fundo para atendimento a esses benefícios era financiado pelos trabalhadores e empregadores, sendo 3% e 2,5% respectivamente (BERTOZZI; GRECO, 1996).
 Dessa forma percebemos que a criação das CAPs foi determinada pelas condições de mobilização e reivindicação dos trabalhadores por condições de vida e de trabalho; neste período não foram todas as categorias de trabalhadores contempladas; entretanto aqueles mais articulados, que lutaram de forma organizada, foram contemplados.
 Como podemos constatar. ( PEREIRA, 2013 p.79).
Este movimento abriu precedentes para outras categorias de trabalhadores também a reivindicar o mesmo benefício; assim, três anos depois a mesma lei foi ampliada para os trabalhadores em empresas portuárias e marítimas. Em 1928 estendeu-se aos empregados das empresas de serviço telegráficos e radiotelegráficos. No início da década de 1930, do século XX, eram 47 Caixas de Aposentadorias e Pensão e mais de 157 mil associados. ( PEREIRA, 2013 P.79). 
 Neste contexto percebe se a presença marcante da classe operária urbana pressionando pela melhoria nas condições de vida; assim o Estado inicia sua intervenção nas relações trabalhistas assumindo desde então a proteção social aos trabalhadores inseridos no mercado formal de trabalho, assim substitui o sistema das CAPs pelo Instituto de Aposentadoria e Pensão (IAPs).
 Segundo BATICH, ( 2004)
As CAPs abrangiam os trabalhadores por empresas; cada empresa deveria ter a sua caixa de aposentadoria e pensão. Nos IAPs, a associação é por categoria de trabalhadores de abrangência nacional. A Gestão dos IAPs é de competência e responsabilidade do Estado com a nomeação dos presidentes, bem como o financiamento da terceira parte do custo do fundo. É a primeira vez que o Estado destina orçamento para as entidades previdenciárias. As categorias a migrar de CAP para IAP foram marítimos em 1933, comerciários em 1934, bancários em 1935, industriários em 1938 e empregados em transportes e cargas em 1938 (BATICH,2004).Entretanto havia uma classe que não foram incluídos neste e nem em outro sistema de proteção, como também os demais trabalhadores da economia informal. Os pobres e aqueles que não tinham condições para o trabalho eram relegados à filantropia. De acordo ( PEREIRA 2013 p. 80) ) 
 
Os benefícios previdenciários dos IAPs não eram os mesmo. Os valores pagos dependiam da categoria, profissional e do percentual da contribuição das partes. Aquelas categorias, nas quais os trabalhadores eram mais bem remunerados, pagavam benefícios melhores e havia coberturas maiores. O princípio que norteavam as contribuições dos associados dos IAPs ( como também na época das CAPs) pautava-se no laço de solidariedade pagavam os benefícios dos trabalhadores que foram afastados por doenças ou velhice.
 A partir da criação dos IAPs, o Estado também passa a ser parte integrante do financiamento. A criação dos IAPs foi embasada na Constituição de 1934, que estabelece o direito à Previdência Social.
 Conforme COUTO ( 2004)
A Era Vargas, que compreende de 1930 a 1945, registrou conquistas dos trabalhadores nunca vistas em toda história do Brasil. A política deste governo foi centrada na organização das relações entre o capital x trabalho; a prova é que logo no início do seu primeiro mandato ( Governo Provisório) o presidente Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, que tinha como responsabilidade o estabelecimento da harmonia nas relações construídas nas últimas décadas entre empregadores e trabalhadores. A criação de uma legislação era substituir a concepção da luta de classe pela conciliação ( COUTO, 2004). 
Durante todo governo Vargas, as conquistas trabalhistas e o aparato legal negociado com os trabalhadores foram constatados na Constituição Federal de 1934, por exemplo:
Regulamentação ao trabalho das mulheres e menores de idade;
Definição no salário mínimo;
Fixação da jornada de trabalho de 8 horas;
Férias anuais remuneradas;
Amparo a maternidade e à infância;
Direito à educação primaria integral e gratuita ( COUTO ,2004)
Assim é inaugurada uma nova forma de relação do Estado com os trabalhadores. Até então, o governo havia tratado qualquer expressão de insatisfação e manifestação dos trabalhadores com repressão e força policial. Agora a tônica, ou pelo menos o discurso, era o diálogo com as organizações dos trabalhadores; muitas vezes a decisão centrava na decisão do poder público, mas havia um diálogo. Dessa forma SOUSA (2005a) enfatiza que;
A CLT foi criada no governo de Getúlio Vargas, em 1º de maio de 1943, ou seja, durante o Estado Novo; até a atualidade é a principal norma referente à legislação social trabalhistas, reúne em um único documento todas as regulamentações deste governo, refirmou nela direitos como a carteira de trabalho, segurança e medicina do trabalho, instituiu o salário maternidade, as férias remuneradas, entre outras conquistas deste período ( SOUZA, 2005a).
 Entretanto, essa mudança possibilitou mais vantagens aos patrões e ao Estado do que para os trabalhadores. A criação dos Institutos possibilitou redução para os patrões nas despesas administrativas e de manutenção em relação ás Caixas, uma vez que passam a dividir esses custos com as demais indústrias. O governo tinha interesse em utilizar o dinheiro das CAPs e dos IAPs para fomentar o desenvolvimento industrial.
Para FALEIROS (1991 ) Getúlio Vargas sustentou a industrialização através, entre eles, dos investimentos em infraestrutura. O crescimento e fortalecimento do segmento industrial foram de 11,% de 1993 a 1939 e de 5,4% de 1939 a 1945. Esse crescimento representava a substituição das importações por produções nacionais. ( FALEIROS, 1991)
Seguindo a mesma linha de pensamento FALEIROS ( 1986, 1992e 2000b) OLIVEIRA e TEIXEIRA (1985). Acrescenta que : 
A disputa Previdência Social implicava conflito de interesses entre empresários, políticos, donos de hospitais, seguradoras, sindicatos, militares, tecnocratas, profissionais, proprietários rurais e trabalhadores rurais e urbanos, mesmo no interior de um governo repressivo, que se impunha pela força das armas, combinada com a dinâmica política ( FALEIROS 1986, 1992 e 2000b; OLIVEIRA e TEIXEIRA 1985).
 
 Ás reivindicações dos trabalhadores na década de 1970 incluíram-se as demandas relativas à saúde e à previdência, tão necessárias quanto às lutas por melhores salários, direito à greve, condições de trabalho ente outras. Nesse sentido FALEIROS (2008 p. 69 ) discorre sobre a previdência Social no seguinte trecho .
 O Ministério da Previdência e Assistência Social havia sido criado em 1974, destacando-se do Ministério do Trabalho. Em 1977 foi regulamentada a previdência privada. A articulação entre o setor público e privado se manifesta fundamentalmente na área da saúde, onde se estabeleciam convênios com as empresas para atendimento médicos. Uma comprovação disso está no fato de 90% das internações, em 1977, serem feitas em hospitais privados, ao mesmo tempo em que a maioria do serviços ambulatoriais era de responsabilidade pública. Os empresários (FALEIROS.1986 E 1992)
De acordo as autoras BRAGA e CABRAL (2008 p.68)
 A Lei n.6.349, de 1977, que instituiu o Sinpas - Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, veio configurar um modelo que separou a prestação de benefícios em dinheiro e serviços sociais (INPS – Instituto Nacional de Previdência Social), dos serviços de assistência médica e odontológicos ( Inamps – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) , da assistência médica farmacêutica (Ceme – Central de Medicamentos), da assistência aos menores ( Funabem – Fundação Nacional do Bem - Estar do Menor). O processamento de dados ficou com a empresa Dataprev e a administração financeira nas mãos do Iapas – Instituto de Administração Financeira da Previdência Social.
 Este sistema previdenciário organizado até então é direcionado exclusivamente para os trabalhadores urbanos. Que desde o início da implantação da previdência obedeceram-se duas condicionantes elementares: estar necessariamente inserido no mercado formal urbano de trabalho para acessar os direitos sociais e a cronologia da inclusão na proteção social onde era determinada pela importância econômica que o segmento de trabalhadores ocupava e pela sua capacidade organizativa. De acordo BRAGA e CABRAL (2008 p.69)
	
Em 1971 foram incorporados, ainda que com a metade do valor dos benefícios, os trabalhadores rurais, por meio do Funrural, como autarquia. Em 1974 foi criada a renda mensal vitalícia para os maiores de 70 anos ou inválidos, amparo este estabelecido pela Lei. n. 6.179, de 11/12/1974 seja a cargo do INPS ou do Funrural. O acesso ao benefício dependia de comprovação de pobreza ou de falta de sustento, que podia ser atestado por autoridade administrativa ou judiciária local. Os idosos beneficiários, acima de 70 anos, deviam ter contribuído ao menos por 12 meses para a Previdência Social ou ter exercido atividade remunerada incuídas no regime do INPS ou do Funrural, mesmo sem filiação, por no mínimo cinco anos. Recebiam como benefício metade do salário mínimo.
 As autoras ainda complementa BRAGA e CABRAL (2008 p.69) que: os anos 1970 também foram incorporados à Previdência Social os domésticos ( 1972), os jogadores de futebol (1978) e os trabalhadores autônomos – ambulantes ( 1978).
 Contudo durante o governo militar, os proprietários rurais ficaram de fora do financiamento previdenciário mantendo o Funrurual com a contribuição dos trabalhadores urbanos e de uma pequena parte proveniente da comercialização de produtos, transferindo-se os custos desta contribuição aos consumidores. Assim ALMEIDA e CHAUTARD, 1976). Acrescenta que:
 
 O FGTS– Fundo de Garantia por tempo de serviço, instituído pela Lei n. 5.107, de 13/9/1966, gerido pelo Estado se assentou também sobre a folha de salários, destinados 8% da remuneração a um fundo que servia para financiar o sistema habitacional e dinamizar a economia. Podia ser utilizado para aquisição da casa própria ou retirado quando da aposentadoria, mas implicava o fim da estabilidade no trabalho após dez anos de serviços, favorecendo a circulação e a demissão de trabalhadores, resultando numa troca do direito ao emprego pela utilização de recursos acumulados nas mãos do Estado a juros baixos. As empresas preferiam, então, contratar optantes pelo FGTS a trabalhadores estáveis. (ALMEIDA e Chautard, 1976)
 
Embora a arquitetura da seguridade brasileira pós – 1988, onde se inclui a Previdência Social, tenha a orientação eo conteúdo das políticas de proteção social que conformam o estado de bem estar nos países desenvolvidos, as características excludentes do mercado de trabalho, o grau de pauperização da população, o nível de concentração da renda e as fragilidades de processo de publicização da ações do Estado nos facultam afirmar que no Brasil a adoção da concepção de seguridade social não se traduziu na universalização da proteção social. Isto não significa deixar de reconhecer que os sistemas de saúde e previdência brasileiro são baseados em princípios, diretrizes e numa extensão de cobertura que os qualificam ente os melhores do mundo.
 
3.2 Serviço Social e sua evolução histórica.
A partir deste pressuposto, é possível afirmar que o surgimento e o desenvolvimento do Serviço Social, como profissão, na sociedade brasileira, seu assalariamento e ocupação de um espaço na divisão social e técnica do trabalho, bem como a estruturação de seu mercado de trabalho particular são resultante de relação histórica, sociais, políticas,econômicas e culturais que moldam sua necessidade social, estruturam suas estratégias interventivas e definem os seus usuários. Portanto, é preciso ultrapassar a análise do Serviço Social em si mesmo para situá-lo no contexto de relações sociais mais amplas que o condicionam lhe atribuem características particulares. Seu significado social e particularmente nas respostas que a sociedade e o estado constroem frente ás necessidades sociais dos homens em suas múltiplas dimensões, constituem a sociabilidade humana e então presentes no cotidiano da prática do assistente social.( cf. YAZBEK 2004:13)
 Os caminhos percorridos pelo Serviço Social, assim como seus espaços geográficos de atuação, foram se diferenciando, remetendo a operacionalização da prática e a organização da categoria profissional a diferentes patamares.
 De acordo com ( IAMAMOTO;CARVALHO,1988 p.171 )Será a partir de seu lento desenvolvimento que se criarão as bases materiais e organizacionais e, principalmente, humanas, que a partir da década seguinte permitirão a expansão da Ação Social e o surgimento das primeiras Escolas de Serviços Social.
Desta forma não perdemos de vista as circunstância sob as quais surgiu o serviço social, e ainda, a qual necessidade histórica esta profissão veio atender. Assim BOGADO (2009 p.143) destaca:
O surgimento das instituições assistenciais ocorre na primeira fase do movimento de divulgação do pensamento católico, caracterizando-se por uma diferenciação nas atividades tradicionais de caridade. Desta forma, surgiu em 1920, a Associação das Senhoras Católicas, no Rio de Janeiro e, em 1923, a liga das Senhoras Católica, em São Paulo. Suas atividades são desenvolvidas pela grande burguesia paulista e carioca, detendo um suporte de recursos financeiros e potencial de contatos em nível de Estado possibilitando-lhes o planejamento de obras assistenciais de maior envergadura e eficiência técnica. Possuíam como objetivo não apenas o socorro aos indigentes, mas atender e atenuar determinadas sequelas do desenvolvimento capitalista, principalmente as questões sociais que envolvem crianças e mulheres. ( BOGADO, 2009 p.143)
“Segundo o documento” Linha do Tempo: A historia do Serviço Social no Brasil”( CRESS – SP,2006 a) alguns acontecimentos importantes marcaram a trajetória histórica do Serviço Social, situado na década de 1940.
Em abril de 1944, o Estado brasileiro possibilitou a inclusão do Serviço Social na previdência, através da Portaria nº 25, de 8 se abrill de 1944, do Conselho Nacional de Trabalho ( CNT), constituindo-se como uma das primeiras áreas de atuação desse profissional, no âmbito federal. Assim, gradativamente, foi alocada em todos os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs).
Em agosto de 1946, foi fundada a Pontifícias Universidade Católica de São Paulo ( PUC – AS) e regulamentada através do Decreto Lei nº 9.632, de 1946, incorporando a Escola de Serviço Social de São Paulo.
Em setembro de 1947, foi aprovado, em assembleia geral da Associação Brasileira de Assistentes Sociais (ABAS), o 1º Código de Ética do Assistente Social.
 Nesse mesmo ano, ocorreu em São Paulo o l Congresso Brasileiro de Serviço Social, promovido pelo CEAS( Centro de Estudos e Ação Social) , constituindo-se em condição para a preparação do ll congresso Pan-Americano de Serviço Social, realizado no Rio de Janeiro, em 1949.O evento não privilegiou uma temática em específico, sendo que suas conclusões e recomendações reuniram-se em seis categorias: Serviço Social e família; menores; educação popular; lazer; médico e, na indústria, agricultura e comércio.
Em dezembro de 1948, foi promulgada, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, A Declaração Universal dos Direitos Humanos, como proposta para a reconstrução política e social do mundo no segundo pós- guerra mundial.
	Em 1949 foi realizado no Rio de Janeiro, o ll Congresso Pan-Americano de Serviço Social, com o tema central “ Serviço Social e a Família” 
 Os espaços construídos para encontros e conferência promovidos pelo movimento católico – Semanas de Ação Social, Congresso de Direito Social, etc. – eram apresentadas as primeiras tentativas de sistematização da prática e ensino do serviço social, com suas respectivas visão de mundo. Porém, naquele momento, não havia uma postura crítica quanto aos postulados doutrinários, teóricos e técnicos europeus e norte-americanos, no sentido de adaptá-los a uma realidade local. 
 Os relatos dos primeiros assistentes sociais registram as atividades desenvolvidas, cuja natureza é essencialmente doutrinária e assistência.
 Segundo (IAMAMOTO; CARVALHO, 1988 p.194.” O tratamento dos casos é feito basicamente por meio de encaminhamentos, colocação em empregos, abrigos provisório para necessitados, regularização da situação legal da família ( casamento etc) e fichário dos assistidos”.
 Logo se percebe que estas ações estavam ligadas a segmentos religiosos. A igreja era o principal órgão que se preocupava com a pobreza e as péssimas condições de vida das pessoas excluídas. Assim IAMAMOTO; CARVALHO, 1988 p.201.” discorre que:
A aplicação prática desenvolvida pelos primeiros Assistentes Sociais estava, assim, voltada essencialmente para a organização da assistência, para educação popular e para a pesquisa social. Seu público preferencial e quase exclusivo era constituído de famílias operárias, especialmente mulheres e crianças. As visitas domiciliares, os encaminhamentos- de muito pequeno efeito prático, devido á carência de obras que sustentassem semelhante técnica -, a distribuição de auxílios materiais e a formação moral e doméstica através de círculos e cursos eram as atividades mais frequente desenvolvida pelos primeiros assistentes sociais. IAMAMOTO; CARVALHO, 1988 p.201.
 Portanto, as ações de caridade vão imprimir á profissão um caráter de apostulado, fundado em uma abordagem da” questão social” como um problemas moral e religioso e numa intervenção que prioriza a formaçãoda família e do indivíduo para a solução dos problemas e atendimento de sua necessidades materiais, morais e sociais.Conforme (IAMAMOTO; CARVALHO, 1988 p.18).
 
[...] Para a igreja a “ questão social” antes de ser econômica política, é uma questão moral e religiosa. A sociedade é tida como um todo unificado, através de conexões existentes entre seus elementos que se sedimentam pelas tradições, dogmas e princípios morais que a igreja é depositária. Deus é a fonte de toda justiça, e apenas uma sociedade baseada nos princípios cristãos pode realizar a justiça social (IAMAMOTO; CARVALHO, 1988 p.18).
Diante desse contexto é que vem a concepção da assistente social da moça boazinha, que é paga pelo governo para ter dó dos pobres e que ajuda através da entrega de cesta básica e traz a resposta que esperam. É nesta perspectiva que o serviço social emerge no Brasil com apelo moral no trato das sequelas da “questão social”, captando o homem de maneira abstrata e genérica. 
 No entanto durante a ditadura militar os assistentes sociais procuram assumir uma posição modernizadora em sua prática, tendo por base a manutenção do sistema, inserindo-se, portanto, na ideologia desenvolvimentista. Esta perspectiva é claramente evidenciada nos Encontros de Araxá, em 1967, e de Teresópolis em Minas Gerais, em 1970, e perde seu domínio na segunda metade da década de 1970, mais especificamente, o Encontro de Sumaré, em 1978. 
 O seminário de Teresópolis, acima referido, avança nesta direção, com centralidade no método e nas funções do Serviço Social sem aprofundar a análise dos fundamentos teóricos e políticos que estão na base da concepção de desenvolvimento implementado no país pelo Estado ditatorial. Ou seja, em que pese a frequente e insistente referência ao lugar da realidade na prática profissional, é evidente nesses documentos clássicos da história do Serviço Social no Brasil, a ausência de análise sobre a realidade brasileira, que se configurara com a ditadura militar e cujo contexto de formação se realizaram os seminários que produziram os referidos documentos. 
 Essa perspectiva de ruptura com o serviço social tradicional possui uma crítica sistemática ao desempenho tradicional aos seus suportes teóricos, metodológicos e ideológicos. Surge uma oposição ao tradicionalismo do serviço social, passando a questionar sua vinculação histórica com os interesses do poder. Dessa forma ( PAULO NETTO apud SILVA, p.82) caracteriza essa perspectiva como: 
Uma vertente que recupera os componentes mais estratificados da herança histórica e conservadora da profissão, nos domínios da representação e da prática, e os repõe sobre uma base teórico-metodológica que se reclama nova, repudiando simultaneamente, os padrões mais nitidamente vinculados á tradição positivista e as referências conectadas ao pensamento crítico-dialético, de raiz maxiana (PAULO apud SILVA, 2002, p.82).
 Hoje sabemos que o assistente sociais encontram-se engajados no enfrentamento das sequelas das expressões da questão social, tais como o desemprego, subemprego, precárias condições habitação, falta de estruturas, saneamento básicos, violência, pobreza e condições sub-humanas de sobrevivência, como a questão da fome que perpassa a sociedade contemporânea. Conforme consta no (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIA, 2012, p.48
A questão social é a indissociável da forma de organização da sociedade capitalista, que promove o desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social e, na contrapartida, expande e aprofunda as relações de desigualdade, a miséria e a pobreza. Esta é uma lei estrutural do processo de acumulação capitalista. A questão social diz respeito ao conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensável sem intermediação do Estado. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIA, 2012, p.48)
Com isso cabe ao Estado intervir com medidas de regulamentação através das denominadas políticas sociais, pois entende que as políticas sociais determinam o ponto central da atuação profissional, e competem o comprometimento metodológico, teórico, político e ético, e a concepção de ruptura com o que historicamente permeava a profissão até meados dos anos 1960 e 1970. Segundo ( IMAMOTO; CARVALHO, 2001, p.58)
Para compreender o serviço social primeiramente cabe compreender a concepção que ganha terreno após a década de 1980, que é considerar a questão social é uma profissão que trabalha com políticas sociais, de corte público ou privado e não resta dúvida se essa uma determinante fundamental na constituição da profissão (IMAMOTO; CARVALHO, 2001, p.58)
Entende-se que a sociedade é dinâmica, assim a questão social é dinâmica, e a cada período histórico apresenta-se com novas roupagens na medida em que vão ocorrendo as novas transformações advinda da Revolução Industrial. Nesse sentido a questão social transcorre e se reconstroem atreladas com as faceta como sequelas a serem amenizadas. Com isso (O CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2012, p.48) contribui para o entendimento com seguinte afirmação.
Verifica-se a tendência de naturalizar as múltiplas desigualdades, que condensam as relações sociais desiguais e contraditórias dessa sociedade. Elas têm sido enfrentadas, seja por meio de programas focais de “combate á pobreza”, seja pela violência dirigida aos pobres, articulando repressão e assistência focalizada. Evoca o passado, quando era concebida como caso de polícia, ao invés de ser objeto de uma ação sistemática do Estado no atendimento ás necessidades básicas da classe operária e outros segmentos trabalhadores. Na atualidade, as propostas imediatas para enfrentar a questão social no país atualizam a articulação assistência focalizada/repressão, com o reforço do braço coercitivo do Estado em detrimento da construção do consenso necessário ao regime democrático, o que é motivo de inquietação ( CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2012, p. 48, grifo do autor).
Historicamente ao empregar um assistente social, o objetivo era o domínio da força de trabalho, a fim de minimizar os conflitos decorrentes dos contrassensos da relação capital-trabalho e a reprodução física e social de um modo de ser trabalhador produtivo. 
De acordo com IMAMOTO(209,p.20), “um dos requisitos para uma ação profissional, cabe ao assistente social [...] ir além das rotinas institucionais e buscar aprender o movimento da realidade para detectar tendências e possibilidades nela presentes passíveis de serem impulsionadas pelo profissional”
O CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, (2012, p.16).Enfatiza também o significado da profissão de assistente social, que tem seu significado histórico, metodológico, teórico, político e ético na sua concepção.
	
[...] os trabalhos profissionais estão cada vez mais tensionados pela ampliação de serviços e demandas, mas sem a correspondente designação de recursos materiais, financeiros humanos necessários à manutenção da qualidade do que é prestado à população usuária. Isso acaba impactando nas condições para o Exercício profissional, pois as instituições sociais são mediações fundamentais para a participação do Serviço Social no atendimento das demandas incorporadas pelas políticas sociais. Tem-se, portanto, repercussões para as relações de trabalho dos / as assistentes sociais, como também para o exercício de suas atribuições, o que irá repercutir diretamente nos serviços prestados (O CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, (2012, p.16)
Assim o desafio do assistente social nos dias de hoje é desenvolver propostas de trabalho criativas e inovadores, que sejam capazes de concretizar direitos sociais da população usuária. Como consta no CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL ( ,2012 ,p31) 
Os desafios presentes no campo da atuação exigem do (a) profissional o domínio de informações, para identificação dosinstrumentos a serem acionados e requer habilidades técnico-operacionais, que permitam um profícuo diálogo com os diferentes segmentos sociais. O conhecimento da realidade possibilita o seu deciframento para “iluminar” a condução do trabalho a ser realizado. A pesquisa, portanto, revela-se um vital instrumento e torna-se fundamental incorporá-la aos procedimentos rotineiros ( CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL,2012,p31,grifo do autor)
 	
Portanto o serviço social está na relação de mediador de direito e se coloca na relação do estado com os setores excluídos e subalternos da sociedade, com seleção de vulnerabilidade social, com propósito de inclusão ou exclusão de serviços, programas e políticas ante ás demandas. Um bom profissional não deve direcionar suas ações no senso comum, é uma visão simplista, onde qualquer pessoa poderia fazer serviço social, deve se buscar percorrer para construir um referencial científico com base nas referências teóricas que se constrói o contexto histórico metrológico, político e ético da profissão. De acordo com a Lei n.8.6662/93: que rege a profissão de assistente social temos a seguinte definição de quem pode exercer esta função:( BRASIL, 1993ª).
[...] os possuidores de diploma em curso de graduação em serviço social, oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devidamente registrado no órgão competente.
 Os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil ( BRASIL, 1993a).
 
Contudo mesmo percorrendo o processo de graduação, pós- graduação, mestrado e possível doutorado na busca de dar respostas realidade social, a qual vamos vivenciar no cotidiano da profissão do serviço social, o que não é tão fácil, com certeza nos deparamos com momentos que nos trazem inquietude e angústias, pois trabalharemos com uma parcela da população que algumas vezes encontra-se em extrema vulnerabilidade social, mediante um processo histórico de exclusão social.
3.3 Serviço Social na Previdência Social.
O Serviço Social na Previdência Social não difere do contexto histórico metodológico, teórico e ético da profissão, e visa a busca de respostas do “fazer profissional” frente às demandas da contemporaneidade, com o propósito de integrar os usuários, a reprodução da força de trabalho e mediar direitos ante aos conflitos sociais numa perspectiva controladora. Desta forma BRAGA, e CABRAL (2008. p.12) destaca na sua obra que:
A implantação da Matriz Teórico-Metodológica do Serviço Social Previdenciário, destacando que, nos últimos 15 anos, o trabalho profissional do Serviço Social no INSS foi pautado pelo fundamentos contidos na Matriz, que tem referência analítica na teoria crítica e no projeto ético político da categoria. O desdobramento destas referências acentua o compromisso com o direito social, com a qualidade do serviço, com os trabalhadores usuários da previdência e com a defesa de uma previdência de caráter público estatal pautado por uma justa retribuição pecuniária dos benefícios. O processo de elaboração, de implantação e de aplicação da Matriz teve o seu reves na Reforma Previdenciária, o que gerou tensão em razão de sua orientação estar pautada no ideário neoliberal. Como Consequência, produziu-se uma proposta previdenciária restritiva aos direitos e interesses dos trabalhadores e maximizada em relação aos interesses do capital, exatamente pela ampliação das faixas de Previdência Privada. ( BRAGA, e CABRAL ,2008. p.12 )
Assim para obter respostas da profissão na contemporaneidade, requer que os profissionais competem a clareza da “dependência” de articular serviços e recursos, cabe um olhar diferenciado e amplo para compreender a dinâmica determinada na realidade social e sua complexidade a qual estão inseridos, é preciso romper com a visão endógena, presa nos nossos próprios muros de domínio de conhecimento profissional	.
Além dos fundamentos expressos em uma nova concepção de profissão na Previdência Social em um novo entendimento acerca de política previdenciária, o novo paradigma referencia – a nas novas bases éticos – legais da profissão, que são:
A lei de regulamentação da profissão de n. 8662,de 7/6/93 quer dispõe sobre o exercício profissional, suas competências, suas atribuições privativas e os fóruns que objetivam disciplinar e defender o exercício da profissão: o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais de Serviços Sociais que acompanham e fiscalizam o exercício profissional. Esta legislação, que resultou de amplo processo democrático de deliberação coletiva de questões da profissão. Na regulamentação da profissão definem – se as ações de competências privativa do assistente social ( coordenação, elaboração, execução, supervisão e avaliação de estudos, pesquisa, planos, programas e projetos e administração materiais do Serviço Social) : autonomia técnica e ética no exercício no que se refere á subordinação administrativa: as atribuições exclusivas ( informações e pareceres em matéria de Serviço Social) preservando sua autonomia técnica e o sigilo profissional.
 Como também é relevante que, os assistentes sociais possuam habilidades que abarquem o campo da instrumentalidade e não se restrinjam ou fiquem demonstrando por meia relação estabelecida entre assistente social e o usuário, bem como demonstrem capacidade para adquiri conhecimentos, que contribua com aprendizado para lidar com as demandas de atendimento presentes em seu cotidiano profissional. Conforme O Conselho Federal de Serviço Social, ( 2012,p.16)” A delimitação de ações de natureza socioassistenciais que assegurem as prerrogativas do exercício profissional do/ a assistente social e que não configurem processos fragmentadores da realidade social.”( CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2012,p.16)
Compete ainda ao profissional refletir e intervir nesta realidade compete ampliar visão, ver além do que está exposto, diante das demandas apresentadas no cotidiano profissional e refletir no que foi concebido historicamente, interpretar esta realidade social. O que requer um profissional pró – ativo, aquele que antecipa suas ações, que gerencia, que executa e propõe políticas, programas e projetos sociais. Pois não cabe mais o profissional que somente “executa” políticas sociais. E sim aquele que elabora e propõe novas alternativas.
Sendo assim ás ações de socialização das informações, conforme, A Matriz, o Serviço Social da Previdência, mobilizou outras ações na ótica da garantia de direitos, seja por ações de potencializarão do coletivo, com grupos de debate contribuindo para o fortalecimento da consciência coletivo, seja por assessorias aos movimentos sociais no que diz respeito a informações sobre a Previdência e sobre o mundo do trabalho( condições objetivas, demandas e necessidade)) A criação de fóruns, palestras, seminários, encontros e outros buscou criar e fortalecer vínculos entre profissionais e a população usuária da Previdência Social.
 De acordo à Matriz..., 1995). Apresentaremos as principais ações do assistente social no espaço sócio – ocupacional da Previdência social. (MATRIZ, 1995 p.32) 
Socialização das Informações Previdenciárias;
Ações de fortalecimento do coletivo;
Assessoria;
Informações gerais e encaminhamento;
Educação previdenciária –“ informante –habilitador” –direitos e deveres do segurado;
Educação social – orientação do orçamento doméstico, profissional e de reintegração profissional e/ ou readaptação profissional, profissional e higiene, terapia ocupacional, orientação sobre as condições de moradia;
Educação moral – orientação e apoio no caso de invalidez, morte ou benefício negado;
Estudo socioeconômico – para imóveis, auxílios, medicamentos, aquisição de aparelhos ortopédicos

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