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LITERATURA NO PROCESSO DE ENSINO
Uma Ferramenta Para o Desenvolvimento Integral do Aluno
Ana Karoline Cardoso da Cunha
Clarissa Gonçalves Duquia
Juliana Simiano
Nadine Ronconi
Taíse Marcelino Mezari
Prof. Orientador – Rosane Machado de Andrade
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura (LED 0292) – Seminário da Prática III
15/04/2016
RESUMO
O estudo da Literatura vem através dos tempos proporcionando um intercâmbio histórico-cultural, trazendo conhecimentos de mundos e épocas diferentes, bem como participando da formação intelectual e integral do ser humano. A busca pelo desconhecido, a curiosidade, o raciocínio, a criatividade, o autoconhecimento, o entendimento da realidade e o despertar da imaginação são fatores que podem ser estimulados através da Literatura. São inúmeros os conceitos desta disciplina e até hoje não se chegou a um consenso, porém desde que ela passou a integrar a área da leitura, conforme os princípios definidos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), seu estudo passou a ser trabalhado em sala de aula levando em consideração a contextualidade e a intertextualidade na produção e interpretação dos textos. Este estudo traz, como objetivo geral, mostrar como a Literatura e seus distintos gêneros literários são trabalhados nos respectivos níveis de ensino, os desafios do professor e da escola, que apesar das diferenças socioculturais e econômicas, da era digital e da falta de uma política educacional que valorize o ensino, precisam atrair o aluno para o hábito da leitura de textos literários, a fim de que estes possam contribuir para o seu desenvolvimento integral. 
 
 
Palavras-chave: Literatura. Ensino-aprendizagem. Desenvolvimento Integral.
1 INTRODUÇÃO
Num mundo marcado pela instantaneidade, avanços tecnológicos e constantes mudanças sociais, o estudo da Literatura, trabalhada desde o Ensino Infantil, traz discussões e formas metodológicas que devem ser levadas em consideração de acordo com o perfil das turmas e comunidade escolar. Aprender a lidar com esses fatores para despertar o interesse do aluno por textos literários tornou-se um grande desafio para profissionais da educação. 
Ensinar Literatura nas instituições de ensino, desde que esta disciplina passou a ser integrada à leitura, levanta questões que buscam reflexões sobre a complexidade deste tema. O aluno deve aprender a historicidade das obras literárias, a gramática, mas principalmente deve aprender a interpretar a obra dentro de um contexto social, situá-la, trazê-la para perto de suas aspirações. Por isso o professor precisa estar atento aos anseios da turma e também buscar através da Literatura formas para interagir com seus alunos, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.
Toda a formação do sujeito é constituída por uma trajetória social marcada no tempo e no espaço. As formas de percepção são individuais, mas é em conjunto que a interação acontece na sociedade, uns precisam dos outros para atingir resultados. Ninguém aprende sozinho. 
A relação da leitura para a formação intelectual e integral dos alunos é estreita, essa ligação vai percorrer um longo caminho durante toda a fase escolar, do Ensino Infantil ao Ensino Médio. E perdurará pra toda a vida do ser humano. Por isso, traçou-se perfis e realidades diferentes de acordo com o nível de ensino, para que a Literatura seja trabalhada na íntegra e traga benefícios no processo ensino-aprendizagem.
 As pessoas, assim como as instituições de ensino e as formas de aprendizagem, não são sempre estáticas e iguais, vão se construindo e desconstruindo o tempo todo. Os textos literários para serem entendidos na sua essência, também precisam ser construídos e desconstruídos. Uma mesma obra literária pode ser interpretada de maneiras diferentes dependendo do grau de formação do sujeito, de sua escolaridade, vivência e principalmente de acordo com suas atuais necessidades e anseios. 
 Através de levantamentos teóricos, pesquisas literárias e análise em campo, buscou-se identificar a ligação da Literatura com o processo de ensino e sua contribuição para a formação integral do educando, importância, conflitos e soluções.
2 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
 2.1 A DISCIPLINA, TRAJETÓRIA E CONCEITOS
 O ensino da literatura no Brasil foi introduzido pelos jesuítas, no final do século XVI. Naquela época o conceito de literatura ainda não estava estabelecido e os ensinos clássicos, como a poesia, as cartas e os discursos, eram utilizados para o ensino da Retórica e da Poética. A leitura dos
clássicos servia, tanto para conhecer as regras da boa conduta e adquirir erudição como para desenvolver a escrita.
 Seguindo os modelos criados por Platão, Aristóteles ou Horácio, este ensino produziu um grande número de tratados, diálogos, compêndios, que além da terminologia, dos conceitos e das regras para composição, oferecia ferramentas para leitura e análise das obras clássicas, ou o que costumavam chamar de Beals Artes. (Abreu,2003).
 Até o século XVIII, o termo literatura significava erudição,conhecimento, ciência, filosofia, história. Como consta nesta citação de Voltaire, ainda em 1819 não havia uma definição precisa para o termo: 
 
Literatura: esta palavra é um desses termos vagos tão frequentes em todas as línguas[...] A literatura designa em toda a Europa um conhecimento das obras de gosto, uma tintura de história, de poesia, de eloquência, de crítica[...] Não se distinguem de forma alguma obras de um poeta, de um orador, de um historiador, por esse termo vago de literatura, ainda que seus autores possam apresentar um conhecimento muito variado e possuir tudo aquilo que se entende pelas palavras e letras[...] Chama-se de bela literatura aquela que se prende ao objeto que tem beleza, à poesia, à eloquência, à história bem escrita. A simples crítica, as diversas interpretações dos autores, os sentimentos dos antigos filósofos, a crônica, não são absolutamente bela leitura pois suas pesquisas não têm beleza. (VOLTAIRE; APUD ABREU, 2003, p.17). 
 
 No Brasil, é possível conhecer as origens da disciplina Literatura no século XIX através dos programas de ensino do Colégio Pedro II, fundado em 1837. Tinha como patrocinador o imperador e como objetivo à formação de bacharéis num período de sete anos. Nessa época, o ensino da literatura era baseado principalmente nas obras clássicas de origens diversas.
 Em 1860 é introduzida nos estudos do sétimo ano a disciplina Literatura Nacional que constava as produções portuguesas e brasileiras. O conceito de literatura incluía a oratória, a história, a biografia, os gêneros didáticos, além dos gêneros hoje considerados literários.
 Assim como outras formas de expressão artística, a literatura tem sua trajetória ligada ao desenvolvimento integral do ser humano, que percorre através da linguagem mundos desconhecidos, cria e vivencia realidades, desenvolve seu senso crítico, psíquico e participa da sociedade de forma ativa. Sua inclusão no currículo escolar, a tranforma em matéria de ensino. E como disciplina, seu ensino está sujeito a teorias pedagógicas, literárias e linguísticas. Os documentos oficiais, traduzem as expressões de seus autores levando em consideração aspectos históricos, sociais e culturais, que ora a consideram uma disciplina autônoma, ora a incluem na disciplina de Língua Portuguesa.
 Nas últimas décadas, principalmente pelo desenvolvimento dos estudos linguísticos, o ensino de literatura tem sido objeto de debate, levando muitas vezes a posições totalmente diferentes.
 Na década de 60 o que predominava no ensino de literatura era a historiografia. As características das escolas literárias numa abordagem cronológica, acompanhada de seus principais autores com suas principais obras e suas biografias eram ensinadas em sala de aula. Os trechos das obras selecionadas, deviam ser lidos pelos alunos. Ao professor, cabia cumprir no mínimo 70% deste programa. O perfil dos alunos era mais homogêneo e a gramática normativa e a formação literária faziam parte do perfil do professor, que não encontrava dificuldades em ensinar.
 No final da década de 70 e na década de 80 a proposta não indicava um cânone literário, devendo a escolha de escritores e obras ser feita pelo professor em razão das variáveis da sua realidade escolar. Não devia-se levar mais em conta a historiografia, mas, sim, a relação diacrônica e sincrônica entre autores, obras e contexto social e político. A leitura de literatura brasileira, portuguesa e de língua portuguesa (angolana, moçambicana, caboverdiana) era considerada fator primordial para que os alunos conseguissem analisar e discutir os textos, ampliando desta forma o seu conhecimento sobre o fenômeno literário e cultural de um povo.
 A partir da década de 90 o desafio tornou-se outro. Conforme os princípios definidos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), o Ministério da Educação – MEC – elaborou, junto com educadores de todo o Brasil, um novo perfil para o currículo escolar. Dentro deste contexto, a disciplina de Literatura passa a ser trabalhada de forma a levar em consideração a contextualidade, a intertextualidade e a produção dos textos literários ou não. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio- PCNEM- lê-se a respeito dos “Conhecimentos de Língua Portuguesa” a seguinte consideração:
 
O trabalho do professor centra-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e domínio de outras utilizadas em diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino de língua, ou seja, nomeclatura gramatical e história da literatura são deslocados para um segundo plano. O estudo da gramática passa a ser uma estratégia para a compreensão/interpretação/produção de textos e a literatura integra-se à área de leitura. (Brasil, 2002).
 As discussões sobre o ensino de literatura permanecem nos dias atuais. É uma questão complexa que tem sido debatida a nível oficial e acadêmico, um campo vasto para pesquisas como comprovam as inúmeras teses defendidas.
 O conceito de literatura é diversificado e está condicionado à linha teórica adotada pelos pesquisadores. As contribuições da Linguística e de outras áreas de conhecimento propiciam mudanças quanto ao enfoque do conceito de literatura, levando em consideração o fato de que não existe um consenso a respeito sobre as várias concepções literárias. Conforme afirma o escritor Eagleton (1983, p.9): 
 
Um segmento de texto pode começar sua existência como história e filosofia, e depois passar a ser valorizado pelo seu significado arqueológico. Alguns textos nascem literários, outros atingem a condição de literários e a outros tal condição é imposta.
 A inclusão da literatura nos estudos de linguagem pode ser considerada um avanço para o processo de ensino. A formação de alunos leitores através do ensino da literatura, em que eles são colocados intensamente em contato com textos literários, contribuí para a sua formação integral.
 
3 GÊNEROS LITERÁRIOS
 Uma das principais funções da escola e do professor como um todo é além de ensinar, desenvolver no aluno a motivação e o gosto pelos textos literários.
 O texto literário se organiza em gêneros literários divididos quanto ao modo: em textos em prosa e textos em verso. Quanto a divisão estrutural, os gêneros literários, desde a antiguidade, foram divididos em três grupos:  lírico, épico ou narrativo e dramático. Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia Antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação seria produzida. Essas três classificações básicas fixadas pela tradição abrangem inúmeras categorias menores, comumente denominadas subgêneros.
 
 3.1 GÊNERO LÍRICO
 No texto literário, pertencente ao gênero lírico, o poeta exprime seus sentimentos mais íntimos, suas emoções diante de fatos e acontecimentos marcados no seu universo interior. A forma do texto caracteriza-se pelo ritmo, melodia que direciona os versos. As palavras ganham uma considerável sonoridade. A palavra “lírico” provém do latim e tem o sentido de “lira”, o instrumento mais comum na Grécia Antiga, com o qual se imprimia um tom melódico à poesia da época. A essência deste gênero é a subjetividade do autor, do eu-lírico. Também encontram-se muitas manifestações poéticas que criticam a realidade social, conforme relatos contidos na poesia moderna. A importância da palavra no poema é tão relevante que é possível aproveitar toda a riqueza fonética, morfológica e sintática da língua e, através dela, constroem-se várias maneiras de provocar sensações no íntimo do leitor. Devido a essa intensidadede expressão, as obras líricas tendem a ser breves e a acentuar o ritmo e a musicalidade da linguagem. Estas obras se dividem em:
 - Poesia: Sua essência é a harmonização da palavra.
 - Ode: Composição calorosa e sonora. 
 - Sátira: Texto que zomba de alguém ou de um determinado contexto.
 - Hino: Criação que louva ou engrandece algo. Por exemplo, de uma nação ou religião.
 - Soneto: Poema com 14 versos: dois quartetos e dois tercetos.
 - Haicai: Poemas japoneses, desprovidos de rima, compostos geralmente por três versos.
 - Acróstico: Poesia na qual as primeiras letras de cada verso, ou em alguns casos as da posição central ou as do final, compõem, na vertical, um ou mais nomes, uma ideia, axiomas, entre outras concepções.
 3.2 GÊNERO ÉPICO OU NARRATIVO
 O gênero épico ou narrativo relata um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado em tempo e lugar determinados, envolvendo uma ou mais personagens, e assim o faz de diversas formas. “As narrativas utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras”, segundo nos conta Sabrina Vilarinho em Gêneros Narrativos.
 Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, podem-se classificar as obras narrativas em romances, contos, novelas, poemas épicos, crônicas, fábulas e ensaios. Quanto à temática, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de ficção e etc. Ainda conforme Sabrina Vilarinho, todo texto que traz foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço, conflito, clímax e desfecho é classificado como narrativo. Sua principal característica estrutural é que conta com um início, um clímax e um desfecho. Abaixo, modalidades textuais conforme o gênero épico ou narrativo:
 - Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos que transmitam verdade. Surgiu na idade média, tendo em Dom Quixote, de Cervantes, sua principal representação.
 - Fábula: texto de caráter fantástico, que não tem o compromisso com a realidade e une dois elementos principais, o lúdico e o pedagógico. As personagens costumam ser animais ou objetos, a fim de transmitirem alguma lição de moral através da narrativa.
 - Epopeia: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Como exemplos as obras Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero.
 - Novela: é um texto caracterizado por ser menor que o romance e mais longo que o conto. Não há limites de personagens, podem ser introduzidos durante a narrativa da novela ou retirados. O tempo é histórico, a linguagem acompanha a narrativa da época em que se passa a trama, podem ser desenvolvidos vários enredos durante a narrativa com conexões entre si. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis e Vidas Secas de Graciliano Ramos.
 - Conto: texto narrado na 3ª pessoa, cria situações e personagens fictícios.  É um texto narrativo breve, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e contos populares. No antigo Egito a.C. já existia um livro de contos chamado de “O Livro do Mágico”. A Bíblia também é repleta de contos, incluindo as parábolas de Jesus Cristo. Os contos se modernizaram entre os séculos XVIII e XIX, no momento em que os irmãos Grimm reescrevem e publicam contos como “A bela adormecida”, “Rapunzel”, entre outros. Clarice Lispector, apesar de escrever numa mesma obra gêneros diferentes, é um exemplo de escritora que também utilizava-se de contos para narrar suas histórias, uma delas é “Felicidade Clandestina”.
 - Crônica: texto que lida com o factual (de curta duração). O cronista escreve sobre fatos, elaborando um texto geralmente curto, em que críticas, sátiras, indiretas e afins, podem ser inseridas. O escritor de crônicas costuma contar uma situação de forma bem simples, mostrando sua visão do mundo. Exemplo de escritores cronistas, Millôr Fernandes, Luis Fernando Veríssimo, Rubem Braga, dentre outros.
 - Ensaio: textos com narrativas entre aspectos didáticos e poéticos. Tem como característica apresentar ideias para que o leitor pense a respeito de vários assuntos. Os ensaios não costumam ser formais, são mais flexíveis e trabalham na defesa de um ponto de vista, com a isenção de provas empíricas e dedutivas de caráter científico. Um dos escritores que se destacam nesta modalidade é Gilberto Freyre.
3.3 GÊNERO DRAMÁTICO
 Textos voltados para a encenação, apresentados em forma de tragédias ou comédias. Tem sua origem nas peças teatrais da Grécia Antiga, em eventos que homenageavam o Deus Dionísio.
Não existe narrador neste tipo de texto, ele é formado por atos, quadros e cenas. O gênero dramático se encontra numa classe gramatical muito grande e alta o que dificulta o entendimento desse assunto.
3.4 AS VANTAGENS DO USO DE TEXTOS LITERÁRIOS EM SALA DE AULA
 Literário é um conceito que envolve muitos fatores, é um tipo de texto especial que precisa ser construído e desconstruído pelos alunos a fim de que estes venham a compreendê-lo. É necessário apropriar-se do material literário para interpretar suas características.
 A linguagem literária apresenta características como a variabilidade, a conotação, a complexidade, a multissignificação e a liberdade de criação. A linguagem literária faz da linguagem um objeto estético e não meramente linguístico, do qual podemos interpretar e construir significados de acordo com nossas particularidades e percepções relacionadas muitas vezes às nossas experiências de vida. É comum, então, o emprego da conotação, de figuras de linguagem e figuras de construção além da oposição à gramática normativa.
 Para selecionar o texto literário que venha a ser trabalhado pela turma, o professor deve levar em consideração não apenas o objetivo que se deseja atingir, mas também o contexto em que a escola está inserida, qual o perfil dos alunos, afinal os conteúdos contidos nas obras literárias devem ser atrativos tanto para o docente como para o educando. Nele devem conter linguagem adequada ao leitor, temas que interessem a turma como forma de ser e de ver as coisas, enredo que possibilite ampliação de horizontes.
 O texto literário também pode ser trabalhado com o aluno de forma que promova a aprendizagem de outras línguas segundo Tolentino (1996, p. 177-178): 
 
[...]existe a ideia de tornar textos literários mais acessíveis, e usá-los em atividades que promovam o aprendizado da língua, numa tentativa de desenvolver e entender a complexidade linguística, ao mesmo tempo que ajude o aprendiz a compreender e apreciar textos literários.
 Para Ana Paula de Araújo, no seu artigo publicado no site www. infoescola.com, os textos literários quando trabalhados adequadamente em sala de aula, isto é, quando levam em consideração o perfil da turma e o grau de escolaridade, podem apresentar as seguintes vantagens: autenticidade do material, enriquecimento cultural, enriquecimento linguístico, envolvimento pessoal, caráter motivacional e integração das habilidades comunicativas. 
4 LITERATURA NO ENSINO INFANTIL
 O uso da literatura desde a primeira infância é muito importante, através dela podemos aprender, ensinar e conhecer diferentes culturas.
 A literatura permite aos pequeninos que façam viagens no mundo encantador da imaginação, característica presente fortemente na infância. É na exploração da imaginação que se instiga a criatividade e a interação entre os textos e leitores.
 Conforme relata Carvalho (1982) a Literatura da Criança tem seu criador:
 
A Literatura Infantil tem seu inícioatravés de Charles Perraut, clássico dos contos de fadas, no século XVII. Naturalmente, o consagrado escritor francês não poderia prever em sua época que tais histórias, por sua natureza e estrutura, viessem construir um novo estilo dentro da Literatura e elegê-lo o criador da Literatura da Criança. (CARVALHO, 1982, p.77).
 
 A literatura infantil é um gênero literário definido pelo público a que se destina. A mediação do professor é decisiva na relação que a criança irá estabelecer com a literatura infantil, pois a ele cabe escolher o livro, promover sua leitura e conversar a respeito na sala de aula. Também será tarefa sua ensinar a criança a manipular o livro como objeto e descobrir nele o que só com a visão e com a manipulação é possível descobrir.
 Portanto, constitui uma forma de comunicação que prevê a faixa etária do possível leitor, atende aos seus interesses e respeita as suas possibilidades.
 Quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o que
 lhe aconteceu em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo, pedir in-
 formação, mais poderão desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira
 significativa. (BRASIL, 1998, p.121).
 
 
4.1 CARACTERÍSTICAS
 
 Os livros infantis possuem características estéticas que envolvem a literatura de uma forma geral. As linguagens simples, cotidianas, com frases curtas e com uso de recursos como a onomatopeia, divertem o leitor infantil e chamam sua atenção. Segundo Liev Vygotsky psicólogo russo, o diálogo facilita o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da atenção por meio da interação social.
 As principais características que marcam este universo são:
 - Narrativa movimentada, cheia de imprevistos.
 - Discurso direto.
 - Livros com muitas ilustrações.
 - Finais felizes, na maioria das vezes.
4.2 PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS
 Perrault: “Chapeuzinho Vermelho”, “A Bela Adormecida”, “O Barba Azul”, “O Gato de Botas”, “Pequeno Polegar”, etc.
 Irmãos Grimm: “A gata borralheira” (que de tão famosa recebeu mais de 300 versões pelo mundo afora), “Branca de Neve”, “Os Músicos de Bremen”, “João e Maria”, etc.
 Andersen: “O Patinho Feio”.
 Charles Dickens: “Oliver Twist”, “David Copperfield”.
 La Fontaine: “O Lobo e o Cordeiro”. 
 Esopo: “A lebre e a tartaruga”, “O lobo e a cegonha”, “O leão apaixonado”.
 
 A literatura infantil no Brasil começou a dar seus primeiros passos com as obras de Carlos Jansen com os Contos das Mil e Uma Noites, de Figueiredo Pimentel com os Contos da Carochinha, entre outros escritores como Coelho Neto, Olavo Bilac e Tales de Andrade.
 O mais importante escritor infantil foi Monteiro Lobato, com ele se dá inicio a literatura infantil no Brasil. José Bento Monteiro Lobato nasceu em 1882 em São Paulo. Suas obras consistem em contos, ensaios, romances e livros infantis. É considerado, junto com outros escritores brasileiros, um dos maiores nomes da literatura no Brasil.
 As principais obras de Monteiro Lobato são:“Urupês”, “Cidades Mortas”, “Idéias do Jeca Tatu”, “Negrinha”, Reinações de Narizinho”, “Sítio do Pica-pau Amarelo” e o “Minotauro”.
5 LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
 Formar leitores não é tarefa fácil. Sabe-se que a disciplina Literatura é de suma importância para o amadurecimento e desenvolvimento das ideias, bem como para o fortalecimento das opiniões das crianças e posteriormente dos adultos.
 A escola tem o papel principal de inserir a leitura, quando ela não vem de casa isso se torna muito mais difícil. Se os pais se utilizarem da literatura, que é vasta, para o crescimento cultural e na formação de um cidadão, com certeza não estarão na adolescência de seus filhos em consultórios psiquiátricos, clínicas para drogados entre tantas outras desgraças. Um simples gesto transformador, (que é o de contar uma história, mostrar o caminho da literatura e transformá-lo num leitor) pode ser crucial na formação de um filho. A literatura pode ser, desta forma, um remédio para uma sociedade doente. Um remédio sem contra-indicações que deve ser oferecido à criança com prazer e dedicação, jamais como obrigação, pois a leitura é indispensável para o desenvolvimento.
 O que se vê em muitas escolas públicas é o descaso em relação à formação de leitores. Cabe aos pais e professores criar este hábito, buscar os meios e as formas, ao invés da omissão, para despertar o interesse da criança e do adolescente. Muitas vezes é dado mais valor à gramática do que ao pensamento do aluno, pois este quando se expressa, por mais que suas colocações sejam interessantes e corretas, se conter erros gramaticais é desqualificada. Cabe ao professor não desestimular o aluno perante aos erros gramaticais, considerar a ideia do seu pensamento, e incentivá-lo a adequar sua escrita sem que isso elimine sua vontade de se expressar diante de uma interpretação de um texto literário, por exemplo. O professor deve ser um desafiador. Ensinar o aluno não só a ler, mas a escrever suas ideias e pensamentos. Piaget (1999) diz que é na adolescência que o ser humano tenta dominar os elementos que lhe faltam para a razão adulta. 
 É urgente a necessidade de uma nova proposta de ensino de literatura nas escolas, acabar de vez com o sistema de leituras impostas. Descobrir o que o aluno quer ler é fundamental, pois cada leitor é único em suas experiências.
 Mesmo antes de aprender a ler, as crianças devem ser colocadas em contato com a literatura. Ao ver um adulto lendo, ao ouvir uma história contada por ele, ao observar as rimas (num poema ou numa música), os pequenos começam a se interessar pelo mundo das palavras. Formam-se rodas onde o professore lê e as crianças tocam os livros para se familiarizarem com os mesmos. É o primeiro passo para se tornarem leitores literários, percurso que vai se estender até o fim do Ensino Fundamental. 
5.1 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES INICIAIS – 1º AO 5ª ANO
 Se os estudantes já estão habituados às rodas de leitura e têm contato com os livros, cabe ao professor do 1º ao 5º ano começar a colocá-los em contato com textos mais complexos para ampliar a familiaridade com a literatura.
 Cria-se uma naturalidade fazendo com que a criança escolha o que vai ler, dentro do contexto escolar. Trocando ideias com seus colegas e fazendo “propaganda” daqueles que mais gostaram para seus colegas.
 É nessa fase que começa a escolha dos gêneros onde meninos e meninas leem coisas diferentes. Segundo a professora Carina Tavares do terceiro ano do Ensino Fundamental do Colégio Michel, os meninos adoram ficção, aventura e livros dos personagens dos videogames. Já as meninas preferem contos de fadas, temas relacionados a acontecimentos, alimentação, partes do corpo e comportamentos. Enfim, os meninos “vivem no mundo da lua” , enquanto que as meninas têm curiosidade sobre o dia a dia. Claro que existem exceções.
 
5.2 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES FINAIS – 6º AO 9º ANO
 
 Nessa etapa da escolarização, o jovem precisa se acostumar à leitura autônoma. Porém, algumas atividades coletivas podem ser mantidas (um bom exemplo é a leitura feita pelo professor de um texto de difícil compreensão, com o objetivo de ajudar na interpretação). Seu papel passa a ser o de orientador, que apresenta novidades e levanta questões para o desenvolvimento do senso crítico, sempre valorizando a opinião de todos. As atividades individuais de leitura são essenciais para criar uma relação pessoal com os livros, que se mantém pelo resto da vida.
 “Um segredo para formar leitores é misturar os momentos de leitura íntima, silenciosa e pessoal com outros de troca sobre como cada aluno se relaciona com o que leu”, escreveurecentemente num artigo a argentina Nora Solari, especialista em Didática da Língua e da Literatura. Levar os jovens a falar sobre textos literários com os colegas é uma boa maneira de manter e ampliar seus hábitos de leitores. Ao fazer com que os estudantes se aproximem de um livro que querem ler, você os coloca diante de um desafio. A turma terá de discutir e confrontar ideias para construir significados em relação à obra, terá de procurar as respostas escondidas nas entrelinhas ( e esse prazer de entender melhor os livros é um dos grandes baratos da literatura).
6 LITERATURA NO ENSINO MÉDIO
 Hoje em dia, a leitura de obras literárias nem sempre acontece pelos estudantes, já que atualmente, a internet é uma concorrência com este tipo de leitura. No Ensino Médio, para desenvolver sobre a teoria e as críticas literárias é preciso alcançar maior profundidade com os alunos. A falta da leitura e prática com a literatura acaba se tornando um problema e colocando em evidência algumas deficiências gramaticais e de interpretação. O professor deve confrontar o aluno com as diferenças de leituras de textos, para que o aluno reconheça que o sentido não está no texto propriamente dito, mas que está na forma em que ele interpreta e entende. O professor deve fazer com que o aluno entre no mundo da imaginação através da leitura.
 Segundo Kleiman (1996, p.24): "é durante a interação que o leitor mais inexperiente compreende o texto: não é durante a leitura silenciosa, nem durante a leitura em voz alta, mas durante a conversa sobre aspectos relevantes do texto”.
 De acordo com o autor é através dessa interação que o professor deve manter sua atenção total naquele aluno que se sente com mais dificuldade na hora da leitura de algum texto, e na maioria das vezes é esse aluno que acaba tendo mais evolução pela leitura, e a compreendendo melhor em virtude da explicação vinda do educador que fez com q o aluno não apenas lesse mas entendesse o texto.
 Na maioria das vezes, o contato profundo dos jovens com a literatura se dá nas escolas, principalmente no Ensino Médio. Estudos realizados por Zinani (1991) comprovam que alunos do Ensino Médio apresentam dificuldades na aprendizagem de literatura, uma vez que conteúdos, abordagens e métodos não atendem às suas expectativas e que existe distanciamento entre as propostas de ensino e a realidade concreta dos sujeitos envolvidos no processo. Entretanto, se, de um lado, constata-se esse distanciamento, por outro, o estudo também evidencia a crença do aluno de que leitura é importante. Esse aspecto é um dado extremamente significativo e precisa ser conhecido e utilizado pelo professor, que deve reforçar essa ideia de modo positivo, estabelecendo relações concretas entre leitura, literatura, livros e realidade. Dessa forma o professor também aprofunda o seu conhecimento em literatura e torna o processo de aprendizagem do aluno algo mais evolutivo através da leitura. Nesse sentido, as práticas de ensino da literatura com os alunos, no Ensino Médio, têm sido uma ferramenta para que eles aprimorem seus conhecimentos, conforme coloca Cereja:
 
Ensinar literatura brasileira e literatura portuguesa, com base na descrição de seus estilos de época, de suas gerações, autores e obras mais importantes, tornou-se um expediente tão comum nas escolas, que para muitos professores é praticamente impossível imaginar uma prática de ensino diferente dessa.(CEREJA, 2005, p.89).
 
 
 A leitura é a porta de entrada para o futuro de muitos estudantes, por isso o estudo e a compreensão dos textos literários são tão importantes para a sua formação. Porém, segundo Rocco (1992) a literatura hoje em dia já não é a maneira mais difundida para explicar o mundo e para transmitir valores; vivemos num tempo de imagens, no qual o signo linguístico já não tem o mesmo valor significativo de outrora.
 Os documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e PCN+, segundo
Cereja (2005), criticam a atual abordagem de ensino literário, que não acompanhou as mudanças na sociedade, mas divergem entre si. Se para os PCN a História da Literatura deve ficar em segundo plano, nos PCN + ela é desejável, sem o compromisso, entretanto, de trabalhar com todas as escolas literárias. Nos documentos citados, o trabalho com o texto literário e a formação de leitores tornam-se o centro das atividades nas aulas de Literatura. Apesar disso, os PCN+ valorizam o reconhecimento da estética literária a que pertence o texto. Diante dessa contradição, está o trabalho do professor, que precisa mediar tais posicionamentos e trabalhar com os alunos de forma satisfatória.
 Sendo assim, em meio a essa competição de comunicação com as modernidades da era digital, a literatura precisa fazer a diferença, ela precisa ser atraente aos olhos dos estudantes e cabe ao professor o desafio de estimular o aluno para o mundo da leitura, não só na sala de aula, mas que ele use a leitura como prática para o seu dia a dia. 
 Outras formas que o professor pode levar como recursos motivacionais para seus alunos são os textos motivadores, aqueles que se adaptam com cada perfil.
 
7 LITERATURA COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
 A leitura literária pode atuar como um instrumento de formação da consciência crítica do ser humano, trabalhada em sala de aula tem como finalidade despertar o desenvolvimento integral do aluno. Ela não visa corromper nem edificar o indivíduo, mas humanizá-lo, pois o faz refletir sobre si e sobre a vida. É um dos meios pelo qual a criança e o jovem podem entrar em contato com a realidade, que muitas vezes está escondida ou disfarçada na sociedade. 
 Através de obras literárias, a criança pode entrar em contato com temas que até então eram tabus pra ela, como morte, medo, preconceito, assim como o adolescente também pode se deparar com outros temas que talvez não tenha a liberdade pra conversar com sua família como orientação sexual, puberdade, ente outros. Muitas vezes essa humanização com debates de temas que acontecem no nosso cotidiano é primordial para a formação do indivíduo.
 Cosson (2006) argumenta que, para que a Literatura cumpra seu papel humanizador, precisamos mudar os rumos de sua escolarização. Metodologicamente, defende que “ao selecionar um texto, o professor não deve desprezar o cânone, pois é nele que encontrará a herança cultural de sua comunidade” (p.39). Mas também “a Literatura não pode ser reduzida ao sistema canônico” (Idem, p. 47). Outros sistemas, em conjunto com o sistema canônico, precisam ser contemplados na
escola, assim como as ligações que mantém com outras artes e saberes.
 Pensar em um programa de incentivo à leitura nas escolas como ferramenta para o desenvolvimento integral do aluno passa anteriormente pela realidade sociocultural das turmas e da comunidade em volta da escola. Quais são seus anseios, suas necessidades, seus sonhos e expectativas? Como diz Silva:
 
O ensino de leitura sempre pressupõe três fatores: as finalidades, os conteúdos (textos) e as pessoas envolvidas no processo, ou seja, as características dos alunos e da turma a ser trabalhada. Sem a presença desses três fatores, o trabalho com a leitura / literatura corre o risco de se tornar vazio ou um “receituário” em que se repetem esquemas já prontos. (SILVA, 2003, p.103).
 A Literatura, sendo considerada uma arte, permite que o jovem se expresse de tal forma que possa conduzir ao autoconhecimento e por possuir uma natureza ficcional, à imaginação. 
 Em meio a uma sociedade caracterizada pela fluidez e marcada pela massificação da internet, a literatura é o espaço da criação, da liberdade de expressão. Fazer uso dos recursos digitais para ensinar Literatura tanto no Ensino Fundamental como no Médio é uma alternativa que tem se mostrado eficaz tantopara a formação docente como para formação do aluno. Mesmo com a falta de determinadas políticas educacionais, ela pode e deve ser trabalhada de forma livre e criativa, interagindo com outras disciplinas, como História, Psicologia, Sociologia, Filosofia, Artes (música, teatro, cinema), para proporcionar uma aproximação do texto literário com o aluno e dessa forma promover o seu desenvolvimento integral. 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A Literatura, sendo uma disciplina que promove a expressão artística e cultural, está intimamente ligada ao desenvolvimento do senso crítico, do intelecto humano.
 São inúmeros os conceitos desta disciplina, que vem através de séculos, proporcionando o conhecimento de diferentes povos, raças, lugares, com costumes e crenças diferentes. A palavra é um fato social. Porém tais conceitos não devem ser tratados isoladamente, pois estão inter-ligados e juntos constroem a finalidade da matéria que é desenvolver o cidadão enquanto ser pensante e atuante na sociedade, que saiba expressar suas ideias.
 Dentro do contexto do processo ensino-aprendizagem, a Literatura assume um papel primordial em todas as fases de escolaridade e níveis de estudo, pois é através dela que a criança e o jovem despertam para a busca do conhecimento.
 Em meio às diferentes modalidades metodológicas de se abordar os textos literários em sala de aula, constatou-se que quando há comprometimento do professor em analisar os anseios e a realidade da turma e este tem na sua formação uma estreita relação com a literatura, o mesmo estabelece uma conexão de sucessivas integrações. Como por exemplo, na obra da qual o texto foi extraído, na obra geral do autor, nas correntes literárias, filosóficas e religiosas da época e do país, no conjunto da vida social, econômica e política do momento. À medida que essas interações ocorrem, dá-se um excelente aproveitamento de aprendizagem e desenvolvimento integral do educando.
 Um dos desafios que se apresenta na busca constante em despertar e motivar o aluno para que ele aprenda a ler, interpretar e criar o hábito da leitura, é encontrar uma forma de usar a rotina que muitos têm fora da sala de aula relacionada ao mundo virtual e transformá-la em mais um recurso didático para se aproximar das obras literárias. Utilizar a internet como auxílio no ensino da Literatura.
 Para que o ensino da Literatura seja desfrutado com todas as suas potencialidades no processo de ensino, além de uma política educacional de qualidade que valorize a leitura e a expressão artística, é necessário que todos se envolvam, professores, pais, alunos e comunidade. Esta integração poderá proporcionar frutos para a construção de uma sociedade com leitores mais humanizados. Sem estar integrado num contexto, nenhum saber tem valia, não provoca no indivíduo a motivação interna que o despertaria a interagir com outros saberes, transformando e ampliando seus conhecimentos iniciais.
 Sendo assim, considera-se que a Literatura faz parte do processo de ensino de forma essencial, pois permite a compreensão da realidade e o desenvolvimento intelectual do aluno, que depois de fazer uso efetivo dos estudos das obras literárias, sairá de tal experiência com uma visão mais ampla do mundo, mais preparado para atuar como elemento cidadão, como parte integrante de um todo.
 
 
 
REFERÊNCIAS
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