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5. EXAME NEUROLÓGICO Profª Angela Dias Maria.dias@ibmr.brSetembro/2019 • Conhecer as etapas do exame neurológico; • Saber realizar cada etapa do exame ; • Interpretar as alterações correspondentes a cada etapa. sede da consciência, do pensamento, da memória e da emoção permite ao homem identificar, perceber e interpretar o mundo que o rodeia composto por massa cinzenta e massa branca, O córtex cerebral corresponde à camada mais externa do órgão formada por tecido rugoso de cerca de dois milímetros de espessura, sendo um importante local de processamento neural, responsável por funções complexas como memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento. Constituída por massa cinzenta, essa estrutura permitiu ao ser humano desenvolver cultura, já que induziu a elaboração do pensamento abstrato e das representações simbólicas. Córtex cerebral 1. Nível de consciência 2. Pupilas; motora; cerebelar; sensitiva 3. 12 pares dos nervos cranianos. • Apresentar-se ao paciente • Lavar as mãos • Identificar o paciente com 2 identificadores (nome; data de nascimento; nome da mãe) • Orientar o paciente e acompanhante quanto ao procedimento • Posicionar o paciente em decúbito dorsal. • Promover privacidade do paciente • Examinar no sentido céfalo-caudal • Observa o paciente ao chegar: marcha, equilíbrio, aparência, fala • Pouco auxilia o paciente para observar seu nível de autonomia • Atenta para habilidades verbais (a clareza, velocidade, timbre e concatenação da fala) • Avalia nível de atenção, concentração e de cooperação do paciente • Orientação pessoal (sabe nome; idade; endereço, etc) – sugere delírio ou demência • Avalia memória, julgamento, raciocínio (habilidades matemáticas) • Considera o nível educacional, afeto e humor • Perda ou alteração de habilidades intelectuais; • Dificuldade de fala, comunicação; • Queixa de falta de memória; • Dificuldade de concentração; • Alterações de personalidade; • Novos padrões de cefaleia; • Convulsões e perda de consciência; • Vertigem ou tontura; • Perda da visão, diplopia, visão borrada, escotomas; • Alteração na marcha; • Fraqueza muscular ou movimentos involuntários; • Perda da sensibilidade, dor; • Disfagia; • Alterações de continência urinária; • Alteração no padrão de sono; • Impotências. Todos os pacientes com suspeita neurológica devem ser avaliados quanto a: Delirium • distúrbio agudo, transitório e em geral reversível, flutuante da atenção, da cognição e do nível de consciência. As causas incluem quase todos os distúrbios ou drogas. O diagnóstico é clínico, com testes laboratoriais e imagens para identificar a causa. O tratamento consiste em correção da causa e medidas de suporte. Demência • afeta principalmente a memória, costuma ser causada por alterações anatômicas no encéfalo, tem início mais lento e, em geral, é irreversível. •Formas: forma: ovoides ou irregulares. •Reflexo fotomotor: feito com auxílio do foco de luz de uma lanterna. •Reatividade da pupila a luz: avaliada pela velocidade de resposta. Reflexo pupilar • Paciente consciente: aquele que está acordado, alerta, que responde adequadamente ao estímulo verbal, que está orientado no tempo e espaço. • Paciente em coma: em sono profundo, inconsciente, com os olhos fechados, não emite som verbal, não interage consigo e com o ambiente. Obs.: Paciente em choque: não configura nível de consciência em neurologia. Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos, inclusive os neurônios. Técnicas de exame neurológico • Execute uma ordem complexa que envolva três partes do corpo e discrimine os lados direito e esquerdo (p. ex., “Coloque seu polegar direito na orelha esquerda e ponha a língua para fora da boca”) • Nomeie objetos simples e partes desses objetos (p. ex., óculos e lentes, cinto e fivela do cinto) • A percepção espacial pode ser avaliada pedindo-se ao paciente para imitar formações simples e complexas com os dedos e para desenhar um relógio, um cubo (o esforço despendido é tão informativo quanto o produto final. Esse teste pode identificar falta de persistência, perseverança, micrografia e negligência hemiespacial. • A práxis (capacidade cognitiva de realizar movimentos motores complexos) pode ser avaliada pedindo-se ao paciente para usar uma escova de dentes ou pente, ou para estalar os dedos. •Resultado do minimental: •A pontuação normal deve estar entre 27 e 30. •Pontuações abaixo de 23 são consideradas anormais Exame neurológico dos pares cranianos • https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios- neurológicos/exame-neurológico/como-avaliar-os-nervos-cranianos • I – nervo olfatório: sem alteração ( ) Hiposmia ( ) Anosmia • II – nervo óptico: _____________________________________ • III; IV; VI – oculomotor; troclear e abducente: movimento ocular e reflexo córneo-palpebral • V – nervo trigêmeo (motor/sensitivo) – toque de olhos fechados • VII – facial: hemiparesia ( )sim ( )não sensibilidade gustativa (doce/salgado) • VIII – vestibulococlear: audição e equilíbrio • IX – glossofaríngeo: sensibilidade gustativa • X – nervo vago: motora (deglutição); sensitiva, sensorial e vegetativa • XI – acessório: esternocleidomastoideo e trapézio (atrofia muscular;queda ombro) • XII – hipoglosso: intrínsecos e extrínsecos da língua. • Sinal de Lasègue: imobiliza osso ilíaco e o tornozelo; paciente levanta a perna com o joelho estendido até 40°. Há sinal de dor. Sinal de Brudzinski: evidenciado quando a flexão da nuca determina flexão involuntária das pernas com expressão fisionômica de dor. Sinal de Kernig: paciente em decúbito dorsal; flexiona-se a coxa em ângulo reto observando resistência, limitação e dor com a manobra. • Testes de Romberg estático: paciente de pé com pés unidos um a frente do outro, braços estendidos ao longo do corpo, fecha os olhos durante 20-30 segundos e tenta manter-se nesta posição. Se ele tende a cair, o teste é positivo. • Teste de Romberg dinâmico: solicite que o paciente caminhe normalmente e depois pé a pé e observe o equilíbrio. Prova dedo-nariz: pedir para paciente com os braços posicionados ao longo do corpo, tocar na ponta do nariz com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. Prova calcanhar-joelho: em decúbito dorsal o paciente deve tocar o joelho com o calcanhar contralateral com os olhos abertos e depois fechados. • Paciente aperta as mãos do examinador. Compara-se a força muscular. • Paciente deitado, solicita-se que estenda e flexione um membro superior de cada vez e depois os dois juntos. • Faz o mesmo com os membros inferiores. Obs: pode ser ativa ou passiva (o examinador faz os movimentos) • Reflexo cutâneo plantar: estimula- se a flexão dos dedos passando objeto de ponta romba na planta do pé do calcanhar para os dedos. • Reflexo cutâneo abdominal: em decúbito dorsal, parede abdominal relaxada, estimula o abdome no sentido da linha mediana. • Sinal de Hoffmann: flexão dos dedos da mão ao flexionar a ponta do dedo médio. • Testa-se a sensibilidade nos MMSS, MMII e tronco relacionando um hemicorpo com o outro, utilizando algodão, objetos aquecidos, objetos frios, com ponta romba, etc Distúrbios da linguagem • Disartria: Consiste na dificuldade de articular as palavras, normalmente resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação. A alteração torna-se mais evidente quando se utilizam as frases de prova, como, por exemplo, pedindo ao paciente que pronuncie "sou caricaturista, vou caricaturar-me no caricaturista",ou "artilheiro de artilharia“ • Dislalia: Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação os fonemas. • Disfasia: Caracteriza pela dificuldade em falar. Dependendo do local do cérebro afetado a fala pode permanecer conservada, mas se torna absolutamente incoerente e sem sentido. Outras vezes ocorre completa falta de compreensão estando as falas preservadas, fluentes, mas desconexas. Tais distúrbios ocorrem principalmente nos acidentes vasculares cerebrais podendo ser transitórios. • Afasia: É uma perda na capacidade lingüística, em diferentes graus de severidade, em conseqüência de lesão cerebral comprovada. Pode ser classificada como: afasia motora ou verbal, afasia receptiva ou sensorial, afasia global, afasia de condução, afasia amnésica. • Afasia motora ou verbal: dificuldade em se expressar pela fala; • Afasia receptiva ou sensorial: dificuldade leve ou extrema de compreensão da linguagem; • Afasia global: compreensão e a expressão da linguagem estão comprometidas • Afasia de condução: repetição de vocábulos (parafasia) • Afasia amnésica: incapacidade de nomear objetos Distúrbios da linguagem (continuação...) Distúrbios das funções cerebelais superiores • Apraxia (incapacidade de atividade gestual consciente) • Apraxia construtiva:incapacidade de desenhar • Apraxia ideomotora: incapacidade de gestos simples ordenados • Apraxia ideatória: incapacidade de oraganizar gestos simples • Apraxia de vestir Escala de Glasgow • Fornece uma visão evolutiva de melhora ou piora do paciente, mesmo quando realizada por diferentes profissionais. Por outro lado, não fornece informações sobre as pupilas e sobre sinais de lateralização. • https://www.youtube.com/watch?v=ZG_DOghJriw Característica Resposta Escore Abertura ocular Espontânea Ao comando verbal A dor Nenhuma resposta 4 3 2 1 Melhor resposta verbal (desperte o paciente com estimulodoloroso, se necessário) Orientado e conversa Desorientado e conversa Palavras inapropriadas Sons incompreensíveis Nenhuma resposta verbal 5 4 3 2 1 Melhor resposta motora Obedece comando Localiza dor e retira o membro Localiza dor, mas não retira o membro Decorticação (flexão) Descerebração(extensão) Ausência de resposta 6 5 4 3 2 1 Escala de Glasgow avalia o grau de coma Resultado da avaliação da Escala de Coma de Glasgow • Varia de 3 a 15, os escores mais elevados indicam melhores condições do nível de consciência. •Pontuação 15 significa que o tronco cerebral e o córtex estão preservados. •Pontuação menor ou igual a 8 indica o coma. •Pontuação 3 indica paciente aperceptivo ou arreativo, está relacionada a distúrbios do tronco cerebelar, sendo sugestiva, mas nem sempre indicativa, de morte encefálica. Vídeo: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios- neurol%C3%B3gicos/exame-neurol%C3%B3gico/como-avaliar-reflexos DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM NEUROLOGIA (mais comuns) Mobilidade no leito prejudicada Potencial para integridade da pele prejudicada Déficit no autocuidado para banho Perdas de movimento do hemicorpo Déficit no autocuidado para alimentação Distúrbio do padrão do sono Integridade tissular prejudicada Deglutição prejudicada Padrão respiratório ineficaz Nutrição alterada Alteração nutricional para menos Comunicação prejudicada Alteração nutricional para menos Processo familiar alterado Déficit de volume de líquidos Potencial para trauma Constipação Eliminação urinária alterada • BARROS, Alba Lúcia Botura Leite, et al. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2016 • LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES. 4. Planos de Aula e Ferramentas Práticas de Práticas de Enfermagem II. 2019 • ROBAZZI, Maria Lœcia do Carmo Cruz, et al. Diagnsticos de enfermagem: atribuições feitas por graduandos de enfermagem a pacientes internados com alterações neurológicas. Rev.latino- am.enfermagem - v. 6 - n. 2 - p. 37-46 - abril 1998
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