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sensação, percepção e memória

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
Cleane Pereira da Silva 
Isadora Nachreiner Lemes 
Izadora Gomes da Silva 
Jéssica Lohanne Silva Diniz 
Lincoln Pereira de Almeida 
Marcelo Alexandre Silva 
Natália Modesto Fernandes 
 
 
 
 
 
 
Sensação, Percepção e Memória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2019 
 
Cleane Pereira da Silva 
Isadora Nachreiner Lemes 
Izadora Gomes da Silva 
Jéssica Lohanne Silva Diniz 
Lincoln Pereira de Almeida 
Marcelo Alexandre Silva 
Natália Modesto Fernandes 
 
 
 
Sensação, Percepção e Memória 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso para 
obtenção do título de graduação em 
Psicologia apresentado a Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
Orientador: Prof. Leonardo C. Guimarães 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2019 
A mulher desencarnada 
Oliver Sacks relata no texto o caso específico de pacientes que sofreram 
perdas sensoriais e perceptivas, como a propriocepção e doenças congênitas ou de 
ordem traumática, via acidentes ou inflamações graves. 
Especificamente no texto/caso “A mulher desencarnada”, relata a história de 
uma mulher, que às vésperas de uma cirurgia, perde a percepção de seu corpo e a 
localização das partes, apesar de vê-las, tinha a sensação de que estavam lá e que 
podia senti-los. Ela dizia se sentir desencarnada, sentia que não estava em seu 
corpo, havia perdido toda percepção, usava então a sensação, pois não conseguia 
saber onde estava o seu pé de imediato, mas quando olhava lá estava ele, nessa 
ocasião assim podemos estabelecer a sensação. 
Na primeira semana Christina quase não fez nada, quase não comia, estava 
extremamente abalada com tudo que estava acontecendo, mas aos poucos 
conseguiu melhorar nos dias seguintes, no entanto só conseguia se movimentar 
com os olhos abertos, afinal agora tinha que olhar onde estava suas pernas e braços 
para poder seguir nas direções certas, com isso podemos afirmar a ligação entre 
sensação e a visão, já que Christina não tinha mais sua percepção, e sempre que 
iria usar o corpo tinha que olhar seus movimentos. 
Christina fez reabilitação intensiva e conseguiu evoluir muito em seus 
resultados, apesar disso ainda dependia de sua visão para tudo, e mesmo assim 
ainda diz que não sente seu corpo, que seu corpo está cego e surdo para ela, e 
além de suas limitações, Christina tem uma “doença” que chamamos de 
propriocepção, que não é muito conhecida pela nossa sociedade, infelizmente, o 
que a faz passar por preconceitos quando esta fora de casa. 
Assim, conclui-se que as percepções corporais são tão habituais e naturais, 
que somente na sua ausência, percebemos que são tão importantes. As percepções 
corporais são automáticas e inconscientes. 
 
Fantasmas 
O termo membro fantasma foi descrito pela primeira vez por Silas Weir 
Mitchell, em 1866, conceituando-o como réplicas fantasmas do membro perdido. A 
percepção de sensações não-dolorosas na parte amputada do membro é definida 
como sensação fantasma.É uma sensação tão real que o amputado pode tentar ficar 
em pé, andar ou apoiar-se sobre a extremidade perdida. 
Mitchell descreveu vários casos, como do “Dedo fantasma” aonde um 
paciente que por 40 anos convive com a sensação de ter o dedo que foi decepado. 
E surpreendente o modo que o cerébro projeta fazê-lo sentir como se o dedo 
existisse que o próprio corpo reagiu com esse estímulo fazendo até mesmo temer o 
próprio fantasma do membro. Ao passar dos anos uma grave neoropatia sensitiva 
diabética o fez perder completamente a sensação de todos os dedos. Não ter mais 
parte do corpo pode ser doloroso, para quem passa por esse tipo de situação mais 
por outro lado pode ser essencial para uso de membro mecânico, o estímulo de ter o 
fantasma faz com que esses indivíduos possam retomar suas atividades e qualidade 
de vida. Em “Membros fantasma que desaparecem” o Dr. Michael Kremer e seu 
paciente descreve esse curioso fato da mão fantasma, que desaparecida por 25 anos 
simplesmente“ressuscitada” pelo uso da prótese . 
Os exercícios diários fazem projetar um controle sobre esses “fantasmas” 
criando sua percepção sobre a realidade, mais esse grande fenômeno não só ocorre 
em pessoas que sofreram amputação, outros relatos de variações rápidas de ilusões 
de posições em constante mudança um fato que ocorre com a visão relacionada 
com as sensações, de modo que faz o indivíduo sentir a realidade do chão ou seus 
pés lhe parecerem assustadores. 
Após análise do caso clínico, pode-se observar que a dor fantasma é a 
projeção sobre a realidade de uma sensação construída pelo imaginário de quem a 
elabora, ocasionando assim a dificuldade no processo de protetização do amputado. 
Entretanto, quando este ocorre, pode ser um fator determinante na diminuição da 
dor fantasma. 
 
O Marinheiro Perdido 
O livro mostra o caso do Marinheiro Jimmy G, ele chega ao consultório do 
médico neurologista muito confuso sem saber onde está e o que está fazendo ali. 
Atualmente Jimmy tem 49 anos, porém suas memórias se limitam apenas ao 
período do seu nascimento até a época em que estava na marinha (ano de 1945) 
quando tinha 19 anos. Atráves de testes aplicados a Jimmy o médico considerou um 
possível diagnóstico de síndrome de Korsakov, (frequentemente causada por 
consumo excessivo de álcool) levando ao um caso de amnesia anterógrada (perda 
de memórias recentes), um trecho do livro onde fica evidenciado esse diagnóstico é 
quando se fala: “Testando sua memória, constatei uma perda severa e 
extraordinária da memória recente, pois tudo que lhe era dito ou mostrado tendia a 
ser esquecido em poucos segundos. Por exemplo, coloquei meu relógio, gravata e 
óculos na mesa, cobri-os e lhe pedi que se lembrasse desses objetos. Depois de 
alguns minutos de conversa, perguntei-lhe o que pusera debaixo da coberta. Ele não 
se lembrava de nenhum—e nem mesmo de que eu lhe pedira para lembrar-se’’. 
A memória é a aprendizagem que persiste através do tempo, é um aspecto 
de construção da identidade e da indivisualidade. Ao não registrar memória no 
tempo presente, a minha identidade é a construção do passado. 
Observando todas as informações descritas por Sacks na leitura, pode ser 
constatado que o armazenamento resgate de novas memórias foi prejudicado por 
este quadro clínico, afetando sua capacidade de aprender e conhecer coisas e 
pessoas novas, bem como as mudanças ambientais a sua volta. 
Este caso faz refletir sobre as doenças relacionadas com as questões de 
memórias e como a vida das pessoas e de suas famílias é afetada. De modo geral 
em situações como essa o indivíduo aos poucos vai perdendo sua individualidade e 
sua identidade. 
 
Nivelado 
O paciente Sr. MacGregor, 93 anos, apresenta distúrbio neurológico causado 
por doença de Parkison, após algumas pessoas o informar que seu caminhar ocorria 
de maneira inclinada para o lado esquerdo. O paciente não percebe a distorção no 
caminhar, sua sensação de equilíbrio é diferente do caminhar executado, existindo 
diferença entre a sensação somática e a percepção visual. 
A doença de Parkinson estava gerando uma diminuição na habilidade de 
manter o equilibro postural. O sistema sensorial somático que permite experimentar 
as sensações do corpo não estava interagindo e o fenômeno gerava dificuldades ao 
paciente em usar seus órgãos de equilíbrio, juntamente com a sensação somática e 
percepção visual. 
A percepção visual e sua habilidade de estabilizar a oscilação corporal como 
também de detectar e interpretar o estímulo, juntamente com o sistema vestibular e 
a propriocepção somática se interagem de forma singular. Doençacomo o 
Parkinson promove desintegração dessa triangulação que produz a perfeita 
sincronia entre o movimento corporal e a percepção. 
O caminhar assimétrico do paciente MacGregor é a dessintonia na habilidade 
de estabilizar a oscilação corporal e a percepção visual no movimento. 
Através desse relato de caso clínico, nota-se a percepção incomum entre 
realidade somática e sensação imaginada. Destaca a importância de cada sistema 
sensorial no controle da postura corporal e da relação complexa e dinâmica do 
sistema vestibular/auditivo, Somatossensorial e visual interagindo. 
Sem integração das informações sensoriais não há controle postural que se 
alinhe perfeitamente entre sensação e realidade. A entrada da informação tem 
influencia na atividade motora que o corpo realiza e ao mesmo tempo, a execução 
de uma atividade motora tem influencia no modo que a informação sensorial é 
obtida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
MYERS, D.& DEWALL, N. Psicologia.Rio de Janeiro: LTC, 2017. Capítulos 6 e 8. 
SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1a ed. São 
Paulo: Companhia da Letras, 1997.

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