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HOLOCAUSTO BRASILEIRO – DANIELA ARBEX ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE JORNALISMO INVESTIGATIVO TEMA DA INVESTIGAÇÃO DO LIVRO É a investigação de um dos maiores manicômios do Brasil, conhecido como Colônia, localizado em Minas Gerais. Foi um centro de tortura de pacientes que, na maioria dos casos, não tinham diagnósticos de problemas mentais, e simplesmente não se adequavam aos padrões normativos da época. DANIELA ARBEX Daniela Arbex é jornalista brasileira, formada em comunicação pela UFJF. Atualmente, com 45 anos, já ganhou diversos prêmios com o livro “Holocausto Brasileiro” e também com “Cova 312”, seu outro livro de sucesso. Iniciou sua carreira no Tribuna de Minas e continua lá até hoje como repórter especial. RECURSOS E FERRAMENTAS A autora utilizou como ferramentas para a investigação documentos, cartas com declarações de alguns casos, entrevistas com ex-funcionários do Colônia e sobreviventes. PASSO A PASSO Pesquisa Minuciosa A autora viu os fatos com olhar crítico à situação de horror que aquelas pessoas viveram no manicômio. Fugiu das fontes oficiais e mostrou o lado das fontes oficiosas, primárias, secundárias e testemunhas. Insistência e perseverança Ela buscou o lado ocultado relatando as condições precárias vividas por aquelas pessoas. A falta de cuidados, pessoas ao relento, bebendo água do esgoto, andando pelados, torturas, fome, abusos, etc. Teve atenção especial aos documentos disponíveis e muitas entrevistas. FONTES Fontes oficiosas com relatos de pessoas que trabalharam no Colônia, como Francisca Moreira dos Reis, funcionária da cozinha, e a enfermeira Maria Auxiliadora, que pediu demissão depois de testemunhar as atrocidades no hospital. Fontes secundárias, como o documento do livro de registros do Colônia que confirmam a venda de peças anatômicas e documentos de internações, conforme o de uma mulher diagnosticada com tristeza. E a mais utilizada, as testemunhas, com os relatos dos sobreviventes. OS MAIORES DESAFIOS O maior desafio foi investigar uma questão tão delicada e conseguir colocar isso com clareza. Seguir adiante com uma investigação, sabendo das questões humanas que não existiam naquele lugar, ouvir os relatos das fontes e ter profissionalismo para lidar com as emoções. REVELADO NA INVESTIGAÇÃO Os horrores vividos por pacientes que em 70% dos casos não tinham diagnóstico de problemas mentais, e os que tinham, não havia tratamento adequado, todos sofreram com alguma situação desumana; abusos, torturas, eletrochoques, cirurgias (como lobotomia), condições precárias de fome e sede, saneamento, vestimentas, etc. E saber que muitas pessoas conheciam e não denunciavam, ou achavam que as torturas poderiam ser a solução para aqueles “pacientes”. EXPERIÊNCIA E APRENDIZADO Foi uma boa experiência por ter conhecimento da verdadeira história, o que de fato ocorreu através do jornalismo investigativo, o qual deu voz para as pessoas que não tiveram seus direitos. Porém, é assustador reconhecer que seres humanos viveram em condições precárias de vida, que torturas eram vistas como tratamentos e outras pessoas não deram importância para isso. Todavia, saber sobre os sobreviventes que vivem hoje com condições adequadas, livres e tentando construir uma nova vida, apesar dos traumas e lembranças, difíceis de superar, também foi interessante. OBRIGADA! Amanda Botelho Nayara Oliveira Professora Luciana Roxo Turma: 146
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