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QUESÕES PARA SEREM ANALISADAS - NP1 PROTEÇÃO PENAL AO INDIVÍDUO

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QUESTÕES PARA SEREM ANALISADAS 
1.Interpretação Analógica: é um processo de interpretação usado a SEMELHANÇA indicada pela 
própria lei. 
 Exemplo: Meio/Modo empregados – Art. 121, III e IV. 
COMENTÁRIO 
O artigo 121, § 2º, em seu parágrafo segundo, do Código Penal brasileiro, denota os casos de 
aumento de pena ao crime de homicídio doloso. Tais casos são comumente chamados de 
qualificadoras, configurando-se, de acordo com essa: 
 O homicídio acompanhado de alguma dentre certas circunstâncias agravantes que a lei, no 
tocante a essa entidade criminal, toma em especial consideração, para o efeito de majoração a priori 
da pena, dado o maior grau de criminosidade que revelam. Não se dá mudança do título do crime, 
nem da espécie ou qualidade da pena; mas esta é independente (cominada dentro de novos limites) e 
quantitativamente superior à pena ordinária ou editada in abstracto para o homicídio simples. De 
simples accidentalia dos crimes em geral, tais circunstâncias passam a ser essentialia ou elementos 
constitutivos do homicídio, na sua forma qualificada. Chamadas agravantes qualificativas ou 
elementares, estão elas alinhadas nos incisos ns. I a V do parágrafo acima citado. Dizem umas com 
certos motivos determinantes, indiciários de maior intensidade da mens rea (incisos ns. I, II e V), e 
outras com o modo especialmente perverso da ação ou da execução do crime (incisos ns. IV e III); 
 De maneira objetiva, poder-se-á conceituar as qualificadoras como circunstâncias de fato, 
subjetivas ou objetivas, que têm o condão de majorar a pena-base do crime de homicídio doloso, 
estabelecendo-a num mínimo de 12 (doze) anos e num máximo de 30 (trinta) anos. A maior 
reprovabilidade da conduta humana estampada nas hipóteses qualificadas do homicídio enseja, 
segundo a opinião do legislador de outrora, a sanção mais gravosa aplicada ao referido tipo penal, 
como se observa em conhecido excerto da exposição de motivos da parte especial do código penal, 
de 4 de novembro de 1940: 
... são circunstâncias reveladoras de maior periculosidade ou extraordinário grau de perversidade do 
agente. Em primeiro lugar, vem o motivo torpe (isto é, o motivo que suscita a aversão ou repugnância 
geral, v.g.: a cupidez, a luxúria, o despeito da imoralidade contrariada, o prazer do mal, etc.) ou fútil 
(isto é, que, pela sua mínima importância, não é causa suficiente para o crime). Vem a seguir o 
"emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso (isto é, dissimulado na 
sua eficiência maléfica) ou cruel (isto é, que aumenta inutilmente o sofrimento da vítima, ou revela 
uma brutalidade fora do comum ou em contraste com o mais elementar sentimento de piedade) ou de 
que possa resultar perigo comum". Deve notar-se que, para a inclusão do motivo fútil e emprego de 
meio cruel entre as agravantes que qualificam o homicídio, há mesmo uma razão de ordem 
constitucional, pois o único crime comum, contra o qual a nossa vigente Carta Política permite que a 
sanção penal possa ir até à pena de morte, é o "homicídio cometido por motivo fútil e com extremos 
de perversidade". 
2. Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando convicta de que a gravidez se 
deu em decorrência da prática de relação sexual extraconjugal que manteve com Pedro, seu colega de 
faculdade, e temendo por seu matrimônio decidiu por si só que iria praticar um aborto. A jovem 
comunicou a Pedro que estava grávida e pretendia realizar um abordo em uma clínica clandestina. 
Pedro, por sua vez, procurou a Robson, colega que cursava medicina, e o convenceu a praticar o 
aborto em Ana. Assim, alguns dias depois de combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou 
o procedimento de aborto. 
Sobre a questão apresentada, é correto afirmar que a conduta de Ana se amolda ao crime previsto no 
(A) Art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua 
conduta subsumida ao criem previsto no artigo 126 do Código Penal (aborto provocado 
por terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana. 
(B) Art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua 
conduta subsumida ao criem previsto no artigo 124 do Código Penal (aborto provocado 
por terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana. 
(C) Art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por 
sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124, segunda parte, do 
Código Penal. Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana. 
(D) Art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por 
sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal. Já 
Pedro responderá como partícipe no crime de Robson. 
(E) Art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, 
por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126 do Código 
Penal (aborto provocado por terceiro com consentimento. Já Pedro responderá 
como partícipe no crime de Robson. 
 
Comentários: A alternativa correta é a letra E. Pedro convenceu Robson, respondendo como partícipe. 
Robson praticou o crime de aborto com consentimento da gestante (artigo 126 do CP). Ana praticou 
o crime de aborto consentido (art. 124, segunda parte, do CP) 
Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: 
 Pena – detenção, de um a três anos. 
 Art. 126 – Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
 Pena – reclusão, de um a quatro anos. 
2.Sandra, mãe de Enrico, de 4 anos de idade, fruto de relacionamento anterior, namorava Fábio. 
Após conturbado término do relacionamento, cujas discussões tinham como principal motivo a 
criança e a relação de Sandra com o ex-companheiro, Fábio comparece à residência de Sandra, 
enquanto esta trabalhava, para buscar seus pertences. Na ocasião, ele encontrou Enrico e uma irmã de 
Sandra, que cuidava da criança. Com raiva pelo término da relação, Fábio, aproveitando-se da 
distração da tia, conversa com a criança sobre como seria legal voar do 8o andar apenas com uma 
pequena toalha funcionando como paraquedas. Diante do incentivo de Fábio, Enrico pula da varanda 
do apartamento com a toalha e vem a sofrer lesões corporais de natureza grave, já que cai em cima de 
uma árvore. Descobertos os fatos, a família de Fábio procura advogado para esclarecimentos sobre as 
consequências jurídicas do ato. Considerando as informações narradas, sob o ponto de vista técnico, 
deverá o advogado esclarecer que a conduta de Fábio configura: 
A) conduta atípica, já que não houve resultado de morte a partir da instigação ao suicídio. 
B) crime de instigação ao suicídio consumado, com pena inferior àquela prevista para quando 
há efetiva morte. 
C) crime de instigação ao suicídio na modalidade tentada. 
D) crime de homicídio na modalidade tentada. 
Comentário: Nesta questão foi abordada uma situação muito específica, na qual o agente leva um 
menor (inimputável) a tirar a própria vida. Caso a mesma conduta narrada no enunciado fosse 
realizada contra uma pessoa imputável, haveria o crime de induzimento ao suicídio (Art. 122CP), 
porem, como o menor inimputável não tem capacidade de discernimento para seus atos, o agente deve 
responder pelo crime de homicídio doloso, como autor indireto (mediato) do crime, porém, na sua 
forma tentada, já que a vítima, por motivos alheios a vontade do agente, não morreu. 
3. Inconformado com o comportamento de seu vizinho, que insistia em importunar sua filha de 15 
anos, Mário resolve dar-lhe uma “lição" e desfere dois socos no rosto do importunador, nesse 
momento com o escopo de nele causar diversaslesões. Durante o ato, entendendo que o vizinho ainda 
não havia sofrido na mesma intensidade do constrangimento de sua filha, decide matá-lo com uma 
barra de ferro, o que vem efetivamente a acontecer. Descobertos os fatos, o Ministério Público oferece 
denúncia em face de Mário, imputando-lhe a prática dos crimes de lesão corporal dolosa e homicídio, 
em concurso material. Durante toda a instrução, Mário confirma os fatos descritos na denúncia. 
Considerando apenas as informações narradas e confirmada a veracidade dos fatos expostos, o(a) 
advogado(a) de Mário, sob o ponto de vista técnico, deverá buscar o reconhecimento de que Mário 
pode ser responsabilizado 
a) apenas pelo crime de homicídio, por força do princípio da consunção, tendo ocorrido a chamada 
progressão criminosa. 
b) apenas pelo crime de homicídio, por força do princípio da alternatividade, sendo aplicada a 
regra do (crime progressivo) ou Progressão Criminosa. 
c) apenas pelo crime de homicídio, com base no princípio da especialidade. 
d) pelos crimes de lesão corporal e homicídio, em concurso formal. 
Obs.: Quando um AGENTE inicia um comportamento que configure CRIME MENOS GRAVE, 
(inter crimines – caminho do Crime), Resolve praticar uma mais GRAVE que pressupõe a primeira. 
 
4. Maria e Mariana, ambas nascidas com genitais femininos, auto-identificadas e socialmente 
reconhecidas como mulheres, convivem em união estável e monogâmica. Ocorre que Maria, às 
escondidas, passa a manter relações sexuais com José. Mariana flagra Maria em ato sexual com José 
e, nesse contexto, Maria provoca injustamente Mariana, dizendo a José, em tom de escárnio, que 
Mariana é “xucra, burra e ruim de cama”, e que, além disso, Mariana “gosta de ser traída e não tomará 
qualquer atitude, por ser covarde e medrosa”. Embora nunca tenha praticado ato de violência 
doméstica, Mariana é tomada por violenta emoção e dispara projétil de arma de fogo contra a cabeça 
de Maria, que morre imediatamente. 
É correto afirmar que Mariana praticou 
(A) ato típico, mas amparado por causa excludente de ilicitude. 
(B) homicídio qualificado, por meio insidioso. 
(C) feminicídio. 
(D) homicídio privilegiado. (Gera uma diminuição na Penal) 
(E) homicídio qualificado, por motivo torpe. 
5. Amâncio planejava matar a companheira Inocência, porque não aceitava a separação do casal 
proposta por ela, e acreditava estar sendo traído. No dia do crime, esperou Inocência na saída do 
trabalho e, quando essa apareceu na via pública, fazendo-se acompanhar por Bravus, seu colega, 
efetuou um disparo de arma de fogo contra ela, com intenção de matá-la, atingindo-a fatalmente. 
Bravus também acabou sendo atingido, de raspão, pelo disparo, e restou lesionado levemente, em 
um dos braços. Nessa situação hipotética, analise as seguintes assertivas: 
I. Será pertinente o reconhecimento da qualificadora do feminicídio. 
II. Em relação à pluralidade de crimes, será reconhecido um concurso formal (uma ação, dois 
crimes) próprio heterogêneo. (Vários Crimes) 
III. Supondo que Amâncio seja condenado por homicídio qualificado e lesão corporal leve, à pena de 
12 anos de reclusão para o homicídio e 3 meses de detenção para a lesão corporal, o juiz somará as 
penas, aplicando a regra do cúmulo material benéfico. 
IV. Caso, na mesma situação fática, ao invés de Bravus, Inocência estivesse acompanhada da filha do 
casal, a pena seria aumentada de 1/3 até a 1/2, por ter sido o crime praticado na presença de 
descendente. 
6. (Exame XXVI) Pretendendo causar (quando o AGENTE deu causa ao resultado por: Impru.; 
Negli.; Impe.) unicamente um crime de dano em determinado estabelecimento comercial, após 
discussão com o gerente do local, Bruno, influenciado pela ingestão de bebida alcoólica, arremessa 
uma grande pedra em direção às janelas do estabelecimento. Todavia, sua conduta imprudente fez 
com que a pedra acertasse a cabeça de Vitor, que estava jantando no local com sua esposa, causando 
sua morte. Por outro lado, a janela do estabelecimento não foi atingida, permanecendo intacta. 
Preocupado com as consequências de seus atos, após indiciamento realizado pela autoridade policial, 
Bruno procura seu advogado para esclarecimentos. 
Considerando a ocorrência do resultado diverso do pretendido pelo agente, o advogado deve 
esclarecer que Bruno tecnicamente será responsabilizado pela(s) seguinte(s) prática(s) criminosa(s): 
(A) Homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso material. 
(B) Homicídio Culposo, apenas. (art. 121, § 3) / erra na execução. 
(C) Homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso formal. 
(D) Homicídio Doloso, apenas. 
7. Márcia e Plínio se encontram em um quarto de hotel e, após discutirem o relacionamento por 
várias horas, acabaram por se ofender reciprocamente. Márcia, então, querendo dar fim à vida de 
ambos, ingressa no banheiro do quarto e liga o gás, aproveitando-se do fato de que Plínio estava 
dormindo. 
Em razão do forte cheiro exalado, quando ambos já estavam desmaiados, os seguranças do hotel 
invadem o quarto e resgatam o casal, que foi levado para o hospital. Tanto Plínio, quanto Márcia 
acabaram sofrendo lesões corporais graves. 
Registrado o fato na delegacia, Plínio, revoltado com o comportamento de Márcia, procura seu 
advogado e pergunta se a conduta dela configuraria crime de 
A) Lesão corporal, grave apenas 
B) tentativa de homicídio qualificado e tentativa de suicídio 
C) tentativa de homicídio qualificado, apenas 
D) tentativa de suicídio, por duas vezes. 
8. (FGV – 2017 – OAB – XXIII EXAME DE ORDEM) Pedro, jovem rebelde, sai à procura de 
Henrique, 24 anos, seu inimigo, com a intenção de matá-lo, vindo a encontrá-lo conversando com 
uma senhora de 68 anos de idade. Pedro saca sua arma, regularizada e cujo porte era autorizado, e 
dispara em direção ao rival. Ao mesmo tempo, a senhora dava um abraço de despedida em Henrique 
e acaba sendo atingida pelo disparo. Henrique, que não sofreu qualquer lesão, tenta salvar a senhora, 
mas ela falece. 
Diante da situação narrada, em consulta técnica solicitada pela família, deverá ser esclarecido pelo 
advogado que a conduta de Pedro, de acordo com o Código Penal, configura 
(A) crime de homicídio doloso consumado, apenas, com causa de aumento em razão da idade da 
vítima. 
(B) crime de homicídio doloso consumado, apenas, sem causa de aumento em razão da idade da 
vítima. 
(C) crimes de homicídio culposo consumado e de tentativa de homicídio doloso em relação a 
Henrique. 
(D) crime de homicídio culposo consumado, sem causa de aumento pela idade da vítima. 
COMENTÁRIOS: No presente caso tivemos um homicídio doloso consumado, pois houve erro na 
execução, na forma do art. 73 do CP. Não há aumento de pena em razão da agravante de ter sido 
praticado contra pessoa idosa, pois consideram-se as condições pessoais da vítima visada, e não as 
da vítima atingida, nos termos do art. 73 c/c art. 20, §3º do CP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
9. (FGV – 2017 – OAB – XXIII EXAME DE ORDEM) Pedro, quando limpava sua arma de fogo, 
devidamente registrada em seu nome, que mantinha no interior da residência sem adotar os cuidados 
necessários, inclusive o de desmuniciá-la, acaba, acidentalmente, por dispará-la, vindo a atingir seu 
vizinho Júlio e a esposa deste, Maria. Júlio faleceu em razão da lesão causada pelo projétil e Maria 
sofreu lesão corporal e debilidade permanente de membro. Preocupado com sua situação jurídica, 
Pedro o procura para, na condição de advogado, orientá-lo acerca das consequências do seu 
comportamento. 
Na oportunidade, considerando a situação narrada, você deverá esclarecer, sob o ponto de vista 
técnico, que ele poderá vir a ser responsabilizado pelos crimes de: 
A)homicídio culposo, lesão corporal culposa e disparo de arma de fogo, em concurso formal. 
B) homicídio culposo e lesão corporal grave, em concurso formal. 
C) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso material. 
D) homicídio culposo (art. 121, § 3º - quando o agente deu causa) e lesão corporal culposa (art. 
129, § 6º - Se a lesão é culposa (Negligência), em concurso formal (art. 70, do C.P. – ocorre quando 
o AGENTE, mediante uma Ação ou Omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-
se a mais grave das Penas cabíveis ou se iguais, somente uma dela, mas aumentada, em qualquer caso, 
de 1/6 até a metade. 
COMENTÁRIOS: Neste caso, Pedro praticou dois crimes em concurso formal, pois provocou os dois 
resultados com uma única conduta. Os crimes praticados foram os de homicídio culposo e lesão 
corporal culposa, previstos nos arts. 121, §3º e 129, §6º do CP, respectivamente. 
Não há que se falar em crime de disparo de arma de fogo, pois tal conduta só é punível na forma 
dolosa. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
10. Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o 
seu amigo Pedro, que é auxiliar de enfermagem, e implora para que ele faça o aborto. Pedro, que 
já auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, acreditando ter condições técnicas de realizar o ato 
sozinho, atende ao pedido de sua amiga, preocupado com a situação pessoal de Maria, que não poderia 
assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, Maria 
vem a falecer, ficando apurado que, na verdade, ela não estava grávida. 
Em razão do fato narrado, Pedro deverá responder pelo crime de 
A) aborto tentado com consentimento da gestante qualificado pelo resultado morte. 
B) aborto tentado com consentimento da gestante. 
C) homicídio culposo. (Quando o AGENTE deu causa, art 121, §n3º) 
D) homicídio doloso. 
COMENTÁRIOS: No caso em tela é impossível falar em aborto tentado, eis que não estando Maria 
grávida, eventual ocorrência do resultado seria impossível, pela absoluta impropriedade do objeto, 
nos termos do art. 17 do CP. 
A hipótese, aqui, é de responsabilização do agente por homicídio culposo, já que deu causa à morte 
da vítima, em razão da inobservância de um dever jurídico de cuidado (por imperícia), nos termos do 
art. 121, §3º do CP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
11. Paloma, sob o efeito do estado puerperal, logo após o parto, durante a madrugada, vai até o 
berçário onde acredita encontrar-se seu filho recém-nascido e o sufoca até a morte, retornando ao 
local de origem sem ser notada. No dia seguinte, foi descoberta a morte da criança e, pelo circuito 
interno do hospital, é verificado que Paloma foi a autora do crime. Todavia, constatou-se que a criança 
morta não era o seu filho, que se encontrava no berçário ao lado, tendo ela se equivocado quanto à 
vítima desejada. Diante desse quadro, Paloma deverá responder pelo crime de 
A) homicídio culposo. ALTERNATIVA INCORRETA – Primeiramente esta claro no problema que 
a personagem tinha dolo de matar, logo, não há que se falar em culpa. 
B) homicídio doloso simples. ALTERNATIVA INCORRETA – A questão até pode induzir se tratar 
de um crime de homicídio, mas ocorre que por haver reserva típica especifica da conduta da 
personagem, deverá ela responder pelo crime de infanticídio. 
C) infanticídio. ALTERNATIVA CORRETA – Muito embora a agente tenha incidido em um 
erro (aberratio), o que deve ser considerado é que ela não só desejava a morte do seu filho como 
moldou sua conduta afim de atingir esse resultado e realmente acreditava que tinha conseguido. 
Nesse caso, embora a criança morta não tenha sido a dela, ela responderá como se tivesse 
conseguido o resultado pretendido, devendo ser considerado nesse momento a qualidade da 
vítima pretendida, ou seja, seu filho. Como ficou claro que ela preencheu as elementares do 
artigo 123 do Código penal, é errado dizer que ela responderá por homicídio. Vide artigo 73 do 
Código Penal. 
D) homicídio doloso qualificado. ALTERNATIVA INCORRETA – vide fundamentação anterior. 
12. (DEFENSOR PÚBLICO MG 2014) - Analise a situação a seguir. Uma mulher procurou o salva-
vidas de uma praia que estava em vias de prestar socorro a um rapaz que se debatia na água. Ela disse 
ao salva-vidas que conhecia o suposto afogado, afirmando com veemência que ele estava brincando, 
já que era um excelente nadador. Diante das informações prestadas pela mulher, negligenciando sua 
função, o salva-vidas deixou de prestar o socorro que poderia ter acarretado o salvamento. O afogado, 
assim, morreu. Na verdade, a mulher conhecia o afogado, seu desafeto, e pretendia vê-lo morto. 
Diante da situação narrada, é CORRETO afirmar que 
a) houve homicídio em concurso de pessoas entre a mulher e o salva-vidas. 
b) a mulher foi autora de omissão de socorro e o salva-vidas foi autor direto de homicídio doloso. 
c) o salva-vidas foi autor(Ação) de homicídio culposo(art. 121, § 3º) através de omissão 
imprópria e a mulher foi autora mediata de homicídio doloso. 
d) houve omissão de socorro em concurso de pessoas entre a mulher e o salva-vidas. 
13. Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto Caio acerta-lhe de leve 
raspão um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo do estampido, e temendo acordar a 
vizinhança que o poderia prender, ao invés de descarregar a munição restante, Caio estrategicamente 
decide socorrer o cândido Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba logo liberado com 
curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera por acidente, 
chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os prejuízos materiais e morais de Tício com o 
fato, mas sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida investigação policial que se segue. 
Com esses dados já indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fatos como 
(A) tentativa de homicídio. 
(B) desistência voluntária. Art. 15 
(C) arrependimento eficaz. 
(D) arrependimento posterior. 
(E) aberratio ictus. – Art. 73, Erro do tipo. 
14. Mévio sofre de sonambulismo e seus ataques são frequentes. Em determinada noite, durante um 
desses ataques, Mévio se levanta, dirige-se ao exterior de sua casa e, tendo um espasmo, acaba 
empurrando Adolfo de um penhasco, que é vizinho às residências de ambos. Adolfo falece em virtude 
de lesões decorrentes da queda. Ao acordar, sem ter nenhuma consciência nem lembrança do que 
ocorreu, Mévio é informado do episódio e fica bastante feliz com a brutal morte de Adolfo, seu 
desafeto. Diante dos fatos narrados, assinale a alternativa correta. 
(A) Mévio deverá ser condenado por homicídio culposo. 
(B) Mévio deverá ser condenado por homicídio doloso. 
(C) Mévio deverá ser absolvido, já que havia inexigibilidade de conduta diversa. 
(D) Mévio não comete crime algum, diante de absoluta ausência de conduta humana. 
 
15. A Suprema Corte tratou do tema antecipação do parto ou interrupção da gravidez na ADPF 
54 em que foi postulada a interpretação dos arts. 124 e 126 do Código Penal – autoaborto e aborto 
com o consentimento da gestante – em conformidade com a Constituição Federal, quando fosse caso 
de feto anencéfalo. Após julgar procedente a ação, o Colendo Tribunal declarou que a ocorrência 
de anencefalia nos dispositivos invocados provoca a 
(A) exclusão da antijuridicidade. 
(B) exclusão da tipicidade. (A Conduta não é típica) 
(C) exclusão do concurso de crimes. 
(D) aplicação de perdão judicial. 
(E) inexigibilidade de conduta diversa. 
16. Anderson, ginecologista, foi procurado por Zéfira, que estava grávida de seu amante Josenildo. 
Zéfira solicitou (c/ consentimento)que Anderson interrompesse sua gravidez, mediante a utilização 
de uma curetagem, objetivando esconder a traição. Anderson, que era inimigo de Josenildo, efetuou 
um procedimento cirúrgico causando a expulsão do embrião e, para se vingar de Josenildo, retirou os 
dois ovários de Zéfira. Assim, pode-se afirmar: 
(A) Zéfira deve responder pelo crime de aborto provocado com o consentimento da gestante (artigo 
124 do CP), em concurso de agentes com Anderson. 
(B) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 do 
CP) com a causa de aumento de pena prevista no artigo 127 do CP. 
(C) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 
do CP) e lesão corporal gravíssima (se resulta perda ou inutilização de função – artigo 129, § 2º, 
III do CP), em concurso formal (Uma Ação, dois Crimes). 
(D) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 do 
CP) e lesão corporal gravíssima (se resulta perda ou inutilização de função - artigo 129, § 2º, III, do 
CP), em concurso material. 
(E) Anderson deve responder pelo crime de lesão corporal gravíssima (se resulta aborto).

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