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Eras da Comunicação segundo Lúcia Santaella

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Revisão Av’s – Cultura das Mídias 
-Eras da Comunicação, segundo Lúcia Santaella- 
São 6 etapas: 
I. Cultura oral: Histórias de famílias tradicionais, contadas de pai para filho. São
sociedades pautadas na cultura oral, culturas ágrafas (não conhecem a escrita)
* As eras das informações não sobrepõe uma a outra, elas vão se desdobrando.
O que havia de característica em um vai sendo reconfigurada *
II. Cultura escrita: Pautada nos manuscritos que eram produzidos. Exemplo: A
reescritura do novo testamento por monges.
III. Cultura impressa: Deu início a partir da criação da prensa móvel por Gutemberg. A
cultura impressa individualizou o acesso à informação ao mesmo tempo que o acesso
à informação é difundida. A informação era individual pois só aquela pessoa estava
lendo o livro, revista ou panfleto.
* McLuhan, diz que a ascensão da cultura impressa provoca o que ele vai
chamar de “Galáxia de Gutemberg”, que é a atomização dos leitores presos aos
seus próprios gostos. *
IV. Cultura de massa: Consumo coletivo da mensagem ou informação. Pautada na
comunicação de massa, como rádio, TV, cinema. Em vez de individualizar a cultura
de massa proporciona uma experiência compartilhada. Produzido de poucos para
muitos. 
V. Cultura das Mídias: Para Santaella, é acessar a informação de maneira
personalizada, adequação dos produtos pelo gosto do consumidor, como: videoclipes,
TV a cabo, videogame, mecanismo de segmentação. 
VI. Cultura Digital ou Cibercultura: Hipersegmentação. É quando a interatividade e a
segmentação atingem o seu ápice. Distribuição de pessoas em bolhas, grupos
segmentados, seja por linguagem ou cultural. A internet mudou como a
comunicação de massa se apresentava. 
McLhuan
→ Autor do século XX, que escreveu sobre Aldeia Global. 
→ Para ele a cultura oral é chamada de tribalização, como a sociedade tradicional exerceu a
comunicação com base na capacidade de dialogar. Já a ascensão da cultura impressa vai
produzir a destribalização, que é a atomização do leitor (Galáxia de Gutemberg –
espalhados e presos em seu próprio mundo). Por sua vez, a ascensão dos meios de
comunicação em massa vai produzir a retribalização e isso acontece a medida que o rádio
reestabelece os traços narrativos, criando um laço ou afeto (o rádio para McLuhan é o
tambortribal, porque ele reconecta o homem com a cultura oral).
Perspectiva da Aldeia Global: 
→ Ideia antes da internet. 
→ Interatividade entre as pessoas ao redor do mundo pautada na ascensão da TV a
partir dos satélites. 
Cibercultura por Pierre Levy
Ciberespaço: é a rede! 
Cibercultura: são as consequências da rede.
Sociedade de conhecimento: produção informacional. 
→ Características da Cibercultura: 
I. Interconexão: é a realização cibernética da aldeia global. Troca de mensagem
entre pessoas em todo o mundo por dispositivos como o whatsapp.
II. Criação de consumidor: se dá pela via da segmentação. A união de pessoas em
grupos, desde a internet 1.0, como em fóruns; segmentados por seus interesses.
Bolha de interesse. 
III. Inteligência coletiva: para Levy, o meio digital aumenta as nossas
capacidades cognitivas, ou seja, quanto mais acesso a informação, aprendemos
mais e passamos a ter mais capacidade de produzir em meios digitais. 
Bauman
→ Trata da pós modernidade, trata da “modernidade líquida”
→ Nós contemporaneamente vivemos a aceleração das características modernas, de
acordo com Guide. 
→ Para Bauman, tivemos um corte entre uma fase e outra. Esse corte é encontrado na
fragilização dos estados nacionais, fragilização do capitalismo industrial, encontra-se
em uma série de transformações sociais que fizeram que a solidez da modernidade
fosse substituída por um carácter líquido da pós modernidade. Ruptura entre
modernidade e pós modernidade. 
→ A ruptura se dá pela fluidez da vida contemporânea. Vários empregos ao longo da
vida, vários amores, incertezas sobre o futuro. 
Hipermídia 
→ É a interatividade. Meio de comunicação que está em permanente sendo remoldado,
atualidade, atualizado, onde é possível fazer a interação na última potência, onde há
portabilidade, conforto. É uma linguagem não-linear, você não lê alguém site de maneira
linear como lemos um livro. O google não é linear. 
→ Hipertexto: é a derivação da hipermídia. É um texto permanentemente atualizado e
nessa constante atualização há limites de conteúdos de apoio ao texto. Múltiplas
possibilidades de leitura. 
Convergência e Hibridização ou Hibridismo
→ Todo meio de comunicação é híbrido. 
→ Mistura evolutiva dos meios de comunicação, isto é mestiçagem de características
dos meios de comunicação. 
→ Convergência é quando no aparelho multimídia temos a possibilidades diferentes
meios de comunicação. Ex: celular, computador. 
→ Hibridização não é apenas tecnológica, é também na linguagem. Cada vez mais os
meios de comunicação tradicionais, como o jornal impresso, TV, vem se adaptando as
características trazidas pelo meio digital. 
→ Hibridização é um processo permanente, nunca tem fim e não é restrito a era da
comunicação digital. 
O texto nos ambientes digitais têm três subdivisões: 
I. Hipertexto: escrita não linear cujas formas são unidas por links;
II. Cibertexto: engloba o papel do leitor, pois requer uma atitude Ergótica, ou seja,
conceito cunhado por Arrseth;
III. Tecnotexto: enfatiza a conexões entre a mensagem e a materialidade do meio,
exemplo: whatsapp. 
Cultura de convergência 
→ Para Jenkins (2008), a convergência não é apenas a aglutinação de funções de
diversas mídias em um mesmo aparelho, como aconteceu com computadores e
celulares, mas de uma transformação cultural na produção e no consumo midiático.
→ Narrativas Transmidiáticas: permitem a cada meio explorar um lado específico da
narrativa principal, construindo marcas que seduzem o público de todos os lugares. 
→ A contemporaneidade impõe a diferenciação entre as tecnologias de distribuição e
os meios de comunicação. 
Novas estratégias do MC da cultura de convergência: 
I. Extensão: pela expansão de conteúdos em plataformas múltiplas;
II. Sinergia: pela capacidade de controlar e possuir o fluxo de todas estas
manifestações, aumentando receita;
III. Franquia: de conteúdos ficcionais que se transformam em marcas, abrindo novos
mercados. 
→ Na contemporaneidade existe uma característica muito importante da cibercultura,
que é o fato de seus elementos terem carácter UBÍQUO – aquilo que está em todas as
partes – essa é uma característica importante da rede atualmente, pois ela está
capturando dados, mudando nossa maneira de consumir e ver o mundo. 
* Isso se dá por conta do processo de hibridização, mas não somente pela convergência
de outros meios (TV, rádio, jornal) pelo mesmo aparelho, se dá também pela
convergência de linguagem. * 
→ Cross mídia: quando o mesmo discurso está presente em vários meios de
comunicação.
→ Transmidia: você tem a matéria de um jornal onde no rodapé da matéria, tem a
opção de “ler mais”, vamos ser levados a um novo portal com maiores informações e
conteúdos complementares. Há uma exploração da capacidade das novas tecnologias
ao seu limite.
→ Multimídia: é a técnica para apresentar informações que recorre simultaneamente
a diversos meios de comunicação, mesclando texto, som, imagem fixas e animadas. 
*O processo de hibridização e convergência é bastante antigo e de influência da
linguagem de um meio de comunicação em outro meio de comunicação, mas a
modernidade acelerou esse processo; processo pós-moderno de ruptura. *
Transição da mídia para a cibercultura
→ Criaram novas adaptações de aparelhos de linguagens para a chegada da
cibercultura. 
Interconexão: possibilidade decontato entre pessoas de todo o mundo através da rede.

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