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Petição Guedes (2)

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JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PARNAÍBA-PI
FABIO GUEDES DO NASCIMENTO SILVA, brasileiro, solteiro, autônomo, inscrito no CPF, nº 005.023.563-08 e portador do RG, nº 3.923.307, residente e domiciliado na Rua Samuel Santos, Bairro São Francisco da Guarita, Nº 1117, Parnaíba - PI, CEP: 64.215.200. Em causa própria, venho á presença de Vossa Excelência, propor a presente.
AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS C/C DANOS MORAIS E MATERIAIS
Em face Da pessoa jurídica de Direito privado INSTITUTO GORETE REZENDE, de CNPJ 23.749.601/0001-05, localizada na Rua Vereador Edmilson Aguiar, Nº 702, Bairro Três Lagoas, Piracuruca – PI, CEP 64.240-000, com telefone para contato (86) 99999-0362, pelas razões e motivos de fato e de direito que passa a expor:
DOS FATOS
O autor contratou o curso de graduação em Educação Física com o Instituto Gorete Rezende, na cidade de Piracuruca – PI, efetuando o pagamento de matrícula em 08 de Outubro de 2016 no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais). Posteriormente iniciou o pagamento das parcelas, sendo a 1º delas feita no dia 15 de janeiro de 2017, assim realizando mensalmente até a 6º parcela paga no dia 03 de Junho de 2017. Como é possível verificar nos comprovantes em anexo, o valor das duas primeiras parcelas foi de R$ 140,00 (cento e quarenta reias) cada e mais seguintes de R$ 160,00 (cento e sessenta reais). Ocorre que o autor mudou de cidade, e ao se dirigir a instituição de ensino e solicitar os documentos necessários a tranferencia para outra instituição de ensino localizada na cidade de Parnaíba – PI, onde atualmente reside, foi surpreendido com a recusa da citada instituição em fornecer o hostorico de notas do periodo cursado, sem qualquer justificativa. Diante do fato, Fabio buscou auxilio no PROCON, em Parnaíba – PI que notificou o Instituto Gorete Rezende para comparecimento em audiencia no dia 27 de Novembro de 2018, dando a oportunidade de apresentar defesa e conciliar-se com o consumidor, entretanto, apesar da confirmação de recebimento da notificação, o fornecedor não compareceu (os termos de notificação e audiencia estão em anexo). Fica claro que o autor utilizou todos os meios possiveis e viáveis de conseguir os documentos, mas não restou alternativa senão buscar este juízo para que se torne possível exercer o seu direito.
DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS
Preveem os artigos 396 e 397, do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
 Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:
I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
É indiscutível que o Autor tem o direito de conhecer os documentos de seu interesse e que se encontram em poder dos Requeridos, máxime porque foram por ele produzidos, embora involutariamente.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras ordinárias de expectativas.
Desse modo, cabe ao requerido demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pelo autor. Resta informar ainda que algumas provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor.
DO DANO MATERIAL 
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, considerado de suma importância, inciso X, evidente que a todos é assegurado o direito de reparação por danos materiais, decorrente de sua violação: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Posto isso, e após explicação dos fatos, fica nítido que o autor sofreu um dano material, após uma prática totalmente abusiva da empresa demandada.
O Código de Defesa do Consumidor esclarece que é um direito básico do consumidor a reparação dos danos materiais sofridos, a saber:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
Portanto, claramente a empresa ré tem o dever de ressarcir o autor, já que o autor teve como única solução a compra de passagens, no valor de R$260,10 reais, uma vez que o autor teve que viajar para Piracuruca – PI, afim de ver o seu problema resolvido.
O Código Civil, em seu artigo 944, preceitua que o dano deverá ser medido pela extensão dos danos sofridos, que no caso em questão, não foram baixos, houve um transtorno muito grande para fazer contato com a demandada, diversas ligações e tentativas frustrantes: 
DO DANO MORAL
A demora excessiva na expedição do documentos não pode ser enquadrado no que a doutrina classifica como mero aborrecimento, uma vez que ocasionou danos ao Autor que devem ser reparados.
Lamentavelmente o autor da ação sofreu grande desgosto, humilhação, sentiu-se desamparado, foi extremamente prejudicado, conforme já demonstrado. Nesse sentido, é merecedor de indenização por danos morais. Maria Helena Diniz explica que dano moral “é a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a conseqüência do dano”. Mais adiante: “o direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente” (Curso de Direito Civil – Reponsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).
Assim, é inegável a responsabilidade do fornecedor, pois os danos morais são também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pela parte ré, que de fato prejudicou o autor da ação. 
DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Para fixar o valor indenizatório do dano moral, deve o juiz observar as funções ressarcitórias e putativas da indenização, bem como a repercussão do dano, a possibilidade econômica do ofensor e o princípio de que o dano não pode servir de fonte de lucro. Nesse sentido, esclarece Sérgio Cavalieri Filho que: 
“(...) o juiz, ao valor do dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de acordo com seu prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem presentes”.
A jurisprudência fornece elucidativos precedentes sobre à utilização dos citados critérios de mensuração do valor reparatório:
A indenização do dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e exageros, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e ao porte econômico das partes, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do bom-senso, atendo à realidadeda vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve ela contribuir para desestimular o ofensor repetir o ato, inibindo sua conduta antijurídica (RSTJ 137/486 e STJ-RT 775/211).
Assim, o montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) equivale a uma justa indenização por danos morais no presente caso. Tendo em vista que, não enriquece a parte autora e adverte a parte ré.
DO PEDIDO
Requer, de forma definitiva, sejam julgados os pedidos de inversão do ônus da prova e EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS pelo Instituto Rezende, a fim de condenar o instituto citado a apresentar cópia dos documentos para transferência e expedição do histórico escolar.
Condenação da parte ré a pagar os danos morais no montante justo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
A condenação da ré a pagar o montante de R$ 260,10 (duzentos e sessenta reais e dez centavos) reais a títulos de danos materiais.
A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015.
O deferimento da justiça gratuito em favor da parte Autora, haja vista sua escassa situação financeira.
Nestes termos, dá-se a causa o valor de R$ 5.260,10 (cinco mil duzentos e dez sessenta reais e dez centavos).
Requer, por fim, provar o articulado por todos os meios de em direito admitidos.
Termos em que.
Pede deferimento.
Parnaíba – PI, 27 de agosto de 2018.
________________________________________
 	 Marco Antônio Silva do Nascimento 
(Requerente)
___________________________________ 
Rodrigo Lima Rodrigues
 (Estagiário) 
 __________________________________
Maria Zilnubia Souza Araujo
 (Estagiário)
__________________________________
Marcus Adeylton Demosthenes Pereira
 (Estagiário)
____________________________________
Tatiana Mendes Caldas Castelo Branco
(Professora Orientadora)

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