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Ana Paula Mendes - 21603921 Ananda Cunha - Megaesôfago Introdução Megaesôfago é um termo que se refere a dilatação e a hipomotilidade esofágica, podendo ser resultante de uma afecção primária ou secundária. Ocorre principalmente em cães, e algumas raças possuem predisposição hereditária, como Fox Terrier, Schnauzer, Pastor Alemão, Dog Alemão, Golden Retriever e Setter Irlandês. Além disso, pode ocorrer também com menor incidência em gatos, especialmente na raça siamês, e em equinos. A hipomotilidade e a dilatação esofágica presentes no megaesôfago são causadas pela ausência ou pela diminuição acentuada dos plexos nervosos intramurais do esôfago, a qual pode ser de origem congênita ou adquirida e que por sua vez leva a uma progressiva desorganização da atividade motora do esôfago e a sua dilatação. Com isso a motilidade esofágica fica reduzida ou ausente, resultando no acúmulo ou na retenção de alimento e de líquido no esôfago, levando consequentemente a dilatação e flacidez do órgão e a ocorrência de peristaltismo ineficiente ou incoordenado. Sinais Clínicos Os achados do exame físico e os sinais clínicos da doença são caracterizados principalmente pela regurgitação de alimento e água, devido ao acúmulo e retenção de alimentos e líquidos no esôfago em consequência da hipomotilidade. Além de perda de peso ou crescimento deficiente, sialorreia, halitose, saliência do esôfago na parte torácica e presença de dor a palpação do esôfago e de som de borbulhas durante a deglutição. Outras alterações, como tosse, corrimento nasal mucopurulento e dispneia com pneumonia por aspiração concomitante, também podem estar presentes, caso o animal desenvolva pneumonia devido a regurgitação. É importante diferenciar regurgitação de vômito. A regurgitação é caracterizada por uma eliminação passiva do alimento não digerido a partir do esôfago e o vômito caracteriza-se pelas atividades coordenadas dos sistemas gastrintestinais, musculoesqueléticos e nervoso, culminando na eliminação ativa do alimento digerido ou parcialmente digerido pelo trato gastrintestinal. Causas e Classificação O megaesôfago pode ser classificado em congênito, adquirido idiopático e adquiro secundário. O megaesôfago congênito é caracterizado pela hipomotilidade e pela dilatação generalizada do esôfago, provocando regurgitação e subdesenvolvimento do filhote após o desmame. A patogenia da forma congênita ainda não está completamente esclarecida e as causas ainda são desconhecidas, porém acredita-se que o megaesôfago congênito possa ser causado pela persistência do 4ºarco aórtico (anel vascular), pela dilatação anterior ao coração ou por um defeito na inervação aferente vagal para o estômago. O megaesôfago secundário adquirido ocorre como consequência de causas primárias que provocam alterações motoras no esôfago ou no esfíncter gastroesofágico, determinando sua dilatação passiva. As principais causas de megaesôfago secundário são miastenia grave, neuropatias degenerativas, hipoadrenocorticismo, hipotireoidismo, intoxicações por metais pesados (chumbo e tálio), tumores, problemas cervicais, estresse, fratura ou trauma. O megaesôfago adquirido idiopático, ocorre de maneira espontânea em animais adultos entre 7 a 15 anos e suas causas e etiologia são desconhecidas. Diagnóstico O diagnóstico baseia-se na análise dos sinais clínicos, anamnese e exames complementares de imagens como radiografias e endoscopia. Tratamento O tratamento depende da etiologia, porém baseia-se principalmente nos cuidados e na administração do alimento, o qual deve ser fornecido de maneira com que faça o animal ingeri-lo com a cabeça erguida. Dessa forma o alimento consegue descer com maior facilidade pelo esôfago que se encontra dilatado e com hipomotilidade. Até o momento, não há cura, tratamento clínico, ou cirurgia que solucione o problema do megaesôfago congênito e do adquirido idiopático, porém para o megaesôfago adquirido secundário já há resolução, ou pelo menos melhora, quando a causa subjacente é tratada com sucesso. Referência MARIKO TANAKA, Neide. Megaesôfago em cães: Canine Megaesophagus. V. 8, n 3. Curitiba. Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient.. 2010.
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