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Universidade Federal do Ceará – UFC Centro de Ciências Departamento de Física Disciplina de Física Experimental para Engenharia Semestre 2019.1 PRÁTICA 05 EQUILÍBRIO Aluno: Antonio Felype Ferreira Maciel Curso: Engenharia de Computação Matricula: 472118 Turma: 35A Professor: Leandro Lessa Data de realização da prática: 29/05/2019 Horário de realização da prática: 10h às 12h 12/06/2019 1. Objetivos - Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças; - Medir as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando uma carga móvel é deslocada sobre a mesma. - Verificar as condições de equilíbrio. 2. Material (1ª Parte) - Massa aferida 100 g; - Estrutura de madeira; - Massa desconhecida; - Balança digital; - Transferidor montado em suporte; - Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor). (2ª Parte) - Massa aferida de 50 g; - Dinamômetros de 2 N (dois); - Estrutura de suporte; - Barra de 100 cm de comprimento. 3. Introdução De acordo com a primeira lei de Newton, uma partícula é considerada em equilíbrio estático quando a força resultante que sobre ela atua, é nula. Ou seja, se a soma de todas as forças que atuantes sobre um corpo for igual a 0 (zero), este estará em repouso. A figura 1 é um exemplo de corpo em equilíbrio, pois quando as forças �⃗�1, �⃗�2 e �⃗�3 atuam em conjunto, elas anulam-se, deixando a partícula em repouso. Figura 1. Partícula em repouso. Fonte: Brasil Escola. Sendo as forças grandezas vetoriais (possuem tanto módulo quando orientação), é possível calcular a força resultante somando-as vetorialmente. Na figura abaixo, vemos uma soma de vetores. Figura 2. Vetores a e b. Fonte: EducaBras. Figura 3. Regra do paralelogramo. Fonte: EducaBras. Nas figuras 1 e 2, para encontrar o vetor resultante �⃗�, foi usada a regra do paralelogramo. Partindo do princípio que vetores podem ser movimentados, desde que sejam mantidos seu módulo e orientação, �⃗� e �⃗⃗� são organizados de forma que suas origens tornem-se coincidentes no ponto O. A seguir, ambos são reproduzidos pelos segmentos ZY e XY. Por fim, o vetor que parte de O até Y é o resultante da soma de �⃗� e �⃗⃗�. Um corpo extenso é um objeto que tem suas dimensões consideradas nos cálculos em que participa. Para que ele esteja em equilíbrio estático, tanto a força como o torque resultantes devem ser iguais a 0 (zero). 4. Pré-laboratório 1. Construa um paralelogramo com um dos vértices do nó da Figura abaixo e cuja diagonal seja igual a –T1. Figura 4. Resposta da 1ª questão. Fonte: Produzido pelo autor. Com a ajuda de uma régua, media o comprimento de T1, que corresponde a 2 cm. Assim, tracei um segmento de reta oposto a T1 também com 2 cm de comprimento. A partir disso, utilizando esquadros, tracei retas paralelas aos fios 2 e 3, de forma a completar o paralelogramo. 2. Determine os valores das tensões T2 e T3, nos Fios 2 e 3 da Figura acima, supondo que a tensão T1 = 200 gf. Considere que a partícula (nó) está em equilíbrio. As retas paralelas que desenhei correspondem a T2 e T3 e têm 2,2 cm e 1,5 cm de comprimento respectivamente. Se T1 = 2 cm equivale a 200 gf, tendo os comprimentos de T2 e T3, é possível determinar suas tensões. 𝐿𝑇1 𝐿𝑇2 = 𝑇1 𝑇2 2𝑐𝑚 2,2𝑐𝑚 = 200𝑔𝑓 𝑇2 𝑇2 = 200 × 2,2 2 𝑇2 = 440 2 𝑇2 = 220𝑔𝑓 𝐿𝑇1 𝐿𝑇3 = 𝑇1 𝑇3 2𝑐𝑚 1,5𝑐𝑚 = 200𝑔𝑓 𝑇3 𝑇3 = 200 × 1,5 2 𝑇3 = 300 2 𝑇3 = 150𝑔𝑓 Figura 5. Tensões 2 e 3. Fonte: Produzido pelo autor. 5. Procedimento 1ª Parte A princípio, certificamo-nos de que o sistema estava em equilíbrio, isto é, sem interferência de outras forças atuando sobre o peso. O vento produzido pelo ar condicionado, por exemplo, poderia atrapalhar toda esta parte. No primeiro nó (A), à esquerda, encontrava-se o peso P1 = 100 gf. Já no segundo nó (B), estava o peso desconhecido Pd. Com um transferidor, medimos os ângulos de T2 e T3 tomando como referência a linha horizontal. A geometria dos nós A e B foi reproduzida nas figuras a seguir. Na figura 6, T1 tem 5,0 cm de comprimento e 100 gf. Para determinar os valores de T2 e T3, deve-se utilizar a regra do paralelogramo. Dessa forma, reproduzi um segmento de reta com orientação oposta a T1, porém com módulo igual. A seguir, tracei retas paralelas aos fios 2 e 3, obtendo assim, seus comprimentos. Figura 6. Geometria do nó A. Produzido pelo autor. Já que os valores equivalentes a T1 estão disponíveis, para descobrir T2 e T3, basta usar regra de três simples. O procedimento está descrito abaixo. 𝐿𝑇1 𝐿𝑇2 = 𝑇1 𝑇2 5,0𝑐𝑚 5,9𝑐𝑚 = 100𝑔𝑓 𝑇2 𝑇2 = 100 × 5,9 2 𝑇2 = 590 2 𝑇2 = 118𝑔𝑓 𝐿𝑇1 𝐿𝑇3 = 𝑇1 𝑇3 5,0𝑐𝑚 4,9𝑐𝑚 = 100𝑔𝑓 𝑇3 𝑇3 = 100 × 4,9 5,0 𝑇3 = 490 5,0 𝑇3 = 98𝑔𝑓 Figura 7. Geometria do nó B. Produzido pelo autor. Como T3 e T4 fazem parte do mesmo fio, pressupõe-se que T3 = T4. Para descobrir o valor de T5, primeiramente deve-se reproduzir T4 com sentido contrário e módulo igual. A seguir, desenha-se um segmento de reta paralelo ao fio 5, de modo que a origem parta da extremidade de –T4 e tenha o fim no fio que representa T6. Com isso, tanto o comprimento de T5 quanto e de T6 são definidos. O valor de Pd pode enfim ser encontrado: 𝐿𝑇4 𝐿𝑇6 = 𝑇4 𝑇6 4,9𝑐𝑚 3,4𝑐𝑚 = 98𝑔𝑓 𝑇6 𝑇6 = 98 × 3,4 4,9 𝑇2 = 333,2 4,9 𝑇2 = 68𝑔𝑓 Com a balança digital, o peso desconhecido foi determinado como 71,8 gf. Caso o erro percentual entre a resposta experimental e o peso determinado pela balança seja maior que 10%, esta parte do experimento deveria ser realizada novamente. No entanto, o erro percentual foi menor que 10%. O erro percentual pode ser encontrado da maneira descrita abaixo, onde M = massa obtida pela balança e m = massa obtida experimentalmente. [(𝑀 −𝑚) 𝑚⁄ ] × 100 [(71,8 − 68) 71⁄ , 8] × 100 = 5,29% 2ª Parte Inicialmente, foi necessário montar a estrutura para esta etapa da experiência. Nos certificamos de que os dinamômetros (A e B) estavam devidamente zerados e, então, eles foram colocados na estrutura. A barra de 100 cm foi colocada nos suportes dos dinamômetros de forma que o A ficasse a 20 cm da extremidade esquerda e o B, a 20 cm da direita. A montagem está representada na figura abaixo. Figura 8. Estrutura para a 2ª parte. Fonte: Roteiro de Aulas Práticas de Física A partir da leitura dos dinamômetros, determinamos o peso P2 da barra. P2 = 1,9 N. Então, fizemos com que o peso de 50 g percorresse a barra de acordo com as posições (x) indicadas na tabela abaixo. Os valores das reações de cada dinamômetro (RA e RB), além da soma de ambos foram reproduzidos a seguir. Tabela 1. Leitura dos dinamômetros. x (cm) RA (N) RB (N) RA+RB (N) 0 1,68 0,78 2,46 20 1,50 0,94 2,44 40 1,34 1,10 2,44 50 1,26 1,20 2,46 60 1,18 1,28 2,46 80 1,02 1,44 2,46 100 0,84 1,6 2,44 Os valores das reações RA e RB e sua soma foram representados no gráfico abaixo em função da posição x cm do peso. Figura 9. Gráfico das reações em função do espaço. 6. Questionário 1 – Qual o peso desconhecido obtido com a balança? Qual o valor obtido pelo método descrito na 1ª Parte dessa prática? Qual o erro percentual do valor experimental em relação ao obtido com a balança? 71,8 g. 68 g. 5,29%. Os cálculosestão especificados no Procedimento da 1ª Parte. 2 – Some graficamente T1, T2 e T3 (use 5,0 cm para representar 100 gf). Somando T2 e T3, obtermos um vetor de sentido oposto a T1. Dessa forma, este vetor e T1 se anulam. Logo, o vetor resultante é nulo. A figura 6 expressa essa operação. 3 – Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª Parte? Em N e em gf. De acordo com a leitura dos dinamômetros, a barra possui peso igual a 1,9 N. Sabendo que 1 kgf corresponde a 1000 gf e que 1 kgf equivale a aproximadamente 9,8 N, podemos afirmar que 1000 gf = 9,8 N. Assim, para determinar o peso da barra em gf, pode-se utilizar a expressão abaixo: 1000𝑔𝑓 𝑥𝑔𝑓 = 9,8𝑁 𝑥𝑁 1000𝑔𝑓 𝑥𝑔𝑓 = 9,8𝑁 1,9𝑁 𝑥 = 1000 × 1,9 9,8 𝑥 = 1,9 × 102𝑔𝑓 4 – Verifique, para os dados obtidos com o peso na posição 80 cm sobre a régua, se as condições de equilíbrio são satisfeitas (equações 5.1 e 5.2). Comente os resultados. (5.1) 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0 (5.2) 𝑃1𝑥 + 𝑃2 𝐿 2 − 𝑅𝐴𝑥𝐴 − 𝑅𝐵𝑥𝐵 = 0 Onde RA e RB representam as reações lidas nos dinamômetros; xA e xB equivalem às posições de RA e RB em relação à marca 0 (zero) da régua. P1 e P2 representam os pesos do peso e da régua respectivamente. L é o comprimento total da régua. Utilizando a equação 5.1: 𝑅𝐴 = 1,02𝑁; 𝑅𝐵 = 1,44𝑁; 𝑃2 = 1,9𝑁 𝑃1 pode ser obtido através da expressão 𝑃1 = 𝑚 × 𝑔, onde m = 0,05 kg e g = 9,8. Assim, 𝑃1 = 0,49𝑁. 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0 1,02 + 1,44 − 1,9 − 0,49 = 0,07 Agora com a equação 5.2: 𝑃1𝑥 + 𝑃2 𝐿 2 − 𝑅𝐴𝑥𝐴 − 𝑅𝐵𝑥𝐵 = 0 Onde xA e xB correspondem a 20 cm e 80 cm, respectivamente. 0,49 × 80 + 1,9 × 100 2 − 1.02 × 20 − 1,44 × 80 = −1,4 Talvez os valores não tenham zerado devido à gravidade do ambiente onde foi realizado o experimento ser diferente de 9,8 m/s². Há ainda a possibilidade de os dinamômetros estarem com defeito ou também terem ocorrido erros dos operadores dos equipamentos durante o experimento. 5 – Calcule os valores esperados para as reações RA e RB (em gf) medidas nos dinamômetros, para uma régua de 140 cm e 120 gf e um peso de 40 gf colocado sobre a régua na posição x = 100 cm. Considere que um dos dinamômetros foi colocado na posição 20 cm e o outro na posição 100 cm. L = 140 cm; P2 = 120 gf; P1 = 40 gf; x = 100 cm; xA = 20 cm; xB = 100 cm. 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 − 40 − 120 = 0 𝑅𝐴 = −𝑅𝐵 + 160 𝑃1𝑥 + 𝑃2 𝐿 2 − 𝑅𝐴𝑥𝐴 − 𝑅𝐵𝑥𝐵 = 0 (40 × 100 + (120 × 140 2 ) − [(−𝑅𝐵 + 160) × 20] − (𝑅|𝐵 × 100) = 0 9200 = 80𝑅𝐵 𝑅𝐵 = 9200 80 = 115𝑔𝑓 𝑅𝐴 = −115 + 160 = 45𝑔𝑓 7. Conclusão Com base nos experimentos realizados, conclui-se que é possível, através de noções sobre equilíbrio em um ponto material e em um corpo extenso descobrir, com uma pequena margem de erro, informações importantes. Na primeira parte da prática, tendo como base a regra do paralelogramo e a ajuda de réguas e esquadros, pudemos definir a massa de um peso em um nó. Isso foi possível conhecendo a massa do objeto em equilíbrio no primeiro nó e com o comprimento de T1. Determinamos, a partir disso, todas as tensões nos fios até chegar à T6, onde o objeto de peso desconhecido se situava. Já na segunda parte, foi possível determinar o equilíbrio em um corpo extenso, aquele que suas dimensões são consideradas nos cálculos. Talvez o resultado não tenha sido perfeito devido a condições como a gravidade no laboratório onde estávamos ou ainda operação erada dos integrantes da equipel 8. Bibliografia DIAS, Nildo Loiola. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. DEPARTAMENTO DE FÍSICA. LABORATÓRIO DE FÍSICA PARA ENGENHARIA.: Roteiros de aulas práticas de física, Fortaleza, 2019. 108p. Equilíbrio Estático e Dinâmico. 2019. 1 p. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm/>. Acesso em: 10 jun 2019. Equilíbrio Estático. 2019. 1 p. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm/>. Acesso em: 10 jun 2019. Equilíbrio em um ponto material. 2019. 1 p. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/equilibrio-um-ponto-material.htm/>. Acesso em: 10 jun 2019. Equilíbrio de corpo extenso. 2019. 1 p. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/equilibrio-corpo-extenso.htm/>. Acesso em: 10 jun 2019.
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