Prévia do material em texto
Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Departamento de Genética e Evolução – DGE Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e-mail: lisgava@ufscar.br �Técnica usada para separação de macromoléculas: DNA, RNA e proteínas; �Baseada na migração diferencial das moléculas sob ação de um campo elétrico em uma matriz de gel →→→→ peneira de poros estreitos (obstáculos); �Separação depende: da carga das moléculas e massa molecular; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges �A migração das moléculas dependerá: � Força do campo elétrico, � Carga elétrica das moléculas; � Tamanho das moléculas; � Porosidade do meio (moléculas grandes como DNA, proteínas); � Força iônica do tampão de corrida = CARGA RELATIVA DAS MOLÉCULAS, � Viscosidade do meio, � Hidrofobicidade das moléculas, � Temperatura do meio; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Fc=E/d.q Fr=6π.r.η.v Força iônica → solução tampão permite a passagem de corrente elétrica pela solução; ↑↑↑↑ Força iônica = ↓↓↓↓ carga relativa da molécula = menor V de migração →→→→melhor definição das bandas temperatura Fc=E/d.q Fc= força do campo elétrico; E= diferença de potencial; d = distância dos eletrodos; q = quantidade de carga relativa; Fr= força de arraste ou fricção; r= raio da molécula; η = viscosidade do meio; v = velocidade de migração da molécula; Densidade e porosidade da matriz Depende do tamanho das moléculas Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges v =(E.q)/(d.6 π.r. η) � Agarose é um hidrocolóide extraído de alga marinha; � Agarose em temperatura menor que 40 oC “gelifica”: formação de ligações de hidrogênio entre moléculas de agarose → matriz sólida porosa; � Concentração do gel = 0,8 a 3,0% = tamanho dos poros da matriz agarose →→→→ grandes = separação de moléculas com massa > 200 kDa: DNA e RNA; � Corrida mais rápida que a poliacrilamida porém com definição menor; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Fase estacionária ���� Agarose Eletroforese horizontal Permite quantificar a concentração de DNA numa amostra, por exemplo. Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Misturar a agarose com 50- 100 ml de solução50- 100 ml de solução tampão; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Azul de Bromofenol (visualização da corrida) Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Seleção da potência do campo elétrico Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges ���� poços ���� Azul de bromofenol Cátodo (-) DNA ���� Azul de bromofenol Anodo (+) Gel DNA (-) ���� Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges � 12,000 bp � 5,000 � 2,000 Padrão: DNA Ladder - DNA migration � 100 � 200 � 300 � 1,650 � 1,000 � 500 � 850 � 650 � 400 � 2,000 + migration Azul de bromofenol � Azul de bromofenol migra na mesma velocidade que moléculas de DNA de 300 bp Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Aparatos de segurança) Máscara: radiação UV causa danos a pele e retina Luvas: brometo de etídeo é cancerígeno Errado: Área descoberta sem proteção Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges �Criado pela polimerização da acrilamida; �Separação de proteínas e DNA ; �Concentração do gel (quantidade de acrilamida) = 3,0 a 30,0% = tamanho �Concentração do gel (quantidade de acrilamida) = 3,0 a 30,0% = tamanho dos poros: ↑Concentração de acrilamida = ↓poro = melhor a separação de pequenas moléculas; �Corrida mais lenta que a agarose porém com definição maior; �Podem ser preparados gradientes de concentração: 3%, 10% e 30%; �Gel preparado entre duas placas de vidro = O2 inibe a reação; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges acrilamida N’-metileno-bis-acrilamida S O 2- →→→→ 2SO -Formação da rede Radicais livre ativam monômero S2O8 2- →→→→ 2SO4 - TEMEDFormação da rede de poliacrilamida Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Eletroforese de Proteínas � Gel de poliacrilamida����Montado entre duas placas de vidro - Solução estoque de Acrilamida/Bisacrilamida 30%/2,7% Acrilamida é tóxico para o Sistema Nervoso Central e Cancerígeno - Gel de corrida ���� fase de separação das proteínas - Gel de concentração ���� fase de aplicação das amostras ���� “pente” Qualidade do Gel depende Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Qualidade do Gel depende - Qualidade da Acrilamida/Bisacrilamida (Pureza); - Água deionizada; - Armazenamento da solução em vidro Âmbar; - Deaeração; - Tempo de armazenamento do gel; - Temperatura; - Etc. Eletroforese de Proteínas � Em condições não-desnaturantes, a separação depende da carga da proteína � Dependendo da relação do pI versus pH, a carga proteína pode ser + ou – - pI ���� pH no qual o somatório das cargas é igual a 0 ���� Proteína +migra para o pólo - ���� Proteína - migra para o pólo + Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 pH No net charge Increasing cationic Increasing anionic Net positive charge Net negative charge + – Eletroforese de Proteínas Eletroforese em Gel de Poliacrilamida na presença de SDS SDS-PAGE – Sodium dodecyl sulfate poliacrylamide gel electrophoresis � Interação da proteína com SDS deixa a proteína com carga total Negativa SDS ����Molécula anfipática ���� Desnatura a proteína na formação de complexo Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges ���� Desnatura a proteína na formação de complexo SDS:Proteína ���� 1,4g SDS/1g de proteína �carga total negativa será proporcional ao tamanho da proteína � Densidade de carga constante ���� SDS interage mais com a parte hidrofóbica da proteína Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges SDS-PAGE ���� Permite separação baseada na filtração molecular da proteína na peneira formada pelo polímero entrecruzado de Acrilamida-Bisacrilamida Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges SDSSDS--PAGEPAGE �������� Padrões de Padrões de MM �������� Porosidade do gel depende da concentração de Porosidade do gel depende da concentração de acrilamidaacrilamida--bisacrilamidabisacrilamida Técnicas Básicas de Laboratório – Profa.Dra. Lisandra Marques Gava Borges Eletroforese Métodos de detecção/visualização ���� Colorimétricos ���� Coloração com Comassie Brilliant Blue RG-250 - Limite de detecção ���� ~0,1-1,0 μg de proteína ���� Impregnação por Prata (2000 x mais sensível) - Limite de detecção ���� ~10-100 ng de proteína Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges ComassieComassie BrilliantBrilliant BlueBlue Impregnação por PrataImpregnação por Prata VÍDEO eletroforese de agarose http://www.youtube.com/watch?v=6vKLT5mQoBM&feature=related VÍDEO SDS-PAGEVÍDEO SDS-PAGE http://www.youtube.com/watch?v=8Io0pN5XGqI http://www.youtube.com/watch?v=toPpdoBYPWo&feature=related Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges DIÁLISE DE PROTEÍNAS �Utilizado para a retirada de sais ou outras impurezas de baixa massa molecular de uma amostra de proteína, por exemplo; �Está baseada no fato de que devido ao seu tamanho molecular, as proteínas não poderão atravessar uma membrana semipermeável de poros definidos; �Amostra protéica é colocada em uma membrana de diálise com tamanho de poros definidos que é colocado em um grande volume de tampão de forma a permitir a passagem dos contaminantes; �Após várias trocas da solução tampão externa, as condições do interior do saco de diálise serão as mesmas que as do seu exterior; �As membranas de diálise apresentam um “cut off” que indica o tamanho da molécula com menor massa molecular em Daltons; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges DIÁLISEDIÁLISE DEDE PROTEÍNASPROTEÍNAS �Quando o volume de amostra protéica for PEQUENO, a dessalinização pode ser feita também se utilizando micro-colunas de centrifugação contendo as membranas semipermeáveis (filtros) com os poros com “cut off” adequados (comercialmente disponíveis, exemplo Centricon®). Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges 3:03 Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges DIÁLISEDIÁLISE DEDE PROTEÍNASPROTEÍNAS �Para a diálise de pequenos volumes de soluções contendo DNA ou mesmo proteínas de interesse (até 100 µL), a diálise pode ser efetuada em pequenas membranas esféricas de ésteres mistos de celulose; �Neste procedimento uma gota (“drop dialysis”) do material a ser dialisado é colocada sobre uma membrana em um recipiente onde está o tampão para a diálise. Como o volume a seruma membrana em um recipiente onde está o tampão para a diálise. Como o volume a ser dialisado é pequeno, tempo de cerca de 1 hora de troca já são suficientes para a retirada do sal das amostras; Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges 1) Qual a ordem na preparação de um gel de agarose? Quais são os cuidados que o operador deve tomar na preparação e/ou corrida do gel? 2) Sobre o gel de poliacrilamida: (a) Para separação de amostras de proteínas com baixa massa molecular qual a melhor concentração de poliacrilamida? Técnicas Básicas de Laboratório – Profa. Dra. Lisandra Marques Gava Borges 3) Para dessalinização de uma amostra de proteína de 25 kDa, qual o cut off da membrana de diálise mais adequado? Porque? (a) 5 kDa (b) 12 kDa (c) 30kDa Se o volume for muito pequeno, quais as alternativas, ao invés de usar uma membrana de diálise? concentração de poliacrilamida? (b) Quais os cuidados durante a preparação de um gel de poliacrilamida (com o experimento e operador)?