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Aluno: Jefferson Eduardo Dantas de Araújo Disciplina: organização do espaço Docente: Anelino Francisco da Silva Resenha do capítulo: O significado da globalização liberal do autor Martin Wolf O autor Martin Wolf inicia o capítulo 2 "O significado da globalização liberal"com uma frase bastante emblemática: "Globalização é uma palavra medonha , de significado obscuro" e logo anteriormente, uma citação crítica sobre o termo neoliberal, assim no meu ver, já dá o tom em que o texto será abordado. Em seguida, a partir de pontos de vistas divergentes acerca da globalização, aos quais o autor nomeia como crenças, Martin vai evidenciando que embora sejam opostas essas crenças, elas concordam em um ponto: A globalização é uma força irresistível. Ele faz um crítica em que ao maniqueizar a Globalização, ambos os lados, estão equivocados. Segundo o autor, feito o balanço e de acordo com as escolhas a globalização é resistível e até, no final de contas, bastante desejável. Logo após procura uma definição para o termo globalização, um conceito. Elencando alguns nomes como Paul Hirst, Grahame Thompson e Anthony Giddens, conselheiro do primeiro ministro britânico da época o Tony Blair. Porém os conceitos dos tais, são segundo ele "águas turvas" e por conta disto procuraria uma abordagem mais restrita a economia, a qual como define o próprio Martin Wolf como "a força motriz de todo o resto". Então a definição de globalização econômica é evocada, citando Anne Krueger e sua definição "mais geográfica" (define como um fenômeno através do qual os agentes econômicos, onde quer que estejam no mundo, são muito mais afetados por eventos em outra parte do mundo do que antes). E o conceito de David Henderson mais econômico sendo a livre circulação de bens, serviços, trabalho e capital, que cria um mercado único de matérias e produtos que tratam os investidores estrangeiros como nacionais do ponto de vista econômico. Contudo é apenas com a definição de Brink Lindsey, a qual Martin vai chamar de "definição útil" e batizar o termo de "globalização liberal". Essa definição clarifica os elementos globais, convergindo aos movimentos de uma maior integração, na mesma medida que caem as barreiras naturais e artificiais às trocas econômicas internacionais. Segundo Wolf, numa perspectiva integracionista, há dois finais possíveis para uma "economia global". Uma concebível, mas pouco provável de acontecer de imediato pois precisaria de uma nova configuração na soberania nacional semelhante ao membros da União Europeia. E outra impossível de acontecer pois seria mais radical, sem barreiras de integração econômica e pasmem: sem custos de transportes e comunicações, uma verdadeira Changrilá no meu ver pois a cultura seria única e o ponto econômico convergente, sendo que nesse final, segundo o próprio autor abordado, seria o fim da Geografia! Martin Wolf assim, vai nos forçar a refletir a partir desse pensamento radical, a importância dos custos de transporte e de comunicação, das distancias e consequentemente da importância do espaço, do controle do território e da relevância do Estado. Segundo o autor para compreender o modo como funciona a globalização econômica. continuam centrais as políticas e as capacidades dos Estados. Ele faz uma analogia a Suécia e factualiza que a medida que a cota dos serviços aumenta no consumo e no produto interno bruto, a geografia pode adquirir uma importância maior e não menor. No decorrer do capitulo Martin Wolf vai criticar a ideia do determinismo tecnológico onde defende que a tecnologia não dita a globalização, nem deixa os governos impotentes perante as forças da economia globalização, ao contrário, torna o combate mais fácil, e que os governos que dizem o contrário estão manipulando seus eleitores e enfraquecendo o apoio a liberdade econômica. Segundo Wolf, ainda que não seja a globalização abordada no livro, são consideradas consequentes, as mudanças na política tecnológica e econômica., as quais, inevitavelmente, exercem efeitos políticos, sociais e culturais, os que tem acesso à economia global só são enganados se quiserem. Então o autor Martin Wolf conclui e define a globalização como a integração das atividades econômicas pelo mercado e as suas forças motrizes são as mudanças tecnológicas e políticas, tais como a queda dos custos de transporte e de comunicação, assim como uma maior aposta nas forças de mercado. Concluo esta análise reflexiva, partindo da frase inicial "Globalização é uma palavra medonha , de significado obscuro", ainda é uma palavra medonha ao meu ver, mas não tem mais um significado obscuro, ao menos no viés econômico, haja vista que concordante com o autor ela tem consequências e pré-condições culturais, sociais e políticas mas no meu ver são mais complexas que merecem uma abordagem separadamente. Referencia Bibliográfica WOLF, Martin. O significado da globalização liberal. In.: ______. Por que funciona a globalização: Uma defesa de uma economia global de mercado. Lisboa, Portugal: Dom Quixote, Fevereiro de 2008. p. 41-47
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