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TRABALHO DE PDCV - APS

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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como intuito elucidar os alunos sobre o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial infantil, através de um estudo de caso, buscando identificar possíveis problemas no desenvolvimento e identificar se a criança está dentro do esperado ou não para a idade. Como instrumento de análise, utilizaremos a teoria da aprendizagem de Jean Piaget, um dos teóricos mais influentes acerca do tema, sua teoria é extremamente estudada por pedagogos e psicólogos especialistas em desenvolvimento, através de observações Piaget pode perceber que as crianças passavam por diversos estádios de tentativa e erro para aprender algo, assim, fundamentando sua teoria nesses estádios de aprendizagem.
E utilizaremos a teoria do desenvolvimento de Erik Erikson, que foi psicanalista e estabeleceu a teoria do desenvolvimento psicossocial onde ele divide o desenvolvimento em 8 fases, porém para este trabalho iremos nos apropriar de 4 fases, que são as que integram o desenvolvimento infantil. Para melhor entendimento dividimos a situação-problema pelas infâncias. A situação em análise apresenta uma criança aos 8 anos de idade, na 3º infância, ao longo do desenvolvimento iremos falar sobre o esperado para a criança naquele período e como o Salim se apresenta. 
Desenvolvimento físico
O desenvolvimento físico da criança se inicia ainda no período intrauterino, com a junção dos gametas e a formação do feto, nesse período o feto é extremamente sensível a substâncias teratógenas, caso a mãe tenha feito uso de alguma droga ilícita ou de medicamentos controlados pode acabar causando algum dano na formação física e cognitiva do bebê, devido a este fato é de extrema importância que assim que descoberta a gravidez a mulher inicie a assistência pré-natal, pois algumas anomalias são possíveis de identificar com exames laboratoriais que são realizados durante a assistência.
A primeira infância, período compreendido entre 0 e 2 anos, é o momento de maior desenvolvimento físico. O cérebro e o sistema nervoso começam a se desenvolver rapidamente devido a “poda neural”, que acontece durante toda a vida do indivíduo, porém em alguns momentos é de extrema significância, essa “poda neural” é a eliminação das rotas e conexões neurais que não são de grande utilidade a criança, juntamente com a “poda neural” acontece a mielinização que tem como principal função isolar o impulso elétrico trazendo melhor condutividade ao impulso. Todas essas mudanças resultam em habilidades sensoriais e perceptuais, as sensoriais seriam os 5 sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato) e as perceptuais seriam tudo aquilo que o bebê faz com a informação sensorial recebida. Na primeira infância a habilidade mais desenvolvida é o tato, e o seu desenvolvimento motor é marcado por duas habilidades: as gerais (capacidade de se descolar no ambiente) e as finais (uso das mãos). Nesse período a criança passa de um estágio onde não consegue sustentar seu próprio peso sozinha, para um estágio com maior autonomia onde já consegue ficar em pé (sustentando seu peso) e até a segurar alguns objetos, devido as mudanças na estrutura óssea decorrentes da ossificação. Apesar de ser uma fase onde grandes avanços físicos são notados, o córtex cerebral ainda não está muito bem desenvolvido, essa estrutura é responsável pela capacidade de tomada de decisão e pelo pensamento lógico. É interessante pontuar que os recém-nascidos ficam despertos por poucas horas do dia devido ao fato de quem o sono ajuda no desenvolvimento neurológico, após os 6 meses de idade o bebê já consegue ficar maior tempo em vigília. 
A segunda infância, período entre os 3 e os 6 anos, é marcada por mudanças físicas que formam uma base adequada para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial. Acontecem alguns avanços neurológicos significativos como a lateralização, que é a divisão das funções cerebrais, a regulação da atenção devido a formação reticular e a área responsável pela formação de memórias e de aprendizagem, o hipocampo, principalmente as memórias de longo prazo. Ao longo da segunda infância acontece o aperfeiçoamento das habilidades motoras, os ossos e músculos ficam mais fortes e suas habilidades sensoriais mais desenvolvidas, porém para que tudo isso acontece deve ser levado em conta a genética da criança que tem fator determinante na formação física. 
	A terceira infância, período entre 6 e 12 anos, é marcado por intensas transformações no físico da criança, acontece o crescimento dos ossos e a criança desenvolve maior força, agilidade, velocidade e resistência, nessa fase também acontece a liberação de muitos hormônios. Existem algumas diferenças nos avanços do desenvolvimento relacionadas aos cariótipos (XX e XY), porém após algum tempo o desenvolvimento se iguala e essa diferença não apresenta nenhum risco futuro. Existem dois períodos importantes dentro da terceira infância, seriam eles: entre 7 e 8 anos onde ocorre o desenvolvimento das áreas cerebrais relacionadas ao processamento de informações e entre os 10 e 12 anos com o amadurecimento do córtex cerebral, a área responsável pela capacidade de tomada de decisões. Nesse período o sono noturno é de extrema importância pois existem alguns hormônios que são liberados apenas durante o sono. 
1.2. Desenvolvimento cognitivo
	Para falarmos sobre o desenvolvimento cognitivo usamos como base a teoria de Jean Piaget, ele desenvolveu sua teoria com base na observação do comportamento dos seus filhos. Para ele a estrutura cognitiva de um indivíduo é formada por esquemas mentais e que essa estrutura se inicia simples e através da aprimoração, conforme o indivíduo cresce, ela se torna mais complexa. Essa aprimoração acontece por meio de um esquema de assimilação (incorporação de um novo elemento ao esquema mental) e acomodação (modificação de um esquema para poder inserir um elemento) ou desequilíbrio e reequilíbrio, onde a assimilação representa o desequilíbrio e a acomodação o reequilíbrio, segundo Piaget isso resultaria no desenvolvimento intelectual do indivíduo. 
	Piaget diz que o desenvolvimento infantil passa por 4 estádios, o primeiro estádio representa a primeira infância, de 0 a 2 anos, e é denominado sensório-motor, os recém-nascidos estão ligados ao presente imediato e aos poucos passam a apresentar alguns comportamentos intencionais, começam a desenvolver representação simbólica das coisas e conhecem e interagem com o ambiente através de tentativa e erro (o que para Piaget é um sinal da existência de um pensamento). Nesse período a criança aprende, principalmente, por imitação e o estádio finaliza quando a criança adquire a linguagem oral. 
	O segundo estádio é o correspondente a segunda infância, compreendido entre os 3 e 6 anos é conhecido como pré-operatório onde o a atividade de brincar desempenha um importante papel, esse período é marcado pelo desenvolvimento integral da representação simbólica e do uso da linguagem, também existe um melhor uso da atenção e da memória. 
	 O terceiro estádio é o correspondente a terceira infância, compreendido entre o 6 e 12 anos é denominado operatório concreto onde já se pode perceber um pensamento lógico concreto e um raciocínio moral. Apesar de existir um pensamento lógico ele necessita de coisas concretas para poder raciocinar, precisa de exemplos práticos que possa associar com coisas reais. Nesse momento a criança já consegue ter um controle consciente de suas emoções e pensamentos, e é um momento muito favorável para uma educação mais institucionalizada. O quarto estádio, dos 12 anos em diante, conhecido como operatório formal, sua principal característica é a apresentação do pensamento abstrato, porém esse estádio não apresenta relevância para o presente estudo de caso. 
1.3. Desenvolvimento psicossocial
	O termo “psicossocial” em sua essência diz respeito aos aspectos psicológicos e sociais. Se tratando de um indivíduo, é a forma de como ele opera em seu ambiente social. Em outras palavras, “a atividade mental na sociedade humana”. Desde bebê,a criança já inicia o seu desenvolvimento psicossocial. Seguindo as teorias de desenvolvimento de Erik Erikson, o desenvolvimento da criança nas três infâncias é composto por crises que fazem parte do processo de desenvolvimento.
	Na primeira infância, dos 0 aos 2 anos, a criança ainda não possui capacidade de comunicação. A forma de se expressar de um recém-nascido é o choro e é através do choro que eles comunicam suas necessidades. É desenvolvida uma linguagem propriamente para a comunicação ficar funcional, os pais acabam desenvolvendo um tipo de comunicação primitiva, entendendo cada pequeno ou grande sinal que o bebê faz, já o bebê desenvolve o entendimento do que fazer em cada sensação do seu corpo. e, a partir disso, se destaca a formação do vínculo e do apego entre o cuidador e a criança que são essenciais para o desenvolvimento esperado no futuro. 
	A primeira crise se trata da ‘’Confiança X desconfiança’’ que se trata especialmente das respostas que o bebê recebe do ambiente. É necessário para desenvolver a sua confiança nas suas expectativas em relação cuidador em relação ao que pode esperar e receber, portanto, é essencial a resposta dos cuidadores de forma adequada, pois crianças que não desenvolvem a confiança poderão ter problemas no futuro, especialmente para formar relacionamentos.
	A segunda crise, ‘’autonomia X vergonha e dúvida’’, a criança já com um senso de confiança formado, estando em uma idade em que já tem certa mobilidade física desenvolve um senso de mobilidade e autonomia, tendo seu autocontrole. É nesta fase que elas manifestam as ‘’birras’’, portanto, é importante que os cuidadores guiem de forma adequada a criança nessa crise. A vergonha e a dúvida ao mesmo tempo que pode ser prejudicial da forma que acontecer auxiliam para a noção de limites. 
	Nesta fase a criança também desenvolve os seus selfs: objetivo, emocional e subjetivo para assim ter a ideia de autoconceito. O self objetivo se trata da noção de diferença entre si e o próximo, o self objetivo é a capacidade de compreender que você existe e possui suas características e qualidades e o emocional é a capacidade de ‘’empatia’’ e a noção dos próprios sentimentos.
	Após superar as primeiras crises, a criança entra na segunda infância, dos 3 aos 6 anos, caracterizada pela exploração do mundo e do ambiente, já que é possível devido os novos atributos físicos que possibilitam a autonomia. Os pais continuam tendo seu papel importante, devendo orientar, mas ao mesmo tempo criar um equilíbrio adequado em relação ao limite, não devendo proibir demasiadamente, mas também não permitindo tudo. É a chamada crise da segunda infância ‘’iniciativa X culpa’’.
	Há novamente o desenvolvimento dos selfs, dessa vez o categórico, social, e o aprimorando do emocional. O categórico diz respeito a noção de categorização, o social é o discernimento do seu papel no meio em que está inserido e o emocional é responsável pelo controle das emoções.
	A terceira infância, dos 6 aos 12 anos, é época do ingresso na escola, portanto, é uma fase com muita socialização. A crise enfrentada nessa fase é a ‘’produtividade X Inferioridade’’. É marcada pela necessidade de se sentir aprovada em suas realizações, crianças nessa fase gostam muito de mostrar seus feitos aos adultos, é de extrema importância o papel dos cuidadores nessa crise pois a criança deve aprender a se sentir competente mesmo com o fracasso, caso ocorra uma influência negativa na criança ela pode crescer com um sentimento de inferioridade. 
	Os selfs se a aprimoram ainda mais. Há o desenvolvimento do self psicológico, que é a compreensão das próprias características psicológicas e o self de valorização que é a sua autoestima, avaliando suas habilidades e criando uma opinião de si própria. Nessa fase do desenvolvimento espera-se que a criança tenha um senso de autorregulação, ou seja, saiba supervisionar sozinho o seu comportamento discernindo o certo e errado de acordo com a moral que seus pais a ensinaram. 
2. APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
Foi-nos apresentado o caso de uma família que procura ajuda psicológica. O casal Salomão e Romana e seu filho Salim, após problemas no casamento e divergências de opiniões optam pela separação e com medo de como isso possa influenciar Salim decidem buscar ajuda psicológica. Salomão recebeu uma proposta de trabalho no interior e terá que se mudar, Romana que não concorda com a mudança decide permanecer na cidade dizendo que não quer abandonar seus pais, que não possuem nenhum problema de saúde e não precisam de cuidados, para ambos esse foi o ápice para a separação. Eles apresentam como maior medo a mudança na situação financeira, já que não conseguirão mais manter o antigo padrão de vida, e tem medo de como isso poderá afetar seu filho tendo em vista que não poderão mais dar tudo aquilo que a criança deseja. 
Por sua vez, Salim que desde cedo soube impor seus desejos sobre os seus pais e sempre os viu serem atendidos, até mesmo em partes importantes de sua infância em que deveria ter se estabelecido um limite nas escolhas visando um equilíbrio. Ele apresenta alguns desvios comportamentais e de aprendizagem. Desde pequeno ganha tudo o que quer, aos 3 anos ainda dormia com os pais e quando eles negavam o querer da criança e tentavam impor limites, Salim esperneava e os irritava até cederem. Aos 5 anos ele passa a frequentar o ambiente escolar, sempre escolhendo quem iria lhe buscar na escola, ao final da aula quando ele percebia que não a pessoa desejada que estava a o esperando, ele fazia birra e não saia da escola até o responsável esperado chegar. Apesar disso, na escola com os colegas, Salim não apresentava nenhum problema para se relacionar com os colegas e seguir as regras exigidas pelas professoras.
 Aos 8 anos, época atual em que os pais estão se separando, Salim apresenta problemas para se relacionar na escola, não consegue trabalhar em equipe e nem se relacionar com os colegas nas brincadeiras, apenas brinca daquilo que ele quer e também é quem cria as regras. Além disso, apresenta problemas de aprendizagem, confunde algumas letras na escrita e na fala, e corre o risco de repetir de ano, tendo em vista que na série anterior teve um desempenho medíocre e foi aprovado pelo conselho escolar.
3. ANÁLISE DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
Segundo Erik Erikson, fundamentador da teoria do desenvolvimento psicossocial, no ciclo de desenvolvimento, há dois conflitos de extrema importância para esta análise conhecidos como ''crises'', seriam elas autonomia x vergonha e dúvida, iniciativa x culpa. Essas crises devem ser superadas na segunda infância para que se possa dar continuidade ao desenvolvimento de forma sadia. A partir dos 3 anos, o senso de autocontrole se manifesta junto com o da obediência em relação a influência de terceiros, sendo necessário um papel ativo dos pais como principais auxiliadores para que tal capacidade possa se desenvolver de forma correta, pois a família é o primeiro grupo onde a criança desenvolve suas características morais e sociais. Passar pelas crises dessa infância significará ter mais autonomia no geral.
Em relação aos aspectos de Salim, seus pais não tomam as devidas medidas por conta da ‘’submissão’’ ao filho, o que pode comprometer no seu desenvolvimento. Na crise de ‘’autonomia em seu fundamento versus vergonha e dúvida’’ por volta dos 2-3 anos de idade, trata da questão de autonomia em seu fundamento, que é o autocontrole e da aceitação de controle por outros. É uma crise em que a ajuda dos pais é essencial para a criança entender regras e normas. Por exemplo: Salim dormir na cama dos pais mesmo após a recusa deles.
‘’Iniciativa versus Culpa’’ marcada nas idades entre três aos seis anos. Salim não demonstra todos os aspectos esperados para o desenvolvimento a partir da crise, pois ela postula que em tal idade a criança já possui um comportamento de receio de fracasso e punição relacionada as expectativas dos adultos, algo que Salim não demonstra, fica claro quando seus pais vão buscá-lo na escola.Da mesma forma, a teoria de Jean Piaget, biólogo, psicólogo e epistemólogo, (1896, 1980). Dividiu o desenvolvimento cognitivo infantil em quatro estádios: sensório motor (0-2 anos), pré-operatório (2-6 anos), estádio operatório concreto (6-12 anos). Em suma, o sensório motor se trata do desenvolvimento das atividades motoras da criança. O pré-operatório demonstra uma capacidade linguagem e de representações simbólicas. O estádio operatório concreto, fase atual em que Salim se encontra, é a fase em que a criança deve desenvolver o pensamento lógico, mais racional. No caso do Salim, ele não aceita uma resposta negativa de seus pais e insiste em dormir junto deles, escolhe quem vai buscá-lo na escola, demonstrando falta de controle, especificamente no espectro emocional que deveria ser diferente do que é para a idade em que ele se encontra. 
Neste momento os pais devem agir impondo limites, mas de uma forma adequada que visa o equilíbrio, ou seja, não punindo ou sendo condescendente, mas orientando a criança no momento para agir da forma correta sem uma repreensão que possa deixar a criança frustrada ou reprimida. Seja essas formas como sugestões e pedidos, mas sempre mantendo em um clima positivo e agradável para ambos para ter uma cooperação eficiente.
 Na primeira infância, o desenvolvimento do self emocional, objetivo e subjetivo são essenciais para a criação de uma noção de si mesmo, essenciais para ir para a próxima fase. Salim sucede por insistência e com diversos outros métodos para conseguir o que deseja. Seus pais, por pena e desgaste são condescendentes e não tomam as medidas adequadas para um desenvolvimento e educação que visa atender todas as necessidades do menino, com ênfase na disciplina, diálogo e aprendizagem.
Em relação a desenvolvimento na segunda infância, que é a fase de aprimoramento físico, Salim não apresenta nenhum problema nos aspectos físicos, exceto o psicossocial e cognitivo. Tais problemas poderão ter influência negativa no seu desenvolvimento adequado no futuro, como a capacidade de controlar o seu emocional na questão de lidar com frustrações e de disciplina no seu período escolar.
No terceiro período, segundo Piaget, se trata do período de operações concretas que é marcado pelo refinamento das habilidades anteriores adquiridas e aprimoradas. Há diversos avanços, incluindo a capacidade de raciocínio moral e de seguir regras complexas. Tais mudanças são o início de certa autonomia no comportamento. O egocentrismo diminui e há o processo de pensar com lógica, mas não de maneira definitiva já conhecida, mas sim de forma concreta. Autoconceito e habilidades com números e matemática se desenvolve, porém Salim demonstra um certo atraso no seu desenvolvimento. Ele possui problemas na escola em português e matemática, evidentemente pela má formação de seus estádios anteriores.
4. CONCLUSÃO
Concluímos que o Salim não está dentro do esperado para a idade dele. A dinâmica de criação ao qual foi submetido acabou afetando gradativamente seu desenvolvimento, cognitivo e psicossocial. Apesar de não apresentar um desempenho satisfatório para a idade, ainda tem como corrigir os maus hábitos criados pelos pais. Conforme citado anteriormente, Salomão e Romana foram ao psicólogo em busca de aconselhamento sobre como proceder com Salim agora que estão se separando, é necessário que façam um acompanhamento regular com o menino para que, através de sessões de terapia, ele consiga alcançar o desenvolvimento esperado para a idade, além de que é necessário que os pais participem junto da criança para serem reeducados sobre hábitos de criação e como podem melhorar para que o Salim consiga progredir em seu desenvolvimento e decidir se o melhor momento do divórcio. 
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DESENVOLVIMENTO INFANTIL. Minuto saudável, 2019. Página inicial. Disponível em <https://minutosaudavel.com.br/desenvolvimento-infantil/>. Acesso em: 3 de abr. de 2019.
8 FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL. Psicoativo, 2016. Desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson. Disponível em <https://psicoativo.com/2016/08/as-8-fases-do-desenvolvimento-psicossocial-de-erik-erikson.html/>. Acesso em: 25 de mar. de 2019.
TEORIAS DE JEAN PIAGET. Maxieduca, 2017. Teorias de Jean Piaget para o desenvolvimento infantil. Disponível em: <https://blog.maxieduca.com.br/teorias-jean-piaget/>. Acesso em: 1 de abr. de 2019.
CRIANÇAS QUE DORMEM COM OS PAIS. Eu sem fronteiras, 2018. Crianças que dormem com os pais: a quentinha e perigosa cama da mamãe. Disponível em <https://www.eusemfronteiras.com.br/criancas-que-dormem-com-os-pais/ >. Acesso em: 8 de abr. de 2019.
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; Desenvolvimento Humano, 2016.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO, COGNITIVO E PSICOSSOCIAL. Portal educação, 2017. Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial e da personalidade do adulto. Disponível em <https://www.portaleducacao.com.br/ conteudo/artigos/psicologia/desenvolvimento-fisico-cognitivo-social-e-da-personalidade-do-adulto/27555>. Acesso em: 10 de abr. de 2019.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/teoria-de-erik-erikson-sobre-o-desenvolvimento-humano/26802
TEORIA DE ERICK ERICKSON SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO. Portal educação, Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/teoria-de-erik-erikson-sobre-o-desenvolvimento-humano/26802> Acesso em: 10 de abr. de 2019.
 AUTONOMIA/DÚVIDA E VERGONHA – ENTRE OS 18 MESES E OS 3 ANOS entre, portal educação. Disponível em <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/autonomia-duvida-e-vergonha-entre-os-18-meses-e-os-3-anos/46332> Acesso em: 10 de abr. de 2019.

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