Freud e a inserção da Psicanálise

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FACULDADE DE NOVA SERRANA
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Freud nos princípios da Psicanálise
Poliana Gomes Andrade 4° Período de Psicologia FANS 2019
 
Formado pela Universidade de Viena, optou a princípio por Filosofia, campo que depois iluminaria sua produção teórica, decidindo-se depois pela Medicina, especializando-se em Fisiologia Nervosa.
Ao se aprofundar na busca de um embasamento para entender mais os males indescritivamente clínicos, procurou compartilhar seus achados dissertados no ponto de vista filosófico e psíquico. Sua principal ferramenta era a escuta sem julgamentos apenas escuta atenta á todos os detalhes que pudessem ser significativamente descritos pelo paciente, Freud então buscava trabalhar a simbologia psicoafetiva dos elementos expostos e a partir daí ele trabalhava os males psíquicos do paciente, com uma escuta terapeutica. 
Tanto era esse o uso que em certa consulta á uma paciente, Emmy Von N. lhe pediu, certa vez, que não a tocasse, não a olhasse e nada falasse; queria apenas ser escutada.
 A palavra se impõe, apontando uma mudança no caminho de Freud: a partir daí ele passa a associar e investigar sob a luz da Psicoanálise que os medos da infancia, eram omitidos no consiente, mas ao eclodirem sob o disparo de um gatilho psíquico em alguma fase da vida provocam patologias e reações clinicamente infundadas no sujeto, e a partir daí, a cura viria pela escuta. Ao retirar a palavra do que a nosografia diz sobre o paciente, Freud entrega a palavra ao próprio paciente para que ele falasse sobre si mesmo. 
Essa modalidade, claro contrariou os seus contemporâneos, mas também trouxe novos interessados tanto pacientes quanto alguns médicos ou psicólogos. Era definitivamente polêmico o tratamento de qualquer doença que envolvesse mais do que a farmacopéia da época.
A classe médica contemporânea não foi receptiva fronte á suas concepções apresentadas sob a luz da nova teoria, a psicanálise. A comunidade médico-científica não a recebeu de braços abertos e, além disso, repudiava também a sua forma de abordagem e atendimento imparcial, despido de qualquer moralismo ou juízo de valores, prestando á todos os pacientes que buscavam tratamento em seu divã. Freud foi intimado á discorrer sobre sua metodologia sob a ótica do seu embasamento psicológico, aqui evidenciado os fenômenos psico-emocionais, duas bases abstratas demais para os médicos que trabalhavam e desenvolviam todo o saber da medicina nos aparatos paulatinamente subsidiados pelas experiências laboratoriais que ficam áquem da capacidade de se moldar á subjetividade dos pacientes com sofrimentos ainda não compreendidos e com razão porque o paciente não tinha liberdade para se expressar nos consultórios.