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PIM III E IV GESTÃO AMBIENTal TAMIRES DA SILVA OLIVEIRA

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1 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA 
GESTÃO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
TAMIRES DA SILVA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
PIM III E IV 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR 
LOJAS AMERICANAS 
 
 
 
 
 
BELÉM-PARÁ 
2015 
 
2 
 
TAMIRES DA SILVA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
PIM III E IV 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR 
LOJAS AMERICANAS 
 
 
 
 
 
 
Trabalho do Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM III e IV, 
apresentado como exigência para conclusão do 2º Semestre 
do Curso Superior de Tecnologia Gestão Ambiental, da 
Universidade Paulista – UNIP, campus Nazaré. 
 
Monitora: RAMON PANTOJA 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PARÁ 
2015 
 
3 
 
 
Resumo 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar de que maneira as tradicionais 
ferramentas de Análise das Demonstrações Contábeis podem auxiliar os usuários internos e externos 
no processo de tomada de decisão. Para atender o objetivo do trabalho fez-se necessário uma 
pesquisa exploratória e qualitativa, com a aplicação de um estudo de caso realizado a partir dos 
Balanços Patrimoniais e das Demonstrações do Resultado do Exercício das Lojas Americanas S/A, 
tradicional empresa de comércio varejista. A empresa que gera impactos ambientais, através de suas 
linhas de produção, além de infringir a legislação vigente e ter que pagar os custos desta infração, vai 
se desgastar perante o público consumidor As empresas utilizam da estatística para poderem 
mensurar como estão em relação à qualidade tanto na sua produção. Educação Ambiental é um 
vocábulo composto por um substantivo e um adjetivo, que envolvem, respectivamente, o campo da 
Educação e o campo Ambiental. O endomarketing é o termo registrado por Saul Bekin em 1995 e é 
utilizado para denominar o uso de ações de marketing voltadas aos empregados, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Abstract 
This study aims to analyze how the traditional Financial Statement Analysis tools can help 
internal and external users in the decision-making process. To meet the objective of the work was 
necessary exploratory and qualitative research, with the application of a case study from the Balance 
Sheet and the Income Statement of Lojas Americanas S / A, traditional retail company. The company 
that generates environmental impacts through their production lines, in addition to violating present 
legislation and having to pay the costs of this offense, will wear to the consumer public Businesses 
use of statistics in order to measure as they are in relation to quality both in its production. 
Environmental education is a word consisting of a noun and an adjective, involving, respectively, the 
field of education and environmental field. The internal marketing is the term trademarked by Saul 
Bekin in 1995 and is used to describe the use of marketing actions to employees, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
1-INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 6 
2-CONTABILIDADE .................................................................................................................... 7 a 25 
3-SAÚDE AMBIENTAL ...................................................................................................... 26,27,28,29 
4-ESTATISTICA........................................................................................................................... 29,30 
5-ESTRATÉGIA DE MARKETING DIGITAL ................................................................................. 30,31 
6-ENDOMARKETING .......................................................................................................................31 
6.1- IMPORTÂNCIA DO ENDOMARKETING NA EMPRESA ............................................................31 
6.2-A EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................................. 32,33 
6.3-TRANSFORMANDO VELHOS ATOS EM NOVOS HÁBITOS ............................................ 32,34,35 
7-FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE ...................... 35,36,37,38 
8-QUÍMICA AMBIENTAL. ......................................................................................................... 38 a 41 
9-DINAMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ........................ Erro! Indicador não definido. a 47 
10-GESTÃO AMBIENTAL ....................................................................................................... 47,48,49 
11-CONCLUSÃO ..............................................................................................................................50 
12-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 51,52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
Os relatórios contábeis são elaborados através dos acontecimentos ocorridos na empresa em 
um espaço de tempo, como entradas e saídas de dinheiro, compra e venda de mercadorias, aumento 
de capital, ou seja, de acordo com o ciclo operacional da empresa 
A empresa que gera impactos ambientais, através de suas linhas de produção, além de 
infringir a legislação vigente e ter que pagar os custos desta infração, vai se desgastar perante o 
público consumidor. 
As empresas utilizam da estatística para poderem mensurar como estão em relação à 
qualidade tanto na sua produção quanto em seus processos tanto internos e externos, 
O endomarketing pode ser utilizado nas organizações de modo que as pessoas revejam suas 
atitudes, valores, num ambiente que necessita do envolvimento e comprometimento das pessoas. 
A Educação Ambiental é um vocábulo composto por um substantivo e um adjetivo, que 
envolvem, respectivamente, o campo da Educação e o campo Ambiental. Enquanto o substantivo 
Educação confere a essência do vocábulo “Educação Ambiental”, 
A designação de Ecologia Industrial provém dos conceitos que lhe estão associados e que 
emergem da analogia entre os sistemas industriais e os sistemas ecológicos 
A estruturação do papel de cada interveniente no ciclo de vida dos EEE de forma a 
racionalizar custos económicos e ambientais, apresenta-se também como uma valiosa. 
Os caminhos percorridos ciclicamente entre o meio abiótico e o biótico pela água e pelos 
elementos químicos carbono, oxigênio e nitrogênio constituem os ciclos biogeoquímicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2-CONTABILIDADE 
As demonstrações contábeis são os principais objetos de trabalho da contabilidade, 
disponibilizados em forma de relatórios, que visam gerar tanto as informações econômicas, que diz 
respeito aos patrimônios e bens quantas financeiras ligadas ao valor em dinheiro disponível sendo 
que para Assaf (2010, p.35): 
Através das demonstrações contábeis levantadas por uma empresa 
pode ser extraída informações a respeito de sua posição econômica e 
financeira. Por exemplo, um analista pode obter conclusões sobre a 
atratividade de investir em ações de determinada companhia; se um crédito 
solicitado merece ou não ser atendido: se a capacidade de pagamento 
(liquidez) encontra-se numa situação de equilíbrio ou insolvência; se a 
atividade operacional da empresa oferece uma rentabilidade que satisfaz as 
expectativas dos proprietários de capital e assim por diante. 
Os relatórios contábeis são elaborados através dos acontecimentos ocorridos na empresa em 
um espaço de tempo, como entradas e saídas de dinheiro, compra e venda de mercadorias,aumento 
de capital, ou seja, de acordo com o ciclo operacional da empresa. Ludicibus (2008.p.26) afirma que 
o demonstrativo contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela 
contabilidade em determinado período como os demonstrativos contábeis não são utilizados apenas 
por usuários internos como empregados, credores por empréstimos, fornecedores e o público são 
definidos como usuários externos no quadro um, a seguir, apresenta as informações buscadas pelo 
principal usuários das demonstrações contábeis: 
Quadro 1: informações buscadas pelos principais usuários das demonstrações contábeis e 
decisões auxiliadas por essas informações. 
Fonte: Adaptado Montoto (2012) 
 
8 
 
Entretanto, a elaboração das demonstrações contábeis não ocorre somente devido a 
necessidade dos usuários internos e externos de conhecer o patrimônio da empresa. A Lei 6.404/78, 
determina em seu artigo 178 a elaboração e publicação dos principais demonstrativos para sociedade 
anônima de capital aberto e para sociedades anônimas de capital fechado e para sociedade 
anônimas de capital fechado com ativo total acima de R$ 240.000.000,00 e receita bruta anual maior 
que R$ 300.000.000,00: 
Art.176 ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração 
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza 
a situação do patrimônio da companhia e as mutações no exercício: 
I- Balanço Patrimonial 
II- Demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados: 
III- Demonstrações do fluxo de caixa e (redação dada pela Lei n0 11.638, de 
2007). 
IV- Demonstração do resultado do exercício; 
V- Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (incluindo pela lei 
n
0
 11.638, de 2007) 
O Balanço Patrimonial (BP) é o demonstrativo contábil que apresenta, no fim do exercício, a 
formação financeira e patrimonial da empresa em valores monetários. Através dos balanços são 
mostrados todos os bens direitos e obrigações da organização, classificados como ativo e passivo. 
Reis (2003,p.51) define o balanço patrimonial como uma apresentação estática sintética e ordenada 
do saldo monetário de todos os valores integrantes do patrimônio de uma empresa em determinada 
data. 
A demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DPLA) visa demonstrar os elementos 
que contribuíram para o aumento ou diminuição da conta lucros ou prejuízos acumulados. 
Assaf (2007, p.97) afirma: 
(...) a demonstração de lucros e prejuízos acumulados retrata as movimentações ocorridas na 
conta de lucro acumulados do patrimônio líquido, ou seja, deduzidos de impostos e despesas, das 
empresas em um espaço de tempo especifico. 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) demonstra o resultado, seja, positivo ou 
negativo, obtido pela empresa, mediante apuração de despesas e receitas ocorridas no exercício, 
resultando no lucro ou prejuízo do período. Segundo Blatt (2001) a DRE calcula os resultados 
líquidos, ou seja, deduzidos de impostos e despesas, das empresas em um espaço de tempo 
específico. A demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) se caracteriza pela apresentação de transações 
realizadas em um período, ou seja, as entradas e saídas de recursos da empresa que modificaram 
param mais ou para menos, o saldo da conta caixa. 
9 
 
Segundo Marion (2012, p.54): 
A demonstração do Fluxo de Caixa indica, no 
mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa, 
segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e 
dos investimentos. Essa demonstração será obtida de forma 
direta (a partir da movimentação do caixa e equivalentes de 
caixa) ou de forma indireta (com base no lucro prejuízo do 
exercício). 
A demonstração do Valor Adicionado (DVA) informa o valor da riqueza da empresa e como 
essa riqueza é distribuída. A DVA de acordo com a Lei 11.638/07 é obrigatória apenas para 
companhias de capital aberto, conforme mencionado anteriormente. 
Para Marion (201, p.59): 
A demonstração do valor adicionado evidenciará os componentes geradores do valor 
adicionado a sua distribuição entre empregados, financiadores, acionistas, governos e outros, bem 
como a parcela retida para o reinvestimento. 
Além das demonstrações contábeis descritas, a Lei 6.404/76 determina, em seu terceiro, a 
formulação das notas explicativas como um relatório complementar ás demonstrações contábeis. 
Esse relatório deve informar detalhes sobre a elaboração dos demonstrativos que esclareçam os 
resultados apresentados. 
A seguir serão apresentados maiores informações sobre o Balanço Patrimonial e a 
Demonstração do Resultado Exercício, demonstrativos utilizados para o estudo de caso do presente 
trabalho. 
Balanço Patrimonial tem como objetivo principal demonstrar a posição financeira e patrimonial 
da empresa geralmente ao fim do ano, de acordo com o exercício social da empresa sendo 
demonstrado numericamente os bens, direitos, obrigações e participações de acionistas ou cotistas. 
O balanço patrimonial mostra-se uma demonstração de suma importância, pois é um elemento 
fundamental para o conhecimento da posição de uma empresa (ASSAF NETO,2010). 
Art.178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e análise da situação financeira da 
companhia. 
§ 1º No ativo, as contas estão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos 
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
I- Ativo circulante, composto por ativo realizável em longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível (Incluído pela Lei n0 11.941, de 2009) 
II- Ativo não circulante, composto por ativo realizável em longo prazo, 
investimentos, imobilizados e intangíveis (Incluído pela lei n0 11.941, de 2009). 
10 
 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
III – Patrimônio líquido, dividido em capital social, reserva de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, reservam de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
As informações mínimas que devem constar no Balanço Patrimonial estão definidas no item 
54 do CPC 26, transcrito a seguir: 
O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, no mínimo, as seguintes 
contas: 
(a) caixa e equivalentes de caixa; 
(b) clientes e outros recebíveis; 
(c) estoques; 
(d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”); 
(e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento Técnico CPC 
38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para venda de 
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e 
Operação Descontinuada; 
(f) ativos biológicos; 
(g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; 
(h) propriedades para investimento; 
(i) imobilizado; 
(j) intangível; 
(k) contas a pagar comerciais e outras; 
(l) provisões; 
(m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”); 
11 
 
(n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente, conforme definido no Pronunciamento 
Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro; 
(o) impostos diferidos ativos e passivos, como definido no Pronunciamento Técnico CPC 32; 
(p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 31; 
(q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio 
líquido; e 
(r) capital integralizadoe reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade. O 
Quadro dois apresenta, de forma sintética, a estrutura do Balanço Patrimonial de acordo com a Lei 
6.404/76: 
. Quadro 2 – Estrutura do Balanço Patrimonial 
Fonte: Adaptado Marion (2012) 
 
O Balanço Patrimonial divide-se em dois grupos denominados como Ativo e 
Passivo, que serão apresentados a seguir: 
No Ativo é apresentado tudo o que a empresa tem, ou seja, todos os seus bens, recursos, 
direitos a recebimento e despesas, que podem gerar benefícios futuros. Montoto apud ludicibus 
(2012.p.17) ressalta: “ativos são recursos controlados por uma entidade capazes de gerar, mediata 
ou imediatamente, fluxos de caixa”. O ativo é dividido em dois subgrupos: Ativo Circulante e Ativo 
Não Circulante. 
12 
 
O Ativo Circulante é grupo formado pelas contas eu represento os bens e direitos e tudo que 
poderá ser transformado em itens monetários no curto prazo, ou seja, até o final do exercício 
seguinte. Ribeiro (2013, p.403) destaca o ativo circulante como: 
(...) valores numerários (caixa e equivalente de caixa e em bancos, 
seja na conta corrente ou em aplicações de liquidez imediata), bens 
destinados à venda ou ao consumo próprio, despesas pagas 
antecipadamente com vencimentos fixados em até 12 meses da data do 
Balanço em que as contas estão sendo classificadas, bem como direitos 
cujos vencimentos também ocorram dentro desse período. 
O ativo não circulante é representado pelos bens e direitos que serão ou poderão ser 
realizados (conversão em dinheiro) em longo prazo, ou seja, após o final do exercício seguinte. 
Montoto (2012, p.140) específica: 
O ativo não circulante foi criado pela MP 440/2008 (Lei 11.941) e é subdividido em quatro 
subgrupos: 
 Realizável em longo prazo (aplicações em direitos realizáveis nos 
exercícios posteriores ao seguinte); 
 Investimentos (bens para investimentos ou para utilização futura); 
 Imobilizado (máquinas, equipamentos, edifícios); e 
 Intangível (marcas, licenças e concessões). 
O passivo mostra a origem dos recursos serem originários de terceiros ou dos sócios. Diante 
disso, o Passivo é dividido em: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. 
O passivo circulante é o grupo formado pelas contas que representam as dívidas pagas para 
pagamento (realização) até o fim do exercício seguinte, por exemplo: obrigações com fornecedores, 
empréstimos e financiamentos, obrigações tributárias, obrigações trabalhistas e previdenciárias, entre 
outras (RIBEIRO, 2013). 
O Passivo Não Circulante é distribuído pelas obrigações acima citadas, porém, com a 
realização após o fim do exercício seguinte. 
O patrimônio Líquido representa a parte da empresa que pertence a seus sócios e 
proprietários, bem como o investimento dos mesmos na empresa. A lei 6.404/76, atualizada pela Lei 
11.941/07, em seu artigo 178, § 2º, III, divide o Patrimônio Líquido em “capital social, reservas de 
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados.” 
A demonstração de Resultados do Exercício expressa o lucro ou o prejuízo obtido pela 
empresa no período, através confronto entre receitas e despesas. Sendo assim, quanto às receitas 
do período forem maiores que as despesas, resultarão no lucro, e quando forem maiores que as 
receitas, resultarão em prejuízo. 
13 
 
Montoto (2012 ,p.183) ressalta: 
O demonstrativo do resultado é o relatório construído a partir dos 
saídos de encerramento de todas s contas de resultado são receitas, 
deduções de receitas, custos despesas, impostos e participações sobre 
lucros. 
O artigo 187 da Lei 6.404/78, atualizada pela Lei 11.941/09, define o que as empresas devem 
descriminar na Demonstração do Resultado do Exercício, conforme a transcrição a seguir: 
Artigo 187. A demonstração do resultado do exercício descriminará: 
I- A receita bruta das vendas e serviços, as deduções 
das vendas, os abatimentos e os impostos; 
II- A receita líquida das vendas e serviços, o custo das 
mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
III- As despesas com as vendas, as despesas 
financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e 
administrativas, e outras despesas; (redação dada pela Lei n0 
11.941, de 2009) 
IV- O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e 
as outras despesas; (Redação dada pela Lei n
0 
11.941, de 2009) 
V- O resultado do exercício antes do imposto sobre a 
Renda e a provisão para o imposto; 
VI- As participações de debêntures empregadas, 
administradores e partes beneficiadas, mesmo na forma de 
instrumento financeiro, e de instituições ou fundos de assistências 
ou previdência de empregados, que não se caracterize como 
despesas; (Redação dada pela Lei n0 11.941, de 2009) 
VII- O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu 
montante por ação do capital social. 
O quadro três demonstra a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício: 
 
Quadro 3 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício Fonte : Adaptado Marlon (2012) 
14 
 
O balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício são os demonstrativos 
mais comumente usados pois mostra de forma objetiva a saúde financeira da empresa. O Balanço 
Patrimonial pode expor, através da análise de suas contas, se o dinheiro disponível puder arcar com 
as dívidas a curto ou longo prazo. A demonstração do resultado do Exercício, com base nos dados 
extraídos do Balanço patrimonial, pode apresentar aos analistas e usuários se o capital investido na 
empresa foi recuperado ou não, por exemplo. Para uma análise possa obter bons resultados os 
dados apresentados nos demonstrativos devem mostrar a realidade da empresa, ou seja, deve-se 
averiguar a credibilidade desses dados (MARION, 2012). 
Atualmente o cenário competitivo das empresas, as decisões a serem tomadas ganha, 
grande importância e responsabilidade por parte dos gestores. Muitas dessas decisões são feitas 
com base na análise dos dados fornecidos pelas demonstrações contábeis, após suas publicações. 
A Análise das Demonstrações Contábeis surgiu com a necessidade de interpretação dos 
resultados mostrados nos demonstrativos contábeis. Os bancos foram os primeiros a utilizarem a se 
interessarem por esse tipo de análise (MARION e RIBEIRO, 2011). 
A análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil utilizada para examinar os 
dados fornecidos pelos demonstrativos contábeis e, por meio de interpretação, transformar esses 
dados em informações obtidas permite uma avaliação de desempenho da entidade, auxiliando no 
processo de tomada de decisão. 
Marion e Ribeiro (2001, p.158) definem a análise das Demonstrações Contábeis como uma 
ferramenta de valia nas tomadas de decisões, especialmente por possibilitar o conhecimento da 
situação econômica e financeira da organização. 
Montoto (2012, p.68) acrescenta que a análise dos relatórios contábeis 
(...) permite verificar, por exemplo, se a empresa tem mais disponibilidade (dinheiro) que no 
ano anterior, se tem mais estoques, se o grau de investimentos em imobilizados (edifícios, veículos, 
máquinas) é compatível com o negócio e com o setor em que a empresa atua, se o retorno sobre 
investimento foi adequado (se comparado às expectativas do mercado), entre outras análises. 
quatro Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis 
De posse dos demonstrativos contábeis, o analista então deverá aplicar as técnicas de 
análise, métodos pelos quais são extraídos índices para melhor entender a situação patrimonial da 
entidade. Algumas das técnicas mais utilizadas são as seguintes: 
a. Análise Vertical e Horizontal: demonstra, em percentual, o valor de cada item se 
comparadosao total do demonstrativo, ou a um valor específico, e sua variação no decorrer do 
tempo. 
15 
 
b. Análise Através de Índices: traduzem os demonstrativos em índices de estrutura, liquidez e 
rentabilidade, de maneira a entender como o patrimônio da entidade está estruturado, sua 
capacidade de pagamento, bem como o retorno do investimento. 
c. Prazos Médios: representam a velocidade com que elementos patrimoniais de relevo se 
renovam durante um determinado período de tempo. 
d. Método Pleurite: reclassifica os demonstrativos em operacional e financeiro (não 
operacional) e, a partir daí, analisa índices de capital de giro, tesouraria, longo prazo, os quais darão 
dimensão da situação operacional e financeira da entidade. 
e. Alavancagem Financeira: indica o grau de lucratividade, positiva ou negativa, gerada pela 
utilização de capitais de terceiros. 
f. Fator de Insolvência de Kant: modelo que permite determinar previamente, com razoável 
grau de segurança, o grau de insolvência, o qual tem por objetivo descobrir, nos demonstrativos das 
empresas, sinais de insolvência. 
g. Valor Econômico Adicional (EVA): A EVA é a medida do lucro econômico de uma empresa 
depois de descontado o custo de todo o capital empregado. Baseado na diferença entre a taxa de 
retorno sobre o capital investido e o custo desse capital. Essa diferença indica a qualidade ou 
eficiência com que o capital é utilizado. 
É importante lembrar que cada empresa trabalha de uma forma particular, com características 
próprias. Matarazzo (1998, p. 160), afirma que cada empresa é uma espécie animal único (...), não 
tem similar; cada uma tem sua forma de organização de produção, de vendas, de pessoal e 
financeira própria em função do que dependerá sua capacidade de adaptação, sua sobrevivência, 
seu crescimento ou sua própria expansão. 
Os índices de resultados devem considerar os mais diversos fatores da própria empresa, 
como o perfil dos administradores, as perspectivas da empresa, as políticas adotadas na entidade, as 
influências dos ambientes interno e externo, entre outros. Por isso, na análise, é importante que se 
tenha conhecimento da empresa, pois não é a simples variável encontrada que será por si só 
suficiente para que o analista consiga interpretá-lo, pois é preciso vê-lo sob a luz das políticas da 
empresa, para então afirmar a sua situação. Assaf Neto afirma que os índices "devem ser manejados 
pra que se extraiam melhores conclusões, de maneira comparativa, seja relacionando-os com os 
obtidos em outros períodos, ou com valores apresentados por outras empresas do mesmo setor e 
ramo de atividade." (ASSAF NETO, 1981, p. 121) 
 
 
16 
 
Para avaliar os índices, Matarazzo (1998, p. 189) enumera três maneiras: 
a. Avaliação Intrínseca de um Índice: é uma avaliação grosseira, pois avalia os índices pelo 
seu valor intrínseco, o que é limitado e só deve ser usado quando não se dispõem de índices-padrão 
proporcionado pela análise de um conjunto de empresas. 
b. Comparação de Índices no tempo: a comparação dos índices de uma empresa com os 
valores observados nos anos anteriores revela-se bastante útil por mostrar tendências seguidas pela 
empresa, permitindo ao analista formar uma opinião a respeito das diversas políticas da empresa, 
bem como as tendências que estão sendo registradas. É fundamental em qualquer avaliação em que 
os índices sejam analisados conjuntamente. 
c. Comparação com padrões: a avaliação de um índice e a conceituação como ótimo, bom, 
satisfatório, razoável ou deficiente só pode ser feita através da comparação com padrões. "Uma vez 
calculados os índices e comparados com padrões, pode-se, fazer primeiro uma avaliação individual 
de cada índice, depois uma avaliação conjunta e, assim, avaliar-se a empresa e sua administração." 
(MATARAZZO, 1998, p. 190) Lembrando sempre de analisá-los pela ótica das políticas da empresa. 
5 Como elaborar uma análise das demonstrações financeiras 
Para que o analista faça um relatório de análise das demonstrações contábeis, é 
indispensável um conjunto de informações e conhecimentos básicos, pré-requisitos, os quais citamos 
alguns: 
a. Conhecimento Básico de Contabilidade; 
b. Conhecimento de Técnicas de Análise; 
c. Atividade da Empresa; 
d. Políticas e Estratégias da Empresa; 
e. Perfil dos Administradores; 
f. Influências dos ambientes interno e externo na empresa; 
g. Capacidade de Interpretação. 
Além destes pré-requisitos, é preciso entender qual é o raciocínio que o analista deve seguir 
para poder analisar as demonstrações. Matarazzo afirma que análise de Demonstrações Financeiras 
baseia-se em raciocínio científico, tendo como objetivo a conversão das demonstrações contábeis em 
relatórios de linguagem descomplicada, entende-se, então, que, conforme Matarazzo (1998, p. 22): 
 
17 
 
a. extraem-se índices das demonstrações financeiras; 
b. comparam-se os índices com os padrões; 
c. ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; 
d. tomam-se decisões. 
Objetivando facilitar o trabalho do analista, é preciso fazer a reclassificação ou padronização 
das demonstrações contábeis, "é necessário um reagrupamento de algumas contas, com o objetivo 
de tornar mais homogêneo e menos complexo para a análise." (ASSAF NETO, 1981, p. 73). 
Matarazzo (1998, p. 142) cita os motivos pelos quais faz-se necessária a referida padronização: 
a. Simplificação; 
b. Comparabilidade; 
c. Adequação aos objetivos da análise; 
d. Precisão nas classificações das contas; 
e. Descoberta de erros; 
f. Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa. 
Depois de toda análise quantitativa elaborada, é necessário saber o que incluir no relatório. 
Matarazzo (1998, pg. 20), lista as seguintes informações que devem ser produzidas pela análise de 
balanços: 
a. Situação financeira; 
b. Situação econômica; 
c. Desempenho; 
d. Eficiência na utilização dos recursos; 
e. Pontos fortes e fracos; 
f. Tendências e perspectivas; 
g. Quadro evolutivo; 
h. Adequação das fontes às aplicações dos recursos; 
i. Causas das alterações na situação financeira; 
18 
 
j. Causas das alterações na rentabilidade; 
l. Evidências de erros da administração; 
m. Providências que deveriam ser tomadas e não foram; 
n. Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras. 
Assaf Neto (1981, p. 71) também apresenta um modelo para análise: 
a. Caracterização da empresa 
b. Mercado 
c. Aspectos internos da empresa 
d. Aspectos contábeis 
e. Análise econômico financeira 
Caracterização da empresa 
As Lojas Americanas S/A (LASA) é uma tradicional empresa de comércio varejista do Brasil, 
com mais de 80 anos de vida. Foi inaugurada no Brasil no ano de 1929 pelos americanos John Lee, 
Glen Matson, James Marshall e Batson Borger, com o slogan “Nada além de dois mil réis". Desde o 
nascimento a empresa está em desenvolvimento constante, sendo altamente reconhecida em todo 
Brasil. 
Atualmente a empresa conta com 849 lojas em principais cidades do país e 4 centros de 
distribuição, comercializando mais de 60.000 itens de 4.000 empresas diferentes. Além das lojas 
físicas, a Lojas Americanas atende seus clientes por meio de uma estrutura de atendimento 
multicanal via internet, telefone, catálogos, TV e quiosques através da empresa controlada B2W 
Digital, possuindo o controle acionário com 55% do capital social da empresa (LOJAS AMERICANAS, 
2014). 
De acordo com as informações apresentadas nos Relatórios da Administração 
disponibilizados no site da empresa, referente aos exercícios 2011, 2012 e 2013, a empresa obteve 
uma evolução positiva: 
desenvolvimento de logística e inovação tecnológica, a LojasAmericanas S/A atingiu, ao fim do ano, 
R$ 9.978 bilhões de receita líquida consolidada, valor equivalente a um crescimento de 8,7% em 
relação as vendas líquidas do ano anterior. O lucro líquido foi de 340,42 milhões, 20,5% maior que 
em 2011. 
19 
 
ita líquida de R$ 11,334 bilhões, crescimento de 13,6% 
em relação a 2011. Segundo o Relatório da Administração desse mesmo ano, o varejo brasileiro 
conseguiu apresentar crescimento, mesmo passando por desafios econômicos, como a inflação. O 
lucro líquido foi de 410,2 milhões, 20,5% maior que em 2011. 
consolidada, uma receita líquida de R$ 13,401 bilhões, representando um crescimento de 18,2% em 
relação a 2012. O lucro líquido de 2013 foi de R$ 462,9 milhões, desempenho acima do atingido em 
2011 e 2012. 
Nos próximos subcapítulos foram utilizados como base, para as análises horizontal e vertical 
e índices de liquidez, os dados consolidados dos demonstrativos contábeis Balanço Patrimonial e 
Demonstração do Resultado do Exercício dos anos 2011, 2012 e 2013. Por se tratar de uma empresa 
de capital aberto, os demonstrativos foram elaborados e publicados pela Lojas Americanas S/A, 
compatíveis com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas da Comissão de Valores 
Mobiliários – CVM. 
 
 
20 
 
Com base nos dados do Balanço Patrimonial, a Análise Vertical demonstra que, nos anos de 
2011, 2012 e 2013, o maior percentual de participação do Ativo Total está representado pelo Ativo 
Circulante, com 72%, 66% e 64%, respectivamente. Porém, mostrou uma queda de 6% de 2011 para 
2012 e 2% de 2012 para 2013. Já o saldo do Ativo Não Circulante mostrou, ao longo dos três anos, 
uma evolução de 8% nessa representatividade, com participação estrutural de 28% (2011), 34% 
(2012) e 36% (2013). 
Esse cenário é resultado da mudança na formação dos itens desse grupo, com destaque para 
algumas contas em particular, apontadas abaixo de acordo com a Análise Vertical aplicada: 
ante, que em 2011 representava 23% do Ativo Total, diminuiu 
em 2012 para 15%, e em 2013 para 13%. Essa queda indica uma diminuição nas vendas pagas a 
prazo, todavia não se verificou nos períodos analisados uma redução nas vendas líquidas. Tal pode 
revelar uma mudança na política de concessão de crédito da empresa. Esse comportamento difere 
do estudo de Borba (2004), onde a empresa aumentou a política de concessão de crédito passando 
de 33% para 40%. 
o na sua participação estrutural 
de 15% (2011) para 17% (2012 e 2013), refletindo a peculiaridade do segmento de mercado varejista 
que opera com mais enxutos devido à alta rotatividade. Já o estudo de Borba (2004) mostra uma 
tendência de redução dos estoques. Depreende-se que mesmo dentro do segmento de atuação da 
empresa, há uma pluralidade de tendências, ou seja, as tomadas de decisões gerenciais priorizam as 
necessidades de giro da empresa. 
scimento significativo de 
2011 a 2013, aumentando de 2012 para 2013 um percentual de 35%. Esses percentuais denotam o 
aumento de bens, no Imobilizado, como compra de terrenos e lojas que são comuns em lojas de 
departamento e, no Intangível, devido ao desenvolvimento websites e sistemas, conforme informado 
no Relatório da Administração. 
Também é possível observar, de acordo com os cálculos de Análise Horizontal, que os bens 
e direitos da empresa obtiveram uma evolução crescente, em 2011 e 2012, tanto no Ativo Circulante 
como no Ativo Não Circulante, mas em proporções diferentes. Porém, de 2012 para 2013 é possível 
notar um aumento significativo, principalmente no Ativo Total. Esse aumento denota, principalmente, 
o crescimento do Ativo Financeiro da empresa, através do saldo da conta Aplicações Financeiras, 
que cresceu 25% em 2013 e, representa 26% do Ativo Total nesse mesmo período. 
O gráfico abaixo demonstra a evolução dos bens e direitos da empresa: 
21 
 
 
 
Com auxílio da Análise Vertical, nota-se que o Passivo Circulante, em 2011 possuía o maior 
percentual de participação do Passivo Total, com 48%. Porém demonstrou em 2012 e 2013 uma 
queda nessa representatividade, com 44% e 39%, respectivamente. O Passivo Não Circulante, ao 
contrário do Passivo Circulante, apresentou um aumento de participação estrutural ao longo dos três 
anos, com 39% (2011), 45% (2012) e 51% (2013), passando a obter a maior representatividade do 
Passivo Total a partir de 2012 e permanecendo em 2013. Essa troca de posições se deu em 
consequência da mudança de comportamento de algumas contas, a seguir destacadas através da 
Análise Horizontal: 
 2012 para 2013, 
35%, indicando um maior número de compras de mercadorias efetuadas a prazo, ou seja, para 
pagamento futuro. 
em Curto Prazo” que diminuiu significada mente ao longo dos 
três anos, caindo em 2012 4% em relação a 2011, e em 2013 caindo expressivamente 56% em 
relação a 2012. 
em Longo Prazo” que, diferente da conta Empréstimos Bancários em Curto 
Prazo, apresentou aumento nos três anos, obtendo uma evolução maior em 2013, com 42% de 
aumento em relação a 2012. 
Os três aspectos acima podem demonstrar uma nova postura em relação a busca de Capital 
de Giro para a empresa. O aumento da conta “Fornecedores” indica uma maneira de obter maior 
facilidade em negociar menores juros e maiores prazos de pagamento, diferente dos empréstimos 
bancários de curto prazo. Também foi possível observar a diminuição de empréstimos em curto prazo 
e o aumento de empréstimos em longo prazo, uma atitude benéfica para empresa, pois proporcionam 
maior tempo para quitar a dívida, ou seja, maior prazo para a empresa obter o retorno esperado. 
O Patrimônio Líquido não demonstrou alterações relevantes quanto a representatividade no 
Ativo Total, representando 12% em 2011 e, se estabilizando em 11% nos anos de 2012 e 2013. 
Porém apresentou um aumento de 27% de 2012 para 2013, devido ao aumento de Capital e 
Reservas. O gráfico abaixo permite visualizar a evolução das contas do Passivo ao longo dos três 
22 
 
anos e, também, a influência da mudança de comportamento descrita acima referente a maior 
captação de recursos para empresa feita através de empréstimos em longo prazo e compras em 
curto prazo, em 2013: 
 
 A tabela abaixo se refere a aplicação das técnicas de Análise Vertical e Horizontal 
na Demonstração do Resultado do Exercício: 
 
 
Quanto a Demonstração do Resultado do Exercício é possível observar, por meio da Análise 
Horizontal, que a Receita Líquida referente a vendas e serviços aumentou ao longo dos três anos, 
com uma maior elevação de 2012 a 2013, com 18%. 
Já a Análise Vertical, mostra que a maior representatividade em relação a Receita Líquida 
está na conta Custo das mercadorias vendidas e serviços prestados, representando 70% em 2011, 
2012 e 2013. Verifica-se também, por meio da Análise Vertical, que nos três anos o lucro 
líquido da empresa manteve-se estável, representando 3% da receita líquida. Porém, através 
da Análise Horizontal, nota-se que o lucro líquido apresentou aumento de 14% em 2012 e 16% em 
2013. Os aspectos apresentados denotam que apesar da Análise Horizontal mostrar percentuais 
crescentes de evolução da conta Lucro Líquido, este não se refletiu na participação da conta em 
relação a receita líquida, exibidos pela Análise Vertical. Isto evidencia que os aumentos observados 
23 
 
na análise horizontal, provavelmente, decorrem de efeitos inflacionários, exibindo uma evolução 
crescente porém não representativa, em termos de margem do lucro líquido ao longo dos anos. 
Apesar de as Lojas Americanas S/A não apresentar evoluções expressivas do Lucro Líquido 
no período analisado, verifica-se que também não houve aumento nos custos e despesas 
operacionais, ao contráriodo estudo de Borba (2004) sobre a Lojas Renner S/A, onde aumento 
expressivo nos custos e despesas operacionais acarretou um Prejuízo Líquido nos três exercícios. 
A análise feita através de índices fornece uma verificação com maiores detalhes sobre a 
situação da empresa. O índice de liquidez tem como objetivo avaliara capacidade da empresa em 
quitar seus compromissos a curto e longo prazo. 
A seguir serão apresentados os cálculos e a interpretação dos Indicadores de Liquidez 
realizados de acordo com as contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado das 
Lojas Americanas S/A: 
 
Os índices de Liquidez imediata, que apresentam 0,03 para 2011, 0,04 para 2012 e 0,08 para 
2013, revelam que a empresa possui limitados recursos, como caixa equivalentes de caixa, 
suficientes para saldar suas obrigações em curto prazo caso fosse necessário liquidá-las. 
Entretanto, apesar da Lojas Americanas ter apresentado resultados abaixo de: 
1 nos três anos, a Liquidez Imediata é o único indicador de liquidez não interpretado da forma 
“quanto maior, melhor”. Isso ocorre pois, devido a inflação e o desenvolvimento do mercado de 
crédito, não é aconselhável a empresa manter valores elevados em caixa, uma vez que os 
pagamentos ocorrerão ao longo do exercício social, podendo esses valores ser investidos no giro da 
empresa. Logo, a empresa está em linha com as práticas correntes de manutenção de menores 
índices de liquidez imediata haja vista o poder corrosivo da inflação nos preços. 
O estudo feito por Mocei (2007) sobre uma empresa de varejo regional de Santa Catarina 
chamada Eugênio Raulino Koerich S/A apresenta, em semelhança ao caso das Lojas Americanas 
24 
 
S/A, que a empresa obteve indicadores de Liquidez Imediata abaixo de 1, com 0,18 em 2006 e 0,43 
em 2007 
A Liquidez Corrente da empresa apresentou em 2011 e 2012 o mesmo resultado, 1,48, 
indicando que para cada R$ 1,00 de dívida no passivo circulante, possuía R$ 1,48 de ativo circulante. 
Em 2013 apresentou um subindo para 1,64. 
O Balanço Patrimonial mostra que, através da Análise Horizontal, em 2011 e 2012 o Ativo 
Circulante e o Passivo Circulante cresceram, proporcionalmente, 7%, por esse motivo se mantiveram 
com o resultado de 1,48 ao longo dos dois anos. 
Contribuiu, principalmente, para o crescimento da Liquidez Corrente em 2013 o de 24% do 
Ativo Circulante, resultado da evolução positiva do saldo da conta Aplicações Financeiras, com um 
crescimento de 25%. 
Os cálculos evidenciam que a empresa possuiu uma maior folga em 2013, melhorando assim 
a capacidade de pagamento de suas dívidas de curto prazo. 
Adicionalmente, através dos cálculos da Análise Vertical, podemos evidenciar que a liquidez 
corrente, é dependente, em grande parte dos rendimentos de aplicações financeiras pois, em 2013, a 
conta apresentava maior representatividade no Ativo, com 26%. 
Esses resultados mostram uma constante na situação financeira (liquidez) da empresa, 
conforme apontado no estudo de Basso et. al. (2010), cujos índices de liquidez corrente (2007 a 
2009) também foram crescentes, refletindo um aumento da folga financeira de curto prazo. 
Diferente dos resultados apresentados pela Lojas Americanas S/A, o trabalho de Borba 
(2004) mostra que a Lojas Renner S/A apresentou de 2000 a 2002 um decréscimo referente ao índice 
de Liquidez Corrente, consequência do maior crescimento dos empréstimos e financiamentos a curto 
prazo. 
Analisando os índices de Liquidez Seca é possível verificar em 2011 um índice de 1,16. Esse 
índice diminuiu em 2012, com R$ 1,10 para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo. Já em 2013, o 
índice subiu para 1,19. Sendo assim, a empresa obteve, nos três anos, capacidade de quitar suas 
dívidas de curto prazo utilizando o Ativo. 
Circulante sem os valores de Estoque. A queda para R$ 1,10, em 2012, pode ter sido 
influenciada devido ao aumento de 29% dos Estoques, pois quanto maior for o valor da conta, maior 
será o valor excluído da expressão numérica calculada para se obter bo indicador de Liquidez Seca. 
Eliminando os valores de Estoque é possível desconsiderar elementos de incerteza em 
relação a liquidez, ou seja, os produtos em estoque podem ser vendidos ou não, podendo até 
demorar muito mais a se transformar em dinheiro. 
25 
 
De acordo com Borba (2004) em seu estudo de caso sobre a Lojas Renner S/A, a empresa 
obteve indicadores de Liquidez Seca estáveis, com 1,23 em 2000, 1,24 em 2001 e 1,24 em 2002, 
semelhante ao caso das Lojas Americanas, devido à redução da participação no Ativo da empresa. 
A Liquidez Geral, se comportou de maneira decrescente durante os três anos. 
Em 2011 era de 0,87, passando, no ano seguinte para 0,82 e alcançando 0,80 em 2013. 
Sendo assim, em 2013, a empresa apresentava o menor índice de Liquidez Geral obtendo para cada 
R$ 1,00 de dívida geral (Passivo Circulante mais Exigível a Longo Prazo) apenas R$ 0,80 de Ativos 
Circulantes e Ativos Realizáveis a Longo Prazo. 
Contribuiu principalmente para o resultado do indicador abaixo de 1 e a queda durante os 
anos, de acordo com os cálculos de Análise Horizontal, o aumento do Exigível a Longo Prazo nos 
três anos, com 34% de 2011 para 2012 e 43% de 2012 para 2013. Denota-se através desse 
aumento, uma mudança de comportamento da empresa referente a obtenção de Capital de Giro, 
concentrando em Empréstimos a Longo Prazo devido ao vencimento prolongado, aspecto já 
mencionado anteriormente neste estudo. 
Sendo assim, a empresa não possuía em 2011, 2012 e 2013 capacidade de quitar suas 
dívidas de curto e longo prazo com seu Ativo Total, porém é preciso saber a composição desses 
endividamentos, ou seja, melhor conhecimento quanto aos seus vencimentos para uma melhor 
análise da saúde financeira da empresa, no que se refere à liquidez. 
De acordo com o estudo feito Basso (2010) a Lojas Americanas S/A, em 2007 apresentou 
indícios de insolvência e, em 2008 atingiu a região de insolvência, o que poderia resultar em falência 
caso persistisse. Esse quadro foi resultado da participação expressiva do Capital de Terceiros na 
empresa, ponto de atenção para a empresa nos exercícios mais recentes, 2011, 2012 e 2013, já que 
a Liquidez Geral apresenta-se em queda durante os três anos. 
A seguir é mostrado a evolução dos Índices de Liquidez ao longo dos três anos: 
 
26 
 
3-SAÚDE AMBIENTAL 
A empresa que gera impactos ambientais, através de suas linhas de produção, além de 
infringir a legislação vigente e ter que pagar os custos desta infração, vai se desgastar perante o 
público consumidor. Enquanto isso, outras marcas estarão disponíveis no mercado, identificando-se 
junto ao público, através de um chamado “rótulo ecológico”, como proposto pela revista da ABNT, em 
janeiro/ fevereiro de 1996. Esse rótulo atesta que determinados produtos são adequados ao uso e 
apresentam menor impacto ambiental em relação aos seus concorrentes (Macêdo, 2000). Diante de 
todas essas exigências, empresas irão utilizar o SGA (Sistema de Gestão Ambiental) como uma 
vantagem competitiva em vendas. Para a indústria farmacêutica, o SGA é garantia junto ao mercado 
consumidor de que este encontrará um fármaco de qualidade, fabricado de forma a não degradar o 
meio ambiente ao redor de suas instalações, contribuindo para uma melhor qualidade de vida das 
futuras gerações. 
 Etapas para a implantação do SGA segundo Macêdo (2000): 
– O uso racional da água dentro das diversas etapas da linha de produção: este 
procedimento visa reduzir: a) os custos que envolvem o consumo de água; b) o volume de efluente; 
c) os gastos com a construção e/ou manutenção da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos). Visa 
também a planejar o reaproveitamento de águas dentro dos procedimentos da linhade produção. 
 – O uso racional de detergentes e sanificantes nos procedimentos de higienização: envolve a 
escolha dos produtos corretos em função da finalidade de cada procedimento de higienização, da sua 
biodegradabilidade, eficiência, resíduos e influência sobre o processo escolhido para o tratamento 
dos efluentes (Andrade & Macêdo, 1996; Macêdo, 1994). 
– Escolha do tratamento de efluentes. – Aproveitamento tecnológico/racional do resíduo da 
ETE. A implantação de Sistema de Gestão Ambiental em uma empresa garante a redução da carga 
poluidora gerada, porque envolve a revisão do processo produtivo com vistas à melhoria contínua do 
desempenho ambiental da organização, resultando em redução do consumo de matéria-prima e 
insumos e das emissões de poluentes e resíduos. A certificação desses sistemas é um mecanismo 
que permite que se formalize a internalização do sistema. De acordo com o Ministério do Meio 
Ambiente, é necessário que o País disponha de um sistema de certifica- ção voluntário que tenha 
credibilidade perante a comunidade internacional, para garantir a manutenção e ampliação dos 
negócios realizados. 
A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta que permite avaliar o impacto 
ambiental potencial associado a um produto ou atividade durante todo seu ciclo de vida, desde a 
extração das matérias-primas, produção, distribuição, uso até a etapa de disposição final. 
27 
 
A ACV também permite identificar quais estágios do ciclo de vida têm contribuição mais 
significativa para o impacto ambiental do processo ou produto estudado. Empregando a ACV é 
possível avaliar a implementação de melhorias ou alternativas para produtos, processos ou serviços. 
 
Declarações ambientais sobre o produto podem se basear em estudos de ACV, bem como a 
integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos (design for 
environment). 
Por estes motivos, a ACV é a base para o desenvolvimento dos conceitos de Life Cycle 
Thinking e Life Cycle Management. 
A ACV pode ser aplicada com diversas finalidades: 
 Desenvolvimento e melhoria de produtos; 
 Planejamento estratégico; 
 Elaboração de políticas públicas; 
 Suporte ao marketing; 
 Melhoria da imagem do produto / empresa, etc 
Da sobreposição do Social e do Ambiental, tem-se o desenvolvimento Socioambiental, o qual 
pode ser alcançado mediante atividades que promovam a educação ambiental, o incentivo à reciclagem, 
o consumo consciente, o uso racional de água e energia, etc. 
O desenvolvimento Sócio- Econômico resulta das atividades econômicas que consideram a 
valorização do ser humano, ou seja, atuação nos âmbitos Social e Econômico. Como exemplo pode-se 
citar a criação de oportunidades de trabalho e a capacitação das pessoas promovidas pelas indústrias 
de reciclagem. 
A Eco Eficiência baseia-se no desenvolvimento Econômico e Ambiental integrados, ou seja, 
refere-se às atividades que asseguram a melhoria contínua do desempenho ambiental por meio de 
28 
 
investimentos em inovações e avaliação dos impactos potenciais de acordo com os princípios da ISO 
14001. 
Por sua vez, o desenvolvimento sustentável é conseguido por meio de atuação conjunta nas 
três áreas: Social, Ambiental e Econômica. 
A adoção das questões ambientais nas diretrizes das organizações, a responsabilidade 
social, as expectativas dos consumidores e as novas regulamentações indicam oportunidades para 
vantagens competitivas por meio do projeto de produtos e serviços melhores. 
Estudos sobre impacto ambiental de embalagens e produtos 
A embalagem desempenha um papel fundamental na proteção da qualidade do produto 
acondicionado, preservando-o desde o acondicionamento até o seu consumo e/ou uso, além de 
reduzir o impacto ambiental associado à perda do produto devido ao uso de embalagens não 
especificadas corretamente. Produtos inutilizados representam desperdício de recursos naturais e, 
portanto, representam impacto ambiental. 
A Legislação ambiental é um poderoso instrumento colocado à disposição da sociedade, a 
fim de que se faça valer o ambiente, 
O estabelecimento deve dispor de um profissional habilitado, em função do tipo de resíduo a 
ser gerenciado, para exercer a função de responsável pela elaboração e implantação do plano de 
gerenciamento de resíduos. Por exemplo, para serviços que gerem exclusivamente resíduos 
químicos e comuns, profissional de nível superior com habilitação na área de química (engenheiro 
químico, químico, farmacêutico, biólogo). De acordo com Macêdo (2000), apesar de a legisla- ção ser 
considerada moderna, é necessária uma fiscalização e ecologicamente equilibrado (Barros, 2002) 
A visão atual de uma empresa e o seu relacionamento com o meio em que opera são agora 
muito mais profundos, ela passa a ser uma instituição sociopolítica e a ela são atribuídas 
responsabilidades com o meio ambiente e a sociedade. Segundo Denis Donaire, esta visão é o 
resultado de uma mudança de enfoque que está ocorrendo no pensamento da sociedade e mudando 
sua ênfase do econômico para o social, valorizando aspectos sociais que incluem distribuição mais 
justa de renda, qualidade de vida, etc (DONAIRE, 1999, p. 16) . 
Isso tem forçado as empresas a adotarem estes valores em suas gestões, seus 
procedimentos administrativos e operacionais. Alguns exemplos desta nova tendência se mostram 
presentes cotidianamente na mídia: fontes renováveis de energia, carros movidos a gás natural, 
agendas e cadernos feitos de material reciclado, sacolas retornáveis, entre outras invenções que vêm 
aumentando cada vez mais a demanda por este tipo de produto. 
Além disto, segundo Andrade, “todos esses novos empreendimentos estão dando origem a 
um mercado inteiramente novo, ampliando o mercado de trabalho dos ecólogos e das demais 
29 
 
profissões voltadas para a preservação ambiental” 1, cargos estes que estão sendo criados para 
atender esta necessidade de adaptação das empresas às questões socioambientais. 
O termo sustentabilidade sugere que a sociedade e seus membros produzam o suficiente 
para a demanda existente, sem que tornem escassos e preservem a biodiversidade e os 
ecossistemas naturais, fazendo deste modo com que as gerações futuras consigam usufruir destes 
bens naturais, para que possam também preencher as suas necessidades e preservar 
consecutivamente para as gerações posteriores. 
4-ESTATISTICA 
 As empresas utilizam da estatística para poderem mensurar como estão em relação 
a qualidade tanto na sua produção quanto em seus processos tanto internos e externos, com isso 
atingindo o Máximo de qualidade, com o menor custo para que possam obter um maior lucro , e 
assim crescer cada vez mais no mercado e estabilizar nos altos patamares da qualidade em que 
muitos concorrentes estão, pois quanto maior a qualidade e menor o custo final para o cliente, maior 
é o lucro para a empresa que produz e ou realiza o serviço. 
TABELA “A” 
Nesta tabela podemos verificar os impostos cobrados sobre a folha de pagamento dos 
funcionários da empresa. 
01 INSS 20% 
02 SENAC/SESC 1,50% 
03 SENAI/SESI 1% 
04 SEBRAE 0,60% 
05 INCRA 0,20% 
06 Salário-Educação 2,50% 
07 RAT 2% 
08 FGTS 8% 
Total 35,80% 
 
TABELA “B” 
30 
 
Nesta tabela podemos verificar os encargos trabalhistas cobrados sobre a folha de 
pagamento dos funcionários da empresa. 
09 Repouso Semanal 
Remunerado 
12,19% 
10 Férias + 1/3 
Constitucional 
12,67% 
11 Feriados 4,34% 
12 Aviso Prévio 
Indenizado 
2,47% 
13 Auxílio Doença- 15 
dias 
1,90% 
14 13º Salário 10,86% 
15 Licença-maternidade 0,02% 
Total 55,45% 
Total de encargos 
sociais 
 91,25 % 
 
5-ESTRATÉGIA DE MARKETING DIGITALEducação Ambiental é um vocábulo composto por um substantivo e um adjetivo, que 
envolvem, respectivamente, o campo da Educação e o campo Ambiental. Enquanto o substantivo 
Educação confere a essência do vocábulo “Educação Ambiental”, definindo os próprios fazeres 
pedagógicos necessários a esta prática educativa, o adjetivo Ambiental anuncia o contexto desta 
prática educativa, ou seja, o enquadramento motivador da ação pedagógica. O adjetivo ambiental 
designa uma classe de características que qualificam essa prática educativa, diante desta crise 
ambiental que ora o mundo vivencia. Entre essas características, está o reconhecimento de que a 
Educação tradicionalmente tem sido não sustentável, tal qual os demais sistemas sociais, e que para 
permitir a transição societária rumo à sustentabilidade, precisa ser reformulado. 
Educação Ambiental portanto é o nome que historicamente se convencionou dar às práticas 
educativas relacionadas à questão ambiental. Assim, “Educação Ambiental” designa uma qualidade 
especial que define uma classe de características que juntas, permitem o reconhecimento de sua 
identidade, diante de uma Educação que antes não era ambiental. Contudo, desde que se cunhou o 
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termo “Educação Ambiental”, diversas classificações e denominações explicitaram as concepções 
que preencheram de sentido as práticas e reflexões pedagógicas relacionadas à questão ambiental. 
Houve momentos que se discutiam as características da educação ambiental formal, não formal e 
informal; outros discutiram as modalidades da Educação Conservacionista, ao Ar Livre e Ecológica; 
outros ainda, a Educação “para”, “sobre o” e “no” ambiente. 
6-ENDOMARKETING 
6.1- IMPORTÂNCIA DO ENDOMARKETING NA EMPRESA 
O endomarketing é o termo registrado por Saul Bekin em 1995 e é utilizado para denominar o 
uso de ações de marketing voltadas aos empregados, como forma de integrá-los aos anseios da 
empresa, utilizando para isto a comunicação interna, incentivos subjetivos, autonomia de aplicação 
de criatividade, responsabilidade compartilhada e, sobretudo, adesão através do comprometimento 
do profissional. 
Brum (2000) diz que sempre que uma empresa começa a fazer endomarketing, deve colocar-
se diante do empregado da maneira como ambiciona ser percebida por ele. Trabalhar a imagem 
interna da empresa como uma organização consciente do papel exercido na sociedade, e trabalhar a 
função de educador também de seus empregados no tocante à educação ambiental nos dias de hoje, 
são vantagens competitivas que agregam valor ao produto, visto que os clientes estão cada vez mais 
exigentes. 
O endomarketing pode ser utilizado nas organizações de modo que as pessoas revejam suas 
atitudes, valores, num ambiente que necessita do envolvimento e comprometimento das pessoas. 
Para o cumprimento do uso do endomarketing como ferramenta de conscientização dos 
empregados, a empresa deverá utiliza-se de ações de marketing social -que tem por tarefa difundir e 
promover causas sociais à população, e do marketing ambiental -que utiliza de argumentos 
ambientais para aumento de vendas através da informação de quais benefícios ambientais 
determinado produto ou serviço possui, direcionado aos clientes internos. 
A aplicabilidade do endomarketing com vias de marketing ambiental direcionado ao público 
interno das empresas, parte do uso de atitudes que disseminem uma regra de produção sem 
desperdício, eficientização dos processos organizacionais, exercício do papel ambiental dentro das 
empresas, ensinamento de um consumo consciente. Enfim, o endomarketing busca trabalhar de 
forma eficaz.atos que necessitam de informação param se concretizarem. 
A comunicação interna que o endomarketing defende poderá repassar as finalidades básicas 
de uma gestão ambiental trabalhando junto ao público interno, definições que geralmente têm 
direcionamento ao cliente externo. Orientar quanto à compatibilidade dos processos produtivos da 
empresa, aplicar campanhas institucionais com destaque a ações de conservação e preservação da 
32 
 
natureza, disponibilizar materiais informativos que demonstrem o empenho e compromisso 
empresarial com a área ambiental são alguns dos pontos primordiais que devem ser trabalhados. 
6.2-A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Educar tem por caráter geral a definição de ser a partilha do conhecimento com o propósito 
que o recebedor ou educando aplique este conhecimento na vida real como forma de progressão da 
humanidade, de modo a melhorar a sociedade através do desenvolvimento do ser humano. 
Educação ambiental é o campo da educação que trabalha a disseminação do conhecimento 
sobre o meio ambiente. Instituída pela Lei 9.795 de 1999 a educação ambiental é tratada como 
componente essencial e permanente da educação nacional. Este ramo da educação procura 
despertar nas pessoas a consciência que o ser humano é parte do meio ambiente. Trata-se de um 
processo participativo e constante para vincular um pensamento crítico sobre a problemática 
ambiental, englobando a sociedade através da sensibilização para problemas ambientais. 
O Art. 1° da Lei 9.795, apresenta a educação ambiental como um “processo em que busca 
despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à 
informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica 
e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais”. 
O objetivo da educação ambiental é desenvolver a reflexão nas pessoas sobre as atitudes do 
ser humano sobre a questão ambiental: repensando conceitos, revendo comportamentos, revisando a 
responsabilidade que cada um tem frente aos problemas que a natureza vem enfrentando de modo 
que cada pessoa trabalhe a conservação do meio ambiente através de suas ações. 
Pois segundo Oliveira (2000) o primeiro ponto a ser trabalhado é quanto à concepção de 
meio ambiente, é a compreensão da própria existência humana, já que o senso comum nos leva a 
perceber o meio ambiente como tudo que nos envolve, contradizendo com a nossa percepção, já que 
muitas vezes nos excluímos desta compreensão. 
Conforme Lemos e Barros (2007), o desenvolvimento da consciência pública nas questões 
ambientais e sociais, está em muitos casos bem trabalhados. Os cidadãos não somente conhecem 
essas questões, mas também compreendem que qualidade ambiental é importante para o bem 
comum. 
O movimento verde voltado para dentro das empresas resume-se a uma mudança de 
comportamento das pessoas envolvidas, independente de qualquer que seja a atividade que exerce 
ou o nível que ocupa. É um processo que deve ser planejado de acordo com a realidade de cada 
organização, avaliando os recursos, a cultura interna e as suas especificações. 
33 
 
Dias (2000) destaca as finalidades da Educação Ambiental instituídas pela Conferência 
Intergovernamental sobre Educação Ambiental aos Países Membros ocorrida em Tbilisi em 1977, 
sendo elas: 
1. Promover a compreensão da existência e da importância da interdependência econômica, 
social, política e ecológica; 
2. Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido 
de valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias para protegerem e melhorarem o meio 
ambiente e; 
3. Induzir novas formas de conduta, nos indivíduos e na sociedade, a respeito do meio 
ambiente. 
As empresas devem saber que envolver o empregado num ambiente consciente 
ambientalmente, é o mesmo que provocar o surgimento de consumidores reflexivos sobre o que 
realmente é importante em seus hábitos e consequentemente nos seus modos de consumo, cuja 
escolha de compra passa a ser por empresas que fazem a sua parte para diminuir os impactos 
ecológicos. 
Formar as pessoasem educação ambiental é uma pretensão para a busca de resolução dos 
problemas que a natureza afronta. E o educador tem a função de envolver as pessoas nas questões 
ambientais devendo, para isso, começar a fazer com que elas pensem nas suas vidas, no seu 
comportamento e nas relações com a natureza. Enfim, a reflexão é o ponto de partida para um novo 
tratamento com o meio ambiente em que vivemos. 
6.3-TRANSFORMANDO VELHOS ATOS EM NOVOS HÁBITOS 
Hoje, se consome mais do que a natureza pode oferecer. Há produção de novas espécies de 
lixo que o meio ambiente não consegue tratar e se desperdiça mais água do que necessariamente 
dever-se-ia gastar. Reduzir a poluição através do uso racional de matéria prima, água e energia 
representam opções ambientais de bom senso. 
No entanto, não basta pensar em reciclagem, ou mudar radicalmente as ações das pessoas, 
mas sim recuperar atitudes antigas com nova roupagem e acima de tudo, com a importância 
necessária merecida. 
Para Oliveira (2000) o referencial de fragilidade sobre questões ambientais, como efeito 
estufa, buracos na camada de ozônio, chuvas ácidas, miséria, fome e pestes, está no ser humano 
onde as contradições mais efetivas não estão na anunciada fragilidade e esgotamento dos 
ecossistemas ou do planeta Terra, mas na configuração de relações sociais existentes, de 
valorização de bens e recursos naturais, contudo, na forma de relação sociedade-natureza. 
34 
 
Trabalhar questões ambientais nas empresas é uma tática bem quista a qual desenvolve a 
educação ambiental voltada a adultos que muitas vezes não passaram, em tempos de escola, por 
experiências de educação formal, ou não tem a consciência do impacto que cada pessoa tem sobre a 
natureza. 
Ações pequenas como separar o lixo ao jogá-lo fora, diminuir o desperdício de papel no 
escritório, apagar a luz ao sair de uma sala, ou ainda fechar a torneira completamente ao ir ao 
banheiro, são comportamentos que devem ser cultivados e que necessariamente serão fortalecidos 
pelo uso de uma comunicação interna bem desenvolvida. Neste quesito o endomarketing preocupa-
se em garantir clareza e conformidade das informações divulgadas, além disto a integração da 
empresa para uma comoção geral dos empregados. 
Dando prosseguimento, o endomarketing facilitará o processo de conscientização a partir da 
aplicação de ações tais como: 
• avaliação e identificação de problemas ambientais em todas as áreas da empresa; 
• engajamento das lideranças pelo exemplo necessário às campanhas de movimento ambientalista; 
• firmamento dos valores ambientais no cerne da cultura organizacional e não como um modismo 
passageiro; 
• promoção da participação dos funcionários através da contribuição de ideias que a empresa 
possa aplicar no contexto de meio ambiente; 
• tornar a educação ambiental campo a ser abordado desde as ambientações direcionadas 
aos novos empregados. 
O endomarketing enfatiza a importância da visão que os empregados têm da empresa e do 
caráter de dever que a mesma possui sobre a responsabilidade de disseminar uma atuação mais 
humanitária, social, ambiental e, sobretudo realista, é o ponto de partida para poder identificar o quão 
os empregados estão abertos a novos conceitos e até a forma de como lançá-los para que a 
finalidade seja alcançada: a adesão dos empregados às campanhas ambientais. 
Na Datarem – Empresa Pública de Tecnologia da Previdência Social na sede situada João 
Pessoa/PB, esta identificação já foi feita através de uma pesquisa monográfica, cujo resultado 
mostrou que as pessoas que compõem o quadro funcional que tem mais tempo de serviço e mais 
idade são as pessoas que se mostraram os mais propícios às campanhas de divulgação com apelo 
social, informação esta que possibilita desenhar a forma a qual será a melhor abordagem para 
incentivar hábitos ambientais. 
O Banco Real, por exemplo, tem entre suas ações ambientalistas a adoção do uso de papéis 
reciclados em todas as suas comunicações e a formação dos seus líderes em sustentabilidade 
através do Programa de Desenvolvimento de Líderes para a Sustentabilidade, cuja metodologia 
35 
 
favorece o repasse de conteúdo e reforça o papel do líder na disseminação de conceitos e práticas 
sustentáveis. 
Da mesma forma acontece no Banco Bradesco, onde alinhar eficiência a uma atitude 
responsável em relação ao meio ambiente, trabalhar a otimização de recursos, programas 
sistemáticos de reciclagem e ações monitoradas de descarte adequado de materiais, e também 
utilizar papel reciclado em seus informativos são algumas das atitudes que podem ser percebidas 
inseridas na rotina da empresa. 
Sunkel e Glico (1980) citado por Oliveira (2000) defendem que “é preciso relacionar o 
desenvolvimento das relações sociais de produção e das forças de trabalho com a interação 
sociedade-natureza”. 
Percebemos que os objetivos e as atividades que promovem certa conscientização ambiental 
e confirmam a adesão das empresas à responsabilidade que possuem socialmente, deve estar em 
conformidade com as atividades empresariais, pois mais do que educar os colaboradores um novo 
conceito é fazer com que um novo entendimento e comportamento sejam adquiridos e que estes 
demonstrem eficácia no dia a dia empresarial. 
7- FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE 
A Ecologia Industrial visa, igualmente, como a Prevenção da Poluição ou a Produção Mais 
Limpa, prevenir a poluição, reduzindo a demanda por matérias-primas, água e energia e a devolução 
de resíduos à natureza. Porém, enfatiza a sua obtenção através de sistemas integrados de processos 
ou indústrias, de forma que resíduos ou subprodutos de um processo possam servir como matéria-
prima de outro. Difere, nesse ponto, da Produção Mais Limpa, que prioriza os esforços dentro de 
cada processo, isoladamente, colocando a reciclagem externa entre as últimas opções a considerar. 
Parte da consideração de que, por mais que se aperfeiçoem os processos de limpeza da produção, 
sempre poderá ocorrer a geração de algum resíduo ou subproduto, para os quais não haja uma 
alternativa economicamente viável, se o processo for considerado de forma isolada. Alternativamente, 
a empresa poderá não ter interesse em desenvolver outro processo que o aproveite. A integração 
adequada de diferentes empresas, de forma que os resíduos e subprodutos gerados por uma delas 
possam servir de matérias-primas para outras, reduziria a devolução à natureza. Da mesma forma, a 
sua utilização como matéria-prima reduziria a demanda por novos recursos naturais. Considera-se, 
também, a possibilidade de recuperação da energia armazenada nas ligações quí- micas, 
especialmente nos sintéticos, que a têm acumulada em quantidade e que são produtos cuja 
devolução à natureza é especialmente perigosa. Prevê-se, ainda, a hipótese de armazenagem, ao 
invés de deposição definitiva, de resíduos para os quais se vislumbre uma possibilidade de utilização 
posterior, como determinados metais ou suas associações. A pretensão é desenvolver ciclos de 
produção, distribuição, consumo e devolução de resíduos tão fechados quanto possível. Além da 
redução da demanda e da restituição ao mínimo inevitável, os resíduos que não pudessem ser 
suprimidos, no fim de todo o ciclo, seriam tornados o mais compatíveis possível com o 
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processamento natural, antes da devolução ao ambiente. O sentido geral é de, por meio de um 
sistema industrial e dos reaproveitamentos e transformações possíveis, utilizar ao máximo os 
recursos naturais inevitavelmente necessários, reduzindo a um mínimo a pressão sobre a natureza, 
tanto do lado da demanda quanto do da restituição. A lógica de processamento interno de materiais e 
energia, com a recuperação de valores incorporadosa elementos que seriam rejeitos de alguns 
processos, por sua utilização como alimentação de outros, é que leva à associação com a ecologia. 
O modelo ideal de referência seriam os sistemas naturais fechados, nos quais não cabem os 
conceitos de resíduos e matéria-prima. Não sendo possível repeti-los, procurar-se-ia aproximar-se 
deles o mais possível, reduzindo as pressões externas. 
A clareza da percepção do poder da sociedade em alterar o ambiente econômico, social e da 
natureza e com o aumento da população o descarte de resíduos se tornou cada vez mais 
problemático e diversos setores da sociedade tomado consciência da pressão que o acumulo de 
resíduos e substâncias tóxicas dissipadas no meio ambiente podendo exercer a alteração do meio 
ambiente, a saúde e a qualidade de vida do indivíduo. 
O modo como a empresa encara as questões ambientais tem evoluído nas últimas décadas 
se posicionando como um fator de custo com imposições legais evoluindo para uma estratégia mais 
proativa em que o ambiente é a parte estratégica do negócio (Ferrão e Heitor,2000) sendo também 
essa evolução não alheia a politícas públicas mas deixaram de se focar nos processos de fabricação 
para está centrada no ciclo de vida dos produtos com conceitos como a política integrada do produto . 
A designação de Ecologia Industrial provém dos conceitos que lhe estão associados e que 
emergem da analogia entre os sistemas industriais e os sistemas ecológicos 
(Ferrão, 2000). Estes conceitos estão concretizados nos princípios da Ecologia Industrial, dos 
quais se salientam o estabelecimento de ciclos de materiais e energia em cada subsistema 
relacionado com o ciclo de vida do produto e o estabelecimento de simbioses ao nível dos fluxos de 
materiais ou de energia com outros subsistemas. 
A criação de uma economia sustentável requer um conjunto de ferramentas e técnicas 
baseadas nos princípios da Ecologia Industrial, as quais constituem parte da infraestrutura da 
mesma. Mais concretamente, o conjunto de indicadores e métricas derivados destas ferramentas, 
que incluem indicadores físicos para além de indicadores económicos, são o modo mais eficaz pelo 
qual se pode aumentar a robustez das iniciativas politicas que visam conduzir à sustentabilidade 
(Allenby, 1999 ; Matthews et al., 2000). 
Para a formulação de politicas ambientais eficazes e eficientes é necessário a existência de 
informação detalhada para avaliar a interacção entre o ambiente e a economia (Matthews et al., 
2000). Deste modo, um conjunto alargado de ferramentas de ecologia industrial foi desenvolvido e 
encontra-se em desenvolvimento para procurar dar resposta a diferentes abordagens da relação 
37 
 
economia/ambiente. Entre estas ferramentas podem-se enumerar a Análise de Fluxo de Materiais, as 
Tabelas Entrada-Saída Económicas/Físicas ou a Avaliação de Ciclo de Vida. 
FERRAMENTAS DE ECOLOGIA INDUSTRIAL PARA A GESTÃO DE PRODUTOS EM FIM 
DE VIDA 
As ferramentas baseadas nos princípios de Ecologia Industrial desenvolvidas para 
operacionalizar as Sociedades Gestoras de fluxos específicos de resíduos que têm emergido no 
panorama nacional, podem ser classificadas em duas categorias: 
Ferramentas de Gestão e Ferramentas Operacionais. 
No fluxo específico dos REEE, as Ferramentas de Gestão obtêm-se a partir da concepção de 
modelos capazes de avaliar a dinâmica associada ao ciclo de vida dos equipamentos, a qual se 
traduz na percepção da interacção entre vendas de EEE e produção de REEE, ao longo do tempo. 
A estruturação do papel de cada interveniente no ciclo de vida dos EEE de forma a 
racionalizar custos económicos e ambientais, apresenta-se também como uma valiosa 
Ferramenta de Gestão. A ponderação de diferentes soluções para o processamento destes 
resíduos e a avaliação dos impactes económicos e ambientais associados a cada uma delas 
constituem ainda ferramentas relevantes para apoio ao processo de tomada de decisão. 
A construção de modelos de caracterização técnico-económica das tecnologias existentes 
para o processamento destes resíduos, nomeadamente no que se refere à reciclagem, reutilização e 
valorização energética, constitui um conjunto de Ferramentas Operacionais no âmbito dos REEE. 
Infelizmente, muitos gestores não estabelecem a relação entre a saúde dos ecossistemas e o 
desempenho empresarial. As empresas não estão, muitas vezes, totalmente conscientes da 
dimensão da sua dependência e impacto sobre os ecossistemas e possíveis ramifi cações. Da 
mesma forma, os sistemas de gestão ambiental e as ferramentas de due diligence ambiental não 
estão, frequentemente, adaptados aos riscos e às oportunidades que emergem da degradação dos 
ecossistemas e dos serviços que os mesmos prestam. Por exemplo, muitas ferramentas são mais 
adequadas para o tratamento de questões “tradicionais” de poluição e consumo de recursos. A 
maioria incide sobre os impactos ambientais e não sobre a dependência. Além disso, normalmente 
incidem sobre os riscos e não sobre as oportunidades. Como resultado, as empresas podem ser 
apanhadas desprevenidas ou perder novas fontes de receita associadas à alteração do ecossistema. 
A ESR foi criada para responder a esta necessidade de gestão. É uma metodologia que apoia os 
gestores na identificação da relação entre o impacto ou dependência da empresa em relação aos 
serviços dos ecossistemas e os potenciais riscos e oportunidades. Desta forma, pode informar e 
fortalecer a estratégia de gestão. Em que sectores A ESR pode ser útil para empresas de vários 
sectores. É relevante em indústrias que interagem directamente com ecossistemas – como a 
agricultura, a indústria das bebidas, o abastecimento de água, a produção florestal, a eletricidade, o 
petróleo, o gás, a indústria mineira e o turismo. É também relevante para sectores tais como o retalho 
38 
 
geral, serviços de saúde, consultoria, serviços financeiros e outros na medida em que os seus 
fornecedores interajam directamente com os ecossistemas . 
Os retalhistas gerais, por exemplo, podem enfrentar riscos reputacionais ou riscos de 
mercado se os seus fornecedores forem responsáveis pela degradação de ecossistemas e dos 
serviços que os mesmos proporcionam. As empresas de serviços financeiros enfrentam os mesmos 
riscos devidos aos seus investimentos. Benefícios empresariais A experiência dos testes no terreno 
indica que a ESR pode trazer vários benefícios empresariais tais como: Identificação de novos riscos 
e oportunidades resultantes da dependência e impacto de uma empresa sobre os ecossistemas e os 
serviços prestados pelos mesmos. Uma vez que a estrutura dos serviços dos ecossistemas implica 
uma nova solução de avaliação da inter-relação entre as empresas e o ambiente, a ESR pode revelar 
fontes de risco e de oportunidade que os processos tradicionais de desenvolvimento de estratégias 
não prevejam. Enquadramento e priorização de riscos ou oportunidades anteriormente 
3- QUÍMICA AMBIENTAL. 
Lojas Americanas S.A., grupo que ocupa posição destacada entre as maiores redes de varejo 
do Brasil, demonstra seu comprometimento com a preservação do meio ambiente e estabelece sua 
Política Ambiental, através das seguintes diretrizes: 
o Ter como premissa básica o atendimento aos requisitos legais aplicáveis às suas 
atividades; 
o Considerar aspectos ambientais na execução diária das tarefas; 
o Utilizar de forma racional os recursos naturais, considerando os preceitos do 
desenvolvimento sustentável; 
o Minimizar a geração de resíduos e realizar o descarte adequado dos mesmos, na 
execução das tarefas diárias, assim como na instalação e/ou ampliação de empreendimentos ou 
processos; 
o Buscar a prevenção da poluição e dos demais impactos ambientais causados pelas 
suas operações;

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