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POLITICAS PUBLICAS - Formulário - Resenha Crítica de Caso

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Resenha Crítica de Caso
Waldilson Ferreira Moura
Trabalho da disciplina POLÍTICA PÍBLICAS
 		 Tutor: Prof. xxxxxxxxx
Belém - PA
2019
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ESTUDO DE CASO - HIV AIDS NO BRASIL PROVIMENTO DE PREVENÇÃO
FONTE: HIV/AIDS no Brasil: Provimento de Prevenção no Sistema Descentralizado de Saúde Boston: Havard Medical School Publishing. 2011.
A experiência brasileira no combate a AIDS é considerada em termos internacionais um sucesso, tendo em vista que medidas para o controle da mesma foram efetivamente rápidas e eficazes. Em 1996, o Brasil foi o pioneiro em desenvolvimento a oferecer tratamento anti-retroviral pago pelo governo, sendo assim, houve as camadas de baixa renda e os grupos de risco mantinham-se suscetíveis a doença e falta de tratamento apesar do avanço. Em 2009, o Brasil era o quinto país do mundo em população, sendo 53,7% brancos, 38,5% mestiços entre brancos e negros, 6,2% negros e 1,6% outros. As regiões do Sudeste e do Sul eram mais populosas e ricas, e as regiões do Norte e Nordeste, se caracterizavam por serem pobres e subdesenvolvidas. Havia uma das maiores diferenças entre renda para mais ricos e mais pobres.
	Em 1988, segundo a Constituição Federal, veio a determinar o acesso universal à saúde através do SUS (Sistema Único de Saúde). O Sistema de saúde foi dividido em dois subsistemas, sendo um financiado pelo governo, caracterizado pelo SUS e o outro o sistema privado suplementar. Após a criação do SUS, o setor público mudou seu modelo de tratamento hospitalar para ambulatorial e abrangia ¾ de atendimento populacional. Mesmo assim, hospitais públicos eram procurados, mesmo pelos que possuíam planos de saúde, para tratar doenças de caráter mais complexos, como câncer e AIDS. 
Em 1995, o governo criou o PSF (Programa Saúde da Família), para levar serviços básicos diretamente ao usuário, e atender a visão hospitalar. No inicio da década de 90, eram previstos 1,2 milhões de brasileiros infectados pelo vírus HIV, em 2000, mas neste ano haviam 630 mil infectados, metade do previsto inicialmente. Em 1983, São Paulo criou o primeiro grupo de programa de controle de AIDS, o Ministério da Saúde criou seu programa em 1985, e neste ano, 11 dos 26 Estados já contavam com seus próprios programas. Em 1995, houveram 15.150 mil óbitos, e somente em São Paulo eram fornecidos medicamentos anti-retrovirais. Após campanhas e processos jurídicos, o governo federal passou a fornecer todo o atendimento e tratamento para a AIDS, e continuou buscando alternativas para o fornecimento de medicamentos mais modernos como a quebra de patente, feito em 2007 (Efavirenz). 
	Como meta de descentralização o Programa Nacional de AIDS (PNA), transferiu 10% do seu orçamento total para todos os Estados e Distrito Federal, e 480 cidades que possuíam 60% da população e 90% dos infectados no Brasil. Em 2009, o PNA virou Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites virais e criou metas para evitar HIV em três grupos, sendo eles, mulheres, homens; gays e índios. O orçamento representava 2,5% do Ministério da Saúde, 75% cuidado e tratamento da AIDS, 13% vigilância e prevenção e 11% transferidos para os Estados. Principalmente meta para conter a disseminação do HIV foi promover o uso de preservativos. 
A política de controle descentralizado tinha grandes problemas, como as variações do uso dos recursos como se viu em São Paulo, versus Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e, por isso as ONG’s preferiam que se retornasse para o sistema centralizado de distribuições dos recursos. A população não tinha um atendimento satisfatório mesmo com todos os investimentos, sendo que 58% relatava essa insatisfação. O atendimento no campo crescia, contudo, a falta de infraestrutura prejudicava o trabalho, sendo que a demanda pelos serviços era maior que o contingente de profissionais e materiais eram colocados a disposição, o contingente de profissionais médicos e enfermeiros era muito maior para regiões Sul e Sudeste, deixando as regiões do Norte e Nordeste com um déficit de serviços elevado, e assim, as chances de endemias se tornariam bem maiores. 
Em 2009, houve um progresso de 97% dos brasileiros que sabiam que o HIV era transmissível sexualmente e que os preservativos poderiam prevenir a transmissão; 46% usavam preservativos em relações sexuais um aumento de 9% em relação a 1989. Metade dos profissionais do sexo usavam preservativos em todas as relações, metade dos usuários de drogas injetáveis não compartilharam agulhas nos últimos 12 meses e 62% das gestantes realizaram testes de HIV no pré-natal. O diagnostico para HIV positivo em cidades do interior do Brasil eram bem maiores pela falta de acessibilidade, que ainda era deficitária, assim como na região Norte, que era o dobro em relação região Sul, estes dados também se faziam presentes em relação aos bebes nascidos com o vírus, que eram acima da média nacional (6,8%) na região Norte.
Entre 1997 e 2007 o acesso às medicações anti-AIDS preveniam 1,3 milhões de internações. Avaliando o exposto acima, os dados e números, nota-se a evolução da prevenção e tratamento da AIDS no Brasil, onde a descentralização dos serviços tem seu lado positivo como a promoção de um melhor atendimento à população através da atenção no nível primário à saúde. Com a criação do PSF pelo governo em 1995 foi possível levar serviços básicos diretamente aos usuários e atenuar a visão hospitalar, bem como desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os hospitais de grande porte (Alta Complexidade). No entanto, necessita-se manter as conquistas e buscar melhorias contínuas em todos os níveis de atenção, sendo eles a redução da transmissão mãe-filho, acesso ao teste de HIV, tratamento e cuidados bem como humanização de toda a equipe, profissionais envolvidos, entre outros. 
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