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Primeira Avaliação à Distância de Estágio Supervisionado 1
O artigo “Metade dos alunos brasileiros não sabe fazer contas, nem entende o que lê”, isso é muito preocupante pois, a cultura financeira básica é uma habilidade essencial na vida. As pessoas tomam decisões financeiras em todas as idades: desde crianças que decidem como gastar a mesada ou adolescentes que entram no mundo do trabalho e jovens adultos que compram uma casa a pessoas mais velhas que administram economias para sua aposentadoria. Um dos fatores principais em educação é que o professor tem influência fundamental na aprendizagem dos alunos, de maneira que sua formação está intimamente ligada aos resultados obtidos em sala de aula. Para um professor ter uma boa atuação ele precisa primeiramente dominar o conteúdo que leciona, precisa saber como ensinar a matéria o que tem a ver com a didática e como motivar os alunos, como estimular o debate, e deve saber intervir e entender quando o aluno não está aprendendo. Se há um número alto de professores que não têm formação específica na sua área, eles deixam a desejar na área de atuação, no conhecimento do conteúdo e na aplicação deste conteúdo. Mas isso não está relacionado a jogar a culpa no professor, mas mostrar que a estrutura ofertada aos professores brasileiros não os apóia o suficiente para que eles enfrentem desafios na sala de aula. Se observarmos, na prática, a falta de formação adequada dos professores, combinada com outros fatores, como a falta de atratividade do currículo, muitas vezes contribui para que os alunos carreguem as deficiências do ensino fundamental para o ensino médio, tornando o processo de aprendizagem mais defasado a cada etapa. A má estruturação da formação e a desvalorização dos professores são alguns dos motivos que levam os profissionais a darem aulas em uma disciplina na qual não se formaram, pois a preparação é totalmente diferente de uma matéria para outra e o que acaba acontecendo é que como não tem a formação completa naquela área, a aula tende a não evoluir no conteúdo a ser aplicado.
É preciso diversificar os modelos de formação ou flexibilizar os currículos para atender a demanda dos diversos projetos de vida dos alunos, além disso, as atividades escolares devem ser mais variadas. A didática aplicada pode ser mais dinâmica e as aulas mais práticas, pois a escola precisa se aproximar do universo dos alunos o que seria o maior desafio. Esse jovem estudante deve ser ao mesmo tempo sujeito e objeto da ação do desenvolvimento da escola e do professor. Por isso a importância do diálogo entre jovem e escola que, além de atrair alunos, também podem integrar o projeto pedagógico das instituições de ensino. A escola não pode perder o seu papel de referência na vida dos jovens, pois deve ser um espaço para aprofundar os conhecimentos e também para debater e discutir idéias e lançar novos desafios para o futuro. Enquanto esta realidade for uma constante na dia a dia da escola haverá cada vez mais professores despreparados e desmotivados e alunos desinteressados que contribuirão cada vez mais para evasão escolar aumentando ainda mais este número de alunos que não sabem fazer contas e nem mesmo entenderá o que está lendo. 
No Texto que diz “Se você quer que ele seja um delinqüente, trate-o como um” retrata relações humanas, socioculturais e políticas, ou seja, aborda uma diversidade de temáticas que reflete os conflitos vivenciados pela família e pela escola na sociedade atual. Dentre os assuntos abordados pode-se destacar: indisciplina, dependência química, intolerância religiosa e violência. A questão política local aparece como pano de fundo. A educação humanizada e as relações de afeto que se misturam no ambiente escolar e fora dele é que são a idéia central. A frase dita pela professora “Se você quer que ele seja um delinqüente, trate-o como um” quando questionada sobre sua insistência com o aluno, mostra a ciência de sua missão e ela persiste e enfrenta a burocracia e o comodismo da direção da escola. A professora vai contra toda a situação apresentada, ela demonstra grande preocupação com seus alunos dentro e fora da escola. Sua postura em sala de aula é vivenciar os desafios do dia-a-dia e acreditar que cada aluno mesmo carregando todos os seus problemas necessitam de que ao menos alguém acredite neles. Diante do contexto retratado, as situações de fato ainda são encontradas em algumas escolas nos dias de hoje, se tivermos como representação o artigo, fica claro como é a vida das crianças pertencentes à classe menos favorecida da sociedade, que muitas vezes buscam na escola um refúgio para seus problemas e a esperança de dias melhores.
A professora consegue enxergar no menino sua inteligência, seus afetos, seu desespero e seu potencial. E luta por ele contra a decisão da escola de mandá-lo para um reformatório, entendendo que esse será mais um passo rumo à desestruturação pessoal de Chala e à condenação precoce dele à pobreza. Como ela diz aos seus superiores decididos a transferir o problema: “Se quer um delinqüente, trate-o como tal”. A maneira como a história de Chala está contada nos permite assistir aos diferentes ângulos e possíveis maneiras de interpretar a vida e escolhas desse menino. Ele é o tipo de aluno considerado problemático pela escola, que arranja todo tipo de confusão, mas também é um garoto doce, verdadeiramente preocupado, por exemplo, com sua mãe. Ao focar na relação de uma professora com seu aluno, ele resgata a centralidade desse profissional na garantia do direito de aprender das crianças. Especialmente das mais pobres, que já entram na escola em desvantagem e que, em muitos casos, acabam sendo expelidas ou abandonando o estudo por falta de alternativa. E evidencia de forma inequívoca o quanto a escola pode ser fator da perpetuação ou de superação da pobreza.
	Agora se pararmos para analisar e comparar os dois textos, ambos apresentam que para termos uma educação de qualidade, devemos ter uma boa estrutura de formação e valorização tanto de seus professores, quanto de seus alunos e que o poder público possa tomar medidas como o investimento de políticas públicas que valorizem a educação de nosso país. Ou seja, quando temos uma formação adequada como professores, automaticamente preparamos nossos alunos com muito mais qualidade de ensino, formando nossos alunos e fazendo-os pensar, aprender a ler, escrever, fazer contas, compreender o que foi ensinado tratando os alunos em sala de aula com respeito, e tratá-los como seres humanos que estão ali para aprenderem a ler, a escrever e através da observação compreendê-los e ajudá-los.
A escola é o espaço que oferece uma chance para todos esses envolvidos, para que possam se desenvolver e aprender como resultado de um processo de interações e estímulos. É um pequeno mundo da sociedade, onde de forma controlada e acompanhada, o aluno experimenta contradições, valores, possibilidades. O professor que é bem posicionado e com convicções pode agir sobre o destino de alguém e influenciar todo tipo de aluno, mesmo aquele que é considerado problemático pela escola, que arranja todo tipo de confusão. O professor deve lidar com alunos de variados estilos: desinteressados, desmotivados, despreocupados, irresponsáveis, tímidos, distraídos, impacientes etc. Deve, contudo, saber instigar a curiosidade de cada um deles ao longo de toda sua trajetória profissional e motivá-los, respeitando as particularidades de cada um, para que suas turmas tenham maior engajamento na realização de atividades e maior participação durante as aulas.

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