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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – I.C.S. GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM JOSÉ FERNANDO OLIVEIRA N189AD8 ESTUDOS DE CASOS NA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E HIDROCEFÁLIA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 JOSÉ FERNANDO OLIVEIRA N189AD8 ESTUDOS DE CASOS NA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E HIDROCEFÁLIA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 Atividade Prática Supervisionada apresentada como avaliação no curso de enfermagem 4º e 5º semestre, Universidade Paulista – UNIP. Orientadores: Profª. MSc. Gláucia Sousa, Profº. MSc Lauro César Oliveira. e Profª. MSc Lúcia Garcia Dantes Martins Silva RESUMO A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) possibilita ao enfermeiro o aumento da autonomia e organização do serviço prestado pela equipe de enfermagem. A SAE auxilia e fornece subsídios ao profissional em qualquer âmbito de atuação, seja no ambiente intra hospitalar, como também no extra hospitalar, atuando sobre diversas demandas. Foram realizados dois estudos de casos, na qual evidenciou-se que o enfermeiro tem como encargo analisar as doenças que acometem os clientes para determinar a melhor conduta a ser tomada para cada caso, verificando a evolução e implementando a Sistematização da Assistência de Enfermagem de forma individualizada. Para o sucesso da implementação desse processo, cabe ao enfermeiro possuir conhecimento técnico científico e visão ampliada sobre o cliente para que os resultados sejam alcançados em qualquer forma de doença, objetivando sempre a melhora e promovendo os cuidados necessários para a recuperação do indivíduo. O profissional em si ajuda na resolução dos problemas, alcançando os objetivos necessários para uma atuação satisfatória diante o caso, visto que é um profissional de suma importância para ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Sendo assim, percebe-se a necessidade do conhecimento fisiopatológico dos processos patológicos e as ações necessárias correspondentes para cada cliente como, considerando o mesmo como um ser único, de necessidades peculiares, com cuidados específicos, utilizando diagnósticos de enfermagem, prescrições e as intervenções e resultados desejáveis relacionados ao processo patológico. Palavras-chave: processo de enfermagem, enfermagem, conhecimento. ABSTRACT The Systematization of Nursing Assistance (SAE) enables the nurse to increase the autonomy and organization of the service provided by the nursing team. The SAE assists and provides subsidies to the professional in any scope of action, both in the in-hospital environment, as well as in the extra hospital, acting on various demands. Two case studies were carried out, in which it was shown that nurses are responsible for analyzing the diseases that affect clients in order to determine the best behavior to be taken for each case, verifying the evolution and implementing the Nursing Care Systematization individualized. For the success of the implementation of this process, it is incumbent on the nurse to have scientific technical knowledge and an expanded vision about the client so that the results can be achieved in any form of illness, always aiming at improving and promoting the necessary care for the recovery of the individual. The professional himself helps in solving problems, achieving the objectives necessary for a satisfactory action in the case, since he is a professional of paramount importance for actions of promotion, prevention and recovery of health. Thus, the need for the pathophysiological knowledge of the pathological processes and the corresponding necessary actions for each client is perceived as, considering the same as a unique being, of peculiar needs, with specific care, using nursing diagnoses, prescriptions and the interventions and desirable results related to the pathological process. Key words: nursing process, nursing, knowledge. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AVEi Acidente Vascular Encefálico Isquêmico AVP Acesso Venoso Periférico bpm Batimentos por minuto CPM Conforme Prescrição Médica CVC Cateter Venoso Central DVP Derivação Ventrículo Peritoneal DX Dextro E Esquerdo ECA Enzima Conversora de Angiotensina FC Frequência cardíaca FR Frquência respiratória HCF Hidrocefalia IAM Infarto Agudo do Miocárdio ICC Insuficiência Cardíaca Congestiva IOT Intubação Orotraqueal LCR Líquido Cefalorraquidiano M Manhã MSD Membro Superior Direito N Noite NANDA North American Nursing Diagnosis Association NIC Nursing Interventions Classification NOC Nursing Outcomes Classification PA Pressão Arterial PE Prescrição de Enfermagem rpm Respirações por minuto SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem SF Solução Fisiológica s/n Se necessário SNC Sistema Nervoso Central SSVV Sinais Vitais SVD Sondagem Vesical de Demora T Tarde Tax Temperatura axilar TC Tomografia Computadorizada TOT Tubo Orotraqueal UTI Unidade de Terapia Intensiva VM Ventilação Mecânica LISTA DE SÍMBOLOS ºC Graus celsius > Maior que < Menor que mg/dL Miligramas por decilitro ml Mililitros ml/h Mililitros por hora mmHg Milímetros de mercúrio % Porcento SpO2 Saturação parcial de oxigênio SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 8 2 ESTUDOS DE CASOS ......................................................................... 10 2.1. Estudo de caso 1: Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEi) .............................................................................................. 10 2.1.1. Caso clínico ..................................................................................... 13 2.1.2. Farmacologia ................................................................................... 13 2.1.3. Processo de enfermagem ................................................................ 15 2.2. Estudo de caso 2: Hidrocefalia (HCF) ........................................... 18 2.2.1. Caso clínico ...................................................................................... 21 2.2.2. Farmacologia ..................................................................................... 21 2.2.3. Processo de enfermagem ................................................................. 23 3 CONCLUSÃO ......................................................................................... 27 REFERÊNCIAS ......................................................................................28 8 1 INTRODUÇÃO Desde décadas passadas nos mais diversos serviços de saúde, especialmente, no âmbito hospitalar, a gerência em enfermagem tem assumido um papel fundamental na articulação entre os diversos profissionais da equipe de saúde e na organização do trabalho da enfermagem para os que buscam esses serviços (Soares, Resck, Terra, Camelo, 2015; Leite de Barros, Lopes, 2010). A organização hospitalar é um dos mais complexos serviços de saúde, isso se deve à coexistência de inúmeros processos assistenciais e administrativos, além da fragmentação dos processos de decisão assistencial com a presença de uma equipe multiprofissional com elevado grau de autonomia. Sendo assim, utiliza a tecnologia de forma intensiva e extensiva, podendo ainda, constituir-se em espaço de ensino e aprendizagem além de um campo de produção científica (Soares, Resck, Terra, Camelo, 2015; Leite de Barros, Lopes, 2010). Neste cenário, o enfermeiro vivencia um desafio na construção e seleção do conhecimento sobre o qual se fundamenta sua prática gerencial e assistencial. Inclui-se neste desafio o desenvolvimento do processo de trabalho da enfermagem, para concretizar a proposta de promover, manter ou restabelecer o nível de saúde do paciente. Assim, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) surge para somar e conformar o planejamento, a execução, o controle e a avaliação das ações de cuidados direto e indireto aos pacientes (Leite de Barros, Lopes, 2010; Soares, Resck, Terra, Camelo, 2015). A Sistematização da Assistência de Enfermagem possui diversas vantagens, na qual se destacam a elevação da qualidade da assistência prestada que culmina no benefício e satisfação do cliente, através de um atendimento individualizado que considera o indivíduo como um todo (Soares, Resck, Terra, Camelo, 2015; Leite de Barros, Lopes, 2010). Para a elaboração da Sistematização da Assistência de Enfermagem, o enfermeiro deve se basear em conhecimentos teórico-científicos que intensificam o pensamento crítico e o raciocínio clínico, visto que a aplicação da SAE fornece ao enfermeiro sua autonomia profissional, constituindo como 9 essência de sua prática profissional (Soares, Resck, Terra, Camelo, 2015; Leite de Barros, Lopes, 2010). 10 2 ESTUDOS DE CASOS 2.1. Estudo de caso 1: Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEi) O acidente vascular encefálico (AVE) é caracterizado como uma síndrome que consiste no desenvolvimento rápido de distúrbios clínicos focais da função cerebral, global no caso do coma, que perdura por período maior que 24 horas ou que acarreta na morte sem outra causa aparente que não a de origem vascular. A magnitude em termos da prevalência e incidência sinaliza sua importância epidemiológica no Brasil (Rolim, Martins, 2011; De Medeiros, Granja, Pinto, 2013; Lima, Petribú, 2016). O AVEi corresponde a 80% de todos casos de AVE e, no Brasil, o acidente vascular encefálico do tipo isquêmico representa, na população geral entre 53% a 85% dos casos de AVE (Rolim, Martins, 2011). O AVE pode ser classificado, conforme a sua fisiopatologia, em isquêmico, no qual há um déficit do fluxo sanguíneo para uma determinada área cerebral devido à obstrução de uma artéria, e hemorrágico, em que o déficit é secundário à ruptura da artéria (Joaquim, Avelar, Pieri, Cendes, 2007; Rolim, Martins, 2011). Os acidentes vasculares encefálicos hemorrágicos representam 15 a 20% dos distúrbios vasculares cerebrais e são principalmente causados por hemorragia intracraniana ou subaracnóidea, com sangramento para o tecido cerebral, os ventrículos ou o espaço subaracnóideo. A hemorragia intracerebral primária em consequência de ruptura espontânea de pequenos vasos é responsável por aproximadamente 80% dos casos de AVE hemorrágico e é causada principalmente por hipertensão arterial não controlada. A hemorragia subaracnóidea resulta da ruptura de um aneurisma (enfraquecimento da parede arterial) intracraniano em aproximadamente metade dos casos. As artérias cerebrais mais comumente afetadas por um aneurisma são a artéria carótida interna, a artéria cerebral anterior, a artéria comunicante anterior, a artéria comunicante posterior, a artéria cerebral posterior e a artéria cerebral média. As hemorragias intracerebrais secundárias estão associadas a malformações arteriovenosas, aneurismas intracranianos, neoplasias 11 intracranianas ou certos medicamentos, como os anticoagulantes, anfetaminas e outros (Brunner & Suddarth, 2015). A fisiopatologia do AVE hemorrágico depende da causa e do tipo de distúrbio vascular cerebral. Os sinais e sintomas são provocados por hemorragia primária, aneurisma ou malformações arteriovenosas que comprime os nervos cranianos ou o tecido cerebral ou, de modo mais dramático, quando um aneurisma ou malformação arteriovenosa se rompe, causando hemorragia subaracnóidea (hemorragia no espaço subaracnóideo craniano). O metabolismo cerebral normal é afetado por qualquer um dos seguintes fatores: exposição do encéfalo ao sangue extravascular, elevação da pressão intracraniana, devido ao volume sanguíneo extravascular aumentado que comprime e lesiona o tecido cerebral, ou por isquemia secundária, em consequência da redução do fluxo sanguíneo e do vasoespasmo, que frequentemente acompanham a hemorragia subaracnóidea (Brunner & Suddarth, 2015). No AVE isquêmico, os mecanismos fisiopatológicos para a oclusão do vaso podem envolver trombose local, causado por mudança na qualidade de fluxo ou na viscosidade sanguínea ou embolia. Com a oclusão há perda da suplementação de oxigênio e de glicose com mudanças no metabolismo celular que resultam no colapso de produção de energia e desintegração das membranas celulares. Os mecanismos de lesão podem ser classificados em infarto por aterosclerose de grandes artérias, a qual pode ser intra ou extracraniana; embolia de origem cardíaca; doença de pequenas artérias; e outras causas, devido à dissecções, estados pró-trombóticos, abuso de drogas, infecção entre outros, além de causas indeterminadas (Joaquim, Avelar, Pieri, Cendes, 2007; De Medeiros, Granja, Pinto, 2013). Indivíduos com AVEi apresentam história de início súbito de um sinal ou sintoma neurológico focal e, em menor proporção, uma piora gradual. O quadro clínico é bastante variado e depende da localização da lesão e da artéria comprometida. Pode-se, por questões didáticas, dividir em sinais e sintomas provenientes da circulação anterior, na qual se destacam déficit de força, déficit de sensibilidade, disartria, afasia (se no hemisfério dominante), negligência (se no hemisfério não dominante), hemianopsia homônima e sintomas de acometimento da circulação posterior, caracterizados por tontura, vertigem, 12 cefaléia, vômitos, visão dupla, ataxia e fraqueza envolvendo ambos os lados (Joaquim, Avelar, Pieri, Cendes, 2007). A terapêutica no AVEi visa fundamentalmente conter essa cascata de eventos que leva, em última análise, à morte celular. Sabe-se que na fase aguda do AVEi existe uma área central de isquemia e, ao redor desta, uma área funcionalmente prejudicada que é estruturalmente intacta (área de penumbra) e que mantém características condizentes com disfunção, mas não resulta em morte celular, sendo alvo da terapia trombolítica (Joaquim, Avelar, Pieri, Cendes, 2007; De Medeiros, Granja, Pinto, 2013). Quanto aos fatores de risco conhecidos para o AVEi, classifica-se em modificáveis e não modificáveis. Entreos fatores modificáveis estão: hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade, sedentarismo, dieta pobre em frutas e vegetais, além do uso de álcool, nível socioeconômico, estresse emocional e uso de certos medicamentos, como anticoncepcionais. Quanto aos fatores não modificáveis estão: idade, sexo, etnia ou raça, história familiar ou hereditariedade (De Medeiros, Granja, Pinto, 2013; Joaquim, Avelar, Pieri, Cendes, 2007). O cuidado na fase aguda da doença deve ser rápido e efetivo a fim de impedir a morte ou necrose do tecido encefálico. Para que o cuidado no AVE isquêmico seja realizado de forma efetiva, é necessário um conjunto mínimo de tecnologias disponíveis no tempo correto, como a realização da tomografia computadorizada (TC) num período dentro de até quatro horas e meia após o início dos sintomas, além de outros suportes propiciados, em geral, por unidades especializadas. O uso de exames no AVEi é extremamente importante para o diagnóstico diferencial, a definição e a prescrição terapêutica adequadas. Além do processo de cuidado adequado, diversos fatores interferem no resultado do tratamento do AVEi, incluindo aspectos do próprio indivíduo como a idade, o sexo, o estado socioeconômico, bem como a gravidade do AVE e outras comorbidades presentes, e também, os relacionados ao sistema de saúde como o volume de atendimento do hospital, a existência de uma unidade de terapia intensiva (UTI) especializada e outras intervenções (Rolim, Martins, 2011). O tratamento para o controle e prevenção de acidentes vasculares, de modo geral, objetiva a redução a um mínimo ou impedir sua ocorrência, a obter 13 recuperação funcional ótima após os epiqsódios e a evitar recorrências. Como formas de tratamento do AVE, cita-se a terapia trombolítica, uso de agente antiplaquetário, para prevenir formação de trombos, uso de vasodilatadores potentes, bloqueadores de canal de cálcio para reduzir a PA, e promover vasodilatação e prevenir vaso espasmo, sendo utilizado também diuréticos para reduzir o edema cerebral (Lavor, Agra, Nepomuceno, 2011). 2.1.1. Caso clínico PSM, 52 anos, sexo feminino, veio encaminhada de um hospital de atendimento primário de São José dos Campos – SP com história de rebaixamento súbito do nível da consciência, diminuição da força muscular no hemicorpo esquerdo. Ao exame de entrada, a paciente apresentava-se do ponto de vista clínico com hipertensão arterial, níveis oscilando entre 170x110 e 160x100 mmHg, ausculta cardíaca não apresentava sopros, era rítmica e hipofonética. Ausculta respiratória com murmúrios presentes, ritmo respiratório regular, frequência elevada (24rpm). Exame neurológico revelou paciente responsiva a comandos verbais, desvio do olhar conjugado para direita, localizava à dor no hemicorpo direito, paresia facial central esquerda. Reflexo cutâneo-plantar sem resposta à esquerda, em flexão à direita. Apresentava assimetria de reflexos comparando-se os dimídios. Pupilas isocóricas e fotorreagentes, restante do exame sem anormalidades. Familiares relataram antecedente pessoal da paciente de hipertensão arterial de controle irregular. Foi realizada intubação orotraqueal, instalada ventilação mecânica nos primeiros momentos da paciente no setor de emergência do Hospital Regional, também foi realizado passagem de SVD e CVC em jugular E. Fármacos prescritos: Alteplase, Captopril, Clopidogrel e Sinvastatina. 2.1.2. Farmacologia Alteplase – fibrinolítico Indicação: Infarto agudo do miocárdio (IAM), infarto do miocárdio, edema pulmonar e AVE isquêmico. 14 Contraindicação: Hipersensiblidade; hemorragia interna digestiva; hipertensão severa sem controle; histórico de AVE, trauma ou cirurgia recente do Sistema Nervoso Central (SNC); neoplasia; malformação arteriovenosa ou hemorragia. Efeitos adversos: Arritmia de reperfusão; hipotensão; equimose; rubor; urticária; sangramentos gastrointestinais e retroperineais; hemorragia no local da aplicação; flebite; dores musculares; edema periorbital; epistaxe; broncoespasmo; hemoptise; hemorragia intracraniana; cefaleia; anafilaxia e febre (AME, 2017). Captopril - anti-hipertensivo inibidor do ECA e vasodilatador coronariano Indicação: Hipertensão, insuficiência cardíaca e IAM. Contraindicação: Hipersensibilidade, isuficiência cardíaca congestiva (ICC), gestação ou lactação. Efeitos adversos: ICC; taquicardia; hipotensão; angina pectoris; pericardite; rash; prurido; irritação gástrica; úlcera péptica; disgeusia; constipação; insuficiência renal; proteinúria; síndrome nefrótica; leucopenia; agranulocitopenia; pancitopenia; tosse seca e persistente; anorexia; tontura; febre; hipercalemia e linfadenopatia (AME, 2017). Clopidogrel - antiagregante plaquetário Indicação: Redução dos eventos ateroscleróticos (IAM, AVE e morte cerebral) em pacientes com aterosclerose documentada por AVE ou infarto do miocárdio recentes ou doença arterial periférica estabelecida. Contraindicação: Hipersensibilidade, gestação ou lactação. Efeitos Adversos: Rash; prurido; erupção; náusea; gastrite; constipação; diarreia; sangramento gastrointestinal; cefaleia; tontura; fraqueza e síncope (AME, 2017). 15 Sinvastatina - antilipêmico Indicação: Auxiliar na terapia dietética no controle da hipercolesterolemia primária e das dislipidemias mistas, na diminuição dos lipídios para diminuir o risco de infarto do miocárdio e as sequelas de AVE (prevenções primária e secundária). Contraindicação: Hipersensibilidade, possibilidade de reatividade cruzada entre agentes, doença hepática ativa, gestação ou lactação. Efeitos adversos: Rash; prurido; impotência; aumento das enzimas hepáticas; cólica abdominal; constipação; diarreia; flatulência; azia; disgeusia; dispepsia; náusea; pancreatite; hepatite medicamentosa; rabdomiólise; artralgia; artrite; mialgia; miosite; rinite; bronquite; tontura; cefaleia; insônia e fraqueza (AME, 2017). 2.1.3. Processo de enfermagem 1. NANDA: Risco de quedas relacionado ao AVE e diminuição da força muscular. NOC: Comportamento de prevenção de quedas NIC: Prevenção contra queda PE: Manter grades elevadas. contínuo 2. NANDA: Risco de pressão arterial instável relacionado à HAS com controle irregular. NOC: Sinais vitais NIC: Controle da pressão arterial PE: Avaliar e anotar SSVV (PA, FR, FC, SpO2, Tax) e comunicar se PA <100x60mmHg ou >140x90mmHg, FR <12rpm ou >20rpm, FC <60bpm ou >100bpm, SpO2 <92%, Tax <35,5ºC ou >37,5ºC. 08 10 12 14 16 18 20 3. NANDA: Capacidade adaptativa intracraniana diminuída caracterizado pelo AVE. NOC: Estado neurológico 16 NIC: Monitoração neurológica PE: Atentar-se aos níveis de consciência e comunicar se desorientado, insconsciente, agressivo ou torporoso. contínuo 4. NANDA: Ventilação espontânea prejudicada caracterizado pela VM. NOC: Estado respiratório: troca gasosa NIC: Monitoração respiratória PE: Realizar troca de fixação de TOT após o banho ou s/n. M ou s/n 5. NANDA: Risco de infecção relacionado à IOT, internação, CVC e uso de SVD. NOC: Controle de riscos NIC: Controle de infecção PE: Observar e anotar sinais flogísticos em CVC em jugular E e comunicar se presente. contínuo - Realizar clampeamento de SVD em caso de transporte e evitar trações. - Realizar e anotar balanço hídrico e comunicar se diurese <50ml/h ou >1.500ml/h. 6. NANDA: Deglutição prejudicada caracterizada pela IOT. NOC: Saúde oral NIC: Precauções contra aspiração PE: Realizar higiene oral com antisséptico bucal.M T N 7. NANDA: Mobilidade física prejudicada caracterizada pela paresia relacionado ao AVE, rebaixamento do nível de consciência e diminuição da força muscular em hemicorpo esquerdo. NIC: Mobilidade NOC: Promoção da mecânica corporal PE: Realizar reposicionamento no leito. 08 10 12 14 16 18 20 8. NANDA: Risco de sangramento relacionado ao uso do Clopidogrel e Alteplase. 17 NOC: Controle de riscos NIC: Supervisão PE: Atentar-se aos sinais de sangramento pelo corpo (petéquias, equimoses e hematomas). Contínuo 9. NANDA: Comportamento de saúde propenso a risco caracterizado pelo controle irregular da pressão arterial. NOC: Comportamento de adesão NIC: Educação em saúde PE: Orientar acompanhante/familiar para a importância do tratamento terapêutico contínuo para hipertensão arterial. 10. NANDA: Deambulação prejudicada caracterizada pela diminuição da força muscular em hemicorpo esquerdo e rebaixamento do nível de consciência. NOC: Marcha NIC: Terapia com exercício: deambulação PE: Realizar banho no leito. M 11. NANDA: Padrão respiratório ineficaz caracterizado pela FR de 24 rpm. NOC: Estado respiratório NIC: Monitoração respiratória PE: Realizar aspiração de IOT e anotar aspecto, quantidade e intercorrências. s/n 12. NANDA: Integridade da pele prejudicada caracterizado por CVC. NOC: Integridade tissular: pele e mucosas NIC: Supervisão da pele PE: Atentar-se para a presença de sinais flogístico em área de CVC em jugular E. contínuo 13. NANDA: Risco de lesão por pressão relacionado à internação. NOC: Mobilidade NIC: Supervisão da pele PE: Manter proeminências ósseas livres de pressão com uso de coxins. 18 - Realizar massagem de conforto com hidratante corporal. 14. NANDA: Risco de trauma vascular relacionado ao CVC em interna E. NOC: Controle de riscos NIC: Controle de dispositivo de acesso venoso central PE: Realizar troca de curativo em CVC em jugular E com SF 0,9% e ocluir com gaze. M ou s/n 2.2. Estudo de caso 2: Hidrocefalia (HCF) A hidrocefalia é caracterizada por uma situação patológica de dilatação dos ventrículos cerebrais e compressão do tecido nervoso por acúmulo excessivo do líquido cefalorraquidiano (LCR) devido ao desequilíbrio entre a produção e a absorção liquórica (Oliveira, Pereira, Freitas, Costa, 2013; De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). A hidrocefalia possui diversas etiologias, assim, é de suma importância o reconhecimento exato dos fatores etiológicos. Os fatores etiológicos responsáveis pela hidrocefalia congênita são causados por problemas que se iniciam na vida intrauterina e se manifestam, em sua maior parte, já na base fetal ou logo após o nascimento. Entre estes fatores estão a teratogênese, que consiste na exposição à radiação, também estão a má nutrição materna, estenose do aqueduto de Sylvius, cistos benignos, tumores congênitos, anomalias vasculares, anomalias esqueléticas e infecção uterina (toxoplasmose, citomegalovírus, estafilococos, sífilis, varíola, caxumba, varicela, poliomielite, hepatite infecciosa, vírus da gripe, encefalite e adenovírus). Além disso, existem alguns fatores genéticos como a hidrocefalia ligada ao cromossomo X. Nos indivíduos com hidrocefalia adquirida, as causas podem ser meningite, traumatismo e hemorragia subaracnóidea (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012; Wey-Vieira, Cavalcanti, Lopes, 2004). O sistema nervoso central está completamente envolvido por líquido cefalorraquidiano ou líquor, na qual tem como função proteger mecanicamente o cérebro, amortecendo choques contra a superfície interna do crânio. A certa 19 de 140 ml de líquor, estando 70 ml nos ventrículos e outro tanto no espaço subaracnóidea (Oliveira, Pereira, Freitas, Costa, 2013; De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). O líquor tem como principal função proteger o cérebro contra eventuais choques mecânicos, mas também desempenha importante função na proteção biológica do sistema nervoso central, distribuindo nutrientes e agentes de defesa contra infecções. O líquor é produzido por estruturas glandulares chamadas de plexos coroide e, após circular pelo interior do cérebro, é absorvido pela circulação sanguínea em sua maior parte por corpúsculos localizados ao longo de uma grande veia situada na parte interna do topo do crânio. Para chegar até estas estruturas, o liquido circula pelos ventrículos até sair por pequenos orifícios situados na parte posterior da medula, logo abaixo do quarto ventrículo (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). Se por alguma razão ocorrer obstrução total do sistema ventricular, os ventrículos rapidamente se expandem, fazendo com que o líquor não tenha mais como circular e ser absorvido pelo sistema nervoso central. A velocidade e intensidade destas manifestações vão depender de mecanismos compensatórios. Na criança, ocorre a ocupação rápida das cisternas e dos espaços subaracnóidea, a disjunção das suturas cranianas, a diminuição do volume sanguíneo intracraniano e a expansão do crânio. As alterações funcionais e morfológicas são reversíveis, até o momento em que não houver destruição axonal (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). O diagnóstico de hidrocefalia inicia-se através da anamnese que poderá sugerir o envolvimento da hidrocefalia ao cromossomo X e avaliar a história pregressa o que poderá evidenciar a influencia de infecções como meningite e toxoplasmose (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012; Wey- Vieira, Cavalcanti, Lopes, 2004). A ultrassonografia tem permitido diagnóstico cada vez mais precoce dos defeitos congênitos durante a vida intra-uterina, e tem sido utilizado como o principal método diagnóstico para rastreamento de hidrocefalia congênitas. Utiliza-se também a tomografia computadorizada, na qual permite avaliar a forma das cisternas da base e verificar se estão plenas de líquor (resultado normal), ou se comprimidas deslocando o líquor hipertensão. No caso do recém nascido com hidrocefalia, a tomografia computadorizada é capaz de 20 determinar o local da obstrução do fluxo de LCR (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). A ressonância magnética do encéfalo é um requinte de imagem que possibilita aprofundar o diagnóstico de muitas patologias, identificando melhor o sistema vascular do encéfalo. A ressonância magnética, comparada com a tomografia, demonstra com mais detalhes anatômicos o local da obstrução do líquor (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). Os sinais e sintomas da hidrocefalia variam de acordo com a faixa etária do paciente, a causa primária ou doença de base, a presença de outras malformações ou lesões cerebrais associadas, dimensão da obstrução ao trânsito liquórico e nível da pressão intracraniana. No recém-nascido, a irritabilidade, letargia, vômitos e um crescimento anormalmente rápido da calota craniana são os achados mais comuns. A aferição periódica do perímetro cefálico é muito importante na suspeita de hidrocefalia, visto que, estudos radiológicos têm mostrado que existem casos que a dilatação ventricular anormal e aumento da pressão intracraniana podem preceder a macrocrania (Da Cunha, 2014). Se não tratada, a hidrocefalia pode causar grave retardo mental devido o volume crescente de liquido nos ventrículos comprimir o tecido cerebral contra a cavidade dura do cérebro, provocando lesões irreparáveis (De Sousa, Feijó, Farias, Lima, Souza, Conceição, 2012). O tratamento da hidrocefalia se dá naforma transitória ou definitiva, através de condutas invasivas e não invasivas. Nas condutas transitórias não invasivas são utilizadas drogas com a finalidade de inibir a produção liquórica, diminuir o conteúdo de água do cérebro ou estimular a absorção. Os diuréticos osmóticos, como o Issorsobida, Manitol, Urea e Glicerol, são fármacos que atuam diminuindo o conteúdo líquido do cérebro. Outra forma de tratamento da hidrocefalia consiste em reduzir a quantidade de líquido no cérebro por meio da drenagem do LCR do ventrículo lateral para um compartimento extracraniano, o peritônio ou átrio do coração, afim de diminuir a pressão intracraniana. No entanto, alguns autores acreditam que o implante do sistema de derivação ventrículo-peritonial, em sua maioria, leva a uma melhora dos sinais e sintomas causados pela hidrocefalia, porem não cura a hidrocefalia e o dano ao tecido cerebral permanece (Oliveira, Pereira, Freitas, Costa, 2013; Da Cunha, 2014). 21 2.2.1. Caso clínico R.A.O., 12 anos de idade, de cor branca, de religião católica, deu entrada num hospital do município de São José dos Campos, interior de São Paulo com diagnóstico médico de hidrocefalia congênita, sobre a suspeita de ter sido causada por consequência de um defeito congênito que afeta a espinha dorsal, conhecido como mielomeningocele, com o objetivo de implantação da válvula de Derivação-Ventrículo-Peritoneal (DVP). Paciente com disposição para saúde melhorada evidenciada por escolhas do dia a dia adequada, disposição para sono melhorado caracterizado pela quantidade de sono coerente do desenvolvimento, disposição para conhecimento melhorado caracterizado pelo interesse em aprender, disposição para autoconceito. Hemodinamicamente estável, faz uso de Acetazolamida, Furosemida e Metilprednisolona. 2.2.2. Farmacologia Acetazolamida – diurético (inibidor da anidrase carbônica) Indicação: Glaucoma secundário, pré-operatório de glaucoma de ângulo fechado, tratamento adjuvante de edema devido à insuficiência cardíaca congestiva, glaucoma crônico simples (ângulo aberto), epilepsias centroencefálicas. Contraindicação: Terapias prolongadas para glaucoma crônico não congestivo de ângulo fechado, hiponatremia, hipopotassemia e doença renal ou hepática. Efeitos adversos: Rash, náusea, vômito, disgeusia, cálculo renal, hematúria, hiperuricemia assintomática, anemia aplástica, anemia hemolítica, leucopenia, miopia transitória, anorexia, sonolência, parestesia e confusão (AME, 2017). Furosemida – diurético de alça Indicação: Tratamento do edema devido à insuficiência cardíaca congestiva ou distúrbios hepáticos ou renais, tratamento de hipertensão arterial, tratamento da hipercalcemia maligna. 22 Contraindicação: Hipersensibilidade, possibilidade de reatividade cruzada com tiazidas e sulfonamidas, intolerância prévia ao álcool, distúrbio hidroeletrolítico preexistente não corrigido, coma hepático ou anúria. Reações adversas: Hipotensão, fotossensibilidade, rash, hiperglicemia, constipação, diarreia, boca seca, dispepsia, náusea, vômito, poliúria, discrasias sanguíneas, hiperuricemia, desidratação, hipocloremia, hipocalemia, hipomagnesemia, hiponatremia, hipovolemia, alcalose metabólica, artralgia, câimbras musculares, mialgia, perda da audição, zumbido, tontura, encefalopatia, cefaleia, insônia e nervosismo (AME, 2017). Metilprednisolona – corticosteroide Indicação: Tratamento de uma ampla variedade de doenças crônicas (inflamatórias, alérgicas, hematológicas, neolplásicas e auto-imunes); esclerose múltipla; terapia adjuntiva da pneumonia por Pneumocystis carinii em paciente com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; lesão aguda do cordão espinhal; insuficiência adrenocortical e entre outros. Contraindicação: Hipersensibilidade à droga, aos outros corticosteroides ou a qualquer dos componentes da formulação; infecções ativas sem controle; micoses sem controle e algumas viroses em evolução; gota; úlceras ativas (gástrica ou duodenal); estados psicóticos; hipotiroidismo; cirrose alcoólica com ascite; hepatite aguda; vacinas de vírus vivo. Efeitos adversos: Dificuldade na cicatrização das feridas; hiperglicemia; equimose e petéquia; eritema facial; retenção de sódio; retenção de fluídos; falência cardíaca congestiva; perda de potássio; alcalose hipopotássica; hipertensão; irregularidades menstruais; desenvolvimento de estado cushingóide; supressão do crescimento nas crianças; úlcera péptica; pancreatite; distensão abdominal; esofagite ulcerativa; fraqueza muscular; miopatia esteroide; perda de massa muscular; osteoporose; ruptura do tensão (principalmente do tendão de Aquiles); aumento da pressão intracraniana com papiledema; convulsão; vertigem; cefaleia; catarata subcapsular posterior; glaucoma; exoftalmia; urticária e entre outros (AME, 2017). 23 Manitol (droga de maior utilização para pacientes com pressão intracraniana elevada) – diurético osmótico Indicação: Profilaxia e tratamento da insuficiência renal aguda, redução da pressão intracraniana, redução da pressão intraocular, antídoto na remoção de substância tóxicas. Contraindicação: Hipersensibilidade, anúria, edema pulmonar, desidratação grave, sangramento intracraniano ativo (exceto durante craniotomia), insuficiência cardíaca progressiva ou congestão pulmonar (após terapia com Manitol), prejuízo renal progressivo (após terapia com Manitol). Reações adversas: Hipotensão, hipertensão, edema, taquicardia, angina, náusea, boca seca, sede, retenção urinária, trombocitopenia, urticária, congestão pulmonar, rinite, anorexia, tontura, cefaleia, convulsão, distúrbios hidroeletrolíticos e visão turva (AME, 2017). 2.2.3. Processo de enfermagem 1. NANDA: Risco de glicemia instável relacionado ao uso de Metilprednisolona (corticosteroide). NOC: Nível de glicose no sangue NIC: Controle da hiperglicemia PE: Atentar-se aos valores de glicose após utilização de DX e comunicar se <70mg/dL ou >140mg/dL pós-prandial CPM. contínuo 2. NANDA: Risco de quedas relacionado à internação. NOC: Conhecimento: prevenção de quedas NIC: Prevenção contra quedas PE: Manter grades do leito elevadas. contínuo 3. NANDA: Risco de trauma físico relacionado à suscetibilidade da mielomeningocele. NOC: Controle de riscos NIC: Supervisão da pele PE: Atentar-se para evitar fricções/trauma em região lombar. contínuo 24 4. NANDA: Capacidade adaptativa intracraniana diminuída relacionado à hidrocefalia. NOC: Estado neurológico NIC: Monitoração neurológica PE: Avaliar nível de consciência e comunicar se presente sinais de confusão, letargia, irritabilidade, inconsciência. Contínuo 5. NANDA: Risco de infecção relacionado à internação, uso de AVP em MSD e uso de Derivação-Ventrículo-Peritoneal (DVP). NOC: Controle de riscos NIC: Prevenção contra infecção PE: Realizar troca de curativo em AVP em MSD com SF 0,9% e ocluir com gaze após o banho ou s/n. M ou s/n - Avaliar e anotar Tax e comunicar se hipotermia (<36,0ºC) ou hipertermia (>37,8ºC). 08 10 12 14 16 18 20 - Administrar antitérmico CPM. 6. NANDA: Mobilidade no leito prejudicada relacionado à mielomeningocele. NOC: Mobilidade NIC: Posicionamento PE: Atentar-se para evitar movimentos bruscos ao manipular o cliente/paciente. contínuo 7. NANDA: Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz relacionado à hidrocefalia e DVP. NOC: Perfusão Tissular: Cerebral NIC: Monitoração neurológica PE: Atentar-se para queixas álgicas ecomunicar se presente. contínuo 8. NANDA: Conforto prejudicado relacionado à internação. NOC: Estado de conforto NIC: Controle do ambiente: conforto 25 PE: Proporcionar ambiente confortável oferecendo brinquedos, revistas, jogos para a criança. contínuo 9. NANDA: Volume de líquidos excessivo relacionado à hidrocefalia. NOC: Equilíbrio hídrico NIC: Controle da hipervolemia PE: Realizar balanço hídrico. 08 10 12 14 16 18 20 10. NANDA: Risco de desequilíbrio eletrolítico relacionado ao uso de Furosemida. NOC: Controle de riscos NIC: Controle hidroeletrolítico PE: Realizar e anotar balanço hídrico e comunicar se diurese <200ml/24h ou >1.500ml/24h. N 11. NANDA: Envolvimento em atividades de recreação diminuído relacionado à hospitalização. NOC: Estado de conforto NIC: Terapia recreacional PE: Utilizar métodos (musicoterapia, arteterapia, animais) como forma de estimulação para a recreação da criança. contínuo 12. NANDA: Medo relacionado ao regime terapêutico e hospitalização. NOC: Nível de medo NIC: Aumento da segurança PE: Promover e estimular interação entre família/paciente. Contínuo 13. NANDA: Integridade da pele prejudicada relacionado ao uso de AVP em MSD. NOC: Integridade tissular: pele e mucosas NIC: Supervisão da pele PE: Observar sinais flogísticos em AVP em MSD e comunicar se presente. M T N 26 14. NANDA: Risco de desenvolvimento atrasado relacionado à hidrocefalia NOC: Desenvolvimento da criança: Adolescência NIC: Avaliação da saúde PE: Realizar acompanhamento e avaliação da equipe multidisciplinar (enfermeiro, psicólogo, médico, fisioterapeuta, nutricionista). [enfermeiro] 27 3 CONCLUSÃO Nos estudos de caso, foram analisados os problemas de saúde de pacientes que se encontravam no momento da internação para realização da sistematização de assistência de enfermagem a cada paciente/cliente, como um meio de promover, prevenir, recuperar e reabilitar às suas vidas cotidianas. Percebeu-se que o profissional enfermeiro, com uma assistência qualificada em qualquer tipo de patologia apresentada, associado ao exame físico bem realizado e com os exames laboratoriais, proporciona um excelente resultado para posterior diagnóstico de enfermagem a respeito de qualquer agravo. Assim, a importância da atuação do enfermeiro em avaliar a doença e realizar intervenções necessárias para a recuperação deste paciente engloba o conceito de saúde-doença de cada individuo, de forma individualizada, holística e humanizada, com o intuito de obter resultados positivos de seu planejamento de cuidados. 28 REFERÊNCIAS AME: dicionário de administração de medicamentos na enfermagem / AME. – 10. Ed. – São Paulo: Med In, 2017. Brunner & Suddarth. Manual de enfermagem médico-cirúrgica / Revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução Patrícia Lydie Voeux. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Buechek GM, Butcher HK, Dochterman JM, Wagner CM. NIC - Classificação das intervenções de enfermagem. Elsever. 6ª ed. 2016. Da Cunha AHGB. Hidrocefalia na infância. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2014; 18(2):85-93. De Lavor IG, Agra G, Nepomuceno CM. 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Acidente vascular encefálico: revisão sistemática sobre qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2016; 20(3):253-66. Moorhead S, Johson M, Maas ML, Swanson E. NOC – Classificação dos resultados de enfermagem. 5ª ed. 2016. Oliveira DMP, Pereira CU, Freitas ZMP, Costa ACSM. Hidrocefalia: relação entre o conhecimento do cuidador e sequelas motoras. Arq Bras Neurocir. 2013; 32(2):69-73. Rolim CLRC, Martins M. Qualidade do cuidado ao acidente vascular cerebral isquêmico no SUS. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública. 2011; 27(11):2106-16. 29 Soares MI, Resck ZMR, Terra FS, Camelo SHH. Sistematização da assistência de enfermagem: facilidades e desafios do enfermeiro na gerência da assistência. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. 2015; 19(1):47-53. Wey-Vieira M, Cavalcanti DP, Lopes VLGS. Importância da avaliação genético- clínica na hidrocefalia. Arq Neuropsiquiatr. 2004; 62(2-B):480-6.
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