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Caderno do Professor - Educação Física - 9 Ano - vol 2

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Prévia do material em texto

CADERNO DO PROFESSOR
8a SÉRIE 9oANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Volume 2
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
8a SÉRIE/9o ANO
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Os materiais de apoio à implementação 
do Currículo do Estado de São Paulo 
são oferecidos a gestores, professores e alunos 
da rede estadual de ensino desde 2008, quando 
foram originalmente editados os Cadernos 
do Professor. Desde então, novos materiais 
foram publicados, entre os quais os Cadernos 
do Aluno, elaborados pela primeira vez 
em 2009.
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do 
Professor e do Aluno foram reestruturados para 
atender às sugestões e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo 
a ampliar as conexões entre as orientações ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades 
propostas aos estudantes. Agora organizados 
em dois volumes semestrais para cada série/
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e 
série do Ensino Médio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente 
no planejamento do trabalho com os conteúdos 
e habilidades propostos no Currículo Oficial 
de São Paulo e contribuir ainda mais com as 
ações em sala de aula, oferecendo novas orien-
tações para o desenvolvimento das Situações de 
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gestão da Educação 
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do 
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes 
finalidades:
 incorporar todas as atividades presentes 
nos Cadernos do Aluno, considerando 
também os textos e imagens, sempre que 
possível na mesma ordem;
 orientar possibilidades de extrapolação 
dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do 
Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
vidades;
 apresentar as respostas ou expectativas 
de aprendizagem para cada atividade pre-
sente nos Cadernos do Aluno – gabarito 
que, nas demais edições, esteve disponível 
somente na internet.
Esse processo de compatibilização buscou 
respeitar as características e especificidades de 
cada disciplina, a fim de preservar a identidade 
de cada área do saber e o movimento metodo-
lógico proposto. Assim, além de reproduzir as 
atividades conforme aparecem nos Cadernos 
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientações mais 
detalhadas para sua aplicação, como também in-
cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do 
Professor (uma estratégia editorial para facilitar 
a identificação da orientação de cada atividade). 
A incorporação das respostas também res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso, 
elas podem tanto ser apresentadas diretamente 
após as atividades reproduzidas nos Cadernos 
do Professor quanto ao final dos Cadernos, no 
Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
A NOVA EDIÇÃO
Leitura e análise
Lição de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa de 
campo
Aprendendo a 
aprender
Roteiro de 
experimentação
Pesquisa individual
Apreciação
Você aprendeu?
O que penso 
sobre arte?
Ação expressiva
!
?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Além dessas alterações, os Cadernos do 
Professor e do Aluno também foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB 
com o objetivo de atualizar dados, exemplos, 
situações e imagens em todas as disciplinas, 
possibilitando que os conteúdos do Currículo 
continuem a ser abordados de maneira próxi-
ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades 
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporâneo.
Para saber mais
Para começo de 
conversa
Seções e ícones
SUMÁRIO 
Orientação sobre os conteúdos do volume 8
Tema 1 – Jogo e esporte – Diferenças conceituais e na experiência dos jogadores 10
Situação de Aprendizagem 1 – Experimentando as diferenças entre jogo e esporte 14
Atividade Avaliadora 20
Proposta de Situações de Recuperação 22
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 22
Tema 2 – Esporte – Modalidade “alternativa” ou popular em outros países: beisebol 24
Situação de Aprendizagem 2 – Familiarização com o beisebol 30
Situação de Aprendizagem 3 – Construção e sistematização do jogo de beisebol 32
Situação de Aprendizagem 4 – Vamos jogar? O beisebol construído39
Atividade Avaliadora 42
Proposta de Situações de Recuperação 43
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 46
Tema 3 – Atividade rítmica – Organização de festival de dança e de expressões corporais 47
Situação de Aprendizagem 5 – Planejando o festival 48
Situação de Aprendizagem 6 – Divulgando o festival 52
Situação de Aprendizagem 7 – Realizando o festival 55
Situação de Aprendizagem 8 – Avaliando o festival 58
Atividade Avaliadora 59
Proposta de Situações de Recuperação 60
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 60
Tema 4 – Esporte – Organização de campeonato esportivo 61
Situação de Aprendizagem 9 – Planejando o campeonato 63
Situação de Aprendizagem 10 – Divulgando o campeonato 70
Situação de Aprendizagem 11 – Realizando o campeonato 71
Situação de Aprendizagem 12 – Avaliando o campeonato 73
Atividade Avaliadora 74
Proposta de Situações de Recuperação 75
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 77
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 78
8
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este Caderno foi elaborado para 
servir de apoio ao seu trabalho pedagógico 
cotidiano com a 8a série/9o ano do Ensino 
Fundamental. Os temas deste volume são 
enfocados a partir da concepção teórica da 
disciplina, já explicitada anteriormente, fun-
damentada nos conceitos de Cultura de Movi-
mento e Se-Movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações de 
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas 
Jogo e esporte, Esporte e Atividade rítmica 
possibilitem que os alunos diversifiquem, sis-
tematizem e aprofundem suas experiências do 
Se-Movimentar no âmbito das culturas lúdica, 
esportiva, gímnica e rítmica, tanto para propor-
cionar a eles novas experiências, permitindo aos 
alunos estabelecer novas significações, como 
para dar novos significados às experiências já 
vivenciadas. Espera-se que o enfoque adotado 
para o desenvolvimento dos conteúdos deste vo-
lume seja compatível com as intencionalidades 
do projeto político-pedagógico de cada escola.
Neste volume da 8a série/9o ano serão de-
senvolvidos quatro temas. O primeiro, Jogo e 
esporte, enfatizará as diferenças conceituais e 
a experiência dos jogadores. A intenção é que 
os alunos tornem-se capazes de identificar o 
processo de transformação do jogo em espor-
te, bem como a conduta diferenciada entre o 
jogador e o atleta.
Para o desenvolvimento do segundo tema, 
Esporte – modalidade “alternativa” ou po-
pular em outros países, o beisebol será usado 
como exemplo. Porém, a escola, de acordo 
com seu projeto político-pedagógico, poderá 
optar por outra modalidade esportiva. A in-
tenção, no caso do exemplo desenvolvido, é 
que os alunos identifiquem e caracterizem a 
dinâmica do beisebol, em termos de regras, 
funções dos jogadores e ações de ataque e de-
fesa, aplicando seus princípios técnicos e táti-
cos em situações de jogo.
Os temas Atividade rítmica e Esporte serão 
desenvolvidos a partir da proposta de realização 
de um festival de dança e expressões corporais 
e/ou de um campeonato esportivo. A realização 
de tal iniciativa neste último semestre do Ensino 
Fundamental pode oferecer uma oportunidade 
de avaliar não só o período letivo nesta série/ano, 
mas todo o trabalho desenvolvido pela Educa-
ção Física nas séries/anos anteriores. Essa ati-
vidade não pretende se resumir aos eventos em 
si, mas se apresentar como oportunidade para 
que, além das aprendizagens específicas relativas 
ao esporte e às atividades rítmicas, possam ser 
trabalhadas outras competências e habilidades, 
como a organização de eventos. Tem por obje-
tivo também realizar um encerramento do que 
foi desenvolvido, retomando e apresentando 
modalidades esportivas e manifestações lúdicas, 
gímnicas, rítmicas e de luta.
Nesse sentido, pretende-se desenvolver 
competências e habilidades relacionadas às 
capacidades de:
 planejar, divulgar, realizar e avaliar as eta-
pas do festival de dança e/ou expressões 
corporais; 
 planejar, divulgar, realizar e avaliar as eta-
pas do campeonato esportivo;
 mobilizar-se para participar de forma ati-
va, solidária e cooperativa das situações do 
festival e/ou do campeonato;
 participar, como torcedor, de forma ativa 
e respeitosa em relação aos seus colegas e 
adversários;
 avaliar todo o percurso de aprendizagem 
desenvolvido na Educação Física em todas 
as séries/anos do Ensino Fundamental.
9
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
As estratégias escolhidas – que incluem 
a realização de gestos/movimentos, a parti-
cipação em jogos, a busca de informações, a 
projeção de vídeos, a resolução de situações-
-problema etc. – possibilitam aos alunos uma 
reflexão a partir do confronto das próprias 
experiências com a sistematização e o apro-
fundamento dos conhecimentos no âmbito da 
Cultura de Movimento.
Os procedimentos propostos para a avalia-
ção caminham na direção de uma avaliação 
integrada ao processo de ensino e aprendiza-
gem, sem estabelecer apenas procedimentos 
isolados e formais. 
As Atividades Avaliadoras devem favo-
recer a geração, por parte dos alunos, de 
informações ou indícios, qualitativos e quan-
titativos, verbais e não verbais, que serão in-
terpretados pelo professor, nos termos das 
competências e das habilidades que se pre-
tende desenvolver em cada tema/conteúdo. 
Privilegia-se a proposição de Situações de 
Aprendizagem que favoreçam a aplicação 
dos conhecimentos em situações coletivas e 
a elaboração de textos-síntese relacionados 
aos temas abordados. São também prioriza-
dos os questionamentos dirigidos aos alunos 
ao longo das aulas, a fim de verificar a com-
preensão dos conteúdos e a aquisição das 
competências e das habilidades propostas.
A quadra é o tradicional espaço da aula de 
Educação Física, mas algumas Situações de 
Aprendizagem aqui sugeridas podem ser desen-
volvidas no espaço convencional da sala de aula, 
no pátio externo ou em outro espaço da escola, 
como biblioteca, sala de informática ou de vídeo, 
desde que compatível com as atividades progra-
madas. Algumas etapas podem ser também rea-
lizadas pelos alunos como atividade extra-aula 
(pesquisas, produção de textos etc.). Especifica-
mente neste volume, em que propomos a reali-
zação de um campeonato esportivo e/ou de um 
festival de dança e expressões corporais, as ativi-
dades previstas extrapolam os limites da quadra, 
envolvendo a unidade escolar como um todo.
As orientações e sugestões a seguir têm 
por objetivo oferecer-lhe subsídios para o de-
senvolvimento dos temas apresentados. Não 
pretendem apresentar as Situações de Apren-
dizagem como as únicas a serem realizadas, 
nem restringir sua criatividade, como profes-
sor, para outras atividades ou variações de 
abordagem dos mesmos temas.
Nesse mesmo sentido, o Caderno do Aluno 
é mais um instrumento para servir de apoio 
ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos. 
Elaborado com base no Caderno do Profes-
sor, esse material adicional não tem a preten-
são de restringir ou limitar as possibilidades 
do seu fazer pedagógico.
De acordo com o projeto político-pedagó-
gico da escola e do planejamento do compo-
nente curricular, é possível que os temas nele 
elencados, selecionados entre os propostos no 
Caderno do Professor, não coincidam com 
as atividades que vêm sendo desenvolvidas 
na escola. Neste caso, a expectativa é subsi-
diar o seu trabalho para que as competências 
e habilidades propostas, tanto no Caderno 
do Professor quanto no Caderno do Aluno, 
sejam alcançadas.
Para otimizar o tempo pedagogicamente 
necessário para a aula, o Caderno do Aluno 
apresenta as Situações de Aprendizagem, as-
sim como sugestões de pesquisa e atividades 
de lição de casa. Além disso, traz, em todos 
os volumes, dicas sobre nutrição ou postura. 
É importante caracterizar o eixo temático que 
permeiatodo o Ensino Fundamental.
Isto posto, professor, bom trabalho!
10
o tempo para jogar “bobinho” ou se reúnem 
para fazer embaixadas, disputando quem as 
consegue fazer por mais tempo sem deixar a 
bola cair no chão. 
Imagine, também, um grupo de adolescen-
tes jogando futebol em um parque ou em uma 
quadra qualquer no fim de semana. Todo o 
grupo, aparentemente, joga com seriedade e 
quer ganhar. A equipe que vence a partida ad-
quire o direito de permanecer em quadra, pois 
somente a vitória lhe garante mais um jogo: 
desta vez com o time que está esperando do 
lado de fora. Às vezes, ocorre uma discussão, 
principalmente quando acontece algum lance 
polêmico – se foi falta, se a bola saiu ou se 
foi gol. O clima e os ânimos se alteram, mas 
sempre ocorre uma negociação, e o jogo segue 
como se nada houvesse ocorrido.
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TEMA 1 – JOGO E ESPORTE – DIFERENÇAS 
CONCEITUAIS E NA EXPERIÊNCIA DOS JOGADORES
Falar das diferenças conceituais entre jogo 
e esporte pode parecer, a princípio, um tema 
abstrato e distante da vida cotidiana. Mas a 
lembrança de algumas situações muito con-
cretas e próximas da Cultura de Movimento 
nos ajudará a compreender os conceitos de 
jogo e esporte.
Imagine um grupo de dez crianças e/ou 
adolescentes entre 10 e 14 anos de idade, todos 
vizinhos que já se conhecem há algum tempo, 
jogando taco na rua ou na praça perto de onde 
moram. Enquanto duas duplas jogam, os ou-
tros esperam sua vez de participar. Alguns se 
encontram um pouco ansiosos para que a par-
tida termine. Outros, do lado de fora, ensaiam 
movimentos com o taco ou, ainda, executam 
lançamentos com a bola para o companheiro 
de dupla. Outros, enquanto esperam, utilizam 
Figuras 1 e 2 – Jogo de taco.
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11
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
Imagine, agora, um jogo da Liga Mun-
dial de Vôlei Feminino entre Brasil e Cuba. 
A grande rivalidade está aflorada, os “ner-
vos” das jogadoras, dos técnicos e de todos 
os que assistem ao evento, pessoalmente ou 
pela TV, estão, como se diz popularmente, “à 
flor da pele”. O ambiente competitivo gera 
vaias contra a equipe cubana quando uma 
jogadora vai sacar ou quando faz um pon-
to. A carga de rivalidade dos últimos anos 
se faz presente nessa partida. Momentos 
muito tensos ocorrem, com provocações de 
Figura 3 – Grupo jogando futebol em parque.
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Figura 4 – Cena de uma partida de vôlei.
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 Quais são as semelhanças entre as três si-
tuações? 
 O que as diferencia? 
 Quais são as posturas das crianças no jogo 
de taco, do grupo de adolescentes que joga 
ambas as equipes visando a desestruturar 
emocionalmente as adversárias. Há discussão 
entre as jogadoras das duas equipes perto da 
rede, até que o árbitro é obrigado a intervir 
com mais veemência, conversando com as ca-
pitãs para que a partida prossiga.
12
Aspectos como a liberdade de ação, a impro-
dutividade/produtividade (no sentido de haver 
recompensa material) de tais ações, a dimensão 
lúdica, a flexibilização/inflexibilização das re-
gras, o espaço e o tempo de realização são deci-
sivos para a conceituação e a diferenciação entre 
jogo e esporte. 
Consideremos tais características em re-
lação às duas primeiras situações apresenta-
das no início deste tema: as crianças jogando 
taco e o grupo de adolescentes jogando fute-
bol no fim de semana aproximam-se bastante 
do conceito de jogo sintetizado por Kishimo-
to. Em ambas as situações, as atividades são 
voluntárias, ou seja, todos os envolvidos reu-
niram-se espontaneamente para jogar, esco-
lhendo, portanto, estar juntos. As regras do 
jogo de taco e as do futebol foram definidas e 
futebol e das equipes de vôlei que dispu-
tam a Liga Mundial? 
 Qual é a motivação dos envolvidos? 
 Qual é o tempo destinado a tais práticas? 
 Em que espaços elas ocorrem? 
 Como os três grupos definem as regras de 
suas respectivas práticas corporais ou li-
dam com elas?
As respostas a essas questões nos ajuda-
riam a conceituar jogo e esporte. E, ainda 
que essa tarefa não seja fácil, existem seme-
lhanças e diferenças entre jogo e esporte que 
podem ser apresentadas e problematizadas. 
Inicialmente, cabe uma colocação: o elemen-
to fundamental de toda prática esportiva é 
o jogo. O jogo é o alicerce das modalidades 
esportivas, mas o esporte não se resume ao 
jogo: ele vai além, em inúmeros aspectos. 
Na tentativa de sintetizar esse elemento, com 
base na conceituação apresentada por autores 
como Fromberg, Christie, Caillois e Huizinga, 
Kishimoto destaca os seguintes aspectos:
1. “Liberdade de ação do jogador ou o caráter voluntário, de motivação interna e episódica 
da ação lúdica; prazer (ou desprazer), futilidade, o ‘não sério’ ou efeito positivo.
2. Regras (implícitas ou explícitas).
3. Relevância do processo de brincar (o caráter improdutivo), incerteza de resultados.
4. A não literalidade, reflexão de segundo grau, representação da realidade, imaginação.
5. Contextualização no tempo e no espaço” (KISHIMOTO, 2007)1.
1 KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 10. ed. São Paulo: Cortez, 
2007. p. 27.
negociadas pelos próprios participantes. No 
caso do futebol jogado aos fins de semana, 
existe uma grande influência da lógica do 
esporte de rendimento, mas sem o mesmo ri-
gor na sua aplicação.
Em princípio, os espaços em que as duas 
primeiras práticas ocorreram não são necessa-
riamente o aspecto definidor de suas respectivas 
realizações. O espaço em que foi desenvolvido o 
jogo de taco não precisaria ser necessariamente 
a rua, podendo ser qualquer outro com as mes-
mas condições (piso plano e amplo). O mesmo 
ocorre com o jogo de futebol: a ausência de 
uma trave ou de linhas que delimitam o campo 
ou o fato de o grupo não possuir uniforme que 
diferencie seus jogadores são aspectos que não 
dificultam o jogo nem impedem a sua realiza-
ção. É comum em parques e praças pelo Brasil 
13
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
entendido como prática de alto rendimento/
espetáculo ou como atividade de lazer. De 
acordo com esse enfoque, o futebol jogado 
pelos rapazes ou pelas moças aos fins de se-
mana seria o esporte, como atividade de la-
zer, com características muito próximas às do 
jogo. Já a partida entre Brasil e Cuba na Liga 
Mundial de Vôlei estaria mais distante das 
características do jogo, passando do mundo 
do não trabalho para o do trabalho, que deve 
ser produtivo.
Para Bracht (2005, p. 14), o esporte moder-
no desenvolvido no interior da cultura inglesa 
– entendida como o berço do esporte moder-
no – assumiu algumas características básicas 
que são reproduzidas até hoje: “competição, 
rendimento físico-técnico, recorde, racionali-
zação e cientificização”.
O esporte é caracterizado por uma perda 
na liberdade de ação. A liberdade também 
existe no esporte, porém os limites em relação 
às regras, ao espaço e ao tempo de duração 
influenciam as ações dos atletas.
A dimensão lúdica está presente no espor-
te de rendimento, mas encontra-se diminuída 
por causa da competitividade e do objetivo 
final – a vitória. Existe algo que vai além do 
prazer da disputa, como o título de campeão 
do mundo. Nesse sentido, o jogador deve ser 
produtivo, pois suas ações são fundamentais 
para o desenvolvimento e o resultado da par-
tida, o que vai ser decisivo para o futuro da 
equipe no campeonato e para o futuro dos 
atletas em suas carreiras (melhor estrutura e 
maior visibilidade dos atletas). Para isso, o 
atleta precisa treinar, repetindo inúmeras ve-
zes as técnicas e as táticas envolvidas na mo-
dalidade esportiva que pratica.
Na partida de vôlei feminino na Liga Mun-
dial, as regras são definidas por um órgão inter-
nacional, a Federação Internacional de Vôlei 
(FIVB). O espaço de realização da partida de 
ver os chamados “jogadoresde fins de semana” 
praticando e adaptando diferentes modalidades 
esportivas em locais improvisados.
O tempo destinado a tais práticas também 
não é rigorosamente definido. O jogo de taco 
ocorrerá até o momento em que o grupo de 
jogadores assim o quiser; nesse sentido, tanto 
pode durar muito como terminar após pou-
cas rodadas. No futebol de fim de semana, ge-
ralmente, ocorre uma definição prévia sobre 
o tempo: é comum a utilização de dez minu-
tos ou dois gols como limite, principalmente 
quando existem muitos times do lado de fora 
esperando a vez de jogar.
Os sentimentos experimentados, como a 
alegria e a tensão que o jogo proporciona, 
são muito próximos nas duas modalidades 
apresentadas. Algo motiva os dois grupos 
para aquelas práticas corporais: o prazer e 
a alegria vivenciados com o jogo e, às vezes, 
a tensão ou os conflitos. A dimensão lúdi-
ca está muito presente, assim como a ques-
tão da competição; no entanto, o lúdico e a 
competitividade equilibram-se nas ações dos 
participantes.
Nesse sentido, o jogo é caracterizado pela 
maior liberdade das ações de seus participantes, 
pois as ações dos indivíduos estão relacionadas 
ao lazer, à ocupação do tempo livre, à diversão, 
à socialização e à prática em si. Sendo assim, o 
jogo pode ser pensado sob o ponto de vista da 
não produtividade, desde que improdutivida-
de seja entendida como algo que não gera um 
produto rentável, de lucratividade. Mas o jogo 
produz bem-estar, prazer e experiências riquís-
simas aos seus participantes; e é sob esse aspec-
to que se pode dizer que ele é produtivo. 
E a partida de vôlei feminino na Liga 
Mundial?
Bracht (2005) apresenta o modelo dual 
de esporte. Para o autor, o esporte pode ser 
14
vôlei entre Brasil e Cuba é o mesmo em qual-
quer lugar do mundo, já que existe uma série de 
medidas padronizadas em relação às dimensões 
da quadra, à altura da rede etc. Nesse espaço, 
todas as decisões sobre as ações dos jogadores 
são regidas e comandadas pelo árbitro: nada em 
uma partida ocorre sem a sua prévia autorização, 
desde a decisão sobre um lance polêmico – se a 
bola bateu fora ou dentro da quadra, se o atleta 
encostou-se na rede ou invadiu a quadra da equi-
pe adversária – até o simples reinício da partida.
A seguir, apresentamos uma Situação de 
Aprendizagem em que alguns dos elemen-
tos conceituais trabalhados até aqui estão 
presentes. Procure construir/configurar mo-
mentos em que esses elementos possam ser 
discutidos, rediscutidos e problematizados 
ao longo do desenvolvimento da Situação. Figura 5 – Árbitro de vôlei.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 
EXPERIMENTANDO AS DIFERENÇAS 
ENTRE JOGO E ESPORTE
O objetivo desta Situação de Aprendi-
zagem é proporcionar a compreensão das 
principais características que diferenciam 
o jogo do esporte, a partir de três dife-
rentes experiências de Se-Movimentar em 
jogos, cujas dinâmicas vão se tornando 
progressivamente mais complexas, com 
mais exigências de desempenho e elemen-
tos cada vez mais predeterminados. Pro-
põe-se priorizar as variáveis: regras das 
atividades, diferenças de execução em re-
lação ao espaço de realização, tempo, ves-
timentas, competição, dimensão lúdica e 
arbitragem.
Os alunos vivenciarão três diferentes expe-
riências de Se-Movimentar com jogos (o jogo 
de taco, o “base quatro” e o “base quatro com 
regras fixas”). Ao término de cada vivência, 
propõe-se a discussão sobre a dinâmica do 
jogo, buscando identificar os elementos e as 
ações que as distinguem. Por fim, propõe-se 
aos alunos que elaborem um quadro ilustra-
tivo das diferenças entre jogo e esporte. 
Conteúdo e temas: jogo e esporte – diferenças conceituais e na experiência dos jogadores.
Competências e habilidades: identificar as diferenças (no espaço, no tempo e nas regras) e as seme-
lhanças (o prazer, a competição e a dimensão lúdica) entre o jogo e o esporte; identificar a conduta 
diferenciada entre o jogador (lazer/não trabalho) e o atleta (rendimento/trabalho); identificar o pro-
cesso de transformação do jogo no esporte (como atividade de lazer ou esporte de rendimento).
Sugestão de recursos: tacos de madeira, bolas de tênis ou de borracha (pequenas), garrafas PET, car-
tolinas, canetas ou canetinhas.
15
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 1
Etapa 1 – O jogo de taco
Proponha o jogo de taco, verificando o 
que o grupo de alunos conhece sobre ele, suas 
principais regras, as maneiras de jogar e o ma-
terial a ser utilizado. O objetivo do jogo é fa-
zer 24 pontos. Opcionalmente, a quantidade 
de pontos pode ser definida com os alunos. A 
dupla que os fizer primeiro sagra-se vencedo-
ra. Jogam duas duplas: uma ataca enquanto a 
outra defende. 
A equipe que ataca deve rebater (com um 
taco) o maior número de vezes a bola lançada 
pela outra dupla. A dupla que defende tem a 
incumbência de derrubar o alvo da dupla que 
ataca. Cada membro do ataque defende um 
alvo localizado dentro de uma base, sendo que 
a base de uma dupla deve ficar a 5 metros de 
distância da base da outra dupla. Somente com 
a derrubada do alvo é que a dupla de defen-
sores adquire o direito de rebater, ou seja, de 
atacar. A cada rebatida, a dupla deve mudar de 
base. A cada mudança, são contados 2 pontos.
O taco pode ser um pedaço de cabo de vas-
soura ou uma haste de madeira qualquer; o 
importante é que esse implemento possa ser ma-
nuseado pelo rebatedor. O taco precisa ser re-
sistente, porém não deve ser pesado nem muito 
comprido, para permitir que os alunos façam os 
movimentos sem forçar os ombros. O alvo pode 
ser uma garrafa PET ou qualquer outro obje- 
to que possa ser derrubado. Ele deve ser co-
locado dentro de um círculo (a base), onde o 
rebatedor deve ficar e de onde este deve rebater 
a bola. A bola pode ser de tênis ou qualquer ou-
tra que não seja pesada nem muito grande (nas 
escolas, geralmente, existe a bola de iniciação, 
de borracha, que pode ser uma boa escolha).
Deixe, inicialmente, os alunos livres para que 
resolvam entre si a maneira de jogar. Somente 
indique que se dividam em grupos de quatro 
componentes. Nessa situação, procure levantar 
a discussão sobre a postura deles no jogo: como 
chegaram às regras definidas, o nível de nego-
ciação e a maneira de jogar. Ressalte que, para 
que o jogo ocorresse, o grupo precisou propor 
e negociar as regras, e que tais regras foram sis-
tematizadas por eles com base em suas próprias 
experiências em relação àquela prática. 
Procure conduzir uma discussão que leve o 
grupo à identificação da dimensão lúdica da-
quela prática, do prazer que o jogo proporcio-
na e da flexibilidade em relação às regras e às 
decisões do grupo no jogo. 
Professor, solicite aos alunos que 
observem as imagens e que, em se-
guida, completem e assinalem a 
alternativa correta das questões 
presentes na seção “Para começo de conver-
sa”, no Caderno do Aluno.
Alguma vez você jogou com seus amigos 
na rua ou no quintal de casa? Já quis jogar e 
teve de esperar a vez, porque havia mais de 
duas equipes? Já assistiu a uma competição 
de algum esporte de que você gosta e torceu 
muito por seu time? Competiu em alguma 
equipe?
Quando jogamos com nossos amigos, só 
o fazemos enquanto estiver legal ou enquan-
to quisermos, não é? Quando você joga taco, 
por exemplo, quem determina as regras? É ne-
cessário usar uniforme ou ter árbitro, tempo 
definido de jogo e campo com medidas certas 
para jogar? Provavelmente, você e seus amigos 
jogam em um espaço livre qualquer (rua, cam-
pinho, quintal etc.), sem árbitros, com as regras 
combinadas pelos jogadores, sem uniformes. 
Além disso, a duração do jogo é definida pelos 
jogadores. Isso é o que se chama de jogo. Você 
é livre para tomar as decisões. Joga quando e 
como quer, sem a preocupação de ganhar ou 
perder. Não há maiores consequências, porque 
16
não há nada mais envolvido, apenas sua vonta-
de de se divertir.
Mas, quando todos têm de seguir com 
rigidez as regras– como o tempo certo de 
jogo buscando o máximo de performance –, 
quando todos têm de estar uniformizados, 
quando há pessoas cuja função é controlar 
o cumprimento das regras (no caso, os árbi-
tros), punindo quem não as cumpre, quan-
do a vitória ou a derrota traz consequências 
para a equipe (que poderá ser eliminada da 
competição, ser rebaixada para outra série 
do campeonato, perder a medalha etc.), es-
tamos falando do esporte de competição ou 
de rendimento.
1. Observe as imagens a seguir e escreva que 
situação está acontecendo em cada uma: 
jogo ou esporte.
a)
Jogo.
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2. Há um alto estresse, uma rivalidade ele-
vada, as discussões entre as equipes preci-
sam da intervenção do árbitro e somente 
a vitória interessa às duas equipes. Essas 
características são típicas do:
( ) jogo.
( X ) esporte.
17
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
3. A disputa é séria, as equipes querem ven-
cer, há discussão em lances polêmicos, 
mas geralmente as decisões são negocia-
das e o jogo continua como se nada tivesse 
acontecido. Essas características são do:
( X ) jogo.
( ) esporte.
4. Regras, tempo, espaço e número de joga-
dores são flexíveis e decididos pelos parti-
cipantes. Essas características são do:
( X ) jogo.
( ) esporte.
Etapa 2 – O jogo “base quatro”
Proponha o jogo “base quatro”. Solicite 
a formação de duas equipes. É interessante 
que todos os alunos da turma sejam distribuí-
dos de forma mista entre as duas equipes, que 
atacarão e defenderão em tempos diferentes. 
Desenhe quatro bases no chão (círculos de 
aproximadamente 50 centímetros de raio), 
dispostas cerca de 5 metros umas das outras, 
de modo a formar um quadrado.
O objetivo do jogo é conquistar as quatro 
bases, tocando-as com os pés. A equipe que ata-
ca deve rebater (com um taco) a bola lançada 
por um membro da equipe defensora (o arre-
messador). O aluno que rebater deverá percor-
rer as quatro bases. Se, após rebater uma bola, 
ele chegar à primeira base e perceber que a bola 
está chegando ao arremessador, deve permane-
cer naquela base e esperar o próximo rebatedor 
de sua equipe, para poder dar continuidade na 
conquista das demais bases. A cada volta dada 
por um atacante (conquista das quatro bases), 
é somado 1 ponto para sua equipe. 
Todos os membros da equipe têm o direi-
to de rebater uma vez; depois disso, a equipe 
passa a defender. O objetivo da equipe que 
defende é buscar a bola rebatida, trazendo-a 
ao lançador antes que o atacante chegue à 
primeira base ou passe por todas. Se o defen-
sor passar a bola para o lançador antes que o 
atacante chegue à base, este estará eliminado. 
Se os demais atacantes estiverem em deslo-
camento, ou seja, se estiverem fora das bases 
quando a bola chegar ao arremessador, eles 
também serão eliminados. 
É importante que você, professor, deixe bem 
flexível a forma como o atacante rebaterá a 
bola. Deixe livre a definição em relação a cer-
tas ações, como a direção da rebatida da bola, 
o número de tentativas de rebatida, o número 
de participantes em cada equipe, a forma de 
fechamento das bases para que o atacante seja 
eliminado etc. 
Enfatize a dinâmica do jogo e estabeleça o 
confronto com a atividade anterior, o jogo de 
taco. Proponha que o grupo identifique a dife-
rença na complexidade das ações entre os dois 
jogos e o nível de competição.
Etapa 3 – “Base quatro com regras fixas”
Proponha o mesmo jogo, mas, desta vez, 
determinando as regras e a maneira de jogar. 
Na equipe defensora, devem existir alunos res-
ponsáveis por buscar as bolas rebatidas longe 
do grupo (esses devem ser previamente esco-
lhidos). Outro grupo de alunos deve ficar mais 
próximo do quadrado formado pelas bases. 
Esse grupo terá o objetivo de receber a bola 
lançada pelo primeiro (mais distante), passan-
do-a para o arremessador, para que ele feche as 
bases. As bases serão fechadas a partir do mo-
mento em que o arremessador receber a bola.
Cada membro da equipe que ataca tem 
apenas três chances de rebater uma bola boa 
lançada pelo arremessador. Nesse ponto, você, 
professor, poderá determinar qual bola é con-
siderada boa para o rebatedor. Caso a equi-
pe que estiver atacando tenha três jogadores 
18
eliminados – seja porque o rebatedor não con-
seguiu rebater três bolas boas, seja porque foi 
eliminado a partir do fechamento da base –, 
perderá o direito de atacar.
Enfatize as regras e não as flexibilize. Pro-
ponha, ao final, uma reflexão sobre os limites 
que as regras impõem aos jogadores e a neces-
sidade de melhor desempenho para a execu-
ção das ações. Utilize o exemplo do rebatedor 
que necessariamente deve rebater uma bola 
boa. Para que isso ocorra, os jogadores preci-
sam de muito treino e aperfeiçoamento na téc-
nica de rebater (técnica do alto rendimento). 
Mencione também o posicionamento dos jo-
gadores de defesa (aqueles mais distantes e os 
mais próximos do arremessador), reforçando 
a necessidade de interação perfeita entre eles. 
Elenque as principais características do es-
porte de rendimento e as principais caracterís-
ticas do jogo. Nesse ponto, é importante que 
você, professor, apresente aqueles aspectos 
que diferenciam o jogo do esporte: (1) a liber-
dade de ação; (2) a improdutividade/produti-
vidade de tais ações; (3) a dimensão lúdica; (4) 
a flexibilização ou não das regras; (5) o espaço 
de sua realização; e (6) o tempo de realização. 
Proponha a discussão dessas características a 
partir dos três jogos vivenciados.
Professor, solicite aos alunos 
que assinalem com V ou F as 
questões apresentadas na se-
ção “Você aprendeu?”, no Ca-
derno do Aluno.
Assinale as informações com V (verdadeira) 
ou F (falsa).
1. No jogo, as regras são flexíveis e podem 
ser definidas pelos participantes. ( V )
2. Nos esportes de competição ou de rendimen-
to, o tempo da partida não é definido, varia 
de acordo com o interesse dos jogadores. ( F )
3. O jogo de peteca está associado ao esporte 
handebol. ( F )
4. No esporte praticado como lazer, os par-
ticipantes jogam a sério, seguindo regras, 
mas geralmente sem árbitros. As diferen-
ças são decididas entre os próprios joga-
dores, para continuarem a partida. ( V )
5. O jogo vinte e um está associado ao espor-
te basquetebol. ( V )
Etapa 4 – Construindo os conceitos de 
jogo e esporte
Proponha aos alunos uma discussão, bus-
cando fazer que reflitam sobre as principais 
características das três atividades desenvol-
vidas, relacionando-as com o esporte. Pro-
ponha a elaboração, em conjunto, de um 
quadro que contenha as principais diferen-
ças e semelhanças entre jogo e esporte. Na 
construção do quadro, sugira que os alunos 
pensem nas variáveis intervenientes das três 
atividades, como: 
(1) diferenças nas regras; 
(2) diferenças em relação ao espaço; 
(3) diferenças no tempo de jogo; 
(4) vestimentas necessárias para a atividade; 
(5) necessidade de arbitragem. 
Essas variáveis são excelentes parâmetros 
para a discussão e a construção do quadro, 
o que facilitará o entendimento, por parte do 
grupo, das diferenças conceituais entre jogo e 
esporte.
Professor, coordene a pesquisa 
com os alunos organizados em 
grupos, referente às práticas de 
jogo e esporte e, em seguida, 
19
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
solicite que registrem o resultado no quadro 
presente na seção “Pesquisa em grupo”, no 
Caderno do Aluno.
Vimos que há diferenças entre o jogo e o 
esporte. Mesmo quando falamos no espor-
te, há diferenças entre o que praticamos na 
praia, na rua, na praça e aquele praticado 
no clube ou pelo “time do coração”, por 
exemplo. Quem quer ver o seu time perder? 
Mesmo que você não torça por nenhum 
time específico, você gostariade ver qual-
quer seleção brasileira perder? Não importa 
a modalidade esportiva (voleibol, futebol ou 
outra), ninguém quer ver a representação de 
seu país perder, não é verdade?
Forme um grupo com seus colegas e, jun-
tos, discutam as questões referentes às prá-
ticas de jogo e esporte do quadro a seguir. 
Pesquisem em sites, revistas e livros e/ou con-
versem com amigos para buscar as respostas.
Taco ou bets “Base quatro” Beisebol
a) Em que local se 
realiza?
Qualquer espaço (rua, praça, 
campo). 
Espaço amplo. Campo de beisebol.
b) Com quantas 
equipes e quantos 
jogadores?
Jogam duas duplas: uma ataca, 
enquanto a outra defende.
Dividir os interessados no jogo 
em duas equipes com o mes-
mo número de jogadores.
Duas equipes de nove jogadores.
c) Qual é o objetivo e 
como é jogado?
O objetivo é fazer a maior 
quantidade de pontos possível. 
A resposta pode variar porque a 
quantidade de pontos e a for-
ma de jogar são definidas pelos 
jogadores.
O objetivo é conquistar as 
quatro bases, tocando-as com 
os pés. 
A resposta pode variar quanto à 
forma de jogar.
O objetivo é correr as quatro 
bases para marcar um ponto. 
Quanto à forma de jogar, as 
equipes se revezam no ataque 
e na defesa. Vence quem al-
cançar maior número de pon-
tos ao longo de nove innings 
(rodadas). 
d) Qual o tipo de 
equipamento utili-
zado?
Tacos, bolas e garrafa PET ou 
outro objeto para derrubar 
(por exemplo, latas ou estacas 
de madeira). 
Tacos, bastões, bolas e bases 
(demarcadas no chão).
Tacos ou bastões de beisebol, 
bolas de beisebol, luvas, pro-
teção para receptor, capacete 
para rebatedor, bases.
e) Que tipo de 
vestimenta se usa 
para jogar?
Do dia a dia. Do dia a dia.
Chuteiras com travas, uniforme 
(camiseta, camisa com numera-
ção, calça, meia, boné).
f) Precisa de 
árbitros?
Não. Não. Sim.
g) É jogo ou 
esporte?
Jogo. Jogo. Esporte.
20
ATIVIDADE AVALIADORA
Observe os alunos durante o desenvol-
vimento da Situação de Aprendizagem, 
avaliando suas ações e o modo como se en-
volvem e expõem sua compreensão a respeito 
das atividades. Analise as decisões tomadas 
pelo grupo ao longo do trabalho, as ações 
realizadas e as diferentes negociações ocor-
ridas em relação às regras. Avalie o envolvi-
mento do grupo na atividade de elaboração 
do quadro que diferencia jogo de esporte. Ao 
longo da realização das atividades, proponha 
a redação de textos-síntese sobre aquilo que 
foi trabalhado e discutido durante as aulas 
ou faça questionamentos orais aos alunos, 
individualmente ou em grupo, como forma 
de checar sua compreensão.
Ao longo das situações de aula, procure 
apresentar algumas questões, como:
 Quais foram as características das ativida-
des desenvolvidas?
 Dessas características, quais são semelhan-
tes e quais são diferentes?
 Como podemos conceituar e entender o 
jogo do ponto de vista dos praticantes?
 Como podemos conceituar e entender o 
esporte do ponto de vista dos praticantes?
 Como podemos diferenciar jogo de esporte?
Professor, solicite aos alunos que 
escrevam, na coluna da direita, o 
nome associado aos jogos descritos 
na coluna da esquerda, presente na 
seção “Lição de casa”, no Caderno do Aluno.
Você já notou que há jogos que se parecem 
com os esportes a que assistimos na TV, nos 
clubes ou nos campos? Você já vivenciou e 
aprendeu vários jogos e modalidades esporti-
vas ao longo de sua vida escolar, especialmen-
te a partir da 5a série/6o ano.
1. Na tabela a seguir, na coluna da esquerda, 
você encontrará uma breve descrição de al-
guns jogos. Escreva, na coluna da direita, a 
que modalidade esportiva esses jogos podem 
ser associados. Na “Pesquisa em grupo”, vo-
cês pesquisaram o jogo de taco, que pode ser 
associado ao beisebol porque tem movimen-
tos utilizados nessa modalidade, como arre-
messar a bola, rebater, correr para alcançar a 
base antes da recuperação da bola etc.
Agora, vamos à “Lição de casa”! Bom 
trabalho!
Jogo Esporte
Câmbio: duas equipes de nove jogadores cada uma (formando três linhas 
de três jogadores – frente, meio e fundo), utilizando como quadra um 
retângulo dividido ao meio por uma rede ou corda elástica. O jogador 
de uma das equipes inicia lançando (saque) a bola para a outra equipe, 
gritando “câmbio”. Nesse momento, ele e seus colegas de equipe reali-
zam o rodízio de posição. A bola não poderá ser lançada na área dos 3 
metros. A outra equipe deverá pegar a bola (segurá-la), executar de um a 
três passes entre os seus jogadores e devolvê-la para a outra equipe, gri-
tando “câmbio” e fazendo o rodízio de posição. Os jogadores não podem 
saltar para passar a bola. Será ponto sempre que a bola cair ao chão, os 
jogadores errarem – dentro ou fora dos limites da quadra – o número de 
passes, não fizerem o rodízio corretamente ou a bola arremessada não 
passar por cima da rede ou da corda.
Voleibol.
21
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
Jogo Esporte
Torrebol ou bola ao capitão: duas equipes; um apanhador de cada equi-
pe sobre uma superfície mais alta (plinto, cavalo) no campo adversá-
rio. A bola deve chegar às mãos do apanhador por meio de um passe 
convertendo o ponto. As equipes tentam impedir que a bola chegue às 
mãos do apanhador adversário. 
Basquetebol.
Vinte e um: geralmente um contra um ou de dois a quatro jogadores por 
equipe; uma cesta e meia quadra. Os jogadores driblam, passam a bola en-
tre si e procuram acertá-la na cesta. Vence a equipe que converter primeiro 
21 pontos. As demais regras são definidas entre os participantes.
Basquetebol.
Caixabol: duas metas (caixote vazado ou plinto) e duas equipes. 
Os jogadores devem tocar a bola com os pés, procurando passá-la no 
vão do caixote. Cada equipe deve impedir que o time oponente passe a 
bola no seu próprio caixote.
Futebol/futsal.
Queimada: duas equipes; uma área retangular dividida ao meio é usada 
como quadra. Jogadores dispostos nas duas meias quadras, e apenas 
um na linha de fundo da meia quadra oposta. Um jogador de uma 
equipe inicia o jogo arremessando uma bola ao campo contrário com o 
propósito de acertá-la (“queimar”) em algum adversário. Se o jogador 
for queimado, passa para o fundo da quadra, e o colega que estava lá 
se junta aos demais membros da equipe. A partir do segundo jogador 
“queimado”, não haverá mais troca entre os jogadores que estão no 
fundo da quadra e os que estão na meia quadra. Se a bola for pega pelo 
adversário, esse jogador tentará “queimar” alguém da outra equipe, e 
assim sucessivamente. As demais regras são definidas pelos participantes: 
que região do corpo é “fria”, por exemplo. Vence a equipe que conseguir 
“queimar” todos os jogadores da equipe adversária primeiro.
Handebol.
Jogo das quatro cestas: duas cestas em cada campo, em lados opostos; 
quatro equipes. Cada equipe defende uma cesta e ataca na oposta. Ao 
sinal, as equipes trocam de cesta no sentido que for indicado (horário ou 
anti-horário). Se a equipe acerta na cesta adversária, faz 2 pontos; se o 
faz na sua própria cesta, perde 1 ponto.
Basquetebol.
Peteca: duas equipes; um retângulo dividido ao meio com uma rede ou 
corda elástica é usado como quadra. Um dos times começa sacando 
a peteca, e esta deve cair dentro do limite da quadra do adversário, 
que precisará rebatê-la, passando-a até três vezes entre seus colegas de 
equipe e devolvendo-a para a equipe que a sacou ou rebatendo-a de 
volta diretamente. Se a equipe que receber o saque deixar a peteca cair, 
será ponto para a adversária. Se a equipe que sacou errar na rebatida 
da peteca, haverá rodízio da equipe que recebeu o saque. As demais 
regras são decididas pelo grupo, definindo-se o que é permitido ou não.
Voleibol.
22
2. Registre na tabela a seguir as diferenças que 
existem entre jogo e esporte. Lembre-se da 
Livros
BRACHT, Valter. Sociologia crítica do espor-
te: uma introdução. 3. ed. Ijuí: Unijuí, 2005. 
Faz uma síntese das principais teorias socioló-
pesquisa que foi feita sobre o jogo de taco, o 
jogo “base quatro” e obeisebol.
Quadro-resumo: diferenças entre jogo e esporte
Diferenças Jogo Esporte
Regras Determinadas pelos jogadores.
Flexíveis ou adaptadas.
Determinadas pelas federações internacionais.
Rígidas.
Espaço Livre. 
Adaptado.
Precisa atender às condições exigidas pela mo-
dalidade. 
Medidas estabelecidas e predeterminadas.
Tempo (duração) Flexível. 
Variado. 
Segue as determinações das regras oficiais. 
Rígido.
Vestimentas Variadas. Uniformes determinados pelas regras.
Arbitragem Não é obrigatória. Obrigatória.
Professor, espera-se que o aluno consiga minimamente res-
ponder a algumas das questões relacionadas às diferenças entre 
jogo e esporte. O quadro acima é apenas um indicativo de pos-
sibilidades e poderá ser ampliado e aprofundado em suas aulas.
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Durante o percurso pelas várias etapas da 
Situação de Aprendizagem, alguns alunos po-
derão não apreender os conteúdos ou deixar 
de desenvolver as habilidades da forma es-
perada. É necessário, então, elaborar outras 
Situações de Aprendizagem em que os concei-
tos de jogo e esporte possam ser percebidos 
e problematizados. Essas situações devem ser 
diferentes daquela que gerou dificuldade para 
os alunos. Tais estratégias podem ser desen-
volvidas durante as aulas ou em outros mo-
mentos e envolver todos os alunos ou apenas 
aqueles que apresentaram dificuldades. Podem 
ser, por exemplo:
 pesquisas em sites ou outras fontes para 
posterior apresentação;
 relatos de vivências fora do contexto esco-
lar que permitam identificar as semelhan-
ças e diferenças entre jogo e esporte.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
gicas do esporte, buscando contribuir para a 
construção de uma visão crítica a respeito do 
fenômeno esportivo.
23
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. 4. ed. São 
Paulo: Summus, 1987. Busca mostrar as rela-
ções entre o jogo e a infância, demonstrando o 
papel central do jogo para a criança.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo 
como elemento da cultura. 7. ed. São Paulo: 
Perspectiva, 2012. Apresenta o jogo como fe-
nômeno cultural, enfocando-o a partir de uma 
perspectiva filosófica, histórica e antropológica.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, 
brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. 
São Paulo: Cortez, 2011. A autora organiza 
uma série de artigos que buscam demonstrar 
como as ações de brincar e jogar são constru-
ções históricas relacionadas à humanidade e à 
educação; nesse sentido, essas ações assumi-
riam diferentes significados, como recreação, 
atividade inútil etc.
Artigos 
PRODÓCIMO, Elaine; CAETANO, Ales-
sandra; SÁ, Carolina Strausser de; SANTOS, 
Fernanda Albejante Gomes dos; SIQUEIRA, 
Jaqueline Cristina Ferreira. Jogo e emoções: 
implicações nas aulas de educação física esco-
lar. Motriz. Rio Claro, v. 13, n. 2, p. 106-114, 
abr./jun. 2007. Disponível em: <http://www. 
periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/
motriz/issue/view/553>. Acesso em: 1 abr. 2014. 
Discute as manifestações emocionais que são 
geradas no jogo, buscando fornecer maior en-
tendimento sobre a atuação do professor em 
relação a elas.
SILVA, Alexandre Batista; CHAVEIRO, Egui-
mar Felício. O jogo de bola: uma análise socio-
espacial dos territórios dos peladeiros. Pensar 
a Prática. Goiânia, v. 10, n. 1, p. 1-14, jan./jun. 
2007. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.
br/index.php/fef/article/view/202/1231>. Aces-
so em: 12 nov. 2013. Analisa as territorialida-
des de peladeiros de Goiânia. Para os autores, 
a pelada retiraria a intencionalidade do futebol 
profissional, visto que, para os peladeiros, as 
regras, os locais e os horários estariam em se-
gundo plano. O importante seria o momento 
de sociabilidade dos jogadores.
STIGGER, Marco Paulo; SILVEIRA, Raquel 
da. A prática da “bocha” na Soeral: entre o jogo 
e o esporte. Movimento. Porto Alegre, v. 10, n. 2, 
p. 39-55, maio/ago. 2004. Disponível em: <http://
www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/
view/2839/1452>. Acesso em: 12 nov. 2013. Os 
autores discutem a relação entre jogo e es-
porte, a partir da prática do jogo de bocha, 
problematizando se ela estaria inserida no 
contexto do jogo ou do esporte.
Site
Laboratório de brinquedos e materiais peda-
gógicos da Faculdade de Educação da USP. 
Disponível em: <http://www.labrimp.fe.usp.
br/?action=historico>. Acesso em: 12 nov. 
2013. Traz um inventário de jogos e brincadei-
ras tradicionais, elencando jogos de bola, de 
locomoção, contos e fábulas, cantigas, jogos 
verbais e outros. Apresenta também uma vasta 
bibliografia sobre a temática dos jogos.
24
TEMA 2 – ESPORTE – MODALIDADE “ALTERNATIVA” 
OU POPULAR EM OUTROS PAÍSES: BEISEBOL
O beisebol é uma das principais moda-
lidades esportivas praticadas no mundo, 
principalmente nos Estados Unidos da Amé-
rica. Esse esporte também se popularizou em 
Cuba, no Japão, em Porto Rico, na Venezuela 
e em vários outros países da América Central 
e do Caribe. A partir das últimas décadas do 
século XIX, essa modalidade difundiu-se dos 
Estados Unidos para várias partes do mundo, 
ganhando milhares de praticantes.
O beisebol foi criado por Abner Doubleday, 
nos Estados Unidos, em 1839. Há quem diga 
que o esporte tem raízes na Inglaterra, e que 
já em 1700 era praticado por jovens nos fins de 
semana. O beisebol foi levado ao Japão pelos 
professores norte-americanos Holles Wilson 
e Madjett, que lecionavam na Universidade 
de Tóquio, em 1873. Depois disso, o esporte 
passou a ser difundido pela América Central e 
pela Europa, ganhando muitos adeptos e pra-
ticantes pelo mundo afora (OI, 1996).
Sabe-se que o beisebol foi introduzido no 
Brasil por americanos que trabalhavam em 
empresas como a antiga Light e a Companhia 
Telefônica, e também pelos funcionários do 
Consulado Geral dos Estados Unidos, que 
praticavam a modalidade como forma de la-
zer aos fins de semana. Oi (1996) relata que, 
já na década de 1920, existia uma liga de bei-
sebol comandada por um diretor da Compa-
nhia Telefônica.
Apesar de não serem os que trouxeram o 
beisebol ao nosso país, os japoneses foram os 
grandes responsáveis pela sua difusão em terras 
brasileiras. Devido a esse processo, grande par-
te dos ídolos brasileiros é descendente de japo-
neses, o que é motivo de alegria para a grande 
população japonesa aqui residente.
A intensificação do processo de imigração ja-
ponesa, ocorrida entre as décadas de 1920 e 1940, 
fez que a prática do beisebol se disseminasse para 
diferentes regiões do Brasil. Por isso, a prática 
desse esporte, acompanhando o trabalho agríco-
la dos imigrantes, deu-se inicialmente em zonas 
rurais, com muitas dificuldades, porque não ha-
via a estrutura necessária para o seu desenvol-
vimento. Depois desse primeiro momento – em 
que ocorria a improvisação dos materiais de jogo, 
como luvas, vestimentas e bastões –, a prática do 
esporte passou a tomar o caminho das grandes 
cidades, a partir de 1950 (OI, 1996).
A difusão do beisebol acompanhou as estra-
das de ferro que foram construídas para facilitar 
o escoamento da produção de café, partindo 
principalmente de São Paulo, por meio das fer-
rovias Noroeste, Paulista e Sorocabana, nomes 
que também figuraram nas primeiras ligas desse 
esporte. Dessas estradas, o beisebol foi difundi-
do e passou a ser praticado em outros estados, 
como o Paraná (OI, 1996).
O Brasil detém títulos de campeão mundial 
júnior (1993) e vice-campeão mundial júnior 
(1995) de beisebol. A cada ano, a modalidade 
vem se desenvolvendo, permitindo melhores 
atuações das seleções de base e da principal nos 
campeonatos que disputam. Atualmente, no 
Brasil, existem cerca de 50 equipes de beisebol 
distribuídas pelas federações estaduais, totali-
zando aproximadamente 3 mil atletas.
Dinâmica geral do beisebol
Para entendermos como se pratica o beisebol, 
é preciso conhecer algumas de suas principais 
características. A primeira delas é que, nesse es-
porte, cada equipe temseus tempos de ataque e 
defesa separados. A partida somente acaba quan-
25
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
do é completada a disputa de nove ataques e nove 
defesas. Cada conjunto de ataque/defesa é deno-
minado inning, o que seria equivalente ao set do 
vôlei, e cada equipe deve ter nove jogadores.
Objetivo do jogo e suas principais regras
A equipe que ataca possui os seguintes 
jogadores: (A) rebatedor e (B) corredores. O 
objetivo da equipe do ataque é marcar mais 
pontos/corridas. Um ponto/corrida é marca-
do quando um jogador do ataque consegue 
percorrer todas as quatro bases do campo 
antes do término do inning. Não é neces-
sária a passagem do jogador por todas as 
bases de uma só vez. Ele pode avançar uma 
ou mais bases por vez. O rebatedor (batter) 
deve rebater a bola lançada pelo arremessador 
(pitcher) dentro dos limites do campo o mais 
longe que conseguir, para, em seguida, correr 
O campo de beisebol tem uma área equi-
valente a ¼ de um círculo com 120 metros de 
raio. Essa área é dividida em duas partes: o 
jardim externo e o interno.
na direção da primeira base antes que o de-
fensor da primeira base receba a bola e pise 
na base. Se o rebatedor chegar à primeira 
base, passa a se chamar corredor (runner). O 
objetivo do corredor é conquistar as próxi-
mas bases até chegar à principal (home base), 
quando marca 1 ponto ou corrida (run) para 
a sua equipe.
O rebatedor que conseguir a proeza de 
rebater uma bola para fora da linha circular 
que delimita o jardim externo, e dentro dos 
limites das linhas laterais, realiza a jogada 
denominada home run. Essa jogada dá a ele 
o direito de percorrer as quatro bases.
Linha lateral Linha lateral
Primeira baseTerceira base
Segunda  base
Abrigo
Home plate 
Monte do 
arremessador
Figura 6 – Campo de beisebol.
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Figura 7 – Jogador fechando a base.
Figura 8 – Jogador rebatendo a bola.
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Figura 9 – Posição dos jogadores.
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Perde-se o direito ao ataque toda vez que a 
equipe tiver três jogadores eliminados. A equipe 
que defende possui os seguintes jogadores: (A) 
jardineiros externos (direito, central e esquerdo), 
(B) jardineiros internos (defensor da primeira 
base, defensor da segunda base, defensor da ter-
ceira base, defensor da quarta base ou receptor) 
e, entre a segunda e a terceira bases, existem ain-
da o interbases e (C) o arremessador.
O objetivo da equipe que defende é evitar 
que a outra marque pontos, tentando elimi-
nar os jogadores. O jogador é eliminado se 
não conseguir rebater três bolas boas ou 
se o corredor não conseguir chegar antes 
do defensor à base a que está se dirigindo.
O jardim externo é a parte do campo em 
que três jogadores de defesa se localizam: 
o jardineiro direito (right fielder), o jardi-
neiro esquerdo (left fielder) e o jardinei-
ro central (center fielder). Esses jogadores 
são os responsáveis por capturar as bolas 
que forem rebatidas para lá. Se a bola for 
27
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
capturada no ar, o rebatedor estará auto-
maticamente eliminado. Assim, a principal 
característica desses jogadores é serem cor-
redores muito velozes.
O jardim interno é a área onde estão loca-
lizadas as bases, cada qual defendida por um 
jogador, sendo que, entre a segunda e a ter-
ceira bases, é posicionado um quinto jogador, 
chamado de interbases. A função dele é rece-
ber a bola passada pelos jardineiros externos 
e fechar as bases ou, ainda, capturar as bolas 
diretamente rebatidas pelos rebatedores que 
vierem em sua direção, impedindo que os ata-
cantes se desloquem para as bases seguintes.
A base principal (home plate) localiza-se 
na extremidade central e interna do campo. 
É o lugar onde ficam o jogador chamado 
de receptor (catcher), o juiz principal e o 
rebatedor (batter). A primeira base locali-
za-se na extremidade direita do quadrado, 
e nela encontra-se o defensor da primeira 
base. A segunda base localiza-se na parte 
central interna oposta à base principal, e nela 
encontra-se o defensor da segunda base. A 
terceira base localiza-se na parte esquerda do 
quadrado formado pelas quatro bases. Nela, 
existe outro defensor.
Figura 10 – Jogador correndo entre as bases.
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Figura 11 – Posição dos jogadores da defesa.
28
O receptor (catcher) e o arremessador 
(pitcher) são considerados os jogadores mais 
importantes de uma equipe. O arremessador 
fica no centro do quadrado formado pelas ba-
ses, em uma região um pouco elevada em re-
lação às demais áreas do campo. Dessa dupla 
é a função de impedir que haja uma boa reba-
tida. O receptor comanda as bolas e determi-
na como elas deverão ser arremessadas – se 
a bola deve ser curva, rápida ou lenta. A du-
pla varia a maneira do arremesso para tentar 
enganar o rebatedor, deixando-o confuso em 
relação ao tipo de bola que será arremessada.
Figura 12 – Atleta capturando a bola.
Após três tentativas frustradas do rebate-
dor de rebater uma bola arremessada, ele esta-
rá eliminado. O arremessador tem o direito de 
jogar três bolas ruins para o rebatedor; se ele 
lançar uma quarta bola ruim, o rebatedor ad-
quire o direito de passar para a primeira base. 
O rebatedor pode rejeitar até duas bolas boas.
O árbitro é quem considera as bolas boas 
ou ruins, a partir da visualização da zona de 
strike. Essa zona é a área compreendida, na 
altura, pela região entre o peito e os joelhos 
do rebatedor e, na largura, pela área da base 
localizada à frente do receptor (home plate).
Após conhecermos a dinâmica e as prin-
cipais regras do jogo de beisebol, vamos 
discuti-las a partir dos seus princípios opera-
cionais de ataque e defesa. 
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Beisebol: dos princípios operacionais ao jogo
Em volumes anteriores, e desde a 5a série/ 
6o ano do Ensino Fundamental – Anos Fi-
nais, já foi apresentado o processo de ensino 
e aprendizagem dos esportes coletivos, a par-
tir dos princípios operacionais propostos por 
Bayer (1994). Essa abordagem contrapõe-se 
ao ensino tradicional do esporte, que prioriza 
a prática isolada das técnicas e dos fundamen-
tos dos esportes coletivos.
Na abordagem aqui defendida, o objetivo 
é a construção, por parte do aluno, do enten-
dimento sobre a dinâmica tática dos esportes. 
Essa dinâmica é proposta a partir de situações-
-problema que ocorrem no próprio jogo formal.
Figura 13 – Zona de strike.
Por isso, é necessário trazer à cena nova-
mente o que se entende por técnica e tática. 
A técnica é visualizada como um conjunto de 
modos de fazer ou de realizar determinada prá-
tica relacionada ao esporte, ao passo que a táti-
ca equivale às razões para aquela determinada 
ação ou conjunto de modos de fazer. A técnica 
e a tática estão relacionadas, e uma depende da 
outra. Nesse sentido, o que deve ser realizado 
numa situação de jogo (a técnica) é constante-
mente mobilizado pelas exigências da situação 
(a tática) do jogo.
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Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
Retomemos, então, os “princípios opera-
cionais” propostos por Bayer (1994, p. 99 e 
p. 117), buscando estabelecer relações com o 
ensino do beisebol. São eles:
Em situação de ataque:
1. conservação da posse da bola;
2. progressão da bola e da equipe em dire-
ção ao alvo adversário;
3. finalização em direção ao alvo;
Em situação de defesa:
1. recuperação da posse de bola;
2. contenção da bola e da equipe adversá-
ria em direção ao próprio alvo;
3. proteção do alvo.
Quando pensamos nesses princípios para o 
ensino do beisebol,devemos nos ater à dinâmi-
ca da modalidade. Como vimos, no beisebol, o 
ataque é realizado por apenas uma equipe. Se 
a equipe que defende não conseguir provocar o 
erro dos adversários, deverá esperar até que os 
nove atacantes realizem suas respectivas rebati-
das, para só então passar a atacar.
O princípio operacional de ataque “con-
servação da posse de bola” aplicado no beise-
bol deve ser analisado de forma diferenciada. 
Vimos que existem três alvos secundários 
que precisam ser conquistados (a primeira, a 
segunda e a terceira bases) e o alvo principal; 
além disso, o objetivo do atacante/rebatedor 
é rebater a bola o mais longe possível dentro 
dos limites da quadra. Por isso, esse princípio 
pode ser visualizado como a forma ou a ma-
neira de manter a bola o mais longe possível 
das bases. Como num jogo de beisebol a reba-
tida ocorre a partir do tipo de arremesso rea-
lizado, esse princípio depende de um amplo 
repertório de rebatidas – modos de fazer – dos 
jogadores que realizam essa função.
Outro princípio importante a ser problema-
tizado é a “progressão da bola e da equipe em 
direção ao alvo adversário”. Como os alvos são 
as bases, estratégias precisam ser criadas para 
que os jogadores de uma mesma equipe progri-
dam em sincronia. Esse princípio pode ser tra-
balhado a partir de diferentes tipos de rebatida, 
seguido de diferentes formas de deslocamentos 
dos atacantes. Diferentes sentidos, velocidades e 
distâncias de rebatidas da bola devem ser traba-
lhados, para que rebatedor e corredores possam 
saber quando e como se deslocar a fim de que 
não sejam eliminados pela defesa.
A “finalização em direção ao alvo” está 
amplamente relacionada com os outros dois 
princípios operacionais, pois, sem uma boa 
rebatida e um bom e rápido deslocamento dos 
atacantes (de acordo com o tipo de rebatida), 
a finalização da jogada estará prejudicada. 
Nesse sentido, para o processo de ensino e 
aprendizagem do beisebol, a proposição de 
atividades que coloquem em prática os três 
princípios deve ser privilegiada. É muito im-
portante fazer que os seus alunos construam 
ou entendam essas questões técnico-táticas 
do beisebol ao longo das Situações de Apren-
dizagem. Para isso, sempre que necessário, 
pare a atividade e tente perceber os diferentes 
entendimentos dos alunos sobre o que está 
sendo realizado.
Os três princípios operacionais de defesa – 
“recuperação da posse de bola”, “contenção 
da bola e da equipe adversária em direção ao 
próprio alvo” e “proteção do alvo” – dependem 
de algumas ações fundamentais por parte da 
equipe defensora, quais sejam: 
 a equipe somente adquire o direito de atacar 
após provocar o erro do rebatedor e quando 
os corredores não chegam às bases seguin-
tes. O erro pode ser provocado principal-
30
mente a partir do bom entrosamento e de-
sempenho da dupla receptor-arremessador. 
Para a dupla, o repertório de diferentes for-
mas de arremesso é tão importante quanto 
a sequência escolhida para a sua realização 
(arremessos curtos, rápidos e com curvas, 
ou ainda alternância de bolas boas e ruins), 
visando a confundir o rebatedor;
 outra forma de recuperar o ataque é a cria-
ção de linhas de passes que promovam a 
circulação mais rápida da bola para a base 
em direção à qual o corredor ou o rebate-
dor esteja se deslocando. Somente com a 
tentativa de dificultar a rebatida do atacan-
te da equipe adversária é que o objetivo da 
defesa pode ser alcançado e os três princí-
pios poderão ser colocados em prática.
Nessa perspectiva, propõe-se aqui que o 
processo de ensino e aprendizagem do beise-
bol leve em consideração os níveis de relação 
de complexidade crescente, conforme pro-
postos por Garganta (1995, p. 21): “eu-bola”, 
“eu-bola-colegas”, “eu-bola-alvo”, “eu-bola-
-colegas-alvo” e “eu-bola-colegas-adversá-
rios-alvo”. É importante ressaltar que, como 
é difícil separar os princípios operacionais, 
as Situações de Aprendizagem sugeridas a 
seguir combinam alguns desses princípios, 
tanto os de ataque como os de defesa.
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o beisebol pode ser trabalhado com a história da imigração japonesa para o Brasil, 
possibilitando uma abordagem integrada com as disciplinas de História, Geografia, Arte, Língua Por-
tuguesa e Língua Estrangeira, especialmente nas escolas de regiões onde é forte a presença japonesa. 
Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará 
a compreensão dos conteúdos pelos alunos de forma mais global e integrada.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 
FAMILIARIZAÇÃO COM O BEISEBOL
Nesta Situação de Aprendizagem, preten-
de-se propiciar para alguns alunos o primei-
ro contato com o beisebol, apresentando seu 
objetivo, suas principais regras e o processo 
histórico de sua consolidação. Os alunos, em 
grupos, levantarão informações sobre diversos 
aspectos do beisebol, que serão apresentadas 
em aula. O professor destacará os aspectos 
mais importantes para a compreensão da mo-
dalidade, em termos do seu processo histórico 
e da dinâmica geral do jogo: posições e fun-
ções dos jogadores, como jogar etc. Sugere-se, 
quando possível, a exibição em vídeo de uma 
partida oficial de beisebol.
Conteúdo e temas: principais regras do beisebol; dinâmica geral do beisebol – ataque/defesa, 
funções dos jogadores; processo histórico do beisebol.
Competências e habilidades: identificar o objetivo do beisebol e suas principais regras, reconhe-
cendo-as na dinâmica do jogo; relacionar a introdução e a disseminação do beisebol no Brasil 
com seu processo histórico de surgimento e consolidação; identificar e caracterizar a dinâmica 
básica do esporte, em termos de ataque/defesa e funções dos jogadores.
Sugestão de recursos: pesquisas na internet com elaboração de material para apresentação; vídeo 
de uma partida de beisebol.
31
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 2
Proponha aos alunos um levantamento 
de informações sobre o beisebol, em sites 
e outras fontes, indicadas ou não por você, 
professor. Organize grupos que pesquisem 
diferentes aspectos desse esporte: sua histó-
ria, jogadores mais conhecidos, principais 
campeonatos, formas de jogar e posições, en-
tre outros. As informações levantadas serão 
apresentadas em aula. Essa é uma importante 
iniciativa para que os alunos se familiarizem 
com a modalidade. A partir das exposições 
dos alunos, destaque os aspectos mais impor-
tantes do processo histórico do beisebol, em 
especial de sua chegada e difusão no Brasil. 
Procure auxiliá-los nas explicações sobre a 
dinâmica desse esporte: a movimentação dos 
jogadores, a intenção da equipe que ataca e a 
intenção da que defende, a ocupação do es-
paço e o deslocamento dos jogadores.
Quando possível, exiba aos alunos um ví-
deo de uma partida oficial de beisebol, pro-
curando reconhecer, com eles, as principais 
características da modalidade e seus princí-
pios básicos (de ataque e defesa), bem como 
as diferentes posições e disposições dos joga-
dores no espaço. 
Professor, solicite aos alunos que 
assinalem a alternativa correta das 
questões presentes na seção “Para 
começo de conversa”, no Caderno 
do Aluno.
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Durante os intervalos das aulas, quan-
do você está pensando em se divertir ou em 
algo para fazer depois da aula ou nas férias, 
viriam a sua mente pensamentos como esses 
que você vê na imagem anterior? Será que 
você pensaria em jogar beisebol?
Preste atenção no que acontece quando fa-
lamos em esporte. De qual modalidade você 
se lembra em primeiro lugar? Futebol? Volei-
bol? Natação? Faça o teste com algum amigo 
e peça que ele lhe diga em qual pensou. Veja o 
que acontece.
Existem muitas modalidades esportivas, co-
letivas e individuais, pouco divulgadas ou não 
muito populares no Brasil, mas que são muito 
difundidas e apreciadas em outros países.
32
O beisebol é uma dessas modalidades. 
Você sabia que ele éuma das modalidades es-
portivas mais praticadas no mundo?
Procure responder, com seus colegas, às 
questões que se seguem. Anote quantas vocês 
acertaram e veja o que sabem sobre o beise-
bol. Ao término deste tema, repitam o teste e 
vejam o quanto aprenderam.
1. O beisebol foi criado em que país?
( ) Inglaterra.
( X ) Estados Unidos.
( ) Japão.
2. No Brasil, o beisebol foi difundido princi-
palmente pelos:
( ) ingleses.
( ) estadunidenses.
( X ) japoneses.
3. O Brasil, até 2014, foi campeão mundial na 
modalidade:
( ) uma vez.
( X ) duas vezes.
( ) três vezes.
4. O beisebol é praticado por duas equipes, 
cada uma composta de:
( ) 6 jogadores.
( X ) 9 jogadores.
( ) 12 jogadores.
5. O rebatedor e os corredores são integrantes:
( X ) da equipe atacante.
( ) da equipe que defende.
( ) de equipes diferentes.
6. O arremessador e os jardineiros são inte-
grantes:
( ) da equipe atacante.
( X ) da equipe que defende.
( ) de equipes diferentes.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 
CONSTRUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DO JOGO DE BEISEBOL
Esta Situação de Aprendizagem visa a cons-
truir a dinâmica técnico-tática do beisebol a 
partir de seus princípios operacionais de defesa 
e ataque, propondo diferentes níveis de relação 
dos alunos com os materiais necessários ao de-
senvolvimento do jogo, com as formas de jogar 
e com a interação entre os jogadores. Os alunos 
vivenciarão sucessivas etapas, de complexidade 
crescente, desde o contato com o material uti-
lizado no beisebol e as funções dos jogadores, 
passando pelas ações de defesa e ataque, até 
chegar à realização de jogos reduzidos.
Conteúdo e temas: princípios técnicos e táticos do beisebol.
Competências e habilidades: identificar e reconhecer os princípios técnico-táticos do beisebol, apli-
cando-os em situações reduzidas de jogo; compreender a dinâmica tática do beisebol, realizando 
ações de defesa e de ataque. 
Sugestão de recursos: bolas de borracha, de tênis e de beisebol; tacos de madeira ou bastões de 
beisebol e giz (para o desenho das bases).
33
Educação Física – 8a série/9o ano – Volume 2
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 3
Etapa 1 – “Eu-bola”
Nesta etapa, procure familiarizar o alu-
no com os materiais utilizados (bola e taco/
bastão) no beisebol. Proponha diferentes 
vivências a serem realizadas individual-
mente pelos alunos, envolvendo a ação de 
rebatida da bola e sua recepção em diferen-
tes situações. Possibilite a realização das 
vivências com bolas de diferentes pesos e 
tamanhos, mas que possam ser recepciona-
das com uma das mãos.
Etapa 2 – “Eu-bola-colegas”
Proponha situações em que haja movimen-
tação entre os alunos e circulação da bola. Po-
dem ser feitas troca de passes, em dupla, trios e 
grupos maiores. Passes e recepções de diferen-
tes distâncias e com graus de dificuldade são 
ações importantes a serem vivenciadas pelos 
alunos como forma de se familiarizarem com 
situações de defesa. Podem ser propostas, tam-
bém, vivências de lançamentos, seguidas de re-
batidas e deslocamentos (corridas), simulando 
a situação de ataque. 
O objetivo dessas vivências é propor a ex-
perimentação de situações comuns ao beise-
bol, como a circulação da bola por meio de 
passes e recepções que visam ao fechamento 
das bases (deslocamento dos defensores); a 
situação de lançamento e rebatida seguida de 
deslocamento em direção à base (deslocamen-
to dos atacantes); e também o deslocamento 
sincronizado entre os corredores pelas bases 
(deslocamento dos atacantes).
Etapa 3 – “Eu-bola-alvo”
Nesta etapa, o objetivo das vivências é o 
deslocamento individual, tanto de defensores 
como de atacantes. A sua intenção é a de deslo-
car-se pelas quatro bases após uma rebatida (si-
tuação de ataque), assim como a de deslocar-se, 
a partir do momento em que se pega a bola, 
em direção às bases (situação de defesa). 
Proponha diferentes rebatidas, com diferen-
tes níveis de exigência, seguidas de deslocamen-
tos até as bases. Proponha também diferentes 
momentos de recepção e deslocamentos indivi-
duais em direção às bases, após uma rebatida. 
Um bom jogo que pode estimular essas ações 
é o de taco adaptado com quatro bases e jogado 
apenas com um atacante e um defensor. Assim, 
quando o rebatedor fizer a rebatida, correrá ten-
tando percorrer as quatro bases, ao mesmo tempo 
que o defensor, após pegar a bola, deslocar-se-á 
em direção à base, tentando eliminar o atacante.
Etapa 4 – “Eu-bola-colegas-alvo”
Nesta etapa, a intenção é enfatizar as dinâ-
micas de defesa e de ataque: na defesa, a ên-
fase deve ser na interação entre os jardineiros 
externos e os internos, a fim de conquistar o 
objetivo de fechar as bases, eliminando os ata-
cantes; no ataque, ela está na interação entre o 
rebatedor e os corredores que estão nas bases, 
já que a situação de dois atletas atacantes na 
mesma base não pode ocorrer. 
Alguns exemplos desse nível de relação que 
podem ser realizados na defesa:
 troca de passes entre jardineiro externo di-
reito e defensor da primeira base, seguida de 
deslocamento em direção à base;
 a mesma situação, partindo a bola do jar-
dineiro externo direito, mas com a troca de 
passe entre o defensor da primeira base e o 
da segunda base, seguida de deslocamento 
em direção à segunda base;
 troca de passes entre o jardineiro externo 
central e o defensor da segunda base, se-
guida de deslocamento em direção à se-
gunda base;
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Como no beisebol existe uma sequência 
de alvos a serem conquistados (no ataque) e 
defendidos (na defesa), é possível privilegiar 
separadamente situações em que o objetivo 
seja apenas um alvo de cada vez, para facilitar 
a compreensão em relação às ações a serem 
desenvolvidas para cada alvo, tanto na defesa 
quanto no ataque.
Nesse nível de relação, é indicada a pro-
posição de situações de ataque e defesa com 
diferentes composições (1 × 1, 1 × 2, 2 × 1, 
2 × 2, 3 × 2, 2 × 3), variando o número de ba-
ses a serem conquistadas e/ou defendidas. As 
dinâmicas realizadas do jogo de taco e do jogo 
“base quatro”, apresentadas no Tema 1 deste 
Caderno, podem auxiliar.
Para o 1 × 2, o jogo de taco pode ser uma 
boa situação de ataque e defesa. Defina o nú-
mero de bases a serem percorridas pelo ata-
cante após a sua rebatida – por exemplo, três. 
Após a rebatida, o atacante terá de percorrer 
as bases visando a alcançar a terceira. En-
quanto isso, os dois defensores devem criar 
situações em que possam trazer a bola em di-
reção à segunda ou à terceira base, de modo 
a impedir o deslocamento do atacante. Essa 
atividade pode ser reproduzida de diversas 
maneiras, mudando o número de defensores 
e atacantes, para mobilizar a percepção dos 
alunos sobre diferentes estratégias, principal-
mente no que se refere aos defensores.
Professor, coordene a pesquisa 
com os alunos organizados em 
grupos a respeito do beisebol e, 
em seguida, solicite que comple-
tem e relacionem as questões presentes na seção 
“Pesquisa em grupo”, no Caderno do Aluno.
O beisebol é uma modalidade que vem ga-
nhando adeptos no Brasil ano a ano. Atual-
mente, temos vários campeonatos nacionais 
e cerca de 3 mil praticantes, distribuídos por 
vários Estados brasileiros.
 a mesma situação, partindo a bola do jar-
dineiro externo central para os defensores 
da segunda base, interbase e terceira base, 
seguindo-se o deslocamento em direção à 
base (segunda ou terceira);
 troca de passes entre o jardineiro externo es-
querdo e o defensor da terceira base, seguida 
de deslocamento em direção à terceira base;
 a mesma situação, partindo a bola do jardinei-
ro externo esquerdo para o defensor da tercei-
ra base e o defensor da base principal.
Alguns exemplos desse nível de relação que 
podem ser realizados no ataque:
 após uma rebatida, deslocar-se em direção 
à primeira base; se o rebatedor verificar 
que a bola foi longe, deslocar-se de for-
ma a conseguir passar pelas quatro bases 
seguidamente. Caso isso não possa ocor-
rer, o rebatedor poderá parar na base que 
considerar segura para que não seja

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