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Processo Civil

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Data: 12/08/2019
Direito Processual Civil III
Recurso:
O recurso é todo meio legal, previsto na norma, disponibilizado para parte ou terceiro para impugnar as decisões judiciais, art. 203 e seus parágrafos, tencionando a reforma, invalidação, integração, esclarecimento ou complementação. É certo que todo recurso é meio voluntário ou seja, depende da parte.
Obs: A distribuição quer seja inicial ou recurso, é ato processual que fixa competência para fins de prevenção e mais, e com a distribuição...
O julgamento de sessão plenária deve ser precedido de intimação das partes com no min. 5 dias de antecedência.
Dos processos nos tribunais:
Competência originária
É aquela que o tribunal, qualquer que seja ele, é o único órgão competente para conhecer como de primeira instância de um processo, quer seja em razão da sua função, da matéria ou da pessoa.
Competência recursal
É dada tanto pela constituição federal, como pela constituição estadual e fixada com base nos regimentos internos att. 102, II e III, 105 II e III na cerj, os regimentos internos do tribunal de justiça. Observe que a competência recursal é dada a órgão de revisão, ou seja, é aquela que é dentro de um mesmo processo e visa a reforma ou invalidação de uma decisão. 
Da distribuição dos processos
A distribuição está prevista 929 e seguintes do CPC e tenho por finalidade um duplo viés, um fixação a prevenção e o ouro é distribuir os trabalhos de forma igualitária entre de um tribunal.
Dos poderes do relator
Após a distribuição será nomeado um relator, ele incumbirá dirigir o processo mantendo regular processamento art. 932, I; Verificar os requisitos de admissibilidade do recurso art. 932, III; Caso entendam, não preenchido os requisitos negar, seguimento ou conhecimento do recurso, segundo hipótese, ou verificando a presença dos requisitos, conhecer do recurso; E estando presentes os requisitos, negar provimento ao recurso (mérito), caso a decisão recorrida esteja em conformidade com a jurisprudência, art. 932 IV. Não sendo este caso e facultada apresentação de contrarrazões e estando a decisão contrária a jurisprudência dar provimento ao recurso art. 932,V. Caso não se aplique nenhuma das hipóteses anteriores, pedir dia para sessão de julgamento, observada as anotações da primeira observação da aula. 
Recurso
O recurso, como conceituado na aula anterior, é um meio legal, voluntário, disposto a parte, como intento de impugnar a decisão judicial (invidando-a, reformando-a, complementando-a, esclarecendo-a ou integrando-a). Observe que esse conceito nos indica que o recurso de difere das ações autônomas impugnativas, pois o recurso se dá dentro de um mesmo processo, já as ações autônomas, como o seu próprio nome indica se trata de outra ação destinada para impugnar decisão de processo antecedente. 
Dos princípios recursais
Do conceito vamos, tirar os princípios.
P. Do Devido Processo Legal - supremo.
P. Da Taxatividade - só há recurso que a lei assim preveja, atualmente art. 994 do CPC.
P. Da Unirrecorribilidade - só cabe recurso para cada decisão judicial. Ex.: Sentença>Apelação.
Exceção: os recursos de …. extraordinária
P. Da Voluntariedade - recorre se quiser
Princípio da taxatividade: só há recurso 
que a lei assim preveja atualmente art 994 do CPC. 
Unirrecorribilidade: só cabe um recurso . para cada decisão. Ex: art. 1009 – 203 §3°)
EXCEÇÃO: Salvo em uma hipótese os 
recursos de índole extraordinária, ou seja, 
recurso especial ou extraordinário em 
estrito sensu. 
Da sentença caberá apelação. 
Princípio da Voluntariedade: (“recorre se quiser”): 
Observe que o princípio da voluntariedade nos indica que o ato recursal é ato de disposição da parte razão pela qual se respeitado o prazo pode ser apresentado ou não é a parte não é obrigado a continuar caso não deseje. Posso desistir do processo a qualquer tempo, diferente dos processos em primeira instância em fase de conhecimento que dado a ciência do processo ao réu, só poderá desistir com a quiencia do réu. 
4 - Princípio da Fungibilidade Recursal: se houver alguma dúvida objetiva de qual recurso interpor, o juiz pode trocar o recurso pelo recurso correto. 
Havendo dúvida objetiva (a lei ou é omissa ou admite 2 recursos) poderá o tribunal receber um recurso no lugar de outro, desde que respeitado o menor prazo. 
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Data: 19/08/2019
Princípio da unicidade dos prazos
Este princípio nos indica que o CPC/15 ao tratar de prazo recursal o fez de forma a unificar os prazos, criando um prazo único para todos os recursos,que é de 15 dias,com uma única exceção, que são os embargos de declaração cujo prazo é de 5 dias. 
Requisitos de admissibilidade dos recursos;
Juízo de admissibilidade;
Efeitos dos recursos.
Todos os recursos em geral
Além dos Princípios há alguns institutos que são comuns a todos os recursos, de tal forma que podem ser analisados conjuntamente, que são eles:
Requisito de admissibilidade dos recursos em geral;
Obs: A conexão segundo NCPC se dá quando, duas ou mais ações tiverem em comum causa de pedir ou pedido, entretanto, a conexão deve ser vista de uma maneira mais ampla como fenômeno jurídico devendo ser entendida como a necessidade de duas ou mais ações serem reunidas pela possibilidade de sentenças conflitantes, ex.: Ação de despejo contra locador e locatário e ação de despejo de sublocador e sublocatário. Para se evitar sentenças conflitantes, os processos devem ser reunidos no juízo prevento.
A continência é um fenômeno processual que ocorre quando uma ação tem o objetivo maior que outra ação com mesmas partes e a mesma causa de pedir.
Observe que para haver continência a ação com objeto maior (mais pedidos) deve ser proposta após a ação contida, pois se ocorrer o contrário, ocorre a chamada litispendência.
Dos requisitos de admissibilidade dos recursos:
Seguindo a mesma lógica do processo de conhecimento, os recursos terão como requisitos de admissibilidade pressupostos recursais e condições recursais.
Quem tem legitimidade? As partes do processo, do MP e o terceiro prejudicado.  
Das condições recursais:
Ser legítimo para apresentar recurso é ter pertinência subjetiva para com a lide, desta forma, pode-se afirmar que a legitimidade para recorrer, é de quem foi parte no processo, do terceiro prejudicado e do MP nos casos em que funcione como custos legis (fiscal da lei) ou nos casos que é legitimada extraordinária. O interesse recursal nada mais é que, a sucumbência na fase de conhecimento (necessidade) e que a lei preveja o recurso taxativamente
Dos pressupostos recursais:
Da capacidade recursal - Deverá a parte ser capaz de estar em Juízo, de ser parte e ainda ter capacidade postulatória, para que o recurso seja devidamente admitido;
Que o órgão julgador possua competência;
Cabimento, o recurso tem que ser cabível, se não for, está ausente o pressuposto de validade. Também tem que ser tempestivo.
Obs: nomenclatura. As condições recursais e os pressupostos recursais, podem vir em doutrina com algumas nomenclaturas diferenciadas, a saber:
Para Barbosa Moreira Fred , Humberto Dalla a nomenclatura é pressupostos processuais extrínsecos e pressupostos processuais intrínsecos.
Os pressupostos processuais extrínsecos são todos aqueles que podem ser observados de fora, com um simples folhear. Cabimento, preparo e competência do órgão. Intrínsecos somente com a leitura interesse, legitimidade, capacidade. Interesse, legitimidade, capacidade (vício de representação ou assistência ), são coisas que será necessária a leitura do recurso.
Há também quem denomine com os pressupostos objetivo e subjetivo. Objetivo, todo o resto que desrespeita como cabimento, competência causa de pedir.
Do juízo de admissibilidade. Nada mais é que a verificação pelo órgão competente da presença dos pressupostos recursais e das condições recursais pois se ausentes, o relator, não conhecerá do recurso, na forma do art. 932, III.Obs: Cuidado com as preclusão, existem três formas preclusivas, no código do processo. O primeiro é a mais comum, preclusão temporal. Perda de realizar um ato processual por conta do tempo. A segunda é a preclusão consumativa. E a terceira é a preclusão lógica (venire contra factum proprium) é a única que pode ser imposta contra o juíz. 
Dos efeitos recursais: os recursos em tese possuem 4 efeitos, sendo que somente sobre um deve-se pronunciar o relator. E são eles:
1- Efeito devolutivo - esse efeito vai decorrer da própria devolução. Devolve órgão a matéria impugnada no recurso. Devolve a matéria impugnada ao órgão revisor (todo recurso possui, recorre do juízo de admissibilidade positivo). Aula de embargo de declaração.
2 - Efeito translativo - também é automático. Todos as nulidades ocorrida no curso do processo mesmo que não alegadas, por ser matéria de ordem pública, poderá o tribunal conhecer de ofício. No sistema de nulidades, a nulidade reconhecível de ofício, mesmo que não alegadas em sede recursal, poderá ser conhecida pelo relator de ofício.
3 - Efeito obstativo - o recurso quando apresentado dentro do prazo recursal (tempestiva) obsta-se a formação de coisa julgada. Obsta, impede, a formação da coisa julgada. Decorre do juízo de admissibilidade positivo, não havendo necessidade de pronunciamento direto ou expresso.
4 - Efeito suspensivo - Suspende a eficácia da decisão recorrida impedindo a produção de efeitos materiais.
Amicus curiae e os recursos
Espécie de intervenção de terceiro Sui generis, ele vem no processo para auxiliar no processo, ele tá cagando para as partes rs.
Auxiliar o processo, amigo da corte, pluralizando - o, dando maior "opinião" social.
É Sui generis por não ser intervenção de direito, de fato.
Não pode recorrer das decisões, via de regra. Exceto: apresentar embargos de declaração porquê o embargo de declaração não é propriamente um recurso, tem como objetivo rever a sentença ("quando o juiz viaja e pedem pra rever a sentença"). Ou no incidente de resolução de demandas repetitivas pelo clamor social da decisão é admissível o recurso por amicus curiae que tenha sido admitido no processo visando somente a justiça da própria decisão. Art. 138, parágrafo primeiro e terceiro do CPC.
Via de regra não pode recorrer, salvo quando apresentar embargos de declaração. Excepcional no incidente de resolução de demandas repetitivas, pelo clamor social da decisão é admissível o recurso por Amicus curiare que tenha sido admitido no processo visando somente a justiça da própria decisão. Art. 138, 1° e 3° do CPC.
Processo: conjunto de atos animados pela relação jurídica processual. Instrumento pelo qual recorremos a jurisdição por conta do nosso direito de ação.
° petição inicial 319 e 320
Distribui - prevenção
Conclusão 321 e 332- pula para 485 e 487, 203 p. 7°
334 - 330, I
Data: 26/08/2019
Recursos em espécie:
1- Apelação:
A apelação de acordo com rol taxativo do art. 994 é uma das espécies recursais prevista no CPC. Por certo, no art. 1.009, há a descrição e a hipótese de cabimento de tal recurso. (Sentença) 
1.1 Cabimento:
De acordo com o art. 1.009, a apelação é espécie recursal cabível, apta, a impugnação de pronunciamento judicial qualificado como sentença, que nos termos do 203 p. 1°, é todo pronunciamento judicial que põe termo à fase cognitiva do processo de conhecimento, tendo por fundamento os arts. 485 e 487, assim como encerra a execução.
1.2 Prazo:
Prazo 15 dias, salvo para embargo de declaração que são 5 dias, art. 1.003 p. 5°. De acordo com NCPC, art. 1.003 l. 5° o prazo para interpor o recurso de apelação é de 15 dias, sendo este prazo peremptório próprio, sob pena de não conhecimento do recurso pela ocorrência da preclusão temporal.
Obs: O prazo é uma medida de tempo para cumprimento de atos processuais e tem por finalidade permitir que o processo seja marcha contínua para sempre. Os prazos, desta forma, estão ligados a garantia constitucional do Devido Processo Legal, da Celeridade Processual, e podem ser classificados em duas formas, a saber:
Quanto à possibilidade de dilação: 
Peremptório - são todos os prazos que não admitem dilação pois a lei os prevê expressamente, de tal forma sorte que se não observados, acarretam a preclusão temporal.
Dilatórios - são aqueles previstos em lei, mas cuja inobservância não acarretam a preclusão, ou seja, admite dilação. 
 Quanto ao destinatário:
Próprios - são aqueles destinados às partes da demanda, autor e réu, e visam a mais rápida solução do litígio.
Impróprios - são aqueles destinados ao órgão jurisdicional e aos auxiliares de justiça. * MC peidão (mediador, conciliador, perito, escrevente, intérprete, depositário, avaliador e oficial).
1.3 Efeitos:
A apelação via de regra é recebida e processada no chamado duplo efeito, efeito devolutivo e efeito suspensivo, art. 1.012 do NCPC. Entretanto, a depender do conteúdo matéria da decisão impugnada, a apelação não terá efeito suspensivo, conforme dispõe art. 1.012 p. 1°.
Obs: Tutela provisória:
Tutela de evidência: pena processual por conduta desleal da outra parte.
Tutela de urgência (perigo em mora, verossimilhança das alegações fáticas). 
Diferença > satisfatividade
Cautelar: não satisfaz nenhum direito. Tornar indisponível. Resguardar o próprio objetivo.
Antecipada: tem que demonstrar o dano não reverso.
Obs: Formas especiais no CPC
1.4 Forma;
Mesmo nos casos em que a apelação não possua efeito suspensivo art 1012 , 1 cpc é possível que a parte requeira a atribuição de tão efeito para tanto deverá demonstrar que a não suspensão da eficácia da decisão recorrida provocará dano de difícil ou incerta reparação e clausibilidade do direito alegado , ou seja, a parte deve demonstrar os mesmos requisitos autorizadores para concessão de uma tutela de urgência art 1012, 3 cpc.
 
1.5 Procedimento;
A apelação é recurso dirigido ao órgão prolator da decisão mas com razões voltadas ao órgão de superior instância. 
Desta forma a apelação será composta de duas peças uma chamada peça de interposição e outra chamada peça de razões recursais, sendo a segunda dirigida ao tribunal através da pessoa do relator. 
O juiz ao “receber” a apelação intimará a parte contrária para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias e com a vinda ou não desta remeterá ao tribunal os autos do processo com a subida dos autos a superior instância serão eles imediatamente distribuídos é nomeado um relator que deverá observar o art 932 e ss. Observe que a apelação só terá juízo de admissibilidade quanto da sua distribuição a um relator que fará o primeiro juízo de admissibilidade ao receber os autos art 1013 cpc podendo deixar de conhecer o recurso por ausência de pressupostos ou condição recursal ou verificando a presença conhecer do recurso e julgá-lo monocraticamente na forma do art 932,4 , 5 cpc , em não sendo essa hipótese deverá o relator realizar o seu voto e pedir data para julgamento na câmara. 
Obs: matérias impugnáveis em apelação: tudo o que foi matéria no processo de conhecimento. Lembrando que se não observado o procedimento , ou seja questionar matéria processual é o chamado Error in Procedendo. Por outro lado se a impugnação versar sobre a aplicabilidade do direito material neste caso observa-se Error in Judicando , que será requerido é a reforma da sentença. 
Obs: Teoria da causa madura. No art 1013,3 cpc foi repetido pelo NCPC o conteúdo do antigo código de 1973 no sentido de que caso o tribunal reconheça causa de nulidade da sentença (error in procedendo) poderá ele anulá-la e julgar o mérito desde que não haja mais necessidade de provas. “A causa está madura , ou seja, já está no ponto para ser julgada pois não há mais necessidade de se produzir provas. 
- Erro in procedendo (procedimento)
- Erro in judicando (julgamento)
Juízo de admissibilidade
Obs: Há casos em que a apelação terá efeito devolutivo diferido ou seja admite juízo de retratação pelo juiz em duas hipótesesa saber: 
Primeira Hipótese - será no caso de o juiz indeferir a PI com efeito devolutivo e sem resolução de mérito art 321 CC 330,I CC 485,I CPC caso o autor apele a apelação poderá ser acolhida pelo juiz sentenciante se retratando da decisão instintiva e dando prosseguimento ao feito, conforme art 331 CPC. 
Segunda Hipótese - o código prevê no art 332 CPC que o juiz ao julgar liminarmente improcedente o pedido art 332 cpc caso o autor venha a recorrer desta sentença será admissível o juízo de retratação. 
Obs: CUIDADO; O novo código de processo civil não admite juízo de admissibilidade realizado pelo juízo A Quo (primeira instância) cabendo-lhe somente processar na forma dos art 1010 e ss CPC. Salvo nas hipóteses que pode receber o juízo de retratação. 
Data: 09/09/2019
Agravo de Instrumento
Do agravo de instrumento - art. 1.015 e ss CPC 
O agravo de instrumento é destinado a juízo de impugnação de decisão interlocutória cuja matéria esteja circunscrita no rol taxativo do art. 1015.
A decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial que tenha conteúdo decisório mas que não ponha termo a fase do procedimento art. 203, parágrafo 2° cpc, ou seja , o juiz julga alguma coisa, mas não encerra o procedimento.
Das hipóteses de cabimento art. 1015 CC
De acordo com a doutrina contemporânea o agravo só será admissível se a matéria contida na decisão interlocutória estiver prevista em um dos incisos do art 1015 cpc. O rol é taxativo. 
No caso do inciso 1 do art 1015 a decisão do juiz que concede ou revoga tutela provisória poderá afrontar agravo de instrumento qualquer que seja seu conteúdo concedendo ou não.
Obs: Cuidado com a tutela de evidência pois o juiz pode ao conceder a tutela de evidência não havendo mais necessidade de prova julgar o mérito e prolatar a sentença. 
Obs: O art 311 deverá ser lido desta forma: inc I e II ou III ou IV é assim aplicar o 355 com base no 311 proferindo então uma decisão com julgamento de mérito ar 487. 
Obs: o art 1015, II cc C/c com o art 356 especifica as hipóteses em que se julgará o mérito antes de proferir a sentença. No caso tem natureza de decisão interlocutória o mérito julgado antecipadamente. Após o julgamento antecipado o juiz proferirá despacho saneador.
Hipóteses de cabimento - art. 1015
A primeira hipótese de cabimento como visto na aula passada é para atacar a decisão de tutela provisória art. 300 e seguintes do código, a segunda hipótese prevista no art 1015 inciso 2, se refere a estrita hipótese do art. 356, onde o juiz na fase de providências preliminares, julga parcialmente os pedidos razão pela qual prefere decisão interlocutória com o cunho de sentença porém sem o condão de pôr termo a fase de procedimento, ou seja o processo continua, art. 356 c/c 1.015, II.
III - É quando haja rejeição da cláusula da convenção de arbitragem, nesse caso há vício processual consistente na existência de um pressuposto processual negativo que se verificado, impede a atividade jurisdicional.
Caso haja acolhimento do pedido de reconhecimento da cláusula de convenção de arbitragem, caberá apelação tendo em vista se tratar de sentença, art. 485, VII c/c 1.009.
Há dois fundamentos para desconsideração da personalidade jurídica:
Teoria Maior - Está previsto no art. 50 do CC, onde se para desconsiderar a personalidade jurídica é necessário demonstrar o abuso no exercício da personalidade, configurável pelo desvio de finalidade e pela confusão patrimonial.
Teoria Menor - Está prevista no art. 28 do CDC, onde em tese bastaria que a personalidade jurídica fosse um opice, obstáculo, ao ressarcimento do consumidor. Porém o STJ, desde 2014 vem decidindo reiteradamente que o art. 28 deve ser lido à luz das exigências do art. 50 CC.
IV - Intervenção de terceiros prevista no art. 134 do CPC e tem por fundamento de direito material os art. 50 do CC e 28 do CDC.
O pedido de gratuidade de justiça é feito pelas partes, autor e réu, e tem por fundamento os art. 98 e seguintes do CPC, por certo, no caso de autor realizar o pedido em sua inicial, caso o juiz rejeite, caberá agravo de instrumento evitando o indeferimento da inicial, já no caso do réu o mesmo deve impugnar gratuidade de justiça, conferida ao autor quando das suas preliminares. E caso o juiz mantenha, 
*Art. 98 e seguintes e a lei 1.060/50.
VI - A exibição de documento ou coisa ocorrerá sempre na fase probatória, quando a prova de um fato ou ato se encontrar na posse de outra parte.
VII - se tratando de litisconsórcio multitudinário onde o juiz reconhecendo se tratar de litisconsórcio facultativo diminui o número de litisconsortes excluindo-os daquela relação.
P. Único - 
O STJ no final do 2018 e ratificado por decisões tomadas em 2019, vem entendendo que o rol do art. 1.015 não é taxativo, mas sim exemplificativo, no sentido de que, caberá agravo de instrumento fora das hipóteses dos incisos do art. 1.015 desde que comprovados Fumus Boni Iuris e Periculum in Mora, verossimilhança das alegações e perigo na demora do processo.
Da forma:
O agravo de instrumento é recurso dirigido diretamente ao tribunal, razão pela qual, deve ser instruído com as principais peças do processo, na forma dos art. 1.016 e 1.018. Lembrando que, o agravo, se não acompanhado dos documentos indispensáveis à sua propositura será considerado inadmissível, art 1.017, inciso
No caso de processo eletrônico é dispensável a juntada dos documentos.
O agravo de instrumento pode ser realizado com peça de interposição e peças de razões, contudo, ambas serão dirigidas ao tribunal.
Do procedimento: 
O agravo será proposto diretamente no tribunal sendo distribuído é nomeado relator. Após interposição o agravante tem o prazo de 3 dias para juntar os autos do processo principal, cópia do agravo de instrumento com a relação de documentos que instrua, possibilitando que o juiz aquo exerça juízo de retratação. Caso o juízo acor exerça a retração haverá perda do objeto do agravo. Caso o juiz não retrate prestará informações cabendo ao relator intimar o agravado para apresentação de contrarrazões e verificar se não se trata da hipótese de aplicação do art 932 cpc (decisão monocrática). E não sendo caso de aplicação do art. 932, caberá ao relator pedir data para julgamento no órgão colegiado e apresentar seu voto.
Prazo: 15 dias, art. 1.003. E no caso, do processo eletrônico 15 dias úteis e sem interrupção do sistema de transmissão de dados.
Efeitos:
O agravo será dotado de efeito translativo, obstativo e suspensivo quando determinado assim pelo relator, porém quanto ao efeito devolutivo a quem afirme que o agravo possuía efeito devolutivo diferido, em razão da possibilidade de o juiz exercer juízo de retratação.
Efeito suspensivo ativo: 
Em verdade, é a antecipação da tutela recursal quando existente os requisitos da tutela antecipada.
Data: 16/09/2019
Agravo de instrumento
Última obs:
O STJ desde o final do ano passado vem se posicionando no sentido de que, o rol do art. 1.015, é relativamente taxativo. É cabível agravo de instrumento de decisões interlocutórias que não estejam previstas no rol do art. 1.015, desde que a parte comprove que a decisão possa causar de difícil ou incerta reparação e haja, verossimilhança nas alegações. 
Agravo interno
Conceito:
É recurso previsto no art. 1.021 e parágrafos do CPC. De acordo com o caput é o recurso cabível as decisões monocráticas proferidas pelo relator na forma do art. 932, incisos III, IV e V. Tem como único objetivo provocar a atuação do órgão colegiado afastando a decisão monocrática do relator.
Cabimento:
O agravo interno só é cabível em face de decisão monocrática, ou seja, só ataca a decisão que tenha por fundamento, o art. 932 incisos III ao V.
O agravo interno é recurso dirigido pelo próprio relator que se limitará a intimar ao agravado à apresentação de novas razões e com a vinda destas ou não poderá exercer o juízo de retratação.
Caso se retrate, ele irácassar a decisão monocrática e dar prosseguimento ao recurso subjacente (apelação).
Por outro lado, caso não se retrate não cabe o relator julgar o agravo interno, deve ele, o relator, pedir dia julgamento pelo órgão colegiado, mas diga-se julgamento do agravo interno. No mas, o processamento do agravo interno varia de tribunal a tribunal, pois o regimento interno de cada tribunal é que prevê a forma de processamento do agravo interno.
Obs: Cuidado com o agravo interno pois se interposto de forma manifestamente inadmissível será o agravante condenado a arcar com multa correspondente de 1% a 5% da causa, atualizado.
A interposição de qualquer outro recurso caso a parte tenha sido ficará condicionado ao depósito do valor integral da multa. 1.021 parágrafos 4° e 5°.
O prazo para agravo na forma do art. 1.003 p. 5° é de 15 dias, a contar da decisão monocrática.
Embargos de declaração
Os embargos de declaração, são recursos destinados à esclarecer obscuridade, eliminar contradição ou suprir omissões em qualquer decisão judiciárias. Por certo, há dúvidas quanto a natureza jurídica dos embargos pois para parcela da doutrina os embargos não é recurso mas sim mero meio de complementação ou indagação da decisão judicial até porque o embargos de declaração é dirigido ao órgão prolator da decisão razão pela qual não teria efeito devolutivo com tudo maior parte da doutrina contemporânea de processo civil reconhece que o embargos de declaração é recurso mesmo que desprovido de efeito devolutivo estritamente considerado. 
Cabimento:
Segundo art 1022 cpc o embargos de declaração pode ser oposto contra qualquer decisão judicial . Assim pergunta-se é contra todas mesmo? Não , pois de acordo com os artigos 203, 1001 e 1022 todos do cpc os embargos só podem ser opostos em face de pronunciamentos judiciais que tenham conteúdo decisório (sentença e decisão interlocutória) assim só há conteúdo decisório em duas espécies a primeira art 203, 1 cpc sentenças e a segunda art 203,2 cpc decisões interlocutórias. Observe que além deste requisito a decisão recorrida deve ter uma obscuridade , uma contradição ou uma omissão. A decisão será obscura quando não possuir clareza quanto ao comando contido, ex: ”condeno o réu a , assim como as custas e honorários que fixa em 20%”
Assim como por não observância ao art 489, 1 cpc . Por outro lado se considera contraditória a decisão que em seus próprios termos seja incompatível, ou seja, é vício intrínseco da decisão. A omissão é a não apreciação de um pedido ou a não apreciação de uma tese que tenha sido levantado por uma das partes mas não observada pelo juiz na sentença, ou seja , deixa de apreciar algum dos pedidos ou deixa de apreciar a tese. 
O embargos sempre sera destinado ao órgão julgador e interposto no prazo de 5 dias a partir da decisão. Por certo o embargos não precisa de preparo, ou seja, não tem esse pressuposto recursal extrínseco . Observe ainda, que os embargos não possuem efeito suspensivo só possui efeito interruptivo (interrompe o prazo para interposição de outro recurso) . Assim o embargos não suspende a eficácia da decisão recorrida mas se tempestivo impede o transcurso do prazo para interposição de outros recursos. 
Obs: O embargos de declaração pode ter efeito modificativo da decisão ou seja altera a decisão em duas hipóteses a saber: primeira hipótese no caso de omissões, se o embargos de declaração foi imposto em forma de omissão pode o juiz ao suprir a omissão modificar consubstancialmente o julgado caso contrário não acolherá ao embargos de declaração. Se der efeito modificativo o juiz deverá sempre intimar a outra parte para dar contrarrazões ao embargo permitindo o contraditório. Na segunda hipótese no caso de contradição pois caso haja a mesma e o juiz sanar a contradição poderá resultar em alteração do julgado da mesma forma deverá caso vá alterar o julgado dar vistas à outra parte.
Recurso Ordinário Constitucional art 1027
O recurso ordinário constitucional está previsto na constituição nos art 102, II crfb e 105, II crfb , ou seja , o recurso ordinário constitucional sempre será dirigido a órgão superior e em total respeito às hipóteses de cabimento ali apresentadas. Assim sendo pode se dizer que há dois recursos ordinários constitucionais a saber: 
Ao STF , de acordo com o art 1027 o recurso ordinário constitucional será cabível nos casos de decisão denegatória ( não concessiva) tomada em única ou última instância nos tribunais superiores nos seguintes casos:
-Nos mandados de segurança de competência originária do STJ 
-Nos habeas data de competência originária do STJ 
-Nos mandados de injunção de competência originária do STJ 
Nestes 3 casos o recurso ordinário fará as vezes da apelação para estes remédios constitucionais , ou seja, o tribunal se denegar a ordem tal decisão somente será recorrível por recurso ordinário diretamente ao STF. Observe que estes 3 remédios constitucionais serão de competência originária do STJ nos casos do inc I alíneas “b” e “h” do art 105 crfb. E já será de competência do STJ a apreciação do roque nos seguintes casos : 
-Primeiro caso , os mandados de segurança julgados em única instância pelos TRFs ou tribunais de justiça estaduais , ou seja, o mandado de segurança deve ter tido como competência originária os tribunais de justiça ou tribunais regionais federais.
-Sempre que a causa envolver entidade estrangeira ou organismo internacional e pessoa domiciliada no Brasil ou município.
Obs: O ROC substitui a apelação nos casos de seu cabimento , logo se deve decorar que da sentença sempre cabe apelação salvo nos casos de ROC. 
Revisão Av1:
Requisitos de admissibilidade do recurso (pressupostos de existência e de validade, extrínsecos e intrínsecos);
Efeitos dos recursos;
Teoria geral do recurso: princípios: Taxatividade, singularidade, Voluntariedade;
Recursos em espécie apelação, agravo de instrumento interno e embargos de declaração, hipótese de cabimento, prazo e a questão de juízo de admissibilidade, salvo embargos de declaração.

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