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Fordismo - Resumo - Sociologia Industrial - UFCG

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
ALUNO: JOSUÉ FERREIRA DE SOUZA JÚNIOR
PROFESSORA: MARILEIDE MOTA 
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA INDUSTRIAL
ATIVIDADE SOBRE O FORDISMO
Depois de assistir o documentário “Na linha de montagem” e ler o texto “A fábrica de automóveis de Henry Ford”, nota-se que ambos os materiais tem como objetivo mostrar a realidade da população norte americana e britânica a partir do início do século vinte. Representando diretamente o cotidiano dos trabalhadores, os quais naquele momento tinham seu modo de vida alterada, pois, tanto o campo como o trabalho artesanal já não eram o suficiente para sobreviver, já que, gerou de certa forma uma competição entre artesões e industrias. Uma vez, que a tecnologia se espalhava ao longo das cidades isso foi essencial para que os artesões e o campesinato começassem a se deslocar do campo para a cidade em busca de emprego e moradia.
Apesar da na época a indústria de motocicletas e bicicletas estarem em alto no momento é por meio de fábricas de carro que o fordismo surge. Ford, inspirado nas ideias relacionadas ao racionamento de tempo de Frederick Winslow Taylor, as quais tinha como objetivo reduzir o tempo e aumentar o rendimento da produção, decide tentar implementar de forma pratica a ideia de Taylor, porém não exatamente igual. A principal característica do conhecido como “Fordismo” que segue o pensamento de Taylor é a especialização dos operários em diferentes etapas da produção do carro, que na época era o chamado de (Modelo T) essa especialização e divisão de tarefas tinha como um único objetivo a maior capacitação de cada trabalhador em uma determinada etapa da fabricação, ou seja quanto mais a atividade fosse realizada, mais rápido ela ia ser feita, levando isso para um processo geral a fábrica produziria mais em menos tempo. O método escolhido por Ford funcionou, conforme o passar dos anos as industrias Ford produziam cada vez mais carros. Na época, ele possuía diversas fábricas e trabalhadores nos mais variados lugares, no entanto esse método de fabricação escolhido por ele não modificou apenas o meio de produção, mas também as relações e a vida das pessoas daquele período, criando um fenômeno de alienação do trabalho e levando a provocar conflitos.
Do mesmo modo que Ford inovou na metodologia de produção em suas industrias usando a divisão detalhada das etapas de criação, ele também, inovou ao tomar medidas pequenas mas consideradas importantes como por exemplo a postura dos trabalhadores que ao ficarem curvados acreditava-se que reduzia muito a eficiência, além disso a questão do movimento em relação a ida e volta entre máquinas, Ford pensou que para uma maior redução no tempo de fabricação ao invés dos operários irem de peça em peça, porque não as peças irem aos trabalhadores de forma que não perdessem tempo se deslocando. A partir desse momento que surge a ideia da linha de montagem, a qual era controlada apenas pelo dono, ou seja, agora o funcionário não podia mais controlar o tempo de trabalho, a linha de montagem não podia ser nem parada nem desacelerada. O trabalho já era repetitivo, porém com a introdução dessa linha de montagem as tarefas começaram a se tornar exaustivas tanto pela velocidade da produção como também pela pressão que cada empregado sofria, pois, cada movimento era observado e o tempo também era cronometrado.
Essa pressão exercida sobre os empregados feita por Ford foi tão revoltante para os trabalhadores que muitos passavam poucos dias trabalhando e logo depois abandonavam, tanto é que os funcionários mais respeitados nessas industrias eram os com uma maior força física. Em meio a tanta desistência de emprego por causa da pressão durante as etapas de fabricação e relutando para não pagar os operários pela quantidade de peças produzidas, Ford encontra uma solução que é conhecida como “O dia de cinco dólares”, foi uma tentativa de Ford de distribuir o lucro com os funcionários aumentando o salario que antes era 2,30 dólares por dia para 5 dólares por dia. Esse aumento no salário, foi o suficiente para que grande parte da população quisesse trabalhar em uma das muitas fabricas da Ford Motor Company. Entretanto, vale salientar que esse aumento de salário não era para qualquer funcionário, o trabalhador deveria ter seus hábitos sociais observado caso tudo estivesse correto ele seria um candidato a receber o salário de cinco dólares. Dentre as práticas de rotina do operário consideradas incorretas para Ford tem-se como exemplo o gasto do funcionário com bebidas alcoólicas e com cigarros, além dessas o trabalhador não poderia estar acolhendo pensionistas, não jogar e caso fosse uma mulher como trabalhadora ela não iria receber de forma alguma, pois para Ford toda mulher casaria e teria filhos ou seja o marido podia receber os 5 dólares. Apenas em casos especiais como traição de um homem com outra mulher fora do casamento, caso o homem fosse descoberto sua mulher passava a receber o dinheiro, e para verificar se o trabalhador estava obedecendo todos os requisitos foram contratados pelo departamento de sociologia trinta investigadores para fiscalizar a vida dos selecionados.
Ademais, vale destacar o estilo de vida dos imigrantes presentes na cidade de Detroit, os quais em grande maioria vindos da Europa, as condições da população nessa cidade não eram das melhores, todos que queriam conseguir um emprego se instalavam em Detroit. Esses habitantes não eram tão bem vistos por Ford e pelo departamento de sociologia. No entanto, Henry Ford utilizava do pouco conhecimento que esses imigrantes tinham para explora-los, essa exploração se dava por meio de um “falso progressismo”, o qual Ford disponibilizou escolas, hospitais e aprendizagem, porém como tudo era fornecido por ele, apenas ele escolhia o que deveria ser apresentado a essas pessoas, podendo manipular facilmente esses novos cidadãos. Além disso, ele proibia qualquer formação de sindicato por parte desses trabalhadores.
Sendo assim, é evidente que apesar do Fordismo ter tido um grande impacto para a toda uma sociedade, teve seus pontos positivos e negativos, ocasionando uma nova forma de trabalho com mais técnica e menos tempo de produção, a inovação do trabalho, mas também, uma grande exploração em relação aos operários que tinham poucos direitos e que poucas oportunidades de crescimento social. Ademais, a existência de uma grande discrepância em relação de quem produzia o carro e quem utilizava. 
Dessa forma, o Fordismo mesmo que alguns aspectos do fordismo não sejam considerados adequados, foi de grande importância no que diz respeito as relações de trabalho e a tecnologia, deixando raízes para o âmbito industrial que conhecemos hoje em dia.
Naquela época a imigração era muito alta e principalmente homens que vinham do campo tinham o desejo de trabalhar em fábricas de máquinas consideradas pesadas isso devido esses trabalhadores ganharem mais do que em empregos comuns. O respeito entre os operários no trabalho era importante também uma vez que os mais fortes eram os que mais eram respeitados, era como se os operários fossem divididos entre mais fortes e menos fracos, os fortes eram normalmente os destaques.

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