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1 RESUMO – TÓPICOS ESPECIAIS I – 9º SEMESTRE - 1º BIMESTRE MEMÓRIA INTRODUÇÃO • Talvez o tema memória nunca tenha sido tão discutido e abordado como nos dias atuais. Com o envelhecimento da população a largos passos, fomos nos dando conta do quanto precisamos buscar auxílios que nos ajudem a manter as nossas recordações, tanto do passado como, principalmente, do presente. • Engana-se quem pensa que as dificuldades de memória estão unicamente relacionadas ao envelhecimento. Diferentes tipos de lesões e disfunções cerebrais, bem como quadros psiquiátricos, podem atingir nossa capacidade de registrar, manter e evocar os fatos já ocorridos. • A memória não é um sistema que trabalha sozinho, pois não existe uma única estrutura cerebral que seja responsável por todo o nosso aprendizado, ela é também fortemente associada a outros fatores, como nível de consciência, atenção e afeto. CONCEITO DE MEMÓRIA E SEUS PRIMEIROS ESTUDOS • Alan Baddeley (1999), um dos grandes estudiosos da memória, diz em um de seus livros que a memória é: “ Uma aliança de sistemas que trabalham em conjunto, permitindo que possamos aprender com as experiências passadas e predizer acontecimentos futuros.” • De acordo com essa definição, a memória proporciona uma função adaptativa do aprendizado sobre o mundo. • Reparem que citamos dois conceitos: memória e aprendizado. • Você sabia que existe uma diferença importante entre esses termos? Vamos explicar de uma forma simples: • MEMÓRIA: retenção da informação aprendida • APRENDIZAGEM: é a capacidade de aquisição de novas informações HERMANN EBBINGHAUS • Uma das primeiras provas experimentais da transitoriedade da memória foi realizada em 1885, por Hermann Ebbinghaus, que descreveu uma série de experimentos cuja finalidade era medir a perda da memória ao longo de determinado período. VÍDEO CASO HM • O caso HM, sigla pela qual ficou conhecido o paciente Henry Gustav Molaison, deu origem aos conceitos fundamentais da memória de que se tem conhecimento nos dias atuais 2 TRÊS DISTINÇÕES IMPORTANTES 1ª DISTINÇÃO REFERE-SE AOS ESTÁGIOS DA MEMÓRIA: 2ª DISTINÇÂO: DIFERENTES MEMÓRIAS PARA ARMAZENAR INFORMAÇÕES POR PERÍODOS LONGOS E CURGOS. • MEMÓRIA DE OPERAÇÃO ➔ Armazenamos material por questão de segundos • MEMÓRIA DE LONGO PRAZO ➔ Armazenamos material por intervalos mais longos 3ª DISTINÇÃO: MEMÓRIAS DIFERENTES PARA DIFERENTES TIPOS DE INFORMAÇÃO • Memória DECLARATIVA/EXPLÍCITA • Memória episódica • Memória semântica • Memória NÃO DECLARATIVA/IMPLÍCITA CODIFICAÇÃO COLOCAR NA MEMÓRIA ARMAZENAMENTO MANTER NA MEMÓRIA RECUPERAÇÃO RECUPERAR DA MEMÓRIA 3 MEMÓRIA DECLARATIVA / EXPLÍCITA • A memória declarativa, também denominada como memória explícita, se refere à aquisição de fatos, experiências e informações sobre eventos e é diretamente acessível à consciência. O sistema de memória declarativa pode ser subdividido em dois subsistemas, dependendo do tipo de informação a ser armazenada. • O primeiro subsistema é a MEMÓRIA EPISÓDICA, que é a recordação de informações sobre experiências pessoais contextualizadas. • O segundo subsistema da memória declarativa é a MEMÓRIA SEMÂNTICA, responsável pelo processamento e armazenamento de informações referentes a conhecimento conceitual e fatos, tais como cor e características de um determinado animal ou conhecimentos históricos, que são comuns a todos e não estão relacionados a nenhuma outra memória específica. • Já a memória NÃO DECLARATIVA, também conhecida como memória de PROCEDIMENTO ou IMPLÍCITA, refere-se à aquisição de habilidades, hábitos e comportamentos, que são usados de modo automático e não são acessíveis diretamente pela consciência. Esse sistema de memória é separado e distinto dos sistemas de memória episódica e semântica descritos anteriormente. MEMÓRIA DE CURTO PRAZO • Difere da memória de operação no sentido de que ele mantem uma imagem sensorial detalhada de qualquer estímulo que recém tenha sido apresentado. MEMORIA DE OPERAÇÃO DOIS SISTEMAS DE MEMÓRIA DE OPERAÇÃO 4 ESQUECIMENTO • Deterioração • Substituição MEMÓRIA DE OPERAÇÃO E PENSAMENTO • A memória de operação desempenha um papel importante no pensamento • Para ilustrar, considere o que é necessário para multiplicar 35 por 8 mentalmente. • Armazenar os números em questão (35 e 8), a natureza da operação requerida (multiplicação). • Fatos aritméticos como 8x5=40 e 8x3=24. • Agora tente fazer tudo isso sem esquecer do número 745-1739. MEMÓRIA DE LONGO PRAZO • A memória de longo prazo está envolvida quando a informação precisa ser retida por intervalos tão curtos quanto alguns minutos (como por exemplo, algo dito anteriormente numa conversa) ou durante uma vida inteira. ACRÉSCIMOS DE CONEXÕES SIGNIFICATIVAS • Uma das melhores maneiras de adicionar conexões é elaborar o significado do material enquanto ele é codificado. • Exemplo: se precisar memorizar um ponto de um texto, você irá recordá-lo melhor concentrando-se em seu significado e não nas palavras exatas. Quanto mais profunda e cuidadosamente você expandir seu significado, melhor irá recordá-lo. RECUPERAÇÃO • Muitos casos de esquecimento da memória de longo prazo resultam da perda de acesso à informação e não da perda da informação propriamente dita • Falhas de Recuperação. • Interferência. • Esquecimento Motivado. • Teoria da deterioração EVIDENCIAS DE FALHA DE RECUPERAÇÃO • É a experiência de não conseguir lembrarmo-nos de algum fato ou experiência e depois vê-lo surgir na mente. • Fenômeno “ponto da língua” 5 INTERFERÊNCIA • Isso acontece se associarmos diferentes itens à mesma pista, quando tentarmos usar aquela pista para recuperar um dos itens (o item-alvo), os outros itens podem tornar-se ativos e interferir em nossa recuperação do alvo. TEORIA DA DETERIORAÇÃO • A memória se deteriora com o passar do tempo. TEORIA DO ESQUECIMENTO MOTIVADO • Esquecer-se de coisas que são dolorosas, que causam medo ou constrangimento REDUZINDO O ESQUECIMENTO • Sistema de lembretes • Sistema de substituir palavras • Método das associações de palavras • Mapas cognitivos FATORES EMOCIONAIS / PESSOAIS NO ESQUECIMENTO • A emoção pode influenciar a memória de longo prazo AMNÉSIA • Amnésia anterógrada. • Amnésia retrógrada COMO TRANSFERIMOS A INFORMAÇÃO PARA A MEMÓRIA DE LONGO PRAZO? • A transferência da informação para o armazenamento de longo prazo pode ser facilitada pela: • Repetição da informação. • Organização da informação . • Pelo uso de estratégias (notas, listas). • Prática distribuída versus Prática Aglomerada. • Palavras-chave. BIBLIOGRAFIA • Sternberg, Robert J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. • Atinkson R. L. et al. Introdução à Psicologia de Hilgard. 13. ed. Porto Alegre: artmed, 2002. 6 CONSCIÊNCIA CONSCIÊNCIA • Estado geral de consciência e responsividade aos estímulos e eventos dos ambientes interno e externo. • Estados alterados da consciência (EACs): estados mentais diferentes da consciência normal de vigília, os quais são evidenciados no sono, nos sonhos, no uso de drogas... NÍVEIS DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA • SUPERIOR – Processos voluntários que requerem atenção concentrada • MÉDIO – Processos automáticos que requerem pouca atenção • INFERIOR – Mínimo ou inconsciente PROCESSOS CONTROLADOSX PROCESSOS AUTOMÁTICOS SONO SONO NÃO-REM SONO REM • Estágios de 1 a 4 • Função: necessário para as funções biológicas • Estágio 5 • Função: importante para a memória, para a aprendizagem e para as funções biológicas básicas. Os movimentos rápidos dos olhos geralmente sinalizam a ocorrência de sonhos 7 TEORIAS DO SONO • REPARAÇÃO/RESTAURAÇÃO: permite a recuperação da fadiga física, emocional e intelectual. • EVOLUTIVA/CIRCADIANA: o sono faz parte do ciclo circadiano e evoluiu para permitir a conservação de energia e proteção contra predadores. DISTÚRBIOS DO SONO DROGAS E CONSCIÊNCIA • DROGAS PSICOATIVAS: substâncias químicas que alteram a consciência ou a percepção. • ABUSO DE DROGAS: uso da droga que causa danos emocionais ou físicos ao indivíduo ou a outros. • DEPENDÊNCIA: uso repetido da droga que leva ao aumento da tolerância e aos sintomas de abstinência. • TOLERÂNCIA: quando doses maiores e mais frequentes da droga são necessárias para produzir o efeito desejado. • DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA: desejo ou ânsia de alcançar os efeitos produzidos por uma droga. • DEPENDÊNCIA FÍSICA: modificações nos processos orgânicos pelo uso seguido da droga que acarretam os sintomas de abstinência quando a droga é retirada. QUATRO PRINCIPAIS CATEGORIAS DE DROGAS • DEPRESSORES ou “SEDATIVOS”: álcool e barbitúricos, inibem o sistema nervoso central (SNC). • ESTIMULANTES ou “EUFORIZANTES”: cafeína, nicotina e cocaína, que ativam o SNC. • NARCÓTICOS ou OPIÁCEOS: (heroína ou morfina)entorpecem os sentidos e aliviam a dor. • ALUCINÓGENOS ou PSICODÉLICOS (LSD ou maconha): produzem alterações sensoriais e perceptivas BIBLIOGRAFIA • STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. • ATKINSON, R.; ATKINSON, R. C.; SMITH, E. E.; BEM, D. J. Introdução à psicologia de Hilgard. Porto Alegre: Artmed, 2002. • HUFFMAN, K.; VERNOY, M.; VERNOY, J. Psicologia. São Paulo, Atlas, 2003 Insônia: Dificuldade recorrente de iniciar ou manter o sono ou acordar muito cedo. Apneia do sono: parada temporária da respiração durante o sono; causa suspeita de síndrome da morte súbita em lactantes. Narcolepsia: episódios de sono, súbitos e irresistíveis, durante o período de vigília. Pesadelos: sonhos ruins que ocorrem geralmente durante o sono REM. Terror noturno: despertar abrupto e em pânico durante o sono Não-REM 8
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