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O EMPREENDEDOR COMO IDEALIZADOR DE NOVOS NEGÓCIOS

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O EMPREENDEDOR COMO IDEALIZADOR DE NOVOS NEGÓCIOS
Caroline 
INTRODUÇÃO
O mundo dos negócios vem se tornando cada vez mais competitivo, perspicaz e ágil no que se refere às negociações e exploração das oportunidades. Para enfrentar essas mudanças constantes e manter-se competitivo dia-a-dia, faz-se necessário aperfeiçoar as decisões, explorar ao máximo as oportunidades, ou em outras palavras: “promover o empreendimento a partir de um comportamento criativo e inovador”, tornando-se um empreendedor, conforme citou Menezes (2003). 
O empreendedor deve ter visão e percepção para identificar as oportunidades, além de atitude e disposição para assumir riscos moderados. Em tempos modernos em que oportunidades surgem a todos instantes, a presença de empreendedores dentro das organizações torna-se fundamental, já que eles são “reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar capital, agregar valor aos recursos naturais, produzir bens e administrar os meios para administrar o comércio”. (SEBRAE, 2007, p.2) 
METODOLOGIA: 
Oliveira (1999), afirma que metodologia é o estudo do conjunto de processos que tornam possível conhecer uma realidade, produzir determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos e comportamentos. Em outras palavras, pode-se dizer que metodologia é uma ordem ou caminho lógico de investigação que impõe os diferentes processos necessários para atingir um resultado esperado. 
A classificação de uma pesquisa varia de acordo com o assunto abordado, a qual possibilita uma melhor organização dos fatos e consequentemente do entendimento. Desta forma, para atender aos objetivos propostos, a pesquisa classificou-se como bibliográfica.
A pesquisa tratou-se da busca pelo conceito de empreendedor e empreendedorismo, que tanto fala-se nos últimos anos, destacando algumas características plausíveis desses profissionais. A coleta de dados foi realizada através de pesquisa bibliográfica em livros e artigos com dados relativos ao assunto. Para análise e interpretação dos dados, teve-se como foco principal a abordagem do tema já realizada por outros autores em livros e teses publicados. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Com as mudanças históricas, o empreendedor ganhou novos conceitos e definições sob outros ângulos de visão sobre o mesmo tema. Conforme Britto e Wever (2003, p. 17), as primeiras definições da palavra ‘empreendedor’ surgiram como forma de conceito no início do século XIX pelo economista francês J. B. Say, que definiu “como aquele que transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”, ou seja, atende como agente transformador, visando o maior rendimento e crescimento de seu setor produtivo.
Para Dornelas (2001, p. 37), “o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”. Essa definição de Dornelas é uma das que atende mais profundamente os conceitos da atualidade, vistas que empreendedor é aquele que possui a capacidade de criar algo novo mediante a identificação de uma oportunidade, dedicação e persistência para alcançar os objetivos pretendidos, 
No entendimento de Drucker (1974) empreendedorismo é prática, visão de mercado, evolução, e diz ainda que o: 
trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente. Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática. (DRUKER, 1974, p. 25). 
Para Schumpeter,(1975) “sem inovação, não há empreendedores, sem investimentos empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona.”. Além disso, ele ainda descreve o empreendedorismo como a “máquina propulsora do desenvolvimento da economia. A inovação trazida pelo empreendedorismo permite ao sistema econômico renovar-se e progredir constantemente.” 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com Schumpeter (1997) o empreendedor é responsável pela destruição criativa através da constante inovação. No conceito capitalista e burocrático o empreendedor tinha a função social ao promover a inovação e crescimento econômico. 
Diante disso, pode-se afirmar que um empreendedor tem sua capacidade criativa e intelectual melhor desenvolvida. É capaz de identificar oportunidades de mercado onde poucos veem algo, possuem uma capacidade enorme de persuasão com as pessoas e ainda, tem ideias de como alavancar as vendas dos seus produtos para visar o lucro a empresa. 
Um empreendedor assume riscos calculados e ainda considera seus sonhos e desejos, segue tanto a sua intuição, como leva em conta também o conhecimento adquirido em áreas especificas para tomar suas decisões. Ele considera que os erros devem ser calculados e previstos, porém se não puderem ser previstos, deve-se tirar o máximo de proveito dessas falhas para que as mesmas não aconteçam no futuro. 
Para Leite (2002), ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação para pensar conceitualmente e a capacidade para ver, perceber a mudança como uma oportunidade.
O empreendedor “terá que aprender a ser diferente, se desejar ocupar e manter ocupado o nicho que tiver escolhido no mercado. Terá, ainda, que adquirir conhecimento relacionado com o que ele deseja realizar” (FILION, 1991, p. 64).
O processo de empreender envolve todas as funções, atividades e ações associadas com a criação de novas empresas. Primeiro, o empreendedorismo envolve o processo de geração de algo novo, de valor. Depois requer a devoção, o comprometimento de tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E por último é necessário que os riscos calculados sejam assumidos e decisões críticas tomadas. 
Para identificar um empreendedor, o SEBRAE elaborou um manual no ano de 2007 no qual enumera 16 características que podem se destacar em um profissional reconhecido como empreendedor. São elas: 
Iniciativa: agir espontaneamente antes de ser forçado pelas circunstâncias; 
Busca de oportunidades: reconhecer e saber aproveitar oportunidades novas e pouco comuns, estando atento às oportunidades que o mercado oferece;
Persistência: persistir ou não desistir diante das dificuldades encontradas;
Busca de informação: valorizar a informação e buscá-la pessoalmente para elaborar um plano ou tomar decisões;
Preocupação com a alta qualidade do trabalho: interesse em manter um alto nível de qualidade nos produtos ou serviços prestados; 
Eficiência: preocupação em reduzir o custo, os recursos necessários e o tempo para realizar as tarefas; 
Autoconfiança: Acreditar na própria habilidade e capacidade; 
Persuasão: habilidade de convencimento diante dos demais; 
Uso de estratégias de influência: tendência a pensar e definir formas para influenciar os demais; 
Reconhecimento das próprias limitações: admitir suas limitações aprendendo com os próprios erros;
Comprometimento com os contratos de trabalho: comprometimento para cumprir contratos firmados;
Assertividade: apresentar os problemas aos outros de forma direta e tomar decisões fortes no papel de oposição; 
Monitoramento: acompanhamento do trabalho dos outros para assegurar satisfação e atendimento das expectativas; 
Perícia: experiência ou capacitação prévia em áreas relacionadas ao próprio negócio;
Planejamento Sistemático: uso de análise lógica para desenvolver planos específicos para a tomada de decisões; 
Resolução de problemas: habilidade para mudar de estratégia quando se torna necessário identificar novas soluções para os problemas
Um empreendedor é aquele que em meio as dificuldades que o mercado coloca, ainda possui a capacidade de criar produtos, estratégias de negócio para alavancar as vendas de forma que disponha de um produto no mercado e este seja aceito pelos consumidores.
Porém, segundo os empreendedores experientes, esta nãoé uma tarefa simples de realizar, já que os eles devem trabalhar em um cenário que apresenta de maneira intensa a incerteza de investir, contando ainda, em muitos casos, com recursos financeiros limitados. 
Sendo assim, sabe-se que a criação e desenvolvimento de um empreendimento novo e de sucesso ocorrem devido a uma sucessão de fatores como, pesquisa e desenvolvimento de uma ideia e oportunidade no mercado. O reconhecimento desta oportunidade levando em conta se os produtos ou serviços oferecidos atenderão as necessidades demandadas pelos clientes e ainda, uma avaliação profunda seguida de uma análise das ideias iniciais do negócio para analisar a viabilidade deste negócio. 
CONCLUSÕES
Diante do exposto, conclui-se que empreendedorismo é uma ferramenta essencial no gerenciamento das empresas, e está cada vez mais presente no mundo dos negócios. Sua prática tornou-se fator decisivo para o sucesso das organizações, sejam elas grandes ou pequenas. Diante do atual cenário do mercado, no qual as mudanças ocorrem de forma rápida e de forma competitiva, as exigências do mercado devem ser acompanhadas de uma conduta proativa, caracterizada pela busca constante do aproveitamento das oportunidades. 
Empreendedores são pessoas que possuem uma visão de mercado ampla, tendo conhecimento de diversas áreas do mercado, como por exemplo: dos seus concorrentes, clientes, produtos e empresas. Além disso, buscam de forma constante novas oportunidades para atender as necessidades e demandas do mercado. Empreendedores estudam profundamente a viabilidade de seus negócios e assumem riscos previamente calculados. 
Um empreendedor deve pesquisar por inovações no mercado e manter-se atualizado frente as informações importantes que servem de subsidio para o desenvolvimento de novos produtos, serviços e estratégias de negócio. Deve ainda, buscar o conhecimento para que possa compreender as variações do mercado e ainda superar as dificuldades encontradas, de forma a reconhecer as premissas dessas dificuldades para que assim, alguns erros sejam evitados futuramente. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRITTO, Francisco; WEVER, Luiz. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. 
DRUCKER, Peter. F. O Gerente Eficaz. Editora Zahar, São Paulo, 1974.
FILION, Louis Jacques. O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: identifique uma visão e avalie o seu sistema de relações. RAE – Revista de Administração de Empresas, FGV, São Paulo, jul/set. 1991.
LEITE, E. O Fenômeno do Empreendedorismo. 3 ed. Recife: Bagaço, 2002.
MENEZES, L.C.M. Gestão de Projetos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, Silvio Luiz, Tratado de metodologia científica, Projetos de Pesquisa, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 1999.
SCHUMPETER. Joseph A. Entrepreneurship as Innovation. In: Entrepreneurship: the social science view. Edited by Richard Swedberg. Delhi, Oxford University Press, 1997, p.51-75.
SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo. São Paulo: Manual do aluno, 2007.

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